segunda-feira, 29 de julho de 2019

OAB repudia Bolsonaro


A Ordem dos Advogados do Brasil, através da sua Diretoria, do seu Conselho Pleno e do Colégio de Presidentes de Seccionais, tendo em vista manifestação do Senhor Presidente da República, na data de hoje, 29 de julho de 2019, vem a público, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 44, da Lei nº 8.906/1994, dirigir-se à advocacia e à sociedade brasileira para afirmar que segue:
1. Todas as autoridades do País, inclusive o Senhor Presidente da República, devem obediência à Constituição Federal, que instituiu nosso país como Estado Democrático de Direito e tem entre seus fundamentos a dignidade da pessoa humana, na qual se inclui o direito ao respeito da memória dos mortos.
2. O cargo de mandatário da Chefia do Poder Executivo exige que seja exercido com equilíbrio e respeito aos valores constitucionais, sendo-lhe vedado atentar contra os direitos humanos, entre os quais os direitos políticos, individuais e sociais, bem assim contra o cumprimento das leis.
3. Apresentamos nossa solidariedade a todas as famílias daqueles que foram mortos, torturados ou desaparecidos, ao longo de nossa história, especialmente durante o Golpe Militar de 1964, inclusive a família de Fernando Santa Cruz, pai de Felipe Santa Cruz, atingidos por manifestações excessivas e de frivolidade extrema do Senhor Presidente da República.
4. A Ordem dos Advogados do Brasil, órgão supremo da advocacia brasileira, vai se manter firme no compromisso supremo de defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático, e os direitos humanos, bem assim a defesa da advocacia, especialmente, de seus direitos e prerrogativas, violados por autoridades que não conhecem as regras que garantem a existência de advogados e advogadas livres e independentes.
5. A diretoria, o Conselho Pleno do Conselho Federal da OAB e o Colégio de Presidentes das 27 Seccionais da OAB repudiam as declarações do Senhor Presidente da República e permanecerão se posicionando contra qualquer tipo de retrocesso, na luta pela construção de uma sociedade livre, justa e solidária, e contra a violação das prerrogativas profissionais.
Brasília, 29 de julho de 2019
Diretoria
Colégio de Presidentes
Conselho Pleno

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Quem não se arrependeu de ter eleito Bolsonaro morreu como ser humano


Tente esquecer um pouco a sua rixa com o PT. Esforce-se em relembrar que o ex-presidente Lula está preso há mais de ano, e que Dilma Rousseff já foi impichada há quase três. Ou seja, vamos focar em quem realmente nos interessa no momento: o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL).
Em outubro de 2018, quando o Brasil foi às urnas elegê-lo, muitos de seus eleitores depositaram a confiança em Bolsonaro com a esperança de ver um país diferente, sem corrupção e rumo à ascensão econômica, como há alguns anos não acontecia.

O resultado tem sido bem diferente do que eles previam: economia ainda estagnada, com previsões do PIB caindo semanalmente, exaltações ao preconceito e à ignorância, discursos absurdos que não esperamos nem mesmo de um adolescente revoltado.

jair bolsonaro
Crédito: reprodução/Instagram/@jairmessiasbolsonaro“Se você ainda não se arrependeu de ter eleito Bolsonaro, é porque você morreu enquanto ser humano”
Além das tomadas de decisões mais do que equivocadas (como indicar o filho à embaixada dos EUA, deixar as leis de trânsito ainda mais maleáveis, e liberar centenas de agrotóxicos nocivos à saúde e ao meio ambiente, por exemplo), outra coisa que fere o povo brasileiro é a forma como o presidente se refere à história do país.

A exaltação à Ditadura, a exaltação à máxima anticristã de que “bandido bom é bandido morto”, e o desprezo a direitos de pessoas em situação de fragilidade social, como mulheres, negros e LGBTs, são só algumas das irracionalidades do presidente, tornando-o cada vez menos empático com a figura humana.

E a prova maior de que, se você ainda não se arrependeu de ter eleito Bolsonaro, você morreu como ser humano, é o seu último discurso.

Ofensa ao passado do Brasil

Na manhã desta segunda-feira, 29 de julho, Bolsonaro fez uma afirmação bastante triste ao presidente da Ordem do Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz.

“Um dia se o presidente da OAB [Felipe Santa Cruz] quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto para ele. Ele não vai querer ouvir a verdade. Eu conto para ele”, disse Bolsonaro. O pai do jurista desapareceu durante a ditadura.

Se isso não te faz repensar o que foi o regime militar no Brasil e ficar com um mínimo de repulsa do presidente, independentemente de sua posição política, você já morreu um pouco por dentro.

Seu senso de humanidade está para lá de distorcido e você se tornou tudo aquilo que sempre criticou: alguém que tem político de estimação.



https://catracalivre.com.br/cidadania/quem-nao-se-arrependeu-de-ter-eleito-bolsonaro-morreu-como-ser-humano/?fbclid=IwAR0lidgJqDgUZE4T_E5PYrbyO4SmEt67sFAqOyHKNaLC1VJDq5cwBfXRHQ4
Professor Edgar Bom Jardim - PE

'Palavras desumanas', diz Paulo Câmara sobre ataque de Bolsonaro a pai de presidente da OAB



Paulo Câmara classificou falas de Bolsonaro sobre desaparecimento de pai do presidente da OAB como 'grosseiras'. Foto: Roberto Pereira/SEI. (Paulo Câmara classificou falas de Bolsonaro sobre desaparecimento de pai do presidente da OAB como 'grosseiras'. Foto: Roberto Pereira/SEI.)
Paulo Câmara classificou falas de Bolsonaro sobre desaparecimento de pai do presidente da OAB como 'grosseiras'. Foto: Roberto Pereira/SEI.
O governador Paulo Câmara (PSB) repudiou, por meio de nota, a declaração do presidente Jair Bolsonaro sobre o desaparecimento do pai do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, na manhã desta segunda-feira (29). Para o chefe do executivo estadual, a fala de Bolsonaro foi desumana. 

“Considero que o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, foi hoje violentamente agredido, por palavras que não são apenas grosseiras, são desumanas”, disse Paulo. “O Brasil precisa, cada dia mais, de exemplos que valorizem a tolerância, o diálogo, a solidariedade, a construção. O Presidente da República, lamentavelmente, tem seguido a direção contrária”, complementou o socialista. 

A divergência de ideias não deve, nunca, extrapolar os limites da civilidade e do respeito ao próximo. Considero que o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz (@felipeoabrj), foi hoje violentamente agredido, por palavras que não são apenas grosseiras, são desumanas
Paulo Câmara 40 (@PauloCamara40) July 29, 2019
 

O advogado Felipe Santa Cruz é filho do pernambucano Fernando Augusto Santa Cruz de Oliveira, desaparecido em fevereiro de 1974, no ápice da Ditadura Militar, depois de ter sido preso junto de um amigo chamado Eduardo Collier, no Rio de Janeiro. Fernando era estudante de Direito e integrante da Ação Popular Marxista-Leninista. Felipe Santa Cruz tinha 2 anos quando o pai desapareceu. 

Na manhã desta segunda, o presidente Jair Bolsonaro deu uma declaração ao comentar o desfecho do processo judicial que considerou Adélio Bispo, autor da facada durante a campanha eleitoral, isento de pena devido à doença mental). Por isso, ele ficará em um manicômio em vez de um presídio. 

Antes de falar sobre o pai de Santa Cruz, Bolsonaro criticou a atuação da OAB no caso de Adélio Bispo e perguntou qual era a intenção da entidade. Segundo o presidente, a ordem teria impedido o acesso da Polícia Federal ao telefone de um dos advogados do autor da facada. 

“Por que a OAB impediu que a Polícia Federal entrasse no telefone de um dos caríssimos advogados [de Adélio]? Qual a intenção da OAB? Quem é essa OAB?”, indagou Bolsonaro. 

Sem ser questionado, o presidente falou na sequência sobre o pai do presidente da OAB.
“Um dia se o presidente da OAB [Felipe Santa Cruz] quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto para ele. Ele não vai querer ouvir a verdade. Eu conto para ele”, disse Bolsonaro. “Não é minha versão. É que a minha vivência me fez chegar às conclusões naquele momento. O pai dele integrou a Ação Popular, o grupo mais sanguinário e violento da guerrilha lá de Pernambuco, e veio a desaparecer no Rio de Janeiro”, acrescentou. 

A vice-governadora Luciana Santos escreveu, no Twitter, que a fala de Bolsonaro foi irresponsável e classificou a declaração do presidente como "mesquinhez
Toda solidaridade ao presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, ao amigo Marcelo Santa Cruz e a todos os parentes de desaparecidos na ditadura do Brasil, cujo sentimento a mesquinhez e irresponsabilidade do presidente avilta e desrespeita.
— Luciana Santos (@lucianasantos) July 29, 2019
". 

Veja a íntegra da nota do governador Paulo Câmara:

“A divergência de ideias não deve, nunca, extrapolar os limites da civilidade e do respeito ao próximo. Considero que o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, foi hoje violentamente agredido, por palavras que não são apenas grosseiras, são desumanas. O Brasil precisa, cada dia mais, de exemplos que valorizem a tolerância, o diálogo, a solidariedade, a construção. O Presidente da República, lamentavelmente, tem seguido a direção contrária. Sob o ponto de vista político e pessoal, o comentário que buscou atingir Felipe e a memória do seu pai, o pernambucano Fernando Santa Cruz,  ataca a todos os que prezam princípios básicos da convivência em sociedade. A Felipe e sua família, toda a minha solidariedade.”
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 28 de julho de 2019

Dos amores e das paixões: o mundo se desenha


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Quem acredita em desenhos fixos? O mundo se refaz, embora não deixe de manter valores e buscar sentimentos do passado. O amanhã nem sempre é outro dia, pois há cotidianos ferozes  que machucam as memórias. O tempo não pode ser definido com escritas marcadas. Há infernos agonizantes e paraísos que nunca chegam. Tudo possui complexidade. Configuram-se labirintos que fecham as portas para as paixões e acreditam que amores salvarão os passados mal resolvidos. Portanto, não se acanhe se tiver visões estranhas e se a chuva apagar todos os vestígios. Há moradias abertas para renascer o que parecia sepultado.
Os poetas sentem falta de muita coisa. O mundo apressado traz recordações apressadas. Como se agarrar aos amores se a rapidez exige reflexões e nega as magias? As escritas se debruçam em relatórios, com palavras pálidas. Os poetas lamentam a morte de um insperado  que criava encantos. As tecnologias garantem lucros, mas empurram códigos. a mesmice não tem conexão com a poesia e termina confundindo os sentimentos. As paixões ganham cores violentas que ocupam imagens pesadas. Assim seguem manchetes que buscam assassinar as histórias.
É um desafio compreender os cercos que a vida monta. Não há como consolidar lembranças para aliviar as frustrações do presente. Valem as redes do trabalho, os interesses em grande eventos, a ausências de sinceridade. Todos pensam que os fantasmas estão escondidos nos casarões coloniais. Porém não custa observar as ruínas que se vestem de novidades. O amor aparece nas telas dos cinemas e os psicanalistas tentam salvar as neuroses mais estranhas.  Restar contar  sobre o mundo  que ainda não nasceu. Já leu Mia Couto e conversou com as ousadias de cada personagem? Não se lança nas fantasias?
Se a sociedade se abraça com a velocidades, anula sentimentos e se diverte com os impulsos. Nada há de seguro, nem os deuses conseguem sair dos templos lucrativos dos pastores astuciosos. O mundo gira, nós sabemos medir certas loucuras, contudo o medo não se vai de quem desqualifica as diferenças e entra no mercado cheio de vitrines. É muito comum dialogar com os espelhos, anunciar êxitos nas redes sociais. O capitalismo inquieta simpatias e espalha epidemias de acumulação. O perigo é transformar o amor numa imensa contabilidade e navegar nos delírios constantes das paixões. Paulo Rezende

Professor Edgar Bom Jardim - PE

As travessias históricas do poder: diversidades




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O poder não é solitário. Veste-se de relações. Possui seus dramas, mas avança pelo cotidiano. Não  há sociedade sem choques, sobretudo de interesses e desejos de vinganças. Criam-se utopias, prometem-se espaços de harmonias, mas as competições continuam deixando suas marcas. Nem toda relação de poder significa a saliência do mal. Na política, há quem jogue fora corrupções e arquitete projetos coletivos. Portanto, a complexidade existe, porque os valores se  costuram e as tradições não são absolutas. Não há como remover instabilidades num mundo de desconfortos.
Lembre-se de Luís XIV. Pense na extensão do império romano, nas ambições de Hitler, nas astúcias de Vargas, nos colonizadores portugueses, nos exércitos dos países agressivos. Não faltam  exemplos. Se há tempos em que a força  física prevalece, em outros as sofisticações disfarçam violências. Os anúncios consumistas divulgam fascínios que mantêm relações de poder e trazem euforias fabricadas por especialistas. Analise as redes socais. Não se empolgue com certas generosidades ou declarações ditas neutras. Há quem puxe plateias, conheça as ondas do mercado e arme arapucas. O fascismo não se foi, apenas se redesenha nas suas invasões.
As relações sociais indicam  que as multiplicidades aumentam. No entanto, a massificação banaliza e celebra a idiotização das pessoas. A tecnologia desfez preconceitos, mas também firmou manipulações. Nem todos conseguem estabelecer juízos críticos. Quem concentra  poderes viaja por pântanos e agita fanatismos. Daí, as grandes crises, a fragilização das utopias, a força da grana e do individualismo. A política se estrutura, muitas vezes, para consagrar o imediato e consolidar as minorias. É preciso estratégia e  se armar argumentos  astuciosos. Não é fácil assegurar dominações.
Os significados mudam para mascarar permanências. Há golpes com novas formas de iludir. Sobram teorias, a sociedade se polariza, se formam redes de poder. As amarguras ameaçam, os desamparos atingem os afetos, as relações de poder buscam configurações e identidades. Tudo se inquieta, ma os oportunismos estão  presentes. Não esqueça que somos animais. Falam de racionalidades, de consensos, de imaginários. Muitas divagações estão acompanhadas de sofrimentos. O barco do poder pesa e nega ajuda aos mais próximos, quando exclui e massacra. Por Paulo Rezende.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 27 de julho de 2019

Andrezza Formiga é atração no Palco Forró no FIG 2019


Palco Forró | Rodoviária/Parque Euclides Dourado
23h - Forró Pesado de Garanhuns
0h -  Andrezza Formiga (PE)
01h - Quinteto Violado (PE)

Professor Edgar Bom Jardim - PE

OAB diz que Moro 'banca o chefe de quadrilha' em caso de hackers


Sergio Moro
Sergio MoroFoto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
O presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, diz que o ministro da Justiça, Sergio Moro, "usa o cargo, aniquila a independência da Polícia Federal e ainda banca o chefe de quadrilha ao dizer que sabe das conversas de autoridades que não são investigadas".

Na quinta (25), a Folha de S.Paulo revelou que Moro telefonou para autoridades que teriam sido alvo dos hackers presos na quarta (24). E avisou que as mensagens das pessoas seriam destruídas em nome da privacidade.

Ele conversou com o presidente Jair Bolsonaro, com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre.
Leia também:
PF investiga quantas vezes hackers se passaram por autoridades em mensagens
Hackers eram parceiros antigos de crime e queriam comprar armas, diz PF


A informação gerou forte reação: em primeiro lugar, Moro não poderia receber informações sobre o inquérito, que é sigiloso. Em segundo lugar, só o Judiciário, que supervisiona as investigações, pode decidir o que fazer com as provas coletadas na busca e apreensão feita na casa dos hackers.

Felipe Santa Cruz lembra que a OAB recomendou o afastamento de Moro do cargo quando as mensagens dele com procuradores da Lava Jato começaram a ser divulgadas.A entidade afirmou então que a gravidade dos fatos demandava "investigação plena, imparcial e isenta"."Muitos disseram que a OAB foi açodada quando sugeriu o afastamento do ministro, exata e exclusivamente para a preservação das investigações", afirma o advogado.
Fonte:Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Machismo:'Não foi a primeira, nem será a última', lamenta tio de Mayara, vítima de ataque com ácido sulfúrico'

Foto: Reprodução/Facebook. (Foto: Reprodução/Facebook.)
Foto: Reprodução/Facebook.
A atendente de lanchonete Mayara Estefanny Araújo, de 19 anos, morreu na noite desta quinta-feira (25), após mais de 20 dias de internação na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital da Restauração, no bairro do Derby, no Centro do Recife. A jovem foi vítima de tentativa de feminicídio pelo ex-companheiro, o agente de saúde William César dos Santos Júnior, de 27 anos, e um amigo dele, Paulo Henrique Vieira dos Santos, de 23 anos. Os dois jogaram ácido sulfúrico na mulher, no dia quatro de julho, quando Mayara voltava do trabalho, no bairro de Nova Descoberta, na Zona Norte do Recife. 

Na manhã desta sexta, corpo de Mayara passou por perícia no Instituto Médico Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, e foi liberado por familiares. O velório e sepultamento serão no município de Limoeiro, na Zona da Mata do estado. "Eu estou perdendo uma filha. Ela me chamava de pai. Tem coisa que a gente que não entende, só Deus. Na quinta enterramos a avó dela e no mesmo dia tivemos a notícia da morte dela. Eu não sei como ainda estou de pé. A mãe a as duas irmãs estão se desmanchando em lágrimas. A dor está sendo muito grande", lamentou o tio da vítima, Elpídio Gomes Farias.

Mayara deixa um filho de dois anos, que teve com William. Ainda sem saber sobre a morte da mãe, a criança acordou aos prantos perguntando onde ela estava. "A gente esconde o que aconteceu, diz que ela está viajando e vai trazer presentes. Mas hoje ele acordou antes das cinco horas e disse 'cadê mãe?'. Não dissemos nada ainda porque não sei como vai ser. Hoje vai ser um dia duro", comentou o tio da vítima.

ENTENDA

Na lembrança, Elpídio, que também é padrinho de Mayara, conta que vai ficar a alegria da jovem. "Eu fiquei todos os dias ao lado dela na UTI, dizia que ia levar ela para casa. Ela era uma menina doce. Sempre rindo, levava as coisas na brincadeira. A separação foi há quatro meses, quando descobrimos que vinha sendo agredida. Antes ela não contava a gente", disse Elpídio.

Mayara já havia prestado queixa por ameça, injúria e agressão cometidas por William ao menos três vezes na Delegacia da Mulher. Cerca de 20 dias antes de sofrer o ataque, a jovem havia solicitado uma medida protetiva contra o ex-companheiro. Diante da tragédia, a família agora espera por justiça. "A gente espera que as autoridades vejam o nosso sofrimento. Mayara não foi a primeira, nem será a última. Ele agora está preso, mas onde está Mayara? Ele enterrou ela. Amanhã ele sai e faz tudo de novo. Mulher não é propriedade de homem. As mulheres tem o mesmo direito. Ele não matou só Mayara, matou uma família", disse, revoltado.
Sequelas
A vítima teve 38% do corpo queimado. O líquido corrosivo atingiu órgãos vitais de Mayara provocando uma queimaduras e deixando ferimentos de terceiro grau no troco, pescoço, cabeça e coxas. Apesar da gravidade, ela vinha se recuperando bem, até ter sofrer três paradas cardíacas e falecer, por volta das 22h, na tarde desta quinta.

No período de internamento na UTI, Mayara permaneceu sedada, recebendo analgésicos e respirando com ajuda de aparelhos. A morte dela surpreendeu a equipe médica, que percebia melhora no quadro. "Realmente ela vinha evoluindo de forma satisfatória. Não esperávamos. Cada vez mais a gente tentava tirar a sedação, percebendo que o grau de consciência dela era adequado. Mas ela não colaborava, tentava puxar o tubo e sair da cama. Então tínhamos que manter ela sedada", explicou a chefe da UTI de adultos do HR, Fátima Buarque.
Foto: Mariana Fabrício/DP Foto. (Foto: Mariana Fabrício/DP Foto.)
Foto: Mariana Fabrício/DP Foto.
Na última quarta-feira (25), Mayara passou por uma traqueostomia. "Notamos melhora nos tecidos, que estavam sendo revitalizados. Já eram 20 dias de tubo e não é possível um ser humano ficar em tanto tempo, considerando a indicação médica. Decidimos fazer a traqueostomia. Não teve intercorrência. A paciente mostrou cicatrização nos tecidos e seguiu bem. Por volta das 18h, sem motivo aparente, ela teve a primeira parada cardíaca. Foi reanimada, mas teve mais duas paradas e não voltou", disse a chefe da UTI.

A médica descartou que o procedimento pode ter piorado o quadro da paciente. "A causa da parada cardíaca não foi a traqueostomia. Eu tenho que fazer o procedimento médico na qual nós aprendemos. Eu estou muito triste em consequência disso, já que ela tinha uma evolução boa e vejo isso como uma fatalidade da minha profissão, que abala a mim e a toda equipe", afirmou Fátima Buarque.
Foto: Bruna Costa/Esp. DP (Foto: Bruna Costa/Esp. DP)
Foto: Bruna Costa/Esp. DP
Justiça
William César e Paulo Henrique foram denunciados por tentativa de homicídio qualificado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) nesta quinta. No entanto, com a morte da vítima, o caso pode passar de homicídio qualificado tentado para homicídio qualificado consumado. O MPPE informou que vai solicitar a documentação médica que determina a causa da morte.

"O objetivo do Ministério Público é avaliar se houve nexo causal entre a ação inicial (jogar ácido na vítima) e o resultado final (sua morte dias depois). Se ficar comprovado cientificamente que a ação dos denunciados levou à morte da vítima, o promotor de Justiça responsável pelo caso procederá ao aditamento da denúncia, de homicídio qualificado tentado para homicídio qualificado consumado", esclareceu o MPPE, através de nota.

O inquérito já foi concluído pela Polícia Civil no dia 12 de julho como tentativa de feminicídio. As investigações apontaram que William conhecia o potencial lesivo do ácido sulfúrico. Os acusados foram indiciados pela prática de feminicídio tentado, qualificado por meio cruel e por emboscada e cumprem prisão preventiva no Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel). William já possui histórico criminal. Ele foi condenado no ano de 2016 por estelionato. O outro envolvido, Paulo Henrique, também já havia sido preso por tráfico de drogas e corrupção de menores.
Com informação de Diario de Pernambuco


Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 26 de julho de 2019

PT pede prisão de Moro à PGR e que não ocupe cargo público por até 3 anos





O Partido dos Trabalhadores entrou nesta sexta-feira (26) com uma notícia crime na PGR (Procuradoria Geral da República) contra o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, pela condução na Operação Spoofing da Polícia Federal, que prendeu pessoas acusadas de invadir mensagens de autoridades dos Três Poderes. Leia a íntegra.
No documento, a sigla pede que seja aplicada ao ministro multa, detenção por dez dias a seis meses e inabilitação para o exercício de cargos públicos por até três anos.
De acordo com o PT, Moro interferiu de modo indevido na Operação por ter acesso a dados sigilosos das investigações e ter solicitado a destruição do conteúdos das mensagensapreendidas com os hackers.
O pedido a PGR é assinado pela presidente do partido, Gleisi Hoffmann,e pelos líderes da sigla Paulo Pimenta (Câmara dos Deputados) e Humberto Costa (Senado).

Na quinta-feira (25), foi confirmado que o grupo também tentou invadir o celular da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM/AP), e ministros do Supremo Tribunal Federal também figuram na lista dos mais de mil alvos dos hackers.
Antes disso, já havia sido informado que os hackers invadiram os celulares do presidente Jair Bolsonaro, dos ministros Sergio Moro e Paulo Guedes.
ttps://congressoemfoco.uol.com.br/justica/pt-pede-prisao-de-moro-a-pgr-e-que-nao-ocupe-cargo-publico-por-ate-3-anos/?fbclid=IwAR3LrzJszUdOEG4t4Hk4bFFerbq9cbvJrhXPRm2fpQGl62HSbEXCM
Congresso em Foco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Bispo Dom Francisco de Assis participa da festa da Padroeira de Bom Jardim



Bom Jardim em festa!
Hoje, sexta-feira, dia 26 de julho, acolheremos com júbilo a honrosa presença do nosso Bispo Diocesano, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, que presidirá a Concelebração Solene da Festa da Excelsa Padroeira Sant’Ana 2019, às 09h00, na Igreja Matriz de Sant’Ana. Vamos, juntos, participar deste grandioso momento festivo, rendendo louvores a Deus, por intermédio da Senhora Sant’Ana, excelsa padroeira de Bom Jardim; com a seguinte programação:
Dia 26/07 – Sexta-feira
Dia de Sant’Ana e São Joaquim / Dia dos Avós
Festa da Excelsa Padroeira Sant’Ana
06h00: Alvorada festiva e repique de sinos
09h00: Missa Solene, presidida pelo Bispo Diocesano, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena (Transmissão ao vivo)
15h00: Celebração da Santa Missa (Transmissão ao vivo)
16h00: Procissão conduzindo as Imagens de Sant’Ana e São Joaquim, percorrendo as principais ruas da cidade, seguida de Sermão de Encerramento e Bênção do Santíssimo Sacramento (Transmissão ao vivo*)
Local: Igreja Matriz de Sant’Ana
Com informações da Paróquia de Sant'Ana
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Hacker é fã de Bolsonaro, fez campanha, estilizou foto de perfil. É truta ou não tem truta ?




Durante a campanha eleitoral, Danilo Cristiano Marques, de 33 anos, fez campanha para Jair Bolsonaro e estilizou sua foto de perfil no Facebook Reprodução/Facebook Durante a campanha eleitoral, Danilo Cristiano Marques, de 33 anos, fez campanha para Jair Bolsonaro e estilizou sua foto de perfil no Facebook.
Um dos alvos da Operação Spoofing, o motorista de aplicativo Danilo Cristiano Marques, de 33 anos, era conhecido por familiares e amigos por ser bolsonarista fervoroso. Por isso, estranharam quando o viram envolvido com um grupo de supostos hackers que invadiram o Telegram de diversas autoridades, entre elas o próprio presidente Jair Bolsonaro e os ministros Sergio Moro e Paulo Guedes.Segundo pessoas próximas, Marques não tem nenhuma ligação com os ataques hackers e foi pego por ser um “laranja” da dupla Walter Delgatti Neto, 30, e Gustavo Henrique Elias Santos, 28, considerado pelos investigadores os principais suspeitos do esquema. Ele teria se aproximado dos dois há cerca de quinze anos durante jornadas de Counter Strike (jogo de tiro online) em lan houses de Araraquara, no interior de São Paulo.
 principal prova contra Marques é o IP de um dispositivo cadastrado no seu nome, de onde teriam partido ataques hacker. A defensora pública Manoela Maia Cavalcante Barros, que defende Danilo Marques, diz, no entanto, que o contrato de internet em questão foi assinado por ele, mas que o serviço era utilizado por Walter Delgatti. Segundo Manoela, ele fez um favor ao amigo ao colocar seu nome no contrato, uma vez que Delgatti tinha restrições por ter passagens pela polícia.
Marques vive com a irmã mais velha e uma sobrinha de 16 anos em uma casa afastada do centro de Araraquara. Calado e reservado dentro da própria residência, segundo a jovem, ele costuma passar boa parte do tempo em seu quarto, ao computador. No dia da operação da PF, ele saiu de casa pouco antes de a PF chegar para cumprir o mandado de prisão e só foi detido depois.
Em suas publicações no Facebook (confira abaixo), Danilo Marques declara abertamente apoio a Bolsonaro e Moro. Na época da campanha, no ano passado, incluiu “Bolsonaro 17” em sua foto de perfil e publicou vídeos ao vivo de comícios em prol do candidato do PSL. Marques também usou as suas redes para fazer críticas ao ex-presidente Lula e à campanha Lula Livre. O conteúdo é bem diferente do propalado por Delgatti em seu Twitter, no qual replicou as mensagens vazadas pelo site The Intercept Brasil e atacou constantemente Bolsonaro, Moro e o procurador Deltan Dallagnol.
O histórico de Marques também é bem diferente do de Delgatti, que têm passagens na polícia por estelionato, falsificação e furto e nenhum emprego registrado. Marques trabalhou como operário em uma fábrica de cuecas, foi mototaxista, e atualmente trabalhava como motorista de aplicativo, como o Uber. Estava cursando direito numa universidade particular de Araraquara e, durante as férias de julho, fazia um curso de eletricista, segundo conhecidos.
Apesar do trio ser de Araraquara, Marques foi o único preso na cidade. Delgatti foi preso em Ribeirão Preto, e Gustavo, em São Paulo.
De acordo com pessoas que conviveram com os dois, Delgatti era um conhecido golpista da região, que passava cheques sem fundo, falsificava depósitos bancários e comprava cartões clonados. Uma das suas principais fontes de renda seria vender ingressos falsificados de festas, como a da festa eletrônica Tomorrowland. Ele e Gustavo gostavam de ostentar na cidade, postando fotos com notas de dinheiro, correntes de ouro e a bordo de carros importados.
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Professor Edgar Bom Jardim - PE