sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Santa é excluído de Estadual e pode ficar fora da Copinha

Árbitro Tiago Nascimento dos Santos
Árbitro Tiago Nascimento dos SantosFoto: Cortesia
A violência sofrida pelo árbitro Tiago Nascimento dos Santos, após a final do Campeonato Pernambucano sub-20, entre Santa Cruz e Porto, na Arena de Pernambuco, provocou sérias punições à Cobra Coral. Após analisar as imagens internas do estádio, que mostram o profissional sendo agredido por pessoas vestidas com a camisa da comissão técnica do Santa, a Federação Pernambucana de Futebol (FPF), juntamente com integrantes do Tribunal de Justiça Desportiva, da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (ANAF) e do Sindicato dos Árbitros Profissionais de Futebol do Estado de Pernambuco (SAPFEPE), decidiu excluir o Tricolor da edição 2019 do Estadual da categoria, solicitando também o banimento administrativo dos dirigentes que participaram da confusão. O clube ainda corre o risco de ficar fora da próxima Copa São Paulo de Juniores.
A confusão aconteceu na noite da última quinta (29), na final do torneio, conquistada pelo Porto. Uma das versões citadas é que os membros da comissão técnica do Santa ficaram revoltados após o árbitro ter validado um gol do Gavião mesmo após a marcação de impedimento do bandeira – o juiz interpretou o lance como “recuo deliberado” e considerou a jogada legal. Após a partida, vencida pelos caruaruenses por 3x2, os agressores foram até os corredores internos do estádio para coagir o profissional. Nas imagens, é possível identificar que um homem desfere empurrões e um chute em Tiago.
Após a agressão, o árbitro foi submetido a um exame de corpo de delito na Delegacia de São Lourenço. A polícia continua apurando o caso para tomar as medidas criminais. E os prejuízos para o Santa Cruz não param por aí. A Federação Paulista de Futebol entrou em contato com Evandro Carvalho, presidente da FPF, para saber detalhes do caso. A entidade estuda a retirar o Santa Cruz da Copinha, que começa em janeiro. A decisão deve sair nos próximos dias.
Procurado pela Folha de Pernambuco, o vice-presidente jurídico do Santa Cruz, Pedro Avelino, disse que analisará friamente os acontecimentos para tomar as medidas cabíveis. “As imagens são confusas e não tem como identificar os envolvidos. Eu vi o árbitro caindo, mas não sei se pela agressão. Quero deixar claro que não quero eximir alguém de culpa, mas um murro na cara é algo mais grave do que uma pessoa escorregar sozinha e machucar o rosto. Realmente é uma situação que deixa dúvidas no ar, porém não concordamos com conduta violenta”, comentou.  Em nota oficial, o Tricolor informou que, em caso de evidência de participação de qualquer integrante do clube, afastará o agressor imediatamente de suas funções.
Com informação de Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Bolsonaro afirmou que há espaço para Malta no governo, mas não como ministro


O senador Magno Malta terá espaço no governo, segundo o presidente eleito, mas não deve dirigir nenhum ministério
O senador Magno Malta terá espaço no governo, segundo o presidente eleito, mas não deve dirigir nenhum ministérioFoto: Divulgação
Após as reclamações do senador Magno Malta (PR-ES) e de seu aliado, o pastor Silas Malafaia, por não ter sido contemplado no ministério de Jair Bolsonaro (PSL), o presidente eleito afirmou que não prometeu nada a ninguém.

"Não fiz campanha prometendo absolutamente nada para ninguém. Não temos como dar ministério para todo mundo. Gostaria, mas não seria producente", disse.

Bolsonaro afirmou que há espaço para Malta no governo, mas não como ministro.

Na opinião de Malafaia, o senador só não foi reeleito porque se dedicou à campanha de Bolsonaro.

O presidente eleito disse que Malta ajudou muito e que o respeita. "Ele não vai ficar abandonado, mas, por outro lado, ele tem como participar do governo em outra função."

Bolsonaro afirmou ainda que está fazendo diferente ao nomear seu ministério sem aceitar indicação de partidos, mas disse que atendeu a grandes bancadas, como a ruralista. As indicações partidárias, disse, levaram à corrupção e são uma forma que "deu errado".

Segundo Bolsonaro, os militares futuros ministros são "pessoas técnicas, responsáveis e honestas". "Não escolhi porque são militares, mas pelo seu passado, seu conhecimento."

As declarações foram dadas à imprensa nesta sexta (30) durante visita à Comunidade Canção Nova, católica, em Cachoeira Paulista, a 200 km da capital. Antes disso, esteve em uma formatura de sargentos da Aeronáutica em Guaratinguetá (SP), cidade vizinha, e visitou o Santuário Nacional de Aparecida, também na região do Vale do Paraíba. 

Bolsonaro disse respeitar todas as religiões e afirmou que foi até a basílica por ser cristão e católico. "O meu nome Messias veio por conta da gestação complicada da mãe, que era católica fervorosa."

Ao lado de padres na Comunidade Canção Nova, se emocionou ao agradecer a Deus por ter sobrevivido ao atentado a faca em Juiz de Fora (MG), durante a campanha.

"Sou sobrevivente. Aqui só estou por interferência de Deus", afirmou. Bolsonaro disse ter pedido para que a filha de oito anos não ficasse órfã.

Com informações de Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Caso Pezão: Rio já tem mais de dez autoridades presas


As prisões são resultado de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Elas foram solicitadas em petição apresentada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ao ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Félix Fischer - o STJ é a corte responsável por investigar e julgar governadores, que desfrutam de foro privilegiado. Fisher é o relator da Lava Jato no STJ.
A operação que levou à prisão do governador foi batizada de Boca de Lobo e, segundo a Polícia Federal, pretende combater os crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e corrupção ativa e passiva, que teriam sido cometidos pela alta cúpula do governo do Rio.
Antes dessa última ação, uma sucessão de prisões e condenações levou várias autoridades do Estado à cadeia. O ex-governador de quem Pezão foi vice, Sérgio Cabral, foi condenado oito vezes a penas que, somadas, alcançam 183 anos, seis meses e 20 dias.
Raquel DodgeDireito de imagemJOSÉ CRUZ/AGÊNCIA BRASIL
Image captionPrisões foram pedidas pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, a ministro do STJ
Neste mês, a Justiça fluminense manteve a prisão preventiva do ex-procurador geral de Justiça, Claudio Lopes, que foi denunciado, junto com Cabral, por formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa e quebra de sigilo funcional. Os crimes foram cometidos entre o final de 2008 e dezembro de 2012. O processo corre sob sigilo.
A Alerj, por sua vez, tem dez deputados presos, além de seu presidente, Jorge Piciani (MDB), em prisão domiciliar.
Já no Tribunal de Contas do Estado, cinco dos sete conselheiros afastados por determinação do STJ.
Entenda quem são os principais alvos dos mandados de prisão desta quinta. A defesa do governador não se manifestou até a publicação deste texto. A BBC News Brasil não localizou a defesa dos demais citados.

Luiz Fernando Pezão (governador do Estado do Rio de Janeiro)

De acordo com a PF, as investigações tiveram início em julho deste ano com a homologação da colaboração premiada Carlos Miranda, apontado como operador de Cabral.
Na delação, Miranda detalhou pagamento de mesada de R$ 150 mil a Pezão quando ele era vice-governador. Segundo as declarações do delator, havia ainda pagamento de "13º" de propina e dois pagamentos de R$ 1 milhão como "prêmio".
No total, diz a PGR, há registros documentais, nos autos, do pagamento em espécie a Pezão de mais de R$ 25 milhões no período 2007 e 2015 (em valores atualizados, o montante equivale a pouco mais de R$ 39 milhões).
"Pezão repudia com veemência essas mentiras. Ele reafirma que jamais recebeu recursos ilícitos e já teve sua vida amplamente investigada pela Polícia Federal", afirmou nota distribuída pelo Palácio Guanabara há duas semanas.
De acordo com as investigações, o governador integra o núcleo político do que o MPF chama de uma "organização criminosa" que cometeu crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
PezãoDireito de imagemTOMAZ SILVA/AGÊNCIA BRASIL
Image captionDe acordo com investigações, Pezão integra o núcleo político do que o MPF chama de organização criminosa
Ao apresentar os pedidos, Dodge lembrou que Pezão foi secretário de Obras e vice-governador de Sérgio Cabral, entre 2007 e 2014, período em que ocorria cobrança de propina no formato de um percentual do valor dos contratos firmados pelo governo com grandes construtoras.
"A novidade é que ficou demonstrado ainda que, apesar de ter sido homem de confiança de Sérgio Cabral e assumido papel fundamental naquela organização criminosa, inclusive sucedendo-o na sua liderança, Luiz Fernando Pezão operou esquema de corrupção próprio, com seus próprios operadores financeiros", diz Dodge, em nota da PGR.
Além da delação premiada, as suspeitas contra Pezão são baseadas em informações obtidas em documentos apreendidos na casa de um dos investigados na Operação Calicute.
Na petição enviada ao STJ, a procuradora-geral diz que o material revela que "cabia a Pezão dar suporte político aos demais membros da organização que estão abaixo dele na estrutura do poder público e, para tanto, recebeu valores vultosos, desviados dos cofres públicos e que foram objeto de posterior lavagem".
Sérgio CabralDireito de imagemFERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL
Image captionEx-governador Sérgio Cabral foi condenado a penas que, somadas, ultrapassam 180 anos de prisão
Segundo a PGR, a prisão do governador era necessária porque, solto, Pezão poderia dificultar a recuperação dos valores e dissipar o dinheiro adquirido por meio de propina. Segundo a PGR, esses recursos serão objeto de sequestro.

José Iran Peixoto Júnior (secretário de Obras)

Iran assumiu o cargo de secretário estadual de Obras em julho de 2014. Antes disso, exerceu as funções de subsecretário executivo de Obras, de subsecretário de Saneamento e de subsecretário de Obras Metropolitanas. Também foi assessor da Vice-Governadoria do Estado e secretário de Planejamento da Prefeitura de Volta Redonda.

Affonso Henriques Monnerat Alves Da Cruz (secretário de Governo)

Figura próxima ao governador Pezão, Monnerat já estava preso desde o início do mês, alvo de outra operação da Polícia Federal, intitulada Furna de Onça, e havia sido exonerado.
A operação investigava a participação de deputados estaduais do Rio de Janeiro em esquema de corrupção, lavagem de dinheiro, loteamento de cargos públicos e de contratos de mão de obra terceirizada em órgãos da administração estadual, e resultou também na prisão de dez deputados estaduais.

Marcelo Santos Amorim (sobrinho do governador)

Parente de Pezão, Amorim chegou a ocupar a subsecretaria de Comunicação Social da Secretaria de Estado da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico.
Em abril, o Ministério Público do Rio obteve na Justiça decisão para afastá-lo do cargo. À época, a juíza Maria Paula Gouvea Galhardo também determinou o bloqueio de de R$ 3,6 milhões de Amorim.
Na sentença, a magistrada diz que a investigação teve como base provas obtidas a partir das delações premiadas de Jonas Lopes Filho, ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado, e Jonas Lopes Neto.
O ex-presidente do TCE disse que ele e cinco conselheiros receberam propina de empresas fornecedoras de alimentação para os presídios do Rio, e também da Federação das Empresas de Ônibus do Estado, a Fetranspor. Ainda de acordo com a decisão, Amorim foi reconhecido pelos colaboradores como um dos operadores do esquema de arrecadação de propinas. A BBC News Brasil não localizou a defesa de Amorim.

Luiz Carlos Vidal Barroso (servidor da Secretaria da Casa Civil e Desenvolvimento Econômico)

Segundo o jornal O Globo, Barroso é amigo de Pezão de longa data. Ainda de acordo com o jornal, o doleiro Álvaro Novis disse em delação premiada que Barroso era um operador indicado por Pezão para receber propina e que entregou a ele dinheiro em espécie em mais de uma oportunidade.
À época, o servidor negou. Sua defesa não foi localizada até a publicação desta reportagem.

Empresários

Também foram alvo da operação Cláudio Fernandes Vidal e Luiz Alberto Gomes Gonçalves (sócios da J.R.O. Pavimentação), além de Luis Fernando Craveiro De Amorim e César Augusto Craveiro De Amorim (sócios da High Control). A BBC News Brasil procurou as duas empresas, mas não conseguiu contato com a defesa dos citados.

Pá de cal em elite política

Para o cientista político da PUC-Rio Ricardo Ismael, a pá de cal na elite política do MDB que governou o Estado veio nas eleições de 2018 e a prisão de Pezão a confirma.
"O ciclo do MDB está encerrado no Estado. O partido não teve condição de lançar candidato próprio ao governo, nem ao Senado. Os herdeiros dos líderes foram contaminados - os filhos de Eduardo Cunha, Cabral e Piciani não se elegeram. E a bancada do MDB diminuiu. Quem sobreviveu saiu do partido, como o Eduardo Paes. E mesmo nele respingou, não foi eleito. Dificilmente haverá espaço para eles nos próximos anos."
O professor vê um vácuo de poder no Estado como consequência.
"(Wilson) Witzel (governador eleito do PSC) tenta ocupar esse espaço, mas não há essa certeza ainda se ele dará conta de todos os problemas do Rio. Ele não tem experiência administrativa de governo e está tendo dificuldade de montar um secretariado. Tem um espaço sendo disputado. Além dele, tem o DEM do Paes, o PSB com o Alessandro Molon, o PSOL com o Marcelo Freixo e o Flávio Bolsonaro pelo PSL. Essas são as novas lideranças postas, mas ainda estão tentando ocupá-lo. Não há nada consolidado. A população busca renovar liderança, mas esse processo é muito mais lento do que a população imagina. Isso é dificultado pela circunstância de crise."
WitzelDireito de imagemFERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL
Image captionPara cientista político, Wilson Witzel tenta ocupar vácuo de poder no Rio
Ismael acredita que a prisão de Pezão não provocará impacto para a população em geral. "Só falta um mês para terminar o governo, as coisas mais urgentes não serão descontinuadas, como a intervenção federal e o acordo da dívida do Estado."
Em nota, o governador em exercício afirma que o governo manterá todas as ações previstas no Regime de Recuperação Fiscal e dará prosseguimento aos trabalhos de transição de governo, "reiterando o seu maior interesse na manutenção do bom relacionamento com os demais Poderes do Estado."

Com informações de Luiza Franco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Escola Dr. Mota Silveira celebra cultura popular


Sob a coordenação da professora de Sociologia Mercês Pedrôso, a   EREM Dr. Mota Silveira realizou no último dia 14 o projeto denominado Resgatando a Identidade Cultural. A ideia teve como objetivo transmitir aos estudantes daquele estabelecimento educacional os vários aspectos da cultura popular produzidos em Bom Jardim, contemplando as artes populares de modo geral, tais como folclore, artesanato, literatura, música, dança e gastronomia, sem esquecer a religiosidade praticada por adeptos dos vários credos religiosos em ação no município. O projeto foi desenvolvido em várias etapas, podendo ser destacadas, entre outras, as seguintes: “registrar lembranças e vivências ainda presentes na memória dos bonjardinenses; desenvolver ações em sala de aula que favoreceram o reconhecimento da cultura local; celebrar nossa cultura da ‘mostra’, como forma de expressão máxima, onde cada grupo executou uma ação envolvida na pesquisa e na prática; formar um cidadão  capaz de conhecer primeiramente sua cultura para depois explorar as demais, identificando-se nessa diversidade, baseado no respeito e na tolerância a qualquer forma de expressão cultural…” Coube aos alunos a produção de entrevistas em vídeo e áudio com personalidades atuantes em solo bonjardinense. No tocante à religião, foram entrevistados o padre Severino Fernandes, da Paróquia de Sant’Ana; o pastor Eri, da Igreja Batista; Dona Lêda, do Centro Espírita Sérgio Lourenço, bem como outros representantes de igrejas evangélicas locais. No campo artístico, as entrevistas enfocaram o escultor Marcos do Artesanato, o artista plástico Sandro Rock, o poeta Doddo Félix, a professora de ballet Glaucione Lopes, os cantores Dody dos Teclados e Ademir Galeno, o músico Cláudio Barros (In memoriam), e as chefes em gastronomia Rosângela e Maria (Restaurante Dama de Ouro). Integraram ainda o elenco acima, os animadores culturais, Prof. Edgar Santos (ex-Secretário Municipal de Cultura) e José Célio (diretor da Rádio Cult FM). O evento cultural realizou-se na área coberta da escola, em duas etapas (turnos da manhã e tarde), e contou com o total apoio da direção, professores, alunos e funcionários. A parte musical ficou a cargo dos músicos-colaboradores Mac Sedícias e Marcelino Gouveia de Barros. Digna dos maiores aplausos a brilhante iniciativa da professora Mercês Pedrôso e do EREM Dr. Mota Silveira. Seria de grande relevância que a ideia tivesse continuidade, com a realização de novas edições, inclusive abrangendo outras áreas do conhecimento humano, para engrandecimento dessa instituição educacional e dos bonjardinenses como um todo. BOM JARDIM AGRADECE!


Matéria: Doddo Félix
Fotos: EREM Dr. Mota Silveira
Acesse:https://culturapopularpe.com.br/erem-mota-silveira-celebra-cultura-popular/
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Pernambuco tem a menor taxa de mortalidade infantil do Norte/Nordeste

Pernambuco é o estado do Norte/Nordeste que apresenta a menor taxa de mortalidade. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (29). Ainda de acordo com a pesquisa, considerando todas as regiões do Brasil, Pernambuco aparece em 9º lugar.
A análise mostra, ainda, que Pernambuco alcançou a menor taxa de mortalidade em toda a série histórica e apresenta uma média melhor que a nacional. Este estudo, além de divulgar os níveis e padrões de mortalidade da população brasileira, é utilizado pela previdência social do país. 

Segundo a análise, para cada 1 mil crianças nascidas vivas, 12,1 podem falecer antes do primeiro aniversário em Pernambuco. No Brasil, a probabilidade é de 12,8 para cada mil nascidos vivos. Outro dado no balanço é a expectativa de vida ao nascer. A de um pernambucano é de 74,3 anos, de acordo com o IBGE, ficando na 2º colocação do Nordeste e a 13º do Brasil. No levantamento anterior a expectativa no Estado era de 73,9.
O IBGE afirma no documento que a análise é proveniente de uma projeção da mortalidade a partir da tábua de mortalidade construída para o ano de 2010, na qual foram incorporados dados populacionais do Censo Demográfico 2010, estimativas da mortalidade infantil com base no mesmo levantamento censitário e informações sobre notificações e registros oficiais de óbitos por sexo e idade.

Com informações do DP
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Reggae é Patrimônio Imaterial da Humanidade

Foto: Jewel SAMAD / AFP
Foto: Jewel SAMAD / AFP
O reggae, estilo musical jamaicano que conquistou fama em todo o planeta graças a artistas como Bob Marley, passou a integrar a lista de Patrimônio Imaterial da Humanidade, anunciou a Unesco nesta quinta-feira. A decisão de incluir o reggae na lista foi tomada pelo Comitê Intergovernamental para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, reunido esta semana em Port-Louis, a capital das Ilhas Maurício.

"É um dia histórico", celebrou a ministra da Cultura da Jamaica, Olivia Grange, que viajou a Maurício para a oportunidade. "Destaca a importância de nossa cultura e nossa música, cujo tema e mensagem é amor, união e paz", afirmou em uma entrevista à AFP.

A Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) destacou que a contribuição deste estilo musical "à reflexão internacional sobre questões como a injustiça, a resistência, o amor e a condição humana demonstram a força intelectual, sociopolítica, espiritual e sensual deste elemento do patrimônio cultural". A organização também recordou que, embora a princípio tenha sido uma expressão musical de comunidades marginalizadas, com o tempo o reggae foi "abraçado por amplos sectores da sociedade, sem distinção de sexo, etnia ou religião".

O reggae se une a uma lista criada em 2003 e que inclui quase 400 tradições ou expressões culturais, que vão da pizza napolitana até o flamenco, passando pela cerveja belga, a ioga e o tango. O comitê da Unesco, que precisava examinar quase 40 pedidos de inscrição durante a reunião, também incluiu em sua lista as Parrandas de Cuba. O reggae, apresentado pela Jamaica, se desenvolveu nos anos 1960 a partir do ska e do rocksteady, além de ter adicionado influências do soul e do rythm and blues americanos.

O estilo caribenho ganhou popularidade rapidamente nos Estados Unidos e Reino Unido, graças aos muitos imigrantes jamaicanos que chegaram ao país após a Segunda Guerra Mundial. Também se tornou música dos oprimidos, abordando temas sociais e políticos, a prisão e as desigualdades.

O reggae é indissociável do movimento espiritual rastafari, que sacraliza o imperador etíope Haile Selassie e promove o uso da maconha. Em 1968, a canção "Do the Reggay" do grupo Toots and the Maytals foi a primeira a utilizar o nome reggae, um ritmo que depois conquistou grande êxito mundial graças aos clássicos de Bob Marley e seu grupo The Wailers, incluindo "No Woman, No Cry", "Stir It Up" ou "I Shot the Sheriff".  "O reggae é exclusivamente jamaicano", afirmou a ministra da Cultura antes da votação. "É uma música que nós criamos e que penetrou em todo o mundo".

Ao contrário da lista de Patrimônio Mundial, a de Patrimônio Cultural Imaterial não se estabelece segundo critérios de "excelência ou de exclusividade", de acordo com a Unesco. Não busca reunir o patrimônio "mais belo", e sim representar sua diversidade e destacar as artes e habilidades das diferentes comunidades.
Com informações do DP.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Livro revela a Relação de Dom Hélder Câmara e as Artes


O livro traz 11 artigos, assinados por 17 pesquisadores. Foto: Reprodução
O livro traz 11 artigos, assinados por 17 pesquisadores. Foto: Reprodução

Algumas frases sintetizam pessoas e fatos. Para o arcebispo católico que comandou a Arquidiocese de Olinda e Recife de 1964 a 1985, Gilbraz de Souza Aragão cunha que “Dom Helder foi um homem múltiplo”. A expressão consta no livro que o professor prefacia e cujo lançamento está marcado para hoje, às 19h, na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). A obra Andar às voltas com o belo é andar às voltas com Deus: a relação de Dom Helder Camara com as artes revela o sacerdote, conhecido mundialmente pela defesa dos direitos humanos, como alguém apaixonado e conhecedor do mundo artístico. E também um artista. No evento de hoje, serão exibidos trechos de filmes que o arcebispo assistiu e comentou, interpretadas quatro canções da MPB comentadas por ele e declamados quatro poemas de sua autoria, além da audição do VI Movimento de A sinfonia dos dois mundos.

Organizado por Newton Darwin de Andrade Cabral e Lucy Pina Neta, o livro traz 11 artigos, assinados por 17 pesquisadores. Entre eles, os próprios organizadores. Os textos, guiando-se pela análise de Gilbraz, abre perspectiva para se entender dom Helder por cores diferentes da repressão sofrida durante os governos militares. “A ética que dom Helder encarnou é pintada em muitos tons de cinza, sem atenção para o colorido estético que a revestiu e inspirou”, ressalta o prefaciador. Em meio às atividades eclesiais, às conferências e às denúncias de violência e tortura, o arcebispo bebia das fontes do teatro, do cinema, da poesia e da música.

A preocupação de dom Helder com o belo e o conhecimento se traduziu em encontros no Palácio dos Manguinhos, onde o arcebispo morou de 1964 a 1968. No prédio da Avenida Rui Barbosa, ele promoveu as “noitadas”. Essas, conforme o texto de Newton Cabral e Carlos André Silva de Moura, foram encontros que reuniram intelectuais de diversas áreas. Da filosofia à sociologia, à teologia, às letras. Na lista de quem participou ou foi cogitado a participar das noitadas figuram escritores, como João Cabral de Melo Neto e Mauro Mota; juristas, a exemplo de Lourival Vilanova; padres, como José Comblin; e artistas plásticos, entre esses, Francisco Brennand. A relação inclui pastores e gente ligada à música, ao teatro e ao ensino.

“Fica evidente a multiplicidade de áreas e temas pensados ou abordados”, afirmam Newton e Carlos sobre as noitadas. A multiplicidade refletia as preocupações de dom Helder, que propunha ou acatava sugestões. Além disso, o arcebispo ficava atento à agenda de visitas à arquidiocese. Quando podiam, os visitantes participavam das noitadas. Ora expondo. Ora participando somente das discussões. Haviam críticas à abertura do Palácio dos Manguinhos para os debates, mas a isso dom Helder responde em uma carta a amigos: “Neste Recife parado, traumatizado, com medo de pensar, um grupo excepcional de inteligências honestas e limpas ficou até meia-noite em pleno debate de ideias, sinônimo, a meu ver, de louvor a Deus”. As noitadas foram uma das maneiras encontrados pelo arcebispo de “encher, um pouco, Manguinhos”. E cujo último registro de realização data de março de 1969, quando mandavam a censura e a repressão impostas pelo Ato Institucional Nº 5, o AI-5.

A relação do arcebispo, um homem de gestos largos e por muitos classificados de teatrais, com o teatro é analisada por Cláudio Bezerra e Stella Maris Saldanha. No capítulo Um profeta escolhido teatro, eles apontam que dom Helder escolheu o teatro, mas na relação dele com a arte da representação se deu o contrário. Criança, Helder era carregado pelo tio, um diretor de teatro, para assistir ensaios de peças. O gosto por tal arte alçou o padre além da condição de público, mas a de autor. A ele, que se tornou personagem de dois espetáculos, é creditada a autoria de um auto inédito.

A condição de autor do arcebispo também se vê na música. Ouvinte assíduo, escreve Percy Marques Batista, em Variados tons de um Dom Helder e a MPB, o sacerdote ia a shows, promovia audições e discussões e escrevia sobre a música. É nítida a identificação dele com as composições de Chico Buarque. Das canções Pedro Pedreiro e A Banda, ambas lançadas em 1966, dom Helder se identifica com os sentimentos de esperança.

A esperança também está em A sinfonia dos dois mundos, obra que reúne os argumentos do arcebispo, preocupado em superar as fronteiras ideológicas, sociais e econômicas do mundo, e o talento do maestro suíço Pierre Kaelin. Quem analisa a sinfonia no livro é Cícero Williams da Silva. Executada em 39 cidades de 14 países, a sinfonia somente foi apresentada no Brasil em 1985, com o fim dos governos militares. Ela é considerada o ápice do lado artista de dom Helder artista, que bebeu das crônicas e da poesia para falar da fé, da pobreza, do carnaval e da arte. Por crer que “andar às voltas com o belo é andar às voltas com Deus”.

Serviço
Lançamento do livro Andar às voltas com o belo é andar às voltas com Deus: a relação de Dom Helder Camara e as artes
Quando: nesta terça-feira (27), às 19h
Onde: Auditório Dom Helder Camara, no Bloco A da Unicap (Rua Afonso Pena, 70, Santo Amaro) 
Preço: R$ 45 (nas livrarias) e R$ 39 (no lançamento)
Editora: Bagaço
296 páginas.
Com informações de Diario de Pernambuco

Professor Edgar Bom Jardim - PE