domingo, 25 de setembro de 2022

Lula tem 62%, Bolsonaro 22%, Ciro 5%





Pesquisa Ipec divulgada nesta quarta-feira (21) revela os índices de intenção de voto para o cargo de presidente entre os eleitores de Pernambuco. O ex-presidente Lula (PT) continua liderando a disputa no estado, com 64%, contra 22% do presidente Jair Bolsonaro.

Os índices são semelhantes aos registrados na pesquisa Ipec divulgada no dia 6 de setembro, quando o ex-presidente teve 62%, uma diferença dentro da margem de erro, e o atual presidente, os mesmos 22%.


A pesquisa contratada pela Globo ouviu 1.504 eleitores entre os dias 18 e 20 de setembro em 57 cidades pernambucanas. Margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%


A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o protocolo PE-03933/2022 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00352/2022.

O instituto também fez pesquisas com eleitores do estado para os cargos de governador senador.

*A candidatura de Padre Kelmon (PTB) foi protocolada junto ao TSE após o registro da pesquisa Ipec divulgada no dia 6 de setembro, por isso o nome do candidato não constou na pergunta de intenção de voto estimulada do referido levantamento.

**Os candidatos Constituinte Eymael (DC) e Pablo Marçal (Pros) não foram citados pelos entrevistados nesta pesquisa.



G1 PE
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Danilo cresce com o apoio de Lula e apoiadores já comemoram a chegada ao segundo turno. Adversários lutam no campo do tapetão para conter avanços do PSB



Divulgação
 A campanha de Danilo Cabral PSB cresce nas pesquisas, junto ao eleitorado de todo estado de Pernambuco, desperta ataques de adversários e tentativas de anulação da candidatura do PSB, por suposto uso da máquina pública. É fato que Danilo Cabral cresceu como foguete e toda oposição teme sua presença no segundo turno. Marília Arraes, Raquel Lira e Anderson Ferreira pedem a impugnação de Danilo.  FOTO: Divulgação JC. 

* Professor Edgar Bom Jardim - PE

Como votar nas Eleições 2022: as respostas para essa e outras dúvidas mais buscadas no Google


Mãos em cima de aparelho de biometria

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Teste com aparelho de biometria; você já sabe onde vai votar e quais documentos precisa levar?

Conforme se aproxima o primeiro turno, que ocorrerá no domingo 2 de outubro, perguntas sobre como será a votação, na prática, estão crescendo no Google, segundo dados compilados pela empresa.

Na última semana, perguntas como "que dia é a eleição de 2022" e "como votar nas eleições" tiveram crescimento de 5.000% em buscas na comparação com o período anterior de sete dias.

Com base principalmente em materiais informativos divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), a BBC News Brasil responde abaixo a perguntas em alta sobre as eleições

Que dia é a eleição de 2022?

O primeiro turno ocorrerá em 2 de outubro e incluirá a votação para cinco cargos: deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente

A depender dos resultados dessa etapa, o segundo turno, no domingo 30 de outubro, pode ocorrer para os cargos de governador e presidente. Ou seja, os demais cargos são decididos já no primeiro turno

Pode votar em outra cidade?

Outra pergunta frequente usando os termos "pode votar" é esta.

Todo eleitor tem seu domicílio eleitoral, que na prática, é um município. Não é possível estar vinculado a mais de um domicílio eleitoral ao mesmo tempo.

Existe a opção do voto em trânsito, uma solicitação para votar em outro domicílio eleitoral — o novo destino deve ser uma capital ou uma cidade com mais de 100 mil eleitores. Entretanto, o prazo para pedir voto em trânsito nesta eleição já passou, em 18 de agosto.

Em quantos deputados pode votar?

Dezenas de urnas em prateleiras

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No primeiro turno desta eleição, a votação será em candidatos para cinco cargos



Em ambas as datas, os eleitores votarão de 8h da manhã às 17h da tarde tendo como referência o horário de Brasília. A uniformização dos horários é uma novidade desta eleição e, com isso, por conta de diferentes fusos horários, o Acre e algumas seções no Amazonas terão a votação de 6h às 15h, para acompanhar a referência no horário de Brasília; e de 7h às 16h em Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Roraima.

Como votar nas eleições?

Título eleitoral

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Com informações básicas, é possível verificar em site e em aplicativo seu local de votação

É importante se preparar com antecedência não só para escolher bem seus candidatos, mas também para saber seu local de votação. É possível descobrir isso no site do TSE ou no aplicativo e-Título. Os TREs também oferecem atendimento presencial e por telefone ao público.

Para a preparação do eleitor, o TSE criou também um simulador de votação, em que se pode mexer em uma urna digital. Nela, é possível "votar" na ordem em que os cargos aparecerão na urna para votação no primeiro turno: deputado federal, deputado estadual, senador, governador e presidente.

O TSE estimula que os eleitores levem junto consigo para a urna uma colinha eleitoral com os números de seus candidatos. O site Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais permite consultar antecipadamente todos os candidatos e seus números por região.

Com quantos anos pode votar?

Essa é a pergunta mais buscada contendo os termos "pode votar" no Google desde o início da campanha, em 16 de agosto.

Já pode votar quem tem 16 e 17 anos, mas nesses casos, o voto é facultativo. A partir dos 18 anos, o voto é obrigatório. Essa regras valem para idades atingidas na data da votação.

O voto também é facultativo aos maiores de 70 anos e aos analfabetos.


Para onde vai meu voto depois que digito na urna?


No primeiro turno, o eleitor votará para os cargos de deputado estadual — ou distrital, no caso do Distrito Federal — e de deputado federal, com um candidato para cada um desses cargos.

Ou seja, uma pessoa vota em dois candidatos a deputado, um estadual e outro federal.

Aliás, para outro cargo do Legislativo, o de senador, há anos em que há duas vagas em disputa. Em 2022, porém, o eleitor votará apenas uma vez para senador.

Pode votar com a identidade?

De acordo com o site do TSE, o eleitor que souber seu local de eleição pode votar apenas com um documento oficial com foto, sem exigência do título de eleitor.

Com ou sem título em mãos, são aceitos como documento oficial com foto: carteira de identidade, passaporte, carteira de categoria profissional reconhecida por lei, certificado de reservista, carteira de trabalho ou carteira nacional de habilitação.

Certidões de nascimento e casamento não valem como documento para votar.


Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 24 de setembro de 2022

Biografia de Pedro Américo mostra o pintor para além do quadro "Independência ou Morte!"





No ano do Bicentenário da Independência do Brasil, chega às mãos dos leitores um livro que promete desvendar a figura responsável pela mais icônica representação visual deste marco histórico. “Além do Ipiranga, a extraordinária vida de Pedro Américo e suas incríveis facetas” traz fatos poucos conhecidos e expõe outras facetas do pintor que criou o famoso quadro “Independência ou Morte!” em 1888.

Escrita pelo advogado paraibano Thélio Queiroz Farias, a publicação é uma coedição da Cepe Editora e da Editora A União (PB). O lançamento ocorre neste sábado, às 15h, dentro da programação da sexta edição da Feira Nordestina do Livro (Fenelivro), que ocupa a Avenida Rio Branco, no Bairro do Recife


Múltiplos talentos
Com 244 páginas e diversas ilustrações, a obra é uma biografia aprofundada, que mergulha nos pormenores da vida e da obra de seu personagem central, trazendo à luz informações inéditas. Nascido na Paraíba, em 29 de abril de 1843, Pedro Américo teve notoriedade internacional, respeito da elite intelectual de sua época e admiração do povo.

Thélio Queiroz Farias escreveu biografia de Pedro Américo
Thélio Queiroz Farias é o autor do livro (Foto: Divulgação)

O contato com a história do biografado está no caminho Thélio desde a infância. Ainda criança, costumava acompanhar o pai, o advogado Leidson Farias, que atuou profissionalmente na Comarca de Areia, cidade de origem de Pedro Américo. Durante as viagens, aproveitava para visitar a casa onde o pintor nasceu

Em 1991, Thélio foi pela primeira vez a Florença, na Itália, onde seu conterrâneo famoso morreu. Ficou surpreso ao encontrar um busto em homenagem ao artista, algo que não existe no Brasil. “Comecei a estudar sobre a vida de Pedro Américo e descobri que o mesmo não foi só o maior pintor brasileiro do século 19, e que teve múltiplos talentos como de caricaturista, arquiteto, explorador planetário, poeta, romancista, intelectual, político, deputado federal, professor, filósofo e ecologista. Vi que eu tinha um personagem talentoso, que posso intitular de ‘Leonardo Da Vinci brasileiro'”, conta.

Cinco anos de pesquisa
Para chegar a um resultado que fizesse jus ao biografado, o escritor levou cinco anos para concluir sua pesquisa. Ao longo desse tempo, Thélio fez várias visitas aos lugares por onde o pintor passou e que marcaram sua trajetória. Ele ouviu diferentes fontes e teve acesso a arquivos públicos e documentos concedidos pelos bisnetos do pintor. Com o auxílio de um médico e tomando como base os sintomas relatados em cartas, o autor chegou a descobrir a causa morte do artista. 
“Com essa pesquisa, descobri que Pedro Américo naufragou na orla da Grã-Bretanha, perdeu-se no Norte da África e quase foi devorado por um leão. Também relato a prisão de Pedro Américo em Paris, por engano, e as dificuldades que o mesmo passou, inclusive fome”, adianta.

Conhecimentos para novas gerações
A publicação conta com prefácio do professor, escritor e presidente da União Brasileira dos Escritores (UBE), Ricardo Ramos Filho, que é neto de Graciliano Ramos, além de textos do artista plástico João Câmara e do presidente da Fundação Portinari, João Cândido Portinari. O farto material imagético do livro traz algumas das mais famosas obras de Pedro Américo, como “Batalha do Avaí” (1872-77) e “Tiradentes Supliciado” (1893).

“Como ressaltou Cardoso de Oliveira, genro e primeiro biógrafo de Pedro Américo, ‘render culto aos grandes homens é um dever tão sagrado quanto o de amar a nossa Pátria’. Ao mergulhar na vida de Pedro Américo, naveguei por páginas fantásticas da história do Brasil, e acredito que dei minha contribuição para que as novas gerações conheçam a figura de Pedro Américo e que possam se apaixonar pelo mundo dos livros e da história”, afirma o pesquisador, que destacou a existência de um projeto de lei, ainda aguardando a aprovação do Legislativo para inscrever o nome do pintor no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria


Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Guerra da Ucrânia: O que são armas nucleares táticas? A Rússia pode usá-las?




Submarino nuclear russo

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Submarino nuclear russo Dmitriy Donskoy

O presidente russo Vladimir Putin sugeriu que está pronto para usar armas nucleares para defender seu território, aumentando o temor de que ele use na Ucrânia dispositivos nucleares "táticos" ou de pequena escala.

O presidente norte-americano Joe Biden advertiu Putin dizendo que um movimento do tipo representaria a mais séria escalada militar no mundo desde a Segunda Guerra Mundial.

O que são armas nucleares táticas?

Armas nucleares táticas são compostas por pequenas ogivas e sistemas de lançamento para uso no campo de batalha ou para ataques limitados.

São projetadas para destruir alvos inimigos em uma área específica sem causar uma dispersão de radioatividade generalizada


As menores armas nucleares táticas podem ter 1 quiloton ou menos (produzindo o equivalente a 1.000 toneladas do explosivo TNT). Os maiores podem chegar a 100 quilotons

As armas nucleares estratégicas são maiores (até 1.000 quilotons) e são lançadas de uma distância maior.

Em comparação, a bomba atômica que os EUA lançaram sobre Hiroshima em 1945 tinha 15 quilotons.

Que armas nucleares táticas a Rússia tem?

De acordo com a inteligência dos EUA, a Rússia tem cerca de 2.000 armas nucleares táticas.

Suas ogivas nucleares táticas podem ser colocadas em vários tipos de mísseis que normalmente são usados ​​para lançar explosivos convencionais, como mísseis de cruzeiro e projéteis de artilharia.

Armas nucleares táticas também podem ser disparadas de aeronaves e navios - como mísseis antinavio, torpedos e cargas de profundidade (que são usadas contra submarinos).

Os EUA dizem que a Rússia recentemente investiu pesadamente nessas armas para melhorar seu alcance e precisão.

Gráfico mostra comparação do número estimado de ogivas em cada um dos nove países com armas nucleares

As armas nucleares táticas já foram usadas antes?

Esse tipo de armamento nunca foi usado em conflitos.

Potências nucleares como os EUA e a Rússia consideram que é igualmente eficaz destruir alvos no campo de batalha usando munições convencionais modernas.

Há outra razão: até o momento nenhum país com armas nucleares esteve disposto a eventualmente desencadear uma guerra nuclear total empregando esse armamento tático.

Mas a Rússia poderia lançar mão de dispositivos nucleares menores, táticos, em vez dos mísseis estratégicos maiores.

"Talvez os russos não vejam isso como ultrapassar esse grande limiar nuclear", diz Patricia Lewis, chefe do programa de segurança internacional do think tank Chatham House.

"Eles poderiam ver isso como parte de suas forças convencionais."

Veículo de artilharia 2S7M Malka na Rússia

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Forças russas podem disparar pequenas ogivas nucleares usando artilharia convencional como o 2S7M Malka

É preciso se preocupar com as ameaças nucleares de Putin?




Em fevereiro de 2022, pouco antes de invadir a Ucrânia, o presidente Putin colocou as forças nucleares da Rússia em "prontidão especial de combate" e realizou exercícios nucleares de alto nível.

Mais recentemente, o líder russo disse: "Se a integridade territorial de nosso país estiver ameaçada, sem dúvida usaremos todos os meios disponíveis para proteger a Rússia e nosso povo. Isso não é um blefe".

A Rússia planeja anexar as regiões do sul e leste da Ucrânia que ocupou. O Kremlin planeja realizar supostos referendos para criar "repúblicas populares" separatistas, e Putin afirma que está pronto para defender a "integridade territorial" das regiões "por todos os meios".

A inteligência dos EUA vê esses movimentos como uma forma de impedir o Ocidente de ajudar a Ucrânia e não como um sinal de que ele está planejando uma guerra nuclear.

Mas outros temem que a Rússia, em caso de mais reveses, possa ficar tentada a usar uma armas nucleares de menor intensidade na Ucrânia como uma "mudança de jogo", para quebrar um impasse ou evitar a derrota.

James Acton, especialista nuclear do Carnegie Endowment for International Peace, um think tank baseado em Washington, diz: "Estou legitimamente preocupado que, nessas circunstâncias, Putin possa usar uma arma nuclear — provavelmente em solo ucraniano para aterrorizar a todos e conseguir o que quer. Ainda não estamos nesse ponto".

Gráfico com comparação de ogivas nucleares

Como os EUA responderam?

O presidente norte-americano Joe Biden alertou a Rússia de que o uso de armas nucleares na guerra na Ucrânia teria consequências.

Durante uma entrevista à CBS News, Biden disse que uma ação do tipo "mudaria a face da guerra diferente de tudo desde a Segunda Guerra Mundial", acrescentando: "Será consequente".

Como os EUA e a Otan responderiam a qualquer manobra nuclear é difícil de prever. Eles podem não querer escalar ainda mais a situação e arriscar uma guerra nuclear total, mas também podem querer traçar uma linha.

No entanto, a Rússia também pode ser dissuadida de usar armas nucleares táticas por outra potência — a China.

"A Rússia depende fortemente do apoio chinês", diz Heather Williams, especialista nuclear do Kings College de Londres."

"Mas a China tem uma doutrina nuclear de 'não usar primeiro'. Então, se Putin as usasse, seria incrivelmente difícil para a China apoiá-lo."

"Ele provavelmente perderia a China."

Fonte: BBC


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