terça-feira, 30 de junho de 2020

Cadastro Cultural para artistas, grupos, manifestações, espaços, instituições e trabalhadores da cultura de Bom Jardim



Os fazedores de cultura de Bom Jardim-PE,  comemoram a chancela da  Lei de Emergência Cultural. A luta do movimento cultural em todo país foi vitoriosa.  Nos próximos dias, o Governo Federal irá destinar para uma conta específica da prefeitura repasse estimado em R$ 306 mil reais para atender o setor cultural do  nosso município. Agora é uma construção social e coletiva, esforço e compromisso dos protagonistas do setor cultural e prefeitura municipal.

Visando informar, mapear, contribuir, acompanhar, articular, sugerir e estabelecer critérios para boa  aplicação e destinação dos recursos da Lei Aldir Blanc, um coletivo representativo dos segmentos culturais de Bom Jardim,  criou e iniciou  inscrição no CADASTRO CULTURAL para artistas, grupos culturais, espaços, instituições e trabalhadores da cultura para promover encaminhamentos e diálogos junto ao poder público. O documento e seus anexos  serão entregues ao governo municipal para validação e liberação dos recursos. Este é o  primeiro passo para implementação e avanço do setor. A mobilização e a participação da sociedade é essencial neste momento. Em todo país  o setor cultural se mobiliza, se conecta. É muito simples, rápido fazer sua inscrição  no CADASTRO CULTURAL DE BOM JARDIM PE. Acesse aquihttps://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdQ02ZcGrsD6RgOVeK4YOUaJWQe0fu2-Bt6Cn4laZg60S2ToA/viewform?fbclid=IwAR3fIOWpYIOrTJ1CECOQnl6_ojoBDAKHtE9UHB-bpXBID4m_4INA0GvcAYM


 

LEIA GUIA FÁCIL PARA LEI ALDIR BLANC

O QUE É A LEI:

A Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc estabelece um conjunto de ações para garantir uma renda emergencial  para trabalhadores da Cultura e manutenção dos espaços culturais brasileiros durante o período de pandemia do Covid-19. A aplicação da Lei tem impacto de R$ 3 bilhões oriundos do superávit do Fundo Nacional de Cultura apurado até 31 de dezembro de 2019.

COMO FOI A CONSTRUÇÃO DA LEI:

No início da pandemia no Brasil (março), 24 deputados e deputadas federais, de diferentes partidos e ideologias políticas, apresentaram vários projetos de lei com a mesma intenção: proteger o setor da Cultura que havia parado e estava sem renda. Todas as propostas foram reunidas no PL 1075/2020, de autoria da dep. Benedita da Silva (PT/RJ).

A construção do texto final e que virou Lei coube à relatora dep. Jandira Feghali (PCdoB/RJ) que, junto dos movimentos sociais, entidades representativas e sociedade civil, debateu, ouviu e assimilou as diferentes demandas nos quatro cantos do Brasil. Inúmeras webconferências por todo o país foram feitas, com diversos segmentos da Cultura, chegando a um texto único, novo, redondo e que vai ao ponto do que a área cultural precisa.

Por iniciativa de Jandira, a Lei de Emergência Cultural ganhou o nome de Aldir Blanc. E também pelo trabalho de ampla articulação política da parlamentar, a Lei saiu da Câmara dos Deputados e do Senado Federal com o acordo público dos líderes do Governo que a lei seria sancionada e sem vetos.


Resumindo:

1. R$ 3 bilhões para os Estados, DF e Municípios investirem em ações emergenciais dirigidas ao setor cultural, na forma de auxílio, subsídios e fomento.

2. Renda emergencial de R$ 600 para os trabalhadores e trabalhadoras da cultura, por 3 meses consecutivos, podendo ser prorrogada.

3. Subsídio mensal entre R$ 3 mil e R$ 10 mil para a manutenção dos espaços culturais, com regras de transparência e prestação de contas e contrapartida voltada, prioritariamente, a alunos da rede pública, após a reabertura.

4. Pelo menos 20% do valor total (R$ 600 milhões) devem ser destinados a ações de fomento como editais, chamadas públicas, prêmios, aquisição de bens e serviços vinculados ao setor cultural e outros instrumentos voltados à manutenção de agentes, espaços, iniciativas, cursos, produções, desenvolvimento de atividades de economia criativa e economia solidária, produções audiovisuais, manifestações culturais, bem como para a realização de atividades artísticas e culturais que possam ser transmitidas pela internet ou disponibilizadas por meio de redes sociais e outras plataformas digitais.

5. Linhas de crédito com prazos e condições especiais para pagamento.



PESSOA FÍSICA ALVO DA LEI:

Trabalhadora e trabalhador da Cultura, ou seja, pessoa que participa da cadeia produtiva de segmentos artísticos e culturais, incluindo artistas, produtores, técnicos, curadores, oficineiros e professores de escolas de arte.



QUAIS ESPAÇOS CULTURAIS:

Espaços culturais organizados e mantidos por pessoas, organizações da sociedade civil, empresas culturais, organizações culturais comunitárias, cooperativas com finalidade cultural e instituições culturais, com ou sem fins lucrativos que sejam dedicados a realizar atividades artísticas e culturais.

Exemplos:

Pontos e Pontões de Cultura, Teatros Independentes, Escolas de Música, Capoeira de Artes, Estúdios, Companhias e Escolas de Dança, Circos, Cineclubes, Centros Culturais, Casas de Cultura e Centros de Tradição Regionais, Museus Comunitários, Centros de Memória e Patrimônio, Bibliotecas Comunitárias, Espaços Culturais em comunidades indígenas, Centros artísticas e culturais afrodescendentes, Comunidades Quilombolas, Espaços de Povos e Comunidades Tradicionais, Festas populares e regionais (Carnaval, São João, etc), Teatro de Rua e demais expressões artísticas realizadas em espaços públicos, Livrarias, editoras e sebos, Empresas de diversões e produção de espetáculos, Estúdios de fotografia, Produtoras de cinema e audiovisual, Ateliês de pintura, moda, design e artesanato, Galerias de arte e fotografias, Feiras de arte e artesanato, Espaços de apresentação musical, Espaços de literatura, poesia e literatura de cordel, Espaços e Centros de Cultura alimentar de base comunitária, agroecológica e de culturas originárias, tradicionais e populares, outros espaços validados nos cadastros municipais.



DE ONDE SAIRÁ O DINHEIRO?

O recurso virá do superávit do Fundo Nacional de Cultura  apurado até 31 de dezembro de 2019, que contabiliza R$ 3 bilhões, mediante transferências da União a Estados, Municípios e ao Distrito Federal.


QUEM VAI PAGAR O QUÊ?

Caberá aos Estados e Municípios regulamentarem as responsabilidades de cada esfera na execução da Lei Aldir Blanc. Desta forma, a lei fortalecerá o Sistema Nacional de Cultura, garantindo cooperação e troca de informações entre os gestores públicos, em diálogo com a sociedade civil.


Caso uma cidade não tenha Secretaria ou Fundo Municipal de Cultura, como será feito o repasse dos recursos previstos para o município?

Os recursos previstos na Lei (R$3 bilhões) serão executados de forma descentralizada, mediante transferências da União a Estados, a Municípios e ao Distrito Federal, preferencialmente por meio dos Fundos Estaduais, Municipais e Distrital de Cultura ou, quando não houver, outros órgãos ou entidades responsáveis pela gestão desses recursos.

Se o estado ou município não tiver Secretaria ou órgão responsável pela cultura, deverá ser designado órgão público responsável pela gestão e execução dos recursos.

Se o estado ou município não tiver Fundo de Cultura, deverá ser designada conta bancária específica para o depósito e aplicação dos recursos oriundos da Lei Aldir Blanc.

 Qual o papel dos Conselhos de Cultura na implementação da Lei Aldir Blanc?

A Lei Aldir Blanc não vincula o repasse de recursos à existência de Conselho estadual ou municipal de Cultura. No entanto, a existência deste fórum de participação e controle social pode ser fundamental para garantir uma execução eficiente, transparente e efetiva dos mecanismos previstos na Lei.

Onde não houver Conselhos de Cultura, ou os mesmos não estejam atuantes, é possível a criação de fóruns e comitês emergenciais para acompanhamento e controle dos benefícios previstos na Lei.

Para a validação e atualização dos Cadastros de Cultura, como mecanismo de acesso aos benefícios da Lei, é recomendável a criação de comitês gestores, com composição paritária entre governo e sociedade civil, que validem e fiscalizem a concessão e execução dos benefícios previstos na Lei.

Outros benefícios previstos na Lei:

Linhas de crédito: Realizadas por instituições financeiras federais, para o fomento de atividades, aquisição de equipamentos e renegociação de débitos em condições especiais. Destinadas a Pessoas Físicas, trabalhadores do setor cultural e microempresas e empresas de pequeno porte que tenham finalidade cultural em seus estatutos. Os débitos das linhas de crédito deverão ser pagos em até 36 meses, com parcelas mensais reajustadas pela taxa Selic, e carência de 180 dias. O acesso às linhas de crédito e às condições especiais de renegociação de dívidas será vinculado ao compromisso de manutenção dos empregos existentes.

Leis de Incentivo: Prorroga automaticamente por 1 ano os prazos para aplicação dos recursos, realização das atividades culturais e respectiva prestação de contas dos projetos culturais já́ aprovados, por órgão ou entidade do Poder Executivo Federal.

Adiantamento de Recursos: Antecipação da execução de recursos de apoio e fomento já previstos para ações artísticas e culturais, mesmo que sua realização somente seja possível após o fim do estado de calamidade.

Ações Virtuais: Fomento de atividades culturais que possam ser transmitidas pela internet ou disponibilizadas por meio de redes sociais e de plataformas digitais ou meios de comunicação não presenciais.  *Fragmentos do Guia Fácil  - Jandira Feghali.



Lei de auxílio financeiro para o setor cultural é sancionada



*Com informações da Agência Brasil

O Palácio do Planalto sancionou, no final desta segunda-feira (29), a lei que institui auxílio financeiro de R$ 3 bilhões para o setor cultural devido à pandemia de covid-19. O valor será repassado, em parcela única, para estados, municípios e Distrito Federal, responsáveis pela aplicação dos recursos. A Lei nº 14.017/2020, chamada de Lei Aldir Blanc, foi publicada nesta terça-feira (30), no Diário Oficial da União.

O texto prevê o pagamento de três parcelas de um auxílio emergencial de R$ 600 mensais para os trabalhadores da área cultural, além de um subsídio para manutenção de espaços artísticos e culturais, microempresas e pequenas empresas culturais, cooperativas e organizações comunitárias. Esse subsídio mensal terá valor entre R$ 3 mil e R$ 10 mil, de acordo com critérios estabelecidos pelos gestores locais.

Trabalhadores do setor cultural e microempresas e empresas de pequeno porte também terão acesso a linhas de crédito específicas para fomento de atividades e aquisição de equipamentos e condições especiais para renegociação de débitos, oferecidas por instituições financeiras federais.

De acordo com a lei, poderão ser realizados editais, chamadas públicas e prêmios, entre outros artifícios, para a manutenção e o desenvolvimento de atividades de economia criativa e economia solidária, cursos, manifestações culturais, produções audiovisuais, bem como atividades artísticas e culturais que possam ser transmitidas pela internet ou por meio de plataformas digitais.

Enquanto perdurar a pandemia de covid-19, a concessão de recursos no âmbito do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), dos programas federais de apoio ao audiovisual e demais políticas federais para a cultura deverão priorizar o fomento de atividades que possam ser transmitidas pela internet, por meio de redes sociais e plataformas digitais ou meios de comunicação não presenciais. Os recursos de apoio e fomento também poderão ser adiantados, mesmo que a realização das atividades somente seja possível após o fim das medidas de isolamento social.

As atividades do setor - cinemas, museus, shows musicais e teatrais, entre outros – foram umas das primeiras a parar, como medida de prevenção à disseminação do novo coronavírus no país. De acordo com a pesquisa Percepção dos Impactos da Covid-19 nos Setores Culturais e Criativos do Brasil, mais de 40% das organizações ligadas aos dois setores disseram ter registrado perda de receita entre 50% e 100%.

O nome da lei homenageia o escritor e compositor Aldir Blanc, que morreu no mês passado, no Rio de Janeiro, aos 73 anos, após contrair covid-19.

AUXÍLIO EMERGENCIAL - O auxílio emergencial de R$ 600 mensais para os trabalhadores da área cultural deverá ser prorrogado, assim como o auxílio concedido pelo governo federal aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados.

Para receber o benefício, os trabalhadores da cultura com atividades interrompidas deverão comprovar, de forma documental ou autodeclaratória, terem atuado social ou profissionalmente nas áreas artística e cultural nos 24 meses imediatamente anteriores à data de publicação da lei. Eles não podem ter emprego formal ativo e receber benefício previdenciário ou assistencial, ressalvado o Bolsa Família.

Além disso, devem ter renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo ou renda familiar mensal total de até três salários mínimos, o que for maior; e não ter recebido, em 2018, rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70.

O recebimento dessa renda emergencial também está limitado a dois membros da mesma unidade familiar e a mulher chefe de família receberá duas cotas. O trabalhador que já recebe o auxílio do governo federal não poderá receber o auxílio cultural.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Governador do AM comanda “organização criminosa” de superfaturamento de respiradores, diz MPF





MPF aponta esquema de enriquecimento no governo de Wilson Lima, alvo de mandatos nesta terça. Secretária de Saúde do estado foi presa

Uma operação deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira 30 colocou o governador do Amazonas como operador de uma “organização criminosa”, como definiu a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo.

Segundo a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, membros da secretaria de Saúde do Amazonas , coordenados pelo governador Wilson Lima (PSC), adquiriram respiradores para o enfrentamento da crise do coronavírus a valores até 133% maiores do que a média de mercado. A razão está atribuída a um esquema de “triangulação” descoberto pelo MPF.

“Com a participação direta do governador, foram identificadas compras superfaturadas de respiradores, direcionamento na contratação de empresa, lavagem de dinheiro e montagem de processos para encobrir os crimes praticados.”, informou a nota do MPF.

“Em uma manobra conhecida como triangulação, uma empresa fornecedora de equipamentos de saúde, que já havia firmado contratos com o governo, vendeu respiradores a uma adega por R$ 2,480 milhões. No mesmo dia, a importadora de vinhos revendeu os equipamentos para o estado por R$ 2,976 milhões. Após receber valores milionários em sua conta, a adega os repassou integralmente à organização de saúde. Registros encontrados pelos investigadores comprovam a ligação entre agentes públicos e empresários envolvidos na fraude.”, alegam os procuradores.

Nesta terça, o ministro Francisco Falcão, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), autorizou o bloqueio de bens de 13 pessoas físicas e jurídicas no valor R$ 2,976 milhões. O governador Wilson Lima foi um dos alvos de buscas e bloqueio de bens, e a secretária de Saúde do estado, Simone Araujo de Oliveira Papaiz, foi presa preventivamente pela Polícia Federal.

Além dela, há uma lista extensa de funcionários da Secretaria de Saúde também presos nesta terça. Entre eles, figuram o ex-secretário João Paulo Marques dos Santos e o ex-gerente de compras da secretaria de saúde, Alcineide Figueiredo Pinheiro.

“Se está diante da atuação de uma verdadeira organização criminosa que, instalada nas estruturas estatais do governo do estado do Amazonas, serve-se da situação de calamidade provocada pela pandemia de covid-19 para obter ganhos financeiros ilícitos, em prejuízo do erário e do atendimento adequado à saúde da população”, declarou a subprocuradora-geral.

Carta Capital
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Lei Aldir Blanc sancionada.




Jandira Feghali anunciou sanção presiddencial em live esta noite - Foto da internet

O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro, disse esta noite, 29, ao deixar o Palácio do Planalto, que o presidente Jair Bolsonaro sancionou a Lei de Emergência Cultural, já chamada Lei Aldir Blanc. A única questão vetada é o prazo de 15 dias para implementar a distribuição de recursos aos produtores culturais de todos os municípios do país. O governo argumenta que o prazo é curto e não há como viabilizar os pagamentos com controle absoluto da destinação.

Marcelo comunicou à deputada federal Jandira Feghali, do PCdoB do Rio de Janeiro, relatora do projeto na votação na Câmara, que falou por telefone com ele anunciou a novidade numa live da qual participava no YouTube: “Essa questão dos 15 dias já era esperada por nós porque o governo vinha sinalizando essa dificuldade. Poderíamos brigar para derrubar o veto, mas isso tomaria mais do que os 15 dias e é melhor lutar agora pela Medida Provisória de liberação dos três bilhões de reais para pagar a cultura que está parada desde o começo da pandemia”.

Com  anf.org.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Maioria vê atos bolsonaristas como ameaça à democracia, mostra Datafolha





As fakes news também são consideradas um risco para a ampla maioria dos brasileiros

A maioria da população brasileira classifica os atos de apoio ao presidente Jair Bolsonaro que pedem o fechamento do Congresso Nacional e do STF como ameaças à democracia. Foi o que mostrou uma pesquisa do Datafolha, divulgada nesta domingo 28.

Segundo o levantamento, 68% dos entrevistados acreditam que as manifestações são um risco para a democracia contra 29% que não. 3%  não sabem.

Para a maior parte dos consultados, 81%, a maior ameaça à democracia brasileira acontece com a divulgação de notícias falsas envolvendo políticos e ministros do STF.

Ainda de acordo com a pesquisa, 49% dos entrevistados não veem nenhum chance de acontecer uma nova ditadura no País; 25% veem um pouco de chance e 21% veem muita chance.

A maioria, 59%, discorda totalmente que o governo brasileiro deveria ter o direito de fechar o Congresso Nacional; Já 20% dos pesquisados discordam em parte. Em relação à possibilidade do governo fechar o Supremo Tribunal Federal, 56% discordam totalmente da possibilidade.

A pesquisa foi feita em 23 e 24 de junho, com 2.016 pessoas —por telefone, para evitar contato pessoal na pandemia. A margem de erro é de dois pontos percentuais.


Com Carta Capital

Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 28 de junho de 2020

Sepultamento do ex-vereador Natal de Bizarra será neste domingo



Faleceu no final da noite deste sábado, 27 de junho 2020, em sua residência o Senhor José Natal de Oliveira, conhecido em todo município por Vereador "Natal de Bizarra". Natal deixa sua esposa Ex- vereadora Cicinha Moura, 4 filhos e 7 netos. Seu corpo está sendo velado em sua residência e será sepultado neste domingo(28), às 16 horas e 30 minutos. A família enlutada agradece a presença e a solidariedade de todos. 
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Carinho e afeto:Os amores desenham histórias



Conviver é uma busca de afeto. Nem todos conseguem parceiros que garantam solidariedade. A sociedade se multiplica rapidamente. Não faltam instituições confusas e tecnologias renovadoras.Mas nada consolida, para sempre, proximidades que provoquem alegrias e tragam generosidade. Nem tudo está cinza. Não se deve apagar as marcas da memória. Há lacunas imensas que inquietam. A história vai e vem, promete e nos agita. É uma convivência de tempos que surpreendem e atiçam a imaginação.

Quem ama se integra. O amor não é efêmero. Ele pede sossego, intimidade, luz. Reforça as possibilidades de sair para o mundo, distrai, encanta. Há dissonâncias. A homogeneidade não é absoluta. As invenções surgem para que o afeto se solte e não se aprisione. Amar é abrir gaiolas, sentir o cheiro da natureza, não ritmar o medonho, nem curtir egolatrias. Existem culturas diversas, ambições, narcisismos, pois o capitalismo caminha espalhando explorações. Porém, é sufocado por polêmicas, se envolve com crises e cinismos. A geometria possui avessos e contrapontos.

O amor se desintegra, quando se transforma em mercadoria.Tudo é presente, tudo é compra, tudo é vaidade. Não é fácil riscar os desconfortos daqueles que estimulam intrigas. O poder atrai, corrói os sentimentos. Nada se eterniza.As figuras dos deuses enchem templos, exigem crenças, porém não firmam tempos inatacáveis. Conviver é narrar histórias e aprender com elas. A fantasia espanta o pessimismo e o afeto tatua o azul que visita o horizonte.O planeta terra não cessa de girar, suspeitando da linha reta.

Se as histórias tentam a completude, mas falham, não se assuste. Não há como fixar a perfeição. O mito do pecado original está relacionado com a culpa. Freud analisou com profundidade nossas pulsões. As guerras nos fragilizam, as pandemias massacram a esperança, a respiração é fundamental para esticar as transcendências. As mentiras circulam, os amores desenham verdades, possuem lágrimas, descansam para desfiar os descasos dos tormentos. Não fique apático.Olhe a janela aberta e o sol banhando seu desejo.

Paulo Rezende/ A astúcia de Ulisses.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 27 de junho de 2020

Feira Livre de Bom Jardim-PE - Tempo de Pandemia

Muitos bonjardinenses não usam máscaras de proteção contra o coronavírus.  Conheça a feira de Bom Jardim- PE. Assista ao vídeo . Clique em LEIA MAIS. 


Vídeo produzido por Edgar Severino dos Santos - Museu de Bom Jardim-PE. Junho 2020


Fotos: Banco de Imagens do Museu de Bom Jardim - EASSESSORIACULTURAL

Professor Edgar Bom Jardim - PE



Coronavírus: O confinamento é 'o maior experimento psicológico da história', diz especialista em trauma

Ilustração de pessoas angustiadasDireito de imagemCECILIA TOMBESI/GETTY

Estima-se que pelo menos 2,6 bilhões de pessoas foram colocadas sob alguma forma de quarentena em março. Isso representa um terço da população mundial.

Em meados de junho, a covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, já havia contaminado mais de 9 milhões de pessoas e matado pelo menos 470 mil.

Alguns países da Europa e Ásia começaram a relaxar suas medidas de contenção, mas na América Latina muitos continuam com severas restrições.

Esses longos meses de confinamento podem levar a consequências psicológicas em grande parte da população.

Segundo Elke Van Hoof, professora de psicologia da saúde na Universidade de Vrije, em Bruxelas, e especialista em estresse e trauma, estamos diante do "maior experimento psicológico da história".

A falta de atenção das autoridades à assistência psicológica durante a pandemia fará o mundo pagar o preço, diz ela.

A seguir, veja trechos da entrevista de Elke Van Hoof à BBC Mundo, feita por telefone.

Elke Van HoofDireito de imagemINGE WACHTELAER
Image captionElke Van Hoof, professora de psicologia da saúde na Universidade de Vrije, em Bruxelas, e especialista em estresse e trauma

BBC Mundo - O que a pandemia pode nos ensinar sobre como as pessoas respondem à adversidade?

Elke Van Hoof - Primeiro, que somos resilientes, ou seja, a maioria de nós conseguiu se reinventar e recriar nossas vidas da melhor maneira possível durante a quarentena.

Temos forças para nos tornar a melhor versão de nós mesmos, independentemente da situação difícil em que nos encontramos. Então, há uma mensagem de esperança.

Segundo, temos as habilidades e o treinamento para melhorar ainda mais, porque podemos treinar as pessoas para terem resiliência.

Poderíamos estar mais bem preparados se tivéssemos abordado a importância da saúde mental antes da covid-19.

Infelizmente, não vi a saúde mental recebendo a atenção adequada nos meses em que estivemos na pandemia. E acho que é certamente algo necessário, porque existe a possibilidade de que isso aconteça novamente.

Pode haver muitos obstáculos para a saúde mental daqueles que enfrentaram a doença em unidades de terapia intensiva ou têm um membro da família doente.

Aí vemos que existe um alto nível de estresse tóxico que devemos abordar e que precisamos monitorar. Também prevemos que haverá uma resposta tardia nessa população, de três a seis meses após o final da pandemia.

Portanto, ainda não temos uma boa imagem do escopo do que estamos enfrentando. Esse período de pandemia e a longevidade das possíveis consequências é algo para o qual não estamos bem preparados. É realmente um grande desafio.

BBC Mundo - Por que diz que a quarentena é o maior experimento psicológico da história?

Van Hoof - Porque não sabemos como as pessoas vão responder. O surto de Ebola, foi local, em menor escala e apenas em alguns países.

Agora, temos empresas que tiveram que fechar e um terço do mundo está confinado. Portanto, não temos um modelo, não sabemos o que vai acontecer. E isso para mim é a definição de um experimento.

BBC Mundo - Quais podem ser as consequências psicológicas?

Mulher de máscara em casaDireito de imagemCECILIA TOMBESI/GETTY

Van Hoof - A quarentena tem algumas possíveis consequências mentais.A primeira pode ser a pessoa ter a sensação de estar sobrecarregada, não ser capaz de lidar (com obrigações), ter problemas para dormir, ficar mais irritada...

Se você tem uma estrutura familiar, não está sozinho. Mas se você não tiver, tudo se torna bastante solitário. Muitas pessoas estão em quarentena há mais de dois meses, apenas com o contato social de ir ao supermercado ou conectar-se online em uma reunião ou encontro social. Então, os sentimentos de solidão aumentaram muito.

Ao mesmo tempo, quando somos atingidos por uma pandemia de tal magnitude, também tendemos a ser mais solidários e a ter um maior sentimento de coesão social, porque todos sentimos o mesmo. Existem más consequências, mas também existem algumas que dão esperança.

Mas com pessoas vulneráveis ​​é outra coisa. Existe um alto risco de que suas condições tenham progredido ou de que terão de enfrentar desafios adicionais. Falo de abuso de substâncias, vítimas de abuso físico ou de abuso de poder. Veremos quais são as consequências em alguns meses.

Os números variam em todo o mundo, mas existe o risco de a violência aumentar em casa. Esse não é um sinal bom, pois indica que a quarentena tem um efeito severo nas pessoas. Existem muitas incertezas e é por isso que acho que o que está acontecendo deve ser monitorado de perto para que possamos nos adaptar o mais rápido possível.

Precisamos garantir que exista um sistema de atendimento psicológico bem coordenado, que permita às pessoas resolver seus problemas por conta própria, mas para que também possam procurar ajuda para pessoas ou familiares que estão com problemas.

BBC Mundo - É possível que pessoas desenvolvam distúrbios com estresse pós-traumático, como observamos em guerras?

Van Hoof - Sim. Se olharmos para as pesquisas que existem hoje, vemos que o nível de estresse está alto. No entanto, acreditamos que apenas uma pequena porcentagem desse nível de aumento se transformará de fato em transtorno de estresse pós-traumático aproximadamente de 5 a 10%.

E existem certos grupos de risco que podemos identificar. Os mais óbvios são as pessoas que trabalham na área da saúde porque estão na linha de frente.

Mãe e filhoDireito de imagemCECILIA TOMBESI/GETTY

Há também aqueles com membros da família que foram afetados ou que morreram devido à covid-19. E também mulheres com crianças pequenas, jovens e adultos jovens, porque não suportam o confinamento.Portanto, há vários grupos de alto risco que podem ser identificados. Mas os números ainda não estão claros e só saberemos com certeza em um ano, eu acho.

BBC Mundo - Que sintomas devem causar alerta?

Van Hoof - Uma pessoa pode desenvolver qualquer sintoma. Entre eles: sentir-se mais ansioso, sentir pressão no peito, falta de ar, não dormir bem, ficar mais irritado, ficar muito emotivo...

Temos que enfatizar que essas são respostas normais a uma situação excepcional e é um sinal de que o corpo e o cérebro estão tentando se adaptar à nova realidade.Mas quando ficar alerta? Quando a pessoa não consegue mais funcionar normalmente em sua rotina. É aí que é bom procurar ajuda, e pode ser autoajuda ou apoio profissional.

Em muitos países, há sites nos quais uma pessoa que não está se sentindo bem pode obter ajuda. Uma boa ferramenta para saber quando você está em uma zona vermelha (alerta) é o que chamo de "pontuação APGAR (pela sigla em inglês)", que normalmente é usada para monitorar crianças pequenas e que agora adaptamos como uma ferramenta para saber quando alguém precisa fazer alguma coisa sobre seu emocional.

APGAR significa "aparência, desempenho, crescimento, emoções e relacionamentos".

A aparência se refere a que você não pareça estar bem porque não está dormindo ou se cuidando durante esse período, enquanto o desempenho pode ser baixo ou alto e funciona tanto no trabalho quanto em casa.

Crescimento é a capacidade e vontade de adquirir novas informações. Se você geralmente entende as coisas razoavelmente rápido e de repente se vê dizendo: "eu não estou entendendo o que estão tentando me dizer" e pede para as pessoas repetirem as coisas três vezes e ainda assim você não entende pode ser sinal de que seu cérebro não está tendo a capacidade ou a vontade de assimilar novas informações.

Elke Van HoofDireito de imagemKOEN BAUTERS
Image caption"Quando ficar alerta? Quando a pessoa não consegue mais funcionar normalmente em sua rotina", diz a psicóloga.

As emoções dizem respeito a como você as controla, se fica mais emotivo, mas também se mostra uma resposta mais agressiva. E os relacionamentos estão ligados a uma mudança dramática na maneira como você se relaciona com outras pessoas. Pode ser que você fique mais solitário ou procure outras pessoas porque tem medo de ficar sozinho.

A regra geral é que, se pelo menos dois desses cinco denominadores pararem de funcionar abruptamente, você deve procurar ajuda, pois pode estar sofrendo de estresse tóxico.

BBC Mundo - Por que diz que é necessário prestarmos atenção aos tratamentos psicológicos, do contrário, sofreremos consequências?

Van Hoof - Se não prestarmos atenção suficiente e dermos uma resposta tardia ao estresse tóxico, as pessoas ficarão mal e não conseguiremos fazer a economia funcionar novamente. As empresas fecharam e, para recuperar a economia e prosperar novamente como sociedade, precisamos que as pessoas se sintam bem, sem estresse ou esgotamento. Portanto, se não prestarmos atenção suficiente à saúde mental, não haverá resiliência. Se não respondermos rapidamente a possíveis problemas que as pessoas possam sofrer, teremos uma bomba-relógio. Essas pessoas são as mesmas de que precisamos para dirigir nossa sociedade após o confinamento.

BBC Mundo - No início da pandemia, você fez uma pesquisa para descobrir os efeitos do confinamento na saúde mental dos participantes. Que resultados observou até aqui?

Van Hoof - Cerca de 50 mil pessoas de todo o mundo participaram da pesquisa online. Os resultados mostram que tivemos uma queda geral na resiliência de nossa população de 10%. E registramos um aumento nos níveis de estresse tóxico na população geral de mais de 10%. Cerca de 30%, ou 1 em cada 3 pessoas, se sentem muito estressados. E isso é muito.

BBC Mundo - É tarde demais para agir?

Van Hoof - Nunca é tarde demais, mesmo que um país não esteja fazendo nada no momento. Você sempre ganha quando se encaminha para melhores cuidados de saúde mental para a população em geral. Temos muitas ferramentas, como assistentes sociais, psicólogos e autoajuda. Se você tentar os métodos de autoajuda três vezes e eles não funcionarem, é bom procurar ajuda profissional. Pergunte ao seu clínico geral e ele poderá encaminhá-lo para o melhor atendimento psicossocial possível. Não duvide.


Professor Edgar Bom Jardim - PE