terça-feira, 30 de abril de 2019

Guiadó, Trump e Bolsonaro sofrem derrota na Venezuela

Donald Trump, presidente dos Estados Unidos
Donald Trump, presidente dos Estados UnidosFoto: Saul Loeb/AFP

Após escalada da crise na Venezuela nesta terça-feira (30), o governo dos Estados Unidos ofereceu alívio nas sanções a aliados de Nicolás Maduro que mudarem de lado e passarem a apoiar o líder de oposição Juan Guaidó, autoproclamado há quase cem dias presidente interino venezuelano.
O afrouxamento das sanções diplomáticas e econômicas inclui medidas impostas à PDVSA, petrolífera da Venezuela que teve seus ativos bloqueados.
Em nota do Departamento do Tesouro americano publicada em inglês e espanhol, o governo Donald Trump afirma que os EUA se unem ao povo venezuelano e a Guaidó "em oposição ao regime ilegítimo de Maduro".
"O caminho para o alívio das sanções para indivíduos e entidades alinhadas com o ilegítimo regime de Maduro, incluindo instituições como a PDVSA, é mudar seu comportamento e apoiar o líder eleito democraticamente da Venezuela e aqueles que buscam restaurar a democracia", diz o texto.
A nota do Tesouro americano diz que o caminho para afrouxamento das sanções a aliados de Maduro é justamente a mudança de posição.
O governo Trump mantém a retórica de que "todas as cartas estão sobre a mesa" quando o assunto é a crise na Venezuela, deixando aberta, inclusive, a opção de uma intervenção militar no país latino-americano.
O comunicado do Tesouro americano afirma ainda que os EUA vão continuar agindo "contra aqueles que se colocam no caminho para restaurar a democracia na Venezuela".
John Bolton, assessor de segurança nacional da Casa Branca e expoente da linha-dura do governo Trump contra Maduro, passou a terça publicando comentários nas redes sociais sobre a crise venezuelana. Segundo ele, "a única rota" para o alívio das sanções a indivíduos e entidades alinhadas a Maduro é "aceitando a oferta generosa de anistia de Guiadó"
Com informações da Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

A destruição das Universidades Públicas do Brasil



Segundo Abraham Weintraub, universidades têm permitido eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”
Bolsonaro e Abraham Weintrab (Foto: Andre Sousa/MEC)
o ministro da Educação de Jair Bolsonaro, Abraham Weintrab determinou o corte de pelo menos 30% dos recursos da Universidade de Brasília (UnB), da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade Federal da Bahia (UFBA) por terem permitido que ocorressem atos políticos – classificados por ele como “balbúrdia” – em seus campi.
“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse Weintrab em reportagem de Renata Agostini, na edição desta terça-feira (30) do jornal O Estado de S.Paulo.

Segundo Weintraub, universidades têm permitido que aconteçam em suas instalações eventos políticos, manifestações partidárias ou festas inadequadas ao ambiente universitário. “A universidade deve estar com sobra de dinheiro para fazer bagunça e evento ridículo”, disse. Ele deu exemplos do que considera bagunça: “Sem-terra dentro do câmpus, gente pelada dentro do câmpus”.
Em 2018, a UFF foi palco de um rumoroso “ato contra o fascismo”, na reta final da eleição presidencial. Já a UnB foi palco recentemente de debates com Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL).
De acordo com o MEC, as três universidades tiveram 30% das suas dotações orçamentárias anuais bloqueadas, medida que entrou em vigor na semana passada. Os cortes atingem as chamadas despesas discricionárias, destinadas a custear gastos como água, luz, limpeza, bolsas de auxílio a estudantes, entre outros.
Questionado se essa forma de escolha caracteriza, na prática, uma “lei da mordaça” nas universidades, ferindo a liberdade de expressão de alunos e professores, ele afirmou que todos “têm logicamente o direito de se expressar”, desde que o desempenho acadêmico esteja bom. “Só tomaremos medidas dentro da lei. Posso cortar e, infelizmente, preciso cortar de algum lugar”, afirmou. “Para cantar de galo, tem de ter vida perfeita.”
Avaliação
O ministro ainda acusou UnB, UFBA e UFF de queda no desempenho. No entanto, elas se mantêm em destaque em avaliações internacionais. O ranking da publicação britânica Times Higher Education (THE), um dos principais em avaliação do ensino superior, mostra que Unb e UFBA tiveram melhor avaliação na última edição.
Na classificação das melhores da América Latina, a Unb passou da 19.ª posição, em 2017, para 16.ª no ano seguinte. A UFBA passou da 71.ª para a 30.ª posição. A UFF manteve o mesmo lugar, em 45.º. Segundo a publicação, as três se destacam pela boa avaliação em ensino e pesquisa. E Unb e UFBA aparecem entre as 400 melhores instituições do mundo em cursos da área da saúde.
Com informação da Revista Forum
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Xenofobia contra estudantes brasileiros em Portugal



Caixa com pedras foi colocada em um corredor da universidade
Caixa com pedras foi colocada em um corredor da universidadeFoto: Reprodução/Twitter
Estudantes brasileiros da Faculdade de Direito de Lisboa denunciam casos de xenofobia vivenciados no campus da instituição, na capital de Portugal. Em publicação nas redes sociais, universitários mostram fotos de caixas com cartazes com dizeres preconceituosos que foram colocadas em corredores da faculdade nessa segunda-feira (29). O caso gerou reações nas redes sociais, e internautas lamentaram a situação.

Em um dos cartazes, colado em uma caixa com várias pedras, os estudantes sugerem que os colegas atirem os objetos em algum "zuca", termo pejorativo para se referir aos brasileiros. Os autores ainda citam que os brasileiros passaram "à frente no mestrado" como uma justificativa para a ação.

Em depoimento à Folha de Pernambuco, a mestranda em Direito Constitucional Renata Silveira, de 34 anos, carioca e desde outubro de 2018 em Portugal, conta que já presenciou cenas de xenofobia anteriormente nas ruas, mas na faculdade só escutava relatos. "Sempre fui bem tratada pelos professores e pelos colegas. Fiquei muito assustada, principalmente pelo fato de ter sido no local onde eu estudo, um prédio de Direito de uma universidade renomada no mundo", afirmou. 

A estudante ainda conta que sente um olhar diferente quando caminha nas ruas do país. "Acontece muito mais com quem vem para cá para trabalhar. Percebo que há esse preconceito e a gente fica chateada e magoada porque não espera sofrer isso dentro da instituição", acrescentou Renata. "A gente é visto como se tivesse roubando o lugar deles, mas não estamos roubando nada", finalizou.

Em nota, a universidade se posicionou sobre o caso. "Não serão toleradas quaisquer ações ofensivas relativamente a alunos da Faculdade", diz o texto, além de citar que a instituição está em fase de eleições para a Associação Acadêmica da Faculdade de Direito de Lisboa, o que pode ter provocado as manifestações contrárias aos brasileiros. 

A resposta da instituição, no entanto, não evitou protestos dos brasileiros. Com cartazes com as frases "Queremos respeito" e "Xenofobia é crime" e bandeiras do Brasil, os estudantes reagiram às atitudes xenofóbicas. Um novo protesto está previsto para ocorrer nesta quinta-feira (2).

Professor Edgar Bom Jardim - PE

28 milhões de desempregados e trabalhadores precários


Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil






















A taxa de desemprego no país atingiu 12,7% no primeiro trimestre do ano, acima dos 11,6% do último trimestre de 2018. Houve, no entanto, queda na comparação com o primeiro trimestre do ano passado (13,1%).

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Contínua (Pnad-C), divulgada hoje (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A população subutilizada também atingiu o número recorde de 28,3 milhões, com alta de 5,6% (1,5 milhão de pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 3% (mais 819 mil pessoas) na comparação anual.
O grupo de trabalhadores subutilizados reúne os desempregados, aqueles que estão subocupados (menos de 40 horas semanais trabalhadas), os desalentados (que desistiram de procurar emprego) e os que poderiam estar ocupados, mas não trabalham por motivos diversos.
A subutilização foi puxada pela desocupação e pela força de trabalho potencial. O número de pessoas desalentadas subiu 3,9% (180 mil pessoas a mais) em relação ao trimestre anterior, atingindo 4,8 milhões de brasileiros. Já o contingente de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas se manteve estável em 6,8 milhões.
Com informações do Diario de Pernambuco e G1.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Herdeiros de uma história familiar de analfabetismo, os gêmeos superaram a realidade rural e se gabaritaram para ingressar no programa Ganhe o Mundo

Luan e Luana dos Santos, 16 anos
Luan e Luana dos Santos, 16 anosFoto: Jose Britto/Folha de Pernambuco
Foi necessário mergulhar nos livros diariamente, entrando pela madrugada, e usar as férias escolares como tempo extra de estudo, mas um casal de gêmeos da pequena Macaparana, na Mata Norte pernambucana, conseguiu quebrar uma história familiar secular de anafalbetismo e trabalho rural exaustivo. 

Notas excelentes em português e matemática e domínio de uma língua estrangeira renderam uma vaga para a cada um no Programa Ganhe o Mundo (PGM), do Governo do Estado. Em agosto, Luan e Luana dos Santos, 16 anos, embarcam para o exterior. 

Quando voltarem, querem entrar na universidade. Ela quer estudar alguma engenharia. Ele prefere a área de saúde. É louco por biologia. “Aqui, quem tem pais trabalhadores rurais sempre acaba sendo trabalhador rural também. Mas, minha mãe não quis que a história continuasse. Podemos hoje escolher o que vamos ser”, conta Luan. 
Com a rotina que os gêmeos levam, é possível que consigam atingir o sucesso que desejarem. “A gente chega do colégio integral e ensina a tarefa ao nosso irmão mais novo e ao nosso sobrinho. Ajudamos no serviço de casa e depois vamos estudar, até a madrugada. Fico até 1h30. Ele até as 3h, quando tem tarefas maiores. Mas tem que controlar a hora de dormir, porque tem aula dia seguinte”, ressalta Luana. “Saímos às 7h15. Se sair de 7h19, temos que vir nas carreiras para não chegar atrasado”, completa o irmão.

Foi Josefa dos Santos, 52, mãe dos gêmeos e de outros cinco, que transferiu a própria vontade de estudar e aprender a ler para eles. Começou a trabalhar no roçado aos seis anos. “Eu chorava, querendo ir à escola, mas minha mãe dizia que só iria se desse tempo, depois do trabalho no campo. Aprendi a escrever meu nome e algumas poucas palavras. Decidi que meus filhos teriam uma vida diferente. Que iriam estudar”, contou.

Ela chama a atenção na Escola de Referência em Ensino Médio Benedita de Morais Guerra por não faltar reuniões, desde que os primeiros filhos que se tornaram alunos. Ia grávida, amamentando, doente. “Acho importante saber o que está acontecendo lá. Deixo o que tiver para fazer em casa, mas vou.” Há uma fascinação pelo ambiente escolar. “Se eu tivesse estudo, não estaria aqui. Agora, é a partir deles que posso viver outros lugares.”

O filho mais velho de Josefa foi o único que seguiu o curso da família na roça. Quando era criança, moravam em um sítio e a escola muitas vezes se tornava inacessível pela falta de ônibus escolar. Outros três estudaram no Erem e já cursam graduações em universidades públicas. “Quando o Erem chegou, meu primeiro filho entrou e dizia que as pessoas olhavam atravessado para os sapatos, coisas assim, porque somos pobres. Aconteceu com os gêmeos, também. Mas eu sempre dizia que eles ignorassem isso e estudassem”, conta. 

O país para onde irão ainda será aleatoriamente definido. Eles não se importam caso fiquem separados. Dizem que são gêmeos, mas cada um tem a sua própria história. O PGM pode levá-los à Argentina, ao Chile, ao Uruguai, à Colômbia ou à Espanha. Até hoje, o lugar mais distante que os gêmeos - e seus pais - foram, foi o Janga, em Paulista, onde uma parente mora. “Achava que isso nunca poderia acontecer com quem não tem dinheiro”, confessa a mãe dos gêmeos. 

De fora do Brasil, ninguém tem ideia do que vai encontrar. Se Macaparana tem 25 mil habitantes, Santiago tem 5,6 milhões, por exemplo. “Sei que lá eles têm uma fala diferente”, arrisca o pai, seu Luiz dos Santos, 59, que segurou a barra financeira se mantendo no trabalho rural para que Josefa pudesse cuidar da casa e da educação dos filhos


Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

A fragmentação desfaz a solidariedade

Resultado de imagem para fragmentar

Multiplicaram-se as culturas. As diferenças não cederam nem trouxeram possibilidades de trocas mais profundas.Há disputas frequentes, com violências doentias. Não se cura a inveja, tampouco se cuida de olhar os outros e verificar o aumento das suas necessidades. Não há negar que tecnologias ajudam a reinventar espaços e cortejar afetos. Mas as crueldades e os desprezos permanecem, apesar de todas as teorias salvadoras do mundo que teima em acumular lixos. A natureza mostra reações destruidoras, o terrorismo salta os territórios de calmarias, o narcisismo  quebra saídas e expande religiões cobertas de vinganças.
Parece que a história está abusando de contrariar as sociabilidades. Por isso, o canto das utopias se desmancham. Lembro-me de Rousseau com seu romantismo. Acreditava que os homem nascia bom e a sociedade  o corrompia. Via o avesso, mas nutria sonhos.Hoje, o desgoverno avança. A aridez seca, amplia desertos, fortalece trocas de espertezas indignas.É importante consultar memórias e não cair em armadilhas. Há continuidades. Insiste-se com tiranias, as celebrações fascistas não desapareceram e escravização  não está  morta. Celebra-se a escassez ousadias,
A história convive com permanências. Cultivar a ideologia do progresso é um engano tolo e assassino. Constrói vitrines que, apenas, iludem e empurram a sociedade de festividades fugazes. As relações de poder incentivam os privilégios. Exercitam manipulações, inquietam, desconfortam. Portanto, é preciso não menosprezar a complexidade. Os valores se fragmentam buscando consolidar as hierarquias. Elas  favorecem monopólios, se valem de deboches e retomam acontecimentos do passado para revisitá-los de forma cruel. O oportunismo acompanha os desejo de sepultar as rebeldias. As censuras voltam como assombrações contínuas.
Não esqueça das invisibilidades, do que se esconde, dos discursos populistas, do controle constante. As redes sociais espalham notícias com rapidez, facilitam as comunicações, são válvulas de escape. No entanto, nem tudo ajuda a procurar quem atiça a luta e denuncia o cinismo das elites. A ambiguidade exige olhos abertos para se enxergar os abismos, se livrar das imagens falsificadas. A história não é a negação da carência ou um projeto  para iluminar o mundo. Desde as suas lendas mais tradicionais, ela profetiza descontroles e impossibilidades. Qual é mesmo a novidade na atual desmontagem das ordens e dos afetos aconchegantes?
A astúcia de Ulisses
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 26 de abril de 2019

O cerco:Por que os cursos de Filosofia e Sociologia incomodam Bolsonaro?




O presidente Jair Bolsonaro iniciou a sexta-feira 26 alarmando a sociedade. Algo que já tem se tornado frequente na gestão do capitão. O foco? A educação, área que tem sido palco de preocupantes investidas governamentais. Em um tweet publicado no início da manhã, o presidente anunciou que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, estuda descentralizar investimentos em faculdades de Filosofia e Sociologia.
O Ministro da Educação @abrahamWeinT estuda descentralizar investimento em faculdades de filosofia e sociologia (humanas). Alunos já matriculados não serão afetados. O objetivo é focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte, como: veterinária, engenharia e medicina.

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O objetivo seria focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte, como veterinária, engenharia e medicina. “A função do governo é respeitar o dinheiro do contribuinte, ensinando para os jovens a leitura, escrita e a fazer conta e depois um ofício que gere renda para a pessoa e bem-estar para a família, que melhore a sociedade em sua volta”, apontou o presidente em um segundo tweet.

O Ministro da Educação @abrahamWeinT estuda descentralizar investimento em faculdades de filosofia e sociologia (humanas). Alunos já matriculados não serão afetados. O objetivo é focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte, como: veterinária, engenharia e medicina.
A função do governo é respeitar o dinheiro do contribuinte, ensinando para os jovens a leitura, escrita e a fazer conta e depois um ofício que gere renda para a pessoa e bem-estar para a família, que melhore a sociedade em sua volta.

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O coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, crava que o argumento utilizado pelo presidente é falso. “Não é o curso universitário que gera recurso econômico. O que gera retorno econômico, a partir da formação, é o crescimento econômico. Ou seja, não basta que a pessoa tenha um diploma universitário, é necessário que o mercado de trabalho tenha uma vaga para contratar essa pessoa”, analisa.
Esta semana, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, mostraram que o País teve o pior mês de março desde 2017, em relação a empregos com carteira assinada. O saldo negativo foi de 43.196 empregos a menos.
Segundo Cara, a questão central é que o Brasil volte a crescer, o que, em sua análise, não deve ocorrer com as diretrizes do atual governo. “As políticas de austeridade econômica empreendidas desde o governo de Michel Temer e em curso no governo Bolsonaro não vão nos tirar desse cenário”, atesta, afirmando que o País continua em um quadro de depressão econômica. “Bolsonaro quer responsabilizar a educação pela incompetência econômica de seu governo”, critica.
Ainda assim, o especialista reforça que não é momento para pânico, sobretudo acerca da ideia do fim dos cursos de Filosofia e Sociologia vigentes nas universidades públicas e privadas. “As universidades, especialmente as públicas, são administradas a partir do princípio constitucional da autonomia universitária, ou seja, quem decide o que vai ser lecionado são as próprias universidades. O ministro Weintraub está querendo aparecer, não tem nenhuma consistência no que foi afirmado”, contesta.

Outra questão que o especialista explica é que, para existir, as universidades obrigatoriamente precisam ter o conjunto das áreas do conhecimento. Isso se aplica também às universidades privadas que recebem apoio do Fies ou Prouni. Em sua análise, os cursos não estão ameaçados de fechamento. “Pode até ser que o governo proíba o investimento, evitando os empréstimos do Fies ou negando a renúncia fiscal para esses cursos no caso do Prouni, mas é difícil que as universidades aceitem esse tipo de interferência”, atesta.
Bolsonaro não entende de Educação. Tampouco compreende a Economia.

Ele quer tirar recursos das Ciências Humanas para investir em cursos que "dão retorno econômico".

1) Ignora a Autonomia Universitária;
2) Desconhece que emprego é fruto de crescimento econômico, não de formação.

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Filosofia e Sociologia nas redes

A polêmica declaração do presidente fez com que o tema Filosofia e Sociologia virasse um dos assuntos mais comentados do Twitter nesta sexta-feira.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) reagiu à declaração e disse que “vai manter o respeito aos cursos de Filosofia e Sociologia”.
No âmbito estadual, sempre manterei o respeito aos cursos de filosofia e sociologia. Sem ideias e pensamento crítico nenhuma sociedade se desenvolve de verdade. E não haverá o bem viver que tanto buscamos como direito de todos

2.124 pessoas estão falando sobre isso
O ataque aos cursos de Filosofia e Sociologia é a cruzada de um presidente fanático contra o pensamento. É um projeto de mediocridade para o país.

6.934 pessoas estão falando sobre isso
Tirar recursos de faculdades de filosofia e sociologia mostra o real projeto deste governo: de emburrecimento do país. Os cursos de humanas são fundamentais para a construção de ideias e pensamento críticos em qualquer sociedade. Um povo que não pensa não luta por seus direitos.

7.073 pessoas estão falando sobre isso

Bolsonaro retira recursos das faculdades de Filosofia e Sociologia.

"Seria uma atitude ingênua esperar que as classes dominantes desenvolvessem uma forma de educação que proporcionasse às classes dominadas perceber as injustiças sociais de maneira crítica."

- Paulo Freire
 

Professor Edgar Bom Jardim - PE