domingo, 28 de julho de 2019

As travessias históricas do poder: diversidades




Resultado de imagem para poder

O poder não é solitário. Veste-se de relações. Possui seus dramas, mas avança pelo cotidiano. Não  há sociedade sem choques, sobretudo de interesses e desejos de vinganças. Criam-se utopias, prometem-se espaços de harmonias, mas as competições continuam deixando suas marcas. Nem toda relação de poder significa a saliência do mal. Na política, há quem jogue fora corrupções e arquitete projetos coletivos. Portanto, a complexidade existe, porque os valores se  costuram e as tradições não são absolutas. Não há como remover instabilidades num mundo de desconfortos.
Lembre-se de Luís XIV. Pense na extensão do império romano, nas ambições de Hitler, nas astúcias de Vargas, nos colonizadores portugueses, nos exércitos dos países agressivos. Não faltam  exemplos. Se há tempos em que a força  física prevalece, em outros as sofisticações disfarçam violências. Os anúncios consumistas divulgam fascínios que mantêm relações de poder e trazem euforias fabricadas por especialistas. Analise as redes socais. Não se empolgue com certas generosidades ou declarações ditas neutras. Há quem puxe plateias, conheça as ondas do mercado e arme arapucas. O fascismo não se foi, apenas se redesenha nas suas invasões.
As relações sociais indicam  que as multiplicidades aumentam. No entanto, a massificação banaliza e celebra a idiotização das pessoas. A tecnologia desfez preconceitos, mas também firmou manipulações. Nem todos conseguem estabelecer juízos críticos. Quem concentra  poderes viaja por pântanos e agita fanatismos. Daí, as grandes crises, a fragilização das utopias, a força da grana e do individualismo. A política se estrutura, muitas vezes, para consagrar o imediato e consolidar as minorias. É preciso estratégia e  se armar argumentos  astuciosos. Não é fácil assegurar dominações.
Os significados mudam para mascarar permanências. Há golpes com novas formas de iludir. Sobram teorias, a sociedade se polariza, se formam redes de poder. As amarguras ameaçam, os desamparos atingem os afetos, as relações de poder buscam configurações e identidades. Tudo se inquieta, ma os oportunismos estão  presentes. Não esqueça que somos animais. Falam de racionalidades, de consensos, de imaginários. Muitas divagações estão acompanhadas de sofrimentos. O barco do poder pesa e nega ajuda aos mais próximos, quando exclui e massacra. Por Paulo Rezende.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

0 >-->Escreva seu comentários >-->:

Postar um comentário

Amigos (as) poste seus comentarios no Blog