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sexta-feira, 18 de julho de 2025

A Lista dos Devastadores da Vida. Veja quem são os deputados que votaram a favor do PL da Devastação






Em um duro golpe na política ambiental do país, a Câmara dos Deputados aprovou, na noite de quarta-feira (16), por 267 votos a 116, o projeto que fragiliza as regras para o licenciamento ambiental. A proposta ficou conhecida como “PL da Devastação”. Agora, seguirá para sanção do presidente Lula, que pode vetar trechos do texto.

O projeto cria um novo tipo de licença especial, que autoriza obras e empreendimentos de forma mais rápida, independente do impacto ambiental, desde que a construção seja considerada estratégica pelo governo federal.

O projeto também dispensa a necessidade de licenciamento ambiental para ampliação de estradas e atividades de agricultura e pecuária. A licença fica dispensada também para sistemas e estações de tratamento de água e esgoto até que o Brasil atinja as metas de universalização do saneamento básico previstas em lei.

Fica liberada a renovação automática da licença ambiental, por igual período, a partir de declaração do empreendedor, feita pela internet, desde que nem o porte da atividade, nem a regra ambiental tenham sido alterados. Também nacionaliza a autodeclaração, uma autorização quase que automática emitida após o envio da documentação, no caso de licença ambiental para projetos de médio porte com potencial poluidor.

Parlamentares excluíram do projeto a obrigatoriedade de aplicação das regras do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) para licenciamento de atividades de mineração de grande porte ou de alto risco. A mineração fica submetida, então, às novas regras do texto.

A proposta retira a exigência de autorização federal — atualmente feita pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) — para o corte de vegetação na Mata Atlântica. Com isso, a decisão passaria a ser de responsabilidade exclusiva de estados e municípios. O projeto também revoga dois dispositivos da Lei da Mata Atlântica que limitam a supressão de matas primárias e secundárias desse bioma.

Marina

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, lamentou, em entrevista à Folha de S. Paulo, a aprovação do projeto. “A lei não está sendo mudada, como é natural em uma democracia, para gerar aperfeiçoamentos que levem a ganhos ambientais, econômicos e sociais. A lei está sendo decepada”.

Para o geógrafo Wagner Ribeiro, professor de pós-graduação em Ciência Ambiental da Universidade de São Paulo (USP), o prjeto tem que ser vetado pelo presidente Lula.

“É uma baita boiada geral”, alerta. “Estamos dando o ‘liberou geral’, permitindo gratuitamente o avanço do desmatamento em larga escala, comprometendo não só nossa situação presente, mas também as gerações futuras”.

Apesar de tantos estragos previstos, os deputados de extrema direita, que representam os interesses do agro mais predatório e de mineradoras, comemoraram efusivamente a aprovação do PL. Para ajudar que eles sejam identificados, como ajuda para saber em quem NÃO votar nas eleições de 2026, o ICL Notícias publica os nomes dos petudaos votantes. Os que estavam a favor do projeto votaram “sim”.

Veja como votaram os deputados (em negrito, os que colaboraram para aprovar o PL da Devastação):

AJ Albuquerque (PP-CE) Sim
Acácio Favacho (MDB-AP) Sim
Adail Filho (Republican-AM) Sim
Adilson Barroso (PL-SP) Sim
Adolfo Viana (PSDB-BA) Ausente
Adriana Ventura (Novo-SP) Sim
Adriano do Baldy (PP-GO) Sim
Aécio Neves (PSDB-MG) Ausente
Afonso Florence (PT-BA) Não
Afonso Hamm (PP-RS) Sim
Afonso Motta (PDT-RS) Sim
Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) Ausente
Airton Faleiro (PT-PA) Não
Alberto Fraga (PL-DF) Sim
Albuquerque (Republican-RR) Ausente
Alceu Moreira (MDB-RS) Sim
Alencar Santana (PT-SP) Não
Alex Manente (Cidadania-SP) Ausente
Alex Santana (Republican-BA) Ausente
Alexandre Guimarãe (MDB-TO) Sim
Alfredinho (PT-SP) Não
Alfredo Gaspar (União-AL) Não
Alice Portugal (PCdoB-BA) Não
Aliel Machado (PV-PR) Não
Allan Garcês (PP-MA) Sim
Altineu Côrtes (PL-RJ) Sim
Aluisio Mendes (Republican-MA) Sim
Amanda Gentil (PP-MA) Sim
Amaro Neto (Republican-ES) Sim
Amom Mandel (Cidadania-AM) Não
Ana Paula Leão (PP-MG) Sim
Ana Paula Lima (PT-SC) Não
Ana Pimentel (PT-MG) Não
André Fernandes (PL-CE) Ausente
André Ferreira (PL-PE) Sim
André Figueiredo (PDT-CE) Ausente
Andreia Siqueira (MDB-PA) Sim
Antônia Lúcia (Republican-AC) Sim
Antonio Andrade (Republican-TO) Sim
Antonio Brito (PSD-BA) Ausente
Antonio Carlos R. (PL-SP) Sim
Antônio Doido (MDB-PA) Sim
Any Ortiz (Cidadania-RS) Sim
Arlindo Chinaglia (PT-SP) Sim
Arnaldo Jardim (Cidadania-SP) Sim
Arthur Lira (PP-AL) Ausente
Arthur O. Maia (União-BA) Sim
Átila Lins (PSD-AM) Sim
Átila Lira (PP-PI) Ausente
Augusto Coutinho (Republican-PE) Sim
Augusto Puppio (MDB-AP) Sim
Aureo Ribeiro (Solidaried-RJ) Ausente
Bacelar (PV-BA) Não
Baleia Rossi (MDB-SP) Ausente
Bandeira de Mello (PSB-RJ) Não
Bebeto (PP-RJ) Sim
Benedita da Silva (PT-RJ) Não
Benes Leocádio (União-RN) Sim
Beto Pereira (PSDB-MS) Sim
Beto Richa (PSDB-PR) Sim
Bia Kicis (PL-DF) Sim
Bibo Nunes (PL-RS) Sim
Bohn Gass (PT-RS) Não
Bruno Farias (Avante-MG) Sim
Bruno Ganem (Podemos-SP) Não
Caio Vianna (PSD-RJ) Sim
Camila Jara (PT-MS) Não
Cap. Alberto Neto (PL-AM) Sim
Capitão Alden (PL-BA) Sim
Capitão Augusto (PL-SP) Sim
Carla Dickson (União-RN) Sim
Carlos Gaguim (União-TO) Sim
Carlos Jordy (PL-RJ) Sim
Carlos Sampaio (PSD-SP) Sim
Carlos Veras (PT-PE) Não
Carlos Zarattini (PT-SP) Não
Carol Dartora (PT-PR) Não
Caroline de Toni (PL-SC) Sim
Castro Neto (PSD-PI) Ausente
Cb Gilberto Silva (PL-PB) Sim
Cel. Chrisóstomo (PL-RO) Sim
Célia Xakriabá (PSOL-MG) Não
Célio Silveira (MDB-GO) Sim
Célio Studart (PSD-CE) Não
Celso Russomanno (Republican-SP) Sim
Cezinha Madureira (PSD-SP) Sim
Charles Fernandes (PSD-BA) Não
Chico Alencar (PSOL-RJ) Não
Chris Tonietto (PL-RJ) Sim
Clarissa Tércio (PP-PE) Sim
Claudio Cajado (PP-BA) Sim
Cleber Verde (MDB-MA) Sim
Clodoaldo Magalhãe (PV-PE) Não
Cobalchini (MDB-SC) Sim
Coronel Armando (PP-SC) Sim
Coronel Assis (União-MT) Sim
Coronel Fernanda (PL-MT) Sim
Coronel Meira (PL-PE) Sim
Coronel Tadeu (PL-SP) Sim
Coronel Ulysses (União-AC) Sim
Covatti Filho (PP-RS) Sim
Cristiane Lopes (União-RO) Sim
Da Vitoria (PP-ES) Sim
Dagoberto Nogueira (PSDB-MS) Ausente
Daiana Santos (PCdoB-RS) Ausente
Dal Barreto (União-BA) Sim
Damião Feliciano (União-PB) Sim
Dandara (PT-MG) Não
Dani Cunha (União-RJ) Sim
Daniel Agrobom (PL-GO) Sim
Daniel Almeida (PCdoB-BA) Não
Daniel Barbosa (PP-AL) Ausente
Daniel Freitas (PL-SC) Sim
Daniel Trzeciak (PSDB-RS) Sim
Daniela Reinehr (PL-SC) Sim
Daniela Waguinho (União-RJ) Não
Danilo Forte (União-CE) Ausente
Danrlei (PSD-RS) Sim
David Soares (União-SP) Ausente
Dayany Bittencourt (União-CE) Sim
Def. Stélio Dener (Republican-RR) Ausente
Del. Adriana A. (PT-GO) Não
Del. Bruno Lima (PP-SP) Não
Del. Éder Mauro (PL-PA) Sim
Del. Fabio Costa (PP-AL) Sim
Del. Matheus L. (União-PR) Não
Delegada Ione (Avante-MG) Não
Delegada Katarina (PSD-SE) Sim
Delegado Bilynskyj (PL-SP) Sim
Delegado Caveira (PL-PA) Sim
Delegado Marcelo (União-MG) Sim
Delegado Palumbo (MDB-SP) Sim
Delegado Ramagem (PL-RJ) Sim
Delegado da Cunha (PP-SP) Sim
Denise Pessôa (PT-RS) Não
Detinha (PL-MA) Sim
Diego Andrade (PSD-MG) Ausente
Diego Coronel (PSD-BA) Sim
Diego Garcia (Republican-PR) Sim
Dilceu Sperafico (PP-PR) Sim
Dilvanda Faro (PT-PA) Não
Dimas Fabiano (PP-MG) Sim
Dimas Gadelha (PT-RJ) Ausente
Domingos Neto (PSD-CE) Ausente
Domingos Sávio (PL-MG) Sim
Dorinaldo Malafaia (PDT-AP) Não
Douglas Viegas (União-SP) Ausente
Doutor Luizinho (PP-RJ) Sim
Dr Fernando Máximo (União-RO) Sim
Dr Victor Linhalis (Podemos-ES) Ausente
Dr. Francisco (PT-PI) Ausente
Dr. Frederico (PRD-MG) Sim
Dr. Ismael Alexand (PSD-GO) Ausente
Dr. Jaziel (PL-CE) Sim
Dr. Luiz Ovando (PP-MS) Sim
Dr.Zacharias Calil (União-GO) Sim
Dra. Alessandra H. (MDB-PA) Sim
Duarte Jr. (PSB-MA) Sim
Duda Ramos (MDB-RR) Sim
Duda Salabert (PDT-MG) Não
Eduardo Velloso (União-AC) Sim
Eduardo da Fonte (PP-PE) Sim
Elcione Barbalho (MDB-PA) Ausente
Eli Borges (PL-TO) Sim
Elmar Nascimento (União-BA) Ausente
Ely Santos (Republican-SP) Sim
Emanuel Pinheiro N (MDB-MT) Ausente
Emidinho Madeira (PL-MG) Sim
Enf. Ana Paula (Podemos-CE) Ausente
Enfermeira Rejane (PCdoB-RJ) Não
Eriberto Medeiros (PSB-PE) Não
Erika Hilton (PSOL-SP) Não
Erika Kokay (PT-DF) Não
Eros Biondini (PL-MG) Sim
Euclydes Pettersen (Republican-MG) Sim
Evair de Melo (PP-ES) Sim
Fábio Macedo (Podemos-MA) Sim
Fabio Schiochet (União-SC) Ausente
Fábio Teruel (MDB-SP) Ausente
Fausto Pinato (PP-SP) Sim
Fausto Santos Jr. (União-AM) Sim
Felipe Becari (União-SP) Não
Felipe Carreras (PSB-PE) Ausente
Felipe Francischin (União-PR) Sim
Félix Mendonça Jr (PDT-BA) Sim
Fernanda Pessôa (União-CE) Sim
FernandaMelchionna (PSOL-RS) Não
Fernando Coelho (União-PE) Ausente
Fernando Mineiro (PT-RN) Não
Fernando Monteiro (Republican-PE) Ausente
Fernando Rodolfo (PL-PE) Sim
Filipe Barros (PL-PR) Sim
Filipe Martins (PL-TO) Sim
Flávia Morais (PDT-GO) Sim
Flávio Nogueira (PT-PI) Não
Florentino Neto (PT-PI) Não
Franciane Bayer (Republican-RS) Sim
Fred Costa (PRD-MG) Ausente
Fred Linhares (Republican-DF) Sim
Gabriel Mota (Republican-RR) Sim
Gabriel Nunes (PSD-BA) Não
General Girão (PL-RN) Não
General Pazuello (PL-RJ) Sim
Geovania de Sá (PSDB-SC) Sim
Geraldo Mendes (União-PR) Sim
Geraldo Resende (PSDB-MS) Sim
Gervásio Maia (PSB-PB) Não
Giacobo (PL-PR) Ausente
Gilberto Abramo (Republican-MG) Sim
GilbertoNascimento (PSD-SP) Ausente
Gilson Daniel (Podemos-ES) Não
Gilson Marques (Novo-SC) Sim
Gilvan Maximo (Republican-DF) Ausente
Giovani Cherini (PL-RS) Sim
Gisela Simona (União-MT) Sim
Glauber Braga (PSOL-RJ) Não
Glaustin da Fokus (Podemos-GO) Ausente
Greyce Elias (Avante-MG) Sim
Guilherme Boulos (PSOL-SP) Não
Guilherme Uchoa (PSB-PE) Sim
Gustavo Gayer (PL-GO) Sim
Gustinho Ribeiro (Republican-SE) Ausente
Gutemberg Reis (MDB-RJ) Sim
Heitor Schuch (PSB-RS) Ausente
Helder Salomão (PT-ES) Não
Helena Lima (MDB-RR) Ausente
Helio Lopes (PL-RJ) Sim
Henderson Pinto (MDB-PA) Sim
Hercílio Diniz (MDB-MG) Sim
Hildo Rocha (MDB-MA) Ausente
Hugo Leal (PSD-RJ) Sim
Hugo Motta (Republican-PB) -votou Art 17
Icaro de Valmir (PL-SE) Sim
Igor Timo (PSD-MG) Ausente
Ismael (PSD-SC) Ausente
Isnaldo Bulhões Jr (MDB-AL) Sim
Ivan Valente (PSOL-SP) Não
Ivoneide Caetano (PT-BA) Não
Iza Arruda (MDB-PE) Ausente
Jack Rocha (PT-ES) Ausente
Jadyel Alencar (Republican-PI) Ausente
Jandira Feghali (PCdoB-RJ) Não
Jeferson Rodrigues (Republican-GO) Ausente
Jefferson Campos (PL-SP) Sim
Jilmar Tatto (PT-SP) Ausente
João Cury (MDB-SP) Não
João Daniel (PT-SE) Não
João Leão (PP-BA) Sim
João Maia (PP-RN) Ausente
JoãoCarlosBacelar (PL-BA) Ausente
Joaquim Passarinho (PL-PA) Sim
Jonas Donizette (PSB-SP) Não
Jorge Braz (Republican-RJ) Sim
Jorge Solla (PT-BA) Ausente
José Airton (PT-CE) Não
José Guimarães (PT-CE) Não
José Medeiros (PL-MT) Sim
José Nelto (União-GO) Ausente
José Priante (MDB-PA) Ausente
José Rocha (União-BA) Ausente
Joseildo Ramos (PT-BA) Não
Josenildo (PDT-AP) Sim
JosimarMaranhãozi (PL-MA) Sim
Josivaldo JP (PSD-MA) Sim
Juarez Costa (MDB-MT) Sim
Juliana Cardoso (PT-SP) Não
Julio Arcoverde (PP-PI) Ausente
Júlio Cesar (PSD-PI) Sim
Julio Cesar Ribeir (Republican-DF) Sim
Julio Lopes (PP-RJ) Sim
Juninho do Pneu (União-RJ) Ausente
Junio Amaral (PL-MG) Sim
Júnior Ferrari (PSD-PA) Sim
Junior Lourenço (PL-MA) Ausente
Júnior Mano (PSB-CE) Ausente
Juscelino Filho (União-MA) Sim
Keniston Braga (MDB-PA) Sim
Kiko Celeguim (PT-SP) Não
Kim Kataguiri (União-SP) Sim
Lafayette Andrada (Republican-MG) Ausente
Laura Carneiro (PSD-RJ) Não
Lázaro Botelho (PP-TO) Sim
Lebrão (União-RO) Sim
Lêda Borges (PSDB-GO) Ausente
Lenir de Assis (PT-PR) Não
Leo Prates (PDT-BA) Não
Leonardo Monteiro (PT-MG) Ausente
Leônidas Cristino (PDT-CE) Não
Leur Lomanto Jr. (União-BA) Sim
Lídice da Mata (PSB-BA) Ausente
Lincoln Portela (PL-MG) Sim
Lindbergh Farias (PT-RJ) Não
Lindenmeyer (PT-RS) Não
Lucas Ramos (PSB-PE) Não
Lucas Redecker (PSDB-RS) Sim
Luciano Alves (PSD-PR) Sim
Luciano Amaral (PSD-AL) Ausente
Luciano Bivar (União-PE) Ausente
Luciano Ducci (PSB-PR) Ausente
Luciano Vieira (Republican-RJ) Sim
Lucio Mosquini (MDB-RO) Ausente
Luis Carlos Gomes (Republican-RJ) Sim
Luis Tibé (Avante-MG) Ausente
Luisa Canziani (PSD-PR) Sim
Luiz Carlos Busato (União-RS) Sim
Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) Ausente
Luiz Carlos Motta (PL-SP) Sim
Luiz Couto (PT-PB) Não
Luiz F. Vampiro (MDB-SC) Sim
Luiz Fernando (PSD-MG) Ausente
Luiz Gastão (PSD-CE) Sim
Luiz Lima (Novo-RJ) Sim
Luiz Nishimori (PSD-PR) Sim
Luiz P.O Bragança (PL-SP) Sim
Luiza Erundina (PSOL-SP) Ausente
Luizianne Lins (PT-CE) Não
Lula da Fonte (PP-PE) Ausente
Magda Mofatto (PRD-GO) Sim
Marangoni (União-SP) Sim
Marcel van Hattem (Novo-RS) Sim
Marcelo Álvaro (PL-MG) Sim
Marcelo Crivella (Republican-RJ) Ausente
Marcelo Moraes (PL-RS) Sim
Marcelo Queiroz (PP-RJ) Não
Marcio Alvino (PL-SP) Sim
Márcio Biolchi (MDB-RS) Ausente

Márcio Honaiser (PDT-MA) Sim
Márcio Jerry (PCdoB-MA) Não
Márcio Marinho (Republican-BA) Sim
Marcon (PT-RS) Não
Marcos A. Sampaio (PSD-PI) Sim
Marcos Pereira (Republican-SP) Ausente
Marcos Pollon (PL-MS) Sim
Marcos Soares (União-RJ) Sim
Marcos Tavares (PDT-RJ) Não
Maria Arraes (Solidaried-PE) Não
Maria Rosas (Republican-SP) Sim
Maria do Rosário (PT-RS) Não
Mario Frias (PL-SP) Ausente
Mário Heringer (PDT-MG) Ausente
Mário Negromonte J (PP-BA) Ausente
Marreca Filho (PRD-MA) Ausente
Marussa Boldrin (MDB-GO) Sim
Marx Beltrão (PP-AL) Ausente
Matheus Noronha (PL-CE) Ausente
Maurício Carva lho (União-RO) Sim
Mauricio Marcon (Podemos-RS) Sim
Mauricio Neves (PP-SP) Ausente
Mauricio do Vôlei (PL-MG) Sim
MauroBenevides Fo. (PDT-CE) Não
Max Lemos (PDT-RJ) Ausente
Meire Serafim (União-AC) Ausente
Mendonça Filho (União-PE) Sim
Merlong Solano (PT-PI) Não
Mersinho Lucena (PP-PB) Sim
Messias Donato (Republican-ES) Sim
Miguel Ângelo (PT-MG) Ausente
Miguel Lombardi (PL-SP) Sim
Mis. José Olimpio (PL-SP) Ausente
Misael Varella (PSD-MG) Ausente
Moses Rodrigues (União-CE) Sim
Murillo Gouvea (União-RJ) Sim
Murilo Galdino (Republican-PB) Ausente
Natália Bonavides (PT-RN) Não
Nelinho Freitas (MDB-CE) Ausente
Nelson Barbudo (PL-MT) Sim
Nely Aquino (Podemos-MG) Sim
Neto Carletto (Avante-BA) Sim
Newton Cardoso Jr (MDB-MG) Ausente
Nicoletti (União-RR) Sim
Nikolas Ferreira (PL-MG) Sim
Nilto Tatto (PT-SP) Não
Nitinho (PSD-SE) Sim
Odair Cunha (PT-MG) Não
Olival Marques (MDB-PA) Sim
Orlando Silva (PCdoB-SP) Não
Osmar Terra (MDB-RS) Sim
Ossesio Silva (Republican-PE) Sim
Otoni de Paula (MDB-RJ) Sim
Otto Alencar Filho (PSD-BA) Sim
Padovani (União-PR) Sim
Padre João (PT-MG) Não
Pastor Claudio Mar (União-PA) Sim
Pastor Diniz (União-RR) Sim
Pastor Eurico (PL-PE) Sim
Pastor Gil (PL-MA) Sim
Pastor Henrique V. (PSOL-RJ) Não
Pastor Isidório (Avante-BA) Não
Patrus Ananias (PT-MG) Não
Pauderney Avelino (União-AM) Ausente
Paulão (PT-AL) Não
Paulinho da Força (Solidaried-SP) Ausente
Paulo A. Barbosa (PSDB-SP) Sim
Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG) Ausente
Paulo Azi (União-BA) Ausente
Paulo Folletto (PSB-ES) Ausente
Paulo Freire Costa (PL-SP) Sim
Paulo Guedes (PT-MG) Não
Paulo Litro (PSD-PR) Sim
Paulo Magalhães (PSD-BA) Sim
Paulo Pimenta (PT-RS) Não
Pedro A ihara (PRD-MG) Não
Pedro Campos (PSB-PE) Ausente
Pedro Lucas F. (União-MA) Ausente
Pedro Lupion (PP-PR) Sim
Pedro Paulo (PSD-RJ) Ausente
Pedro Uczai (PT-SC) Não
Pedro Westphalen (PP-RS) Sim
Pezenti (MDB-SC) Sim
Pinheirinho (PP-MG) Sim
Pompeo de Mattos (PDT-RS) Sim
Pr.Marco Feliciano (PL-SP) Sim
Prof. Reginaldo V. (PV-DF) Não
Professor Alcides (PL-GO) Ausente
Professora Goreth (PDT-AP) Ausente
Professora Luciene (PSOL-SP) Não
Rafael Brito (MDB-AL) Ausente
Rafael Prudente (MDB-DF) Sim
Rafael Simoes (União-MG) Sim
Raimundo Costa (Podemos-BA) Sim
Raimundo Santos (PSD-PA) Sim
Reginaldo Lopes (PT-MG) Não
Reimont (PT-RJ) Não
Reinhold Stephanes (PSD-PR) Sim
Renata Abreu (Podemos-SP) Ausente
Renilce Nicodemos (MDB-PA) Ausente
Renildo Calheiros (PCdoB-PE) Não
Ribamar Silva (PSD-SP) Ausente
Ricardo Abrão (União-RJ) Sim
Ricardo Ayres (Republican-TO) Sim
Ricardo Barros (PP-PR) Sim
Ricardo Guidi (PL-SC) Sim
Ricardo Maia (MDB-BA) Ausente
Ricardo Salles (Novo-SP) Ausente
Robério Monteiro (PDT-CE) Não
Roberta Roma (PL-BA) Ausente
Roberto Duarte (Republican-AC) Sim
Roberto Monteiro (PL-RJ) Sim
Robinson Faria (PP-RN) Sim
Rodolfo Nogueira (PL-MS) Sim
Rodrigo Estacho (PSD-PR) Sim
Rodrigo Gambale (Podemos-SP) Ausente
Rodrigo Valadares (União-SE) Sim
Rodrigo da Zaeli (PL-MT) Sim
Rodrigo de Castro (União-MG) Ausente
Rogéria Santos (Republican-BA) Sim
Rogério Correia (PT-MG) Não
Romero Rodrigues (Podemos-PB) Sim
Ronaldo Nogueira (Republican-RS) Sim
Rosana Valle (PL-SP) Sim
Rosangela Moro (União-SP) Sim
Rosângela Reis (PL-MG) Sim
Rubens Otoni (PT-GO) Ausente
Rubens Pereira Jr. (PT-MA) Ausente
Rui Falcão (PT-SP) Não
Ruy Carneiro (Podemos-PB) Não
Sâmia Bomfim (PSOL-SP) Não
Samuel Viana (Republican-MG) Sim
Sanderson (PL-RS) Sim
Sargento Fahur (PSD-PR) Sim
Sargento Portugal (Podemos-RJ) Sim
Saulo Pedroso (PSD-SP) Não
Sergio Souza (MDB-PR) Sim
Sgt. Gonçalves (PL-RN) Sim
Sidney Leite (PSD-AM) Sim
Silas Câmara (Republican-AM) Sim
Silvia Cristina (PP-RO) Sim
Silvia Waiãpi (PL-AP) Ausente
Silvye Alves (União-GO) Sim
Simone Marquetto (MDB-SP) Sim
Socorro Neri (PP-AC) Não
Sonize Barbosa (PL-AP) Ausente
Soraya Santos (PL-RJ) Sim
Sóstenes Cavalcant (PL-RJ) Sim
Stefano Aguiar (PSD-MG) Ausente
Tabata Amaral (PSB-SP) Não
Tadeu Veneri (PT-PR) Não
Talíria Petrone (PSOL-RJ) Não
Tarcísio Motta (PSOL-RJ) Não
Thiago Flores (Republican-RO) Sim
Thiago de Joaldo (PP-SE) Ausente
Tião Medeiros (PP-PR) Sim
Tiririca (PL-SP) Ausente
ToninhoWandscheer (PP-PR) Sim
Túlio Gadêl ha (Rede-PE) Não
Valmir Assunção (PT-BA) Não
Vander Loubet (PT-MS) Não
Vermelho (PP-PR) Sim
Vicentinho (PT-SP) Não
Vicentinho Júnior (PP-TO) Sim
Vinicius Carvalho (Republican-SP) Sim
Vinicius Gurgel (PL-AP) Sim
Vitor Lippi (PSDB-SP) Sim
Waldemar Oliveira (Avante-PE) Sim
Waldenor Pereira (PT-BA) Não
Weliton Prado (Solidaried-MG) Ausente
Wellington Roberto (PL-PB) Ausente
Welter (PT-PR) Não
Wilson Santiago (Republican-PB) Ausente
Yandra Moura (União-SE) Ausente
Yury do Paredão (MDB-CE) Ausente
Zé Adriano (PP-AC) Sim
Zé Neto (PT-BA) Não
Zé Silva (Solidaried-MG) Ausente
Zé Trovão (PL-SC) Sim
Zé Vitor (PL-MG) Sim
ZéHaroldoCathedral (PSD-RR) Sim
Zeca Dirceu (PT-PR) Não
Zezinho Barbary (PP-AC) Ausente
Zucco (PL-RS) Sim


Fonte: iclnoticias.com.br/a-lista-dos-devastadores/



Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 12 de janeiro de 2025

Bom Jardim: o descuido com o meio ambiente é de todos nós?


*Rua do Frade 28 de fevereiro 2024.

Raios, trovões, chuvas, ventos, Tudo muito lindo! O problema é que o Rio Tracunhaém foi aterrado.
O rio é uma ameaça aos moradores, as casas, ao comércio, aos empregos e até a vida das pessoas.
A prefeitura, o governo municipal, a atual gestão precisa colocar homens e máquinas dentro do rio para retirar a terra, o mato, o lixo.

       * Leito do Rio Tracunhaém - Rua Manoel Augusto 2023

A Prefeitura do Bom Jardim na gestão João Lira deixou muita terra espalhada dentro do rio com a construção da Avenida Iris Vieira. Entupiu o rio de terra, pau, pedra.
Janjão nada fez até agora para retirar os bancos de terra que ficaram acumulados no leito do rio.
O rio ficou mais raso, em alguns lugares mais de um metro de terra, mato, entulho. Foram dezenas de toneladas de terras que ficaram espalhadas no leito do rio na construção do binário.
Toda essa terra acumulada forma pequenas ilhas onde o mato e o capim crescem, formam barreiras pra água passar.

Também muita gente fez construção e depositou entulhos , restos de material de construção dentro do rio.
Há os cidadão que cortam árvores e jogam dentro do rio, há os moradores que realizam o cercamento do rio, faz criação de porco, cavalo, boi, faz plantação de capim. Tem gente que vende até plantação de capim dentro do rio.

Estamos vivendo os efeitos do clima. Todos os dias os canais de TV mostram as tragédias do clima.
O que as autoridades estão fazendo? Nada. Esperam a água invadir suas casas, destruir seus móveis, destruir suas mercadorias, destruir sonhos, trabalho de uma vida toda. Esperam que pessoas percam tudo, empregos serem destruídos, miséria na vida do povo.
Quando o problema acontecer vai aparecer político para carregar o saco de fubá ou peça de tecido do seu comércio. Vereadores irão falar da bosta na água, deputados do nada irão dizer:" eu mandei emendas para comprar máquina, tratores, carros e patrol".


*Rua da Palha no início da enchente de 2011


Negócios! Quem é que não faz o certo nesta história? É o povo, o eleitor, os políticos, as autoridades, o fracasso da sociedade e o descuido com cidadania? O que pensa o sindicato rural, as igrejas, as escolas os comerciantes e moradores jogadores de lixo no rio?
Cadê a organização, a regra, as normas, o serviço de proteção ao patrimônio, os cuidados com o meio ambiente?
Bom Jardim é uma cidade de escravizados, de analfabetos políticos, de pessoas sem responsabilidades. É de todos nós?

*Avenida José Moreira 2024.


Tá na hora das autoridades, dos homens da lei, homens representantes dos Três Poderes fazem algo em defesa da cidade, do povo, da natureza, do patrimônio, da vida. Os moradores já fizeram ciência dos problemas às autoridades.
Cadê a providência da prefeitura? Até agora nenhum trabalho existente para garantir a sustentabilidade ambiental na cidade de Bom Jardim. A Câmara parece jogar contra o povo, não se manifesta, não fiscaliza, não apresenta se quer uma proposta de reunião entre o povo e os edis para debater o problema, ouvir a comunidade, os moradores afetados e os que não querem cuidar do rio.

Somos uma cidade sem democracia, sem diálogo com os representantes dos poderes. Não somos, ouvidos, considerados, respeitados.



Professor Edgar Bom Jardim - PE


quarta-feira, 31 de julho de 2024

Governadora participa de plenária do Plano Clima Participativo em Pernambuco





*Rio Tracunhaém preocupa moradores do centro da cidade de Bom Jardim

Nesta quinta-feira (1°), a governadora Raquel Lyra participa da edição local da plenária do Plano Clima Participativo, organizado pela Secretaria-Geral da Presidência e pelos ministérios do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O evento acontece no Centro de Convenções de Pernambuco, às 16h. A iniciativa está percorrendo oito cidades brasileiras com o objetivo de envolver a sociedade na elaboração da política climática do Brasil pelos próximos dez anos.
 
Com informações da Secretaria de Imprensa de Pernambuco

Banco de Imagem Museu de Bom Jardim
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 4 de março de 2023

É preciso investir no combate à crise climática como fazemos na guerra da Ucrânia, diz John Kerry





John Kerry de perfil em reunião, com feição séria

CRÉDITO,REUTERS

Legenda da foto,

No Brasil, Kerry reconheceu que tem sido mais fácil convencer o Congresso americano a liberar recursos para a guerra na Ucrânia do que para enfrentar a crise climática

"Precisamos colocar maiores somas de dinheiro na crise climática, assim como colocamos dinheiro na crise da Ucrânia".

A afirmação é do enviado especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, em entrevista exclusiva à BBC News Brasil, na terça-feira (28/2).

Ele reconheceu que tem sido mais fácil convencer o Congresso americano a liberar recursos para a guerra na Ucrânia do que para enfrentar a crise climática, que ele próprio classifica como uma "ameaça existencial" à humanidade.

A admissão de dificuldades para obter mais recursos para o combate às mudanças climáticas resume, de certa maneira, a tônica de sua passagem por Brasília, nesta semana


Kerry chegou ao Brasil no domingo (26), reuniu-se com o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva

Sua passagem pelo Brasil foi marcada pela expectativa de um possível anúncio de mais recursos para o Fundo Amazônia, que financia medidas para o combate ao desmatamento.

No início do mês, os americanos se comprometeram a fazer uma doação ao Fundo Amazônia. Oficialmente, o valor da doação ainda não foi divulgado, mas fontes do governo americano disseram à BBC News Brasil que o montante chegaria a US$ 50 milhões.

Apesar de ser a primeira contribuição dos Estados Unidos ao fundo, o valor é considerado baixo por ambientalistas que levam em conta o tamanho da economia americana e o fato de o país ser o segundo maior emissor de gases do efeito estufa, atrás da China.

A expectativa por mais dinheiro, porém, não se concretizou e um segundo anúncio de recursos não veio.

Kerry disse que a liberação de mais dinheiro depende da aprovação pelo Congresso americano. O cenário é ainda mais difícil agora, uma vez que os democratas perderam a maioria na Câmara dos Representantes, casa legislativa que define o orçamento do governo.

A frustração em torno de uma viagem sem anúncios concretos reflete, em alguma medida, o tamanho do desafio dado pelo presidente Joe Biden a Kerry, dono de um dos currículos mais profícuos da política americana.

Kerry e Marina Silva rindo em reunião, lado a lado diante de mesa

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John Kerry e a ministra Marina Silva em reunião nesta terça-feira (28/2)

Kerry costuma comparar sua vida à do personagem Forrest Gump, interpretado no cinema por Tom Hanks e famoso por suas passagens por momentos críticos da histórica recente dos EUA e do mundo.

Ele lutou na Guerra do Vietnã e depois virou um ativista contra o conflito. Depois, abraçou a vida política e foi senador por 28 anos pelo Estado de Massachusetts.

Em 2004, disputou a Presidência dos Estados Unidos pelo Partido Democrata, mas perdeu para o republicano George W. Bush.

Em 2013, voltou à cena ao assumir o Departamento de Estado, durante o segundo mandato de Barack Obama.

Ficou no cargo até 2017. Em 2021, a convite de Joe Biden, assumiu o cargo de enviado especial para o clima, tema que está entre as prioridades do democrata.

Sua missão tem sido convencer a comunidade internacional e o público interno sobre a urgência para a adoção de medidas para combater os efeitos do aquecimento global. Até agora, porém, sua atuação divide opiniões.

Apesar de tentar convencer países e empresas a aplicarem dinheiro em projetos que diminuam as emissões de gases do efeito estufa, Kerry tem precisado lidar com as dificuldades domésticas em conseguir os recursos prometidos por seu chefe, o presidente Biden.

Leia, a seguir, a entrevista de Kerry à BBC News Brasil.

BBC News Brasil - Em 2020, durante a corrida presidencial, o então candidato Joe Biden prometeu US$ 20 bilhões para países em desenvolvimento como o Brasil para reduzir a velocidade de destruição da região amazônica. Alguns analistas, no entanto, têm dito que este governo tem prometido muito e entregado pouco. Por que o seu governo se comprometeu a doar apenas US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia até agora?

John Kerry - Os US$ 50 milhões que o presidente (Biden) anunciou quando a visita ocorreu em Washington foram simplesmente um adiantamento dos fundos disponíveis. O presidente queria dizer: "Estou falando sério sobre estar envolvido no Fundo Amazônia".

Mas, obviamente, entendemos muito bem que o presidente Biden entende que são necessários bilhões de dólares para poder fazer esse trabalho. Quando ele concorreu à Presidência, deixou claro que esperava poder conseguir US$ 20 bilhões ou algo assim para fazer isso.

Em nosso sistema de governo, como aqui no Brasil, é preciso ser capaz de obter a aprovação do Congresso. E agora há projetos (sobre o assunto) no Congresso.

Dois senadores, um republicano e outro democrata, propuseram US$ 4 bilhões. Na Câmara, houve uma proposta de US$ 9 bilhões. E isso terá que passar pelo processo legislativo. É uma luta e não há certeza de aprovação.

Então, o presidente (Biden) também está empenhado em reformar os bancos de desenvolvimento multilaterais para que possamos obter mais dinheiro dessa fonte. Ele também me pediu para ajudar a organizar com entidades filantrópicas, o setor privado e o mercado voluntário de carbono para que tenhamos a capacidade de conseguir mais dinheiro.

Entendemos muito bem que é crucial ser capaz de levantar fundos, obter o dinheiro. É assim que ajudaremos o Brasil. É uma das formas. Não é o único caminho.

Faremos transferência de tecnologia. Trabalharemos na assistência. Também vamos procurar maneiras pelas quais possamos cooperar na aplicação da lei, nos esforços para reduzir a atividade criminosa que vem impactando a Amazônia.

Ninguém deveria olhar para isso e dizer: "Oh! Os Estados Unidos estão limitados a uma contribuição de US$ 50 milhões de dólares". Nosso presidente pretende lutar totalmente pelo dinheiro necessário para poder realizar essa tarefa.

BBC News Brasil - Mas existe um plano para os Estados Unidos doarem mais dinheiro para o Brasil ou para o Fundo Amazônia em um futuro próximo?

Kerry - Sim. Vamos juntar o dinheiro que achamos necessário e acertamos com o Brasil. Não estamos fazendo isso unilateralmente. Esse é o conjunto de escolhas do Brasil. Esta é a floresta do Brasil. Essa é uma decisão do Brasil. Mas vamos trabalhar o mais próximo possível do Brasil e vamos brigar pelo dinheiro que acharmos necessário para tentar fazer isso.

E, obviamente, isso requer contribuições muito maiores para o Fundo Amazônia e, além do Fundo Amazônia, estamos trabalhando para trazer entidades filantrópicas e outros países e empresas para a mesa e usar o mercado para ajudar a fornecer parte do financiamento de que precisamos.

Vista aérea de floresta ao lado de área desmatada

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Área desmatada perto de Uruará, no Pará

BBC News Brasil - O senhor acabou de descrever a dificuldade política para que alguns projetos sejam aprovados nos Estados Unidos. Essa é uma dificuldade doméstica. Como os Estados Unidos querem convencer a comunidade internacional a se envolver na luta contra as mudanças climáticas se, internamente, vocês não conseguem convencer o Congresso americano a liberar esse recurso para países em desenvolvimento?

Kerry - Acabei de explicar que esta não é a única fonte de dinheiro. Os Estados Unidos e a comunidade internacional frequentemente mobilizam dinheiro e você pode mobilizar dinheiro de outras fontes. Se você não conseguir que o Congresso aprove (a liberação de recursos), você ainda tem maneiras de levantar fundos no mercado, no setor privado, na filantropia e nos bancos multilaterais de desenvolvimento.

O que é importante é que o presidente dos Estados Unidos é comprometido com essa questão que é vital não apenas para os Estados Unidos, mas para o mundo inteiro, e principalmente para o povo do Brasil. Esta é a floresta do Brasil. Este é o patrimônio do Brasil.

E se o Brasil for tomar a decisão de não deixar seu pessoal cortar toras ou cultivar em uma área específica ou ser capaz de minerar ouro ilegalmente ou qualquer outra coisa… se o Brasil se posicionar e disser "estamos preparados para proteger esta floresta, mas precisamos da sua ajuda", teremos a obrigação de entrar em ação e fazer a nossa parte.

Eu garanto a você que há muitos membros do Congresso dos Estados Unidos e muitas pessoas nos Estados Unidos totalmente preparadas para encontrar maneiras de tentar ajudar.

BBC News Brasil - Há uma grande quantidade de pessoas no Brasil que é contra a a atuação internacional para preservar a Amazônia. Eles temem algum tipo de "internacionalização da Amazônia". Como o senhor responderia a essa crítica?

Kerry - Precisamos fazer o que o povo do Brasil quer que façamos e não o que queremos fazer. Este é um importante reconhecimento da soberania do Brasil. Cabe ao Brasil decidir como eles acham que a cooperação pode ocorrer da melhor maneira. Eu vim aqui para ouvir. Não vim para dizer às pessoas o que elas têm que fazer, mas para ouvir pessoas como Marina Silva (ministra do Meio Ambiente), que trabalhou nisso por anos, que entende perfeitamente como é complicado.

E tivemos reuniões muito construtivas montando um grupo de trabalho com uma série de áreas-alvo, inclusive o desmatamento. Mas existem outros biomas que também precisam de proteção no Brasil e pretendemos trabalhar com os órgãos competentes do Brasil para ser uma das entidades cooperativas, juntamente com outros países do mundo que queiram ser apoiados.

Por que isso é importante? Porque não há como o mundo manter a elevação da temperatura da Terra em 1,5º C, que é o que precisamos fazer para evitar as piores consequências da crise climática, sem trabalharmos juntos para proteger vários ativos ao redor do mundo e da floresta tropical.

A Amazônia é um desses ativos. Mas é o Brasil que está decidindo que quer protegê-lo. Eles precisam de ajuda para fazer isso. Temos que tomar a decisão de que estamos preparados para ajudar e vamos ajudar. E é por isso que estou lutando. É por isso que o presidente Biden está lutando. E, obviamente, temos que cumprir nossa palavra.

Kerry de perfil, caminhando em corredor

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'Precisamos fazer o que o povo do Brasil quer que façamos e não o que queremos fazer', diz Kerry

BBC News Brasil - O senhor frequentemente diz que a mudança climática é uma ameaça existencial para a humanidade. Mas os números mostram que o governo dos Estados Unidos liberou aproximadamente US$ 46 bilhões para a guerra na Ucrânia, recentemente. Por outro lado, não vimos o mesmo ritmo em termos de liberação de dinheiro para o combate à mudança climática. Por que é tão aparentemente mais fácil convencer o Congresso dos Estados Unidos a liberar dinheiro para uma guerra e não para o combate às mudanças climáticas?

Kerry - Esta é uma pergunta muito boa e muito justa. Em primeiro lugar, o presidente colocou mais dinheiro nisso. Ele colocou US$ 12 bilhões na mesa para um programa de adaptação de emergência chamado Prepare. Ele colocou vários bilhões de dólares na mesa para ajudar na adaptação (às mudanças climáticas). Então, estamos fazendo mais do que apenas lidar com a Floresta Amazônica, mas é (uma ameaça) existencial.

Mas a luta na Ucrânia também. A (guerra na) Ucrânia é uma luta hoje para manter o acordo global que as pessoas fizeram após a Segunda Guerra Mundial, de que respeitaremos as fronteiras uns dos outros, de que viveremos de acordo com o direito internacional, respeitaremos o estado de direito.

E o desafio com a perda de vidas na Ucrânia é muito agudo. E assim o presidente está defendendo a democracia, defendendo o estado de direito, defendendo a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), defendendo as Nações Unidas, defendendo o direito internacional. E isso é fundamental.

A crise climática, que é uma crise, vem crescendo significativamente no último ano. E muito mais pessoas agora estão entendendo que é uma crise imediata. E também existencial para muitas pessoas. Vocês acabaram de ter enchentes em São Paulo e, por favor, aceitem nossas condolências. Mas precisamos responder muito mais rápido. Precisamos colocar maiores somas de dinheiro na crise climática, assim como colocamos dinheiro na crise da Ucrânia.

Nós podemos fazer isso. É que algumas pessoas estão optando por não fazê-lo. E o presidente está ocupado, fazendo hora extra, tentando persuadir mais pessoas no Congresso e no mundo sobre a urgência de podermos lidar com duas ou três crises ao mesmo tempo. Digo três porque também ainda temos uma pandemia e temos o potencial de outra pandemia chegar.

BBC News Brasil - O senhor reconhece que tem sido mais fácil para essa administração convencer o Congresso a liberar dinheiro para a guerra em vez de liberar dinheiro para combater as mudanças climáticas?

Kerry - Tem sido mais fácil. E eu me perguntava sobre o motivo disso. Eu e o presidente Biden, em particular, vemos a crise climática como imediata, mas nem todo mundo vê. E então eu fui ao Congresso e conversei com alguns de meus ex-colegas no Senado e na Câmara. Eu disse: "Por que vocês não veem isso? O que está acontecendo é algo imediato".

E a resposta é que muitos dos nossos colegas veem isso como algo que vai acontecer no futuro: "A gente lida com isso".

E, obviamente, nossa tarefa e a do presidente Biden, em particular, é persuadir as pessoas de que isso (o combate às mudanças climáticas) não é algo que você possa adiar. Não é algo que ainda está para acontecer. Está acontecendo agora em todo o mundo. E algumas das ameaças da crise climática são irreversíveis. Já ouvi cientistas me dizerem que podemos ter atingido cinco pontos críticos onde passamos do ponto de não-retorno.

Eles dizem que, possivelmente, o ponto de não-retorno já passou para o Mar de Bering, para os recifes de coral, para o permafrost (terrenos que se mantiveram congelados nos últimos milhares de anos), para o Ártico e a Antártida. E se isso for verdade, isso é realmente ameaçador para todos nós. Portanto, esperamos poder persuadir as pessoas da urgência de lidar com o que agora é uma crise real e presente.

[NOTA DA REDAÇÃO: o ponto de não-retorno é um conceito usado por cientistas que estudam os efeitos das mudanças climáticas. Ele significa que, em razão do aumento da temperatura do planeta já registrado, algumas regiões já sofreram danos que não poderiam ser mais revertidos e que, por isso, não teriam mais capacidade de regeneração].

  • Leandro Prazeres
  • Role,Da BBC News Brasil em Brasília

Professor Edgar Bom Jardim - PE