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segunda-feira, 24 de novembro de 2025

Raquel Lira em Bom Jardim

Em Bom Jardim, governadora Raquel Lyra autoriza início das obras da PE-088 e firma convênio para construção de duas escolas




Além dos anúncios, a chefe do Executivo estadual visitou o Parque da Pedra do Navio e a fábrica J. Confort durante a agenda no município.

Em mais um movimento para acelerar a interiorização das ações estaduais, a governadora Raquel Lyra anunciou, neste domingo (23), dois investimentos estratégicos para Bom Jardim. A chefe do Executivo estadual autorizou o início das obras de requalificação da PE-088, que receberá R$ 27,8 milhões, e confirmou a construção de duas escolas em tempo integral, fruto de convênio com a prefeitura. As iniciativas atendem demandas históricas e reforçam a presença do Estado no Agreste Setentrional. Durante a passagem pela cidade, a governadora também visitou o Parque da Pedra do Navio e a fábrica de estofados J. Confort.

“O povo de Bom Jardim sonhava com a PE-088 virando realidade. Essa obra foi prometida diversas vezes, mas será realizada pela nossa gestão. A requalificação da estrada vai ampliar o acesso a serviços essenciais, garantindo mais dignidade para o povo do Agreste. Só nesta região, já investimos mais de R$ 350 milhões em requalificação de vias. Atendendo a um pedido do prefeito, também estamos destinando quase R$ 10 milhões para a construção de duas escolas em tempo integral, cada uma com capacidade para cerca de 500 alunos. Nosso governo segue chegando a onde poucos chegaram, apoiando os municípios para que possam cumprir seu papel”, destacou a chefe do Executivo estadual.

Com 31 quilômetros de extensão, a PE-088 liga Bom Jardim à divisa com a Paraíba. A obra prevê serviços de reciclagem e restauração do pavimento, drenagem superficial e profunda, sinalização, instalação de defensas metálicas e ações de proteção ambiental, incluindo a revegetação de áreas degradadas.

O secretário estadual de Mobilidade e Infraestrutura, André Teixeira Filho, reforçou que, além de fortalecer a mobilidade regional, a requalificação da rodovia terá impacto direto na economia do Agreste Setentrional. “A estrada vai beneficiar diretamente os municípios de Orobó, João Alfredo e Salgadinho, que têm na PE-088 sua principal via de acesso, garantindo o escoamento da produção local e ampliando as conexões da região”, explicou o titular da pasta.

Na área da educação, foi anunciado a construção de duas escolas em tempo integral no município, por meio de convênio firmado com a prefeito, através do programa Juntos pela Educação. A unidade do distrito de Tamboatá já está em obras e deve ser concluída até o fim do próximo ano, enquanto a escola de Umari inicia sua construção nos próximos dias. Cada unidade receberá investimento previsto de R$ 4,7 milhões.

“A governadora tem a meta de gerar 15 mil novas vagas de ensino fundamental em tempo integral nos municípios. Os convênios firmados hoje vão justamente nesse sentido, ampliando a oferta para os estudantes e fortalecendo a educação em todas as etapas, da primeira infância até o ensino médio”, afirmou o secretário executivo de Educação, Nathanael Silva.

Para o prefeito de Bom Jardim, Janjão, o Estado tem retomado o protagonismo no apoio aos municípios por meio de entregas e políticas públicas estruturadas. “Além dos anúncios de hoje, que são muito importantes, já temos diversas parcerias. São ônibus escolares, cozinhas comunitárias, além de 700 mulheres beneficiadas pelo Mães de Pernambuco. É um compromisso da gestão estadual com o fortalecimento da educação e do desenvolvimento”, declarou o gestor municipal.

Ainda durante a visita ao município, a governadora esteve no Parque da Pedra do Navio, uma das principais atrações turísticas da cidade, e também nas instalações da fábrica J. Confort, empresa do setor de colchões e estofados que movimenta o polo industrial da região. As autorizações de início de obras foram oficializadas durante a inauguração da Arena Umariense Fábio Lima, em um momento que reuniu diversas outras ações da prefeitura.

Presente nas agendas, o deputado federal Fernando Rodolfo pontuou que o Governo de Pernambuco tem atuado de forma próxima e parceira com os municípios, atendendo às principais demandas da população. “Os investimentos feitos aqui hoje mostram que o relacionamento do governo com os prefeitos é algo que não se via em Pernambuco há muito tempo. Hoje temos uma gestão que dialoga, trabalha e resolve. Isso faz toda a diferença, não só para os prefeitos e prefeitas, mas para o cidadão que está na ponta”, afirmou.

Acompanharam a agenda o diretor-presidente do Departamento de Estradas e Rodagem de Pernambuco (DER), André Fonseca; os prefeitos Paquinha (Macaparana), Juliana de Chaparral (Casinhas), Joel Gonzaga (Feira Nova), Lidonaldo da Farinha (Frei Miguelino), Joia (Salgadinho), Dr. Histênio Sales (Vertente do Lério) e Zé Luiz (Lagoa do Carro). Também estiveram presentes os vice-prefeitos Dão da Lavanderia (Vertentes), Miltão Filho (Ribeirão) e Arsênio do Minério (Bom Jardim); o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, além de vereadores, secretários municipais e outras lideranças da região.

Foto: Janaína Pepeu/Secom

imprensa.pe@secom.pe.gov.br


Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 15 de outubro de 2025

terça-feira, 6 de maio de 2025

Nota de Pesar





É com imenso pesar que o Museu de Bom Jardim recebe a notícia do falecimento do ex-prefeito Senhor Noé Souto Maior, ocorrido em 5 de maio de 2025, aos 98 anos. Neste momento de dor, estendemos nossas mais sinceras condolências à família Souto Maior e a todos quantos foram tocados por sua generosidade, sabedoria e dedicação ao bem comum.

Com integridade, visão de futuro e amor por Bom Jardim, o Senhor Noé inspirou gerações a acreditarem no poder da coletividade e do serviço público. Sua ausência deixa uma lacuna imensa, mas sua obra continuará nos guiando.

Que as lembranças de sua vida dedicada e seu compromisso com o bem-estar de nosso povo confiram conforto aos corações enlutados. 

Descanse em paz, Noé Souto Maior: seu legado é perene e sua memória, eterna luz que brilhará em nossa história

Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 2 de abril de 2025

Programa de Enfrentamento à Violência Doméstica em Bom Jardim registra mudança de comportamento em agressores e avança para escolas



A juíza da Vara Única de Bom Jardim, Mariana Flores, mediadora das palestras, na Comarca

Em continuidade ao Programa de Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, a Vara Única da Comarca de Bom Jardim apresenta resultados positivos, impulsionados por iniciativas de prevenção de casos de violência doméstica e de reeducação dos ofensores. Além de promover ações de ampliação do programa inicial, a exemplo da série de palestras sobre defesa dos direitos das mulheres realizada em escolas públicas, que tem como objetivo estabelecer um espaço seguro de debate e conscientização para adolescentes.

O programa é estruturado com base nas diretrizes do Protocolo de Julgamento com Perspectiva de Gênero do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que orienta magistrados e magistradas a julgar com equidade e igualdade, e foi desenvolvido com o apoio da Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). São aplicadas uma série de ações como: treinamento da equipe; atuação preventiva na celebração de casamentos; audiências em regime de mutirão e palestras de recuperação e reeducação dos ofensores.

As palestras direcionadas aos ofensores tiveram início em 25 de fevereiro deste ano, promovendo um espaço aberto ao diálogo, com reuniões que abordam a origem das medidas protetivas; os dados sobre violência contra a mulher; as penas previstas na Lei das Contravenções Penais (nº 14.994/2024); as consequências do descumprimento de medidas protetivas; e os direitos e deveres familiares, como pensão e guarda dos filhos.

O caráter transformador das palestras já se reflete em casos concretos. Um exemplo é o de um ofensor que, após participar de uma das palestras, demonstrou mudança significativa de comportamento. A vítima relatou ao Fórum de Bom Jardim que ele parou de importuná-la e passou a respeitar as medidas protetivas, um avanço concreto em um caso que antes era marcado por reincidências. Esse exemplo reforça a eficácia da abordagem educativa como complemento às medidas judiciais, mostrando que a conscientização pode romper ciclos de violência.

O diálogo direto com os agressores tem sido fundamental para conscientizá-los sobre a gravidade de seus atos. O caso da vítima que ainda não se sente segura para retirar a medida protetiva, mas reconhece a mudança no ex-companheiro, ilustra o potencial da iniciativa de provocar mudanças sociais no município.

A juíza da Vara Única de Bom Jardim, Mariana Flores, mediadora das palestras, reitera a importância da iniciativa e destaca o papel social do Judiciário no combate à violência doméstica e familiar contra as mulheres. “A consciência do nosso papel social, em um Tribunal que fomenta a atuação de seus magistrados, nos move para a concreção de projetos que possam ampliar os direitos fundamentais de nossos jurisdicionados. A igualdade de gênero está prevista na Constituição da República, na Declaração Universal do Direitos Humanos e no Pacto de São José da Costa Rica, mas na realidade fática é uma garantia ainda em construção e parte dela é necessariamente vinculada ao enfrentamento da violência doméstica. Saber que o nosso trabalho teve um resultado positivo, ainda que seja apenas um ofensor, já faz todo o esforço valer a pena”.

Prevenção desde a adolescência



Além das palestras de reeducação voltadas para os adultos, o programa agora avança para as escolas, com palestras para jovens da rede pública. Já foi realizada uma roda de conversa com meninas na Escola Estadual Raimundo Honório, intitulada "O lugar da mulher é onde ela quiser", e na próxima semana será a vez dos meninos, com o tema "O lugar da mulher é onde ela quiser". Não é, meninos?!".

O programa procura, ao incluir adolescentes no diálogo, oferecer um espaço de debate e esclarecimento sobre a violência doméstica contra a mulher já nesta fase de formação


Fonte: https://portal.tjpe.jus.br/

Texto: Victória Brito | Ascom TJPE
Fotos: Cortesia


Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 26 de janeiro de 2025

Prévias: Encontro de Cultura Popular no Museu de Bom Jardim






Reforçando a identidade cultural de Bom Jardim, neste domingo (26) acontecerá a noite da Cultura Popular na programação da Festa de São Sebastião, com uma prévia do Encontro de Burrinhas, Caboclinhos, Catirinas e Maracatus de Pernambuco, realizado pelo Museu de Bom Jardim, sob a coordenação do professor Edgar Santos. A concentração será, a partir das 20h, na Avenida José Moreira, no Centro. Em seguida, os grupos sairão em cortejo, com desfile de Burrinhas, Catirinas, Passistas e diversos brincantes da Cultura Popular pelas ruas da cidade.

 

"Estamos promovendo a cultura popular, colocando-a em evidência, registrando a memória dos antigos e chamando os novos para entender, ressignificar e continuar a nossa Cultura, nosso território, nossa musicalidade bem representada por Levino Ferreira, Bráulio de Castro, Mestre Teté, Zé Bagre, Maestro Neném, Dimas Sedícias, Maestro Luís Gonzaga, Laurivan Barros, como também nossos Caboclinhos, Burrinhas, La-ursa, Catirinas, passistas, nossos mestres da Cultura Popular e toda uma nova geração de músicos", destacou o coordenador.

 

Em 2025, o Encontro de Burrinhas, Catirinas, Caboclinhos e Maracatus chega a 11ª edição. Durante esse período, a manifestação reuniu representações de várias regiões do Estado, tornando-se referência cultural no período momesco. Este ano, o evento amplia o alcance com a prévia. E para angariar recursos, Edgar informou que camisas personalizadas foram confeccionadas para comercialização. "A gente faz estas camisas para vender, divulgar o encontro e também conseguir angariar uns recursos para ajudar nas despesas", explicou. A camisa custa R$ 50.

 


 

Dando aquela força - De acordo com o professor Edgar Santos, o encontro sempre tem apoio do Governo do Estado, por meio da Fundação do Patrimônio Artístico e Cultural de Pernambuco (Fundarpe), da Prefeitura Municipal, de grupos culturais e de alguns comerciantes da cidade que ajudam com doações, além das pessoas que compram a camisa. Oficialmente, o 11º Encontro de Burrinhas, Caboclinhos e Maracatus de Pernambuco acontecerá na terça-feira de Carnaval, 4 de março, pela manhã, no Polo Carnavalesco de Bom Jardim.


Fonte: BLOG DO AGRESTE

Fotos: Edgar Santos /Museu de Bom Jardim

Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Bom Jardim - PE gasta R$ 526,00 por habitante em educação e R$ 343,00 com serviço público de saúde. Você sabia? Veja o valor em seu município



Notas de 50, 100 e 200 reais e moedas de 1 real e de 10 centavos

Crédito,Getty Images

Legenda da foto,A Frente Nacional de Prefeitos e Prefeitas (FNP) fez um levantamento com dados oficiais de diversas fontes, a pedido da BBC News Brasil, que mostra as despesas de cada município brasileiro por habitante nas áreas de saúde e educação


Todos os municípios brasileiros devem, pela Constituição Federal, aplicar uma parcela mínima de seus recursos em serviços básicos de saúde e educação.

Há, no entanto, uma enorme desigualdade em quanto se gasta e como.

A Frente Nacional de Prefeitos e Prefeitas (FNP) fez um levantamento com dados oficiais de diversas fontes, a pedido da BBC News Brasil, que mostra as despesas de cada município brasileiro por habitante nas áreas de saúde e educação.

Em saúde, foram considerados os gastos em Ações e Serviços Públicos de Saúde, ou ASPS, que incluem, por exemplo, pagamentos de salários, desenvolvimento científico e tecnológico, produção, aquisição e distribuição de insumos dos serviços de saúde


Já na educação foram considerados os gastos com Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE), que incluem pagamento de professores, capacitação, construção e reforma de prédios escolares, dentre outros

O levantamento mostra também quanto os gastos nessas áreas representam no total de receitas de cada município e se cumprem o mínimo constitucional de 15% em educação e de 25% em saúde.

No topo desse "ranking" estão cidades menores, com até 50 mil habitantes.

Um exemplo é Borá, no interior de São Paulo, segunda cidade menos populosa do país, com apenas 907 habitantes (mais apenas do que Serra da Saudade, em Minas Gerais, com 833), que gasta R$ 4,9 mil por pessoa na saúde. Na cidade de São Paulo, em comparação, o valor é de R$ 1,4 mil.

"É comum que cidades pequenas gastem mais por habitante, justamente por estas cidades terem um orçamento (por habitante) relativamente maior", diz Kleber Castro, assessor econômico da FNP, que organizou os dados.

Castro diz que esse orçamento maior é consequência de falhas no sistema de distribuição de receitas públicas entre os entes federados.

Enquanto a arrecadação tributária está concentrada nas cidades com maior atividade econômica, as transferências de recursos acabam privilegiando cidades menores, diz o economista.

Mas o que são essas transferências?



Muitos municípios brasileiros, especialmente os menores, não conseguem se sustentar apenas com a arrecadação própria de impostos e se mantêm com repasses vindos dos Estados e da União.

Um estudo feito pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), com dados de 2022, mostrou que mais da metade dos municípios tem uma situação crítica em sua capacidade de sustentar sua estrutura básica com a própria atividade econômica, conforme mostrou uma reportagem da BBC News Brasil.

O Fundo de Participação dos Municípios (FPM), por exemplo, é repassado da União às prefeituras e representa quase metade das receitas de cidades com menos de 10 mil habitantes, segundo outro estudo feito pela FNP.

Para a organização, o arranjo atual desse repasse favorece as cidades menores, já que o modelo de repartição foi criado em outro contexto, na década de 1960, com o objetivo de proteger as cidades menores com uma fonte permanente e estável de financiamento.

"Ocorre que, de lá para cá, a economia se descentralizou e alterou-se a dinâmica demográfica do país, caracterizada pela redução da parcela da população rural e maior concentração urbana, sobretudo em cidades grandes e médias", diz a organização.

Royalties do petróleo

O economista Vladimir Fernandes Maciel, coordenador do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica, aponta que parte dos municípios no topo do ranking de maiores despesas conta com fontes extras de receita, como royalties do petróleo ou compensações financeiras pela exploração mineral.

Um dos exemplos é Maricá (RJ), com uma despesa por habitante de R$ 23,3 mil em 2023.

Segundo reportagem do jornal O Globo, a cidade foi a que mais recebeu royalties pela indústria de extração de petróleo e gás no país em 2023, seguida por Saquarema (R$ 1,7 bilhão) e Macaé (R$ 1,3 bilhão), ambas no Rio de Janeiro.

"Nessas localidades, essas receitas adicionais permitem cobrir investimentos em diversas áreas, liberando recursos para aumentar as despesas em saúde e educação", diz Maciel.

Ele destaca que análises da questão não podem se limitar ao valor das despesas por habitante, mas devem também buscar indicadores que apontem os resultados obtidos com os valores investidos.

"Avaliar a eficiência do gasto público é essencial para uma análise completa e precisa", diz o economista.

Gasto público maior = serviços melhores?

Diversos estudos já compararam a relação entre aumento nos gastos públicos, eficiência dos serviços oferecidos à população e qualidade de vida.

Um deles, A Broken Social Elevator? How to Promote Social Mobility (Um Elevador Social Quebrado? Como Promover a Mobilidade Social), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), publicado em 2018, identificou que países que mais gastaram no passado com educação e saúde pública tiveram maior mobilidade social — ou seja, melhora na situação socioeconômica das famílias.

Neste estudo, o Brasil foi o segundo pior em mobilidade social entre 30 países.

O levantamento buscou identificar quais elementos fazem com que famílias tenham condições de vida melhores e como políticas públicas podem impulsionar isso.

As condições de saúde têm impactos significativos nos rendimentos das famílias e nos resultados futuros das crianças, seja porque podem tirar alguém do mercado do trabalho ou por implicar em maiores despesas para as famílias, diz o relatório.

Já em educação, o relatório revisa uma série de estudos que apontaram que os gastos públicos na área ajudaram a diminuir a desigualdade entre crianças ricas e pobres.

"Pelo menos parte da razão pela qual as crianças mais pobres ficam para trás dos seus pares mais ricos em termos de resultados educacionais é porque frequentam escolas diferentes", diz o relatório, que aponta que escolas que atendem alunos mais pobres tendem a ter menos recursos.

Mas a própria OCDE admite que essa relação entre gasto e qualidade não é direta, porque depende de como os recursos foram usados e se há foco nos grupos mais desfavorecidos socialmente.

Aluno escrevendo sobre carteira escolar

Crédito,Getty Images

Legenda da foto,Secretário diz que é preciso ter cuidado ao relacionar, de forma direta, mais gastos com qualidade educacional

"A resposta política não se limita, portanto, a gastar mais, em geral, mas sim a direcionar os gastos para programas eficazes", diz a OCDE.

Castro, da FNP, complementa que "há locais que gastam menos e têm mais qualidade, e há o contrário também".

"O que é certo é que municípios que recebem mais recursos do que necessitam, em geral, tendem a gastar pior e a desperdiçar mais recursos", afirma Castro.

A economista Carla Beni, professora da Fundação Getúlio Vargas (FGV), ressalta que os gastos nos municípios devem vir acompanhados de políticas públicas adaptadas à realidade local.

"Quanto mais se generaliza decisões e ferramentas, mais incorre-se em erros. Cada município tem sua particularidade. Um é industrial, outro mais focado em comércio ou agropecuária", diz Beni.

Ela também critica o que chama de demonização do setor público no Brasil, em que se pede menos Estado e mais privatizações.

"Um dos fundamentos da política fiscal é promover a qualidade de serviços públicos para diminuir desigualdade de oportunidades", diz Beni.

O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Alessio Costa Lima, lembra que a principal despesa na área da educação está relacionada aos gastos com pessoal, que representa quase 90% do total.

"O que varia de um município para o outro é a forma de organização da rede de ensino", diz Lima, que cita como exemplo o número de escolas e de professores por escola.

Ele destaca também que o nível de formação dos profissionais da rede pode aumentar os custos.

"Há municípios em que todos os profissionais da rede possuem ensino superior e até pós-graduação", pontua Lima.

"Quanto mais qualificado, maior é o investimento que se faz na folha de pagamento desses profissionais."

Lima, que também é secretário de educação em Ibaretama, no Ceará, diz que é preciso ter cuidado ao relacionar, de forma direta, mais gastos com qualidade educacional.

"Não podemos negar que qualidade de educação pressupõe mais investimento, porque não depende só do esforço e boa vontade de professores, alunos e famílias. Mas a questão não é tão linear", diz Lima.

"Muitos fatores interferem no desempenho dos alunos. Uma mesma política, com mesmo volume de recursos e aplicada a cidades do mesmo tamanho, pode produzir resultados totalmente diferentes, para pior ou melhor."

Emendas parlamentares reforçam desigualdade?

O presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Hisham Hamida, diz que os recursos que financiam a saúde hoje não são suficientes para as despesas dos municípios nesta área.

"Há um subfinanciamento, onde tenho cada vez mais um aumento [de despesas] seja por incorporação de novas tecnologias, o aumento da expectativa de vida, tudo isso impacta na saúde", diz Hamida.

Ele lembra também que as emendas parlamentares, destinadas por deputados federais e senadores, também criaram disparidades.

Só em 2024, parlamentares empenharam mais de R$ 13 bilhões em emendas para a saúde, segundo o painel InvestSUS.

Nesta modalidade, são os próprios deputados que escolhem para onde vai o recurso.

"Não há um critério técnico per capita ou por necessidade de saúde daquela região. Na maioria das vezes essa emenda é indicada por uma afinidade político-partidária, um local que é da base daquele parlamentar", ressalta Hamida.

"Com isso, há uma tendência de aumentar essa desigualdade. Quem tem alguma influência política maior vai ter tendência a captar mais emenda do que aquele que não tem."

Um artigo publicado no periódico Cadernos de Saúde Pública (CSP) em 2024 analisou dados de 2015 a 2020 e identificou que houve "grande discrepância de valores per capita entre os municípios de diferentes portes populacionais" e que cidades menores foram mais favorecidas. O trabalho foi produzido pesquisadoras da Universidade Estadual de Londrina, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada e da Fundação Oswaldo Cruz.

O estudo diz que, em vez de corrigir as iniquidades, as emendas podem aumentá-las ainda mais.

"Foram identificadas diferenças de até 16 vezes no valor per capita em emendas parlamentares para Atenção Primária à Saúde (APS) entre os municípios com até 5 mil habitantes e aqueles com mais de 500 mil, evidenciando as distorções causadas por essa forma de transferência de recursos no período avaliado", afirma o estudo


Fonte: BBC
Dados: Frente Nacional de Prefeitos e Prefeitas (FNP)
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 12 de janeiro de 2025

Bom Jardim: o descuido com o meio ambiente é de todos nós?


*Rua do Frade 28 de fevereiro 2024.

Raios, trovões, chuvas, ventos, Tudo muito lindo! O problema é que o Rio Tracunhaém foi aterrado.
O rio é uma ameaça aos moradores, as casas, ao comércio, aos empregos e até a vida das pessoas.
A prefeitura, o governo municipal, a atual gestão precisa colocar homens e máquinas dentro do rio para retirar a terra, o mato, o lixo.

       * Leito do Rio Tracunhaém - Rua Manoel Augusto 2023

A Prefeitura do Bom Jardim na gestão João Lira deixou muita terra espalhada dentro do rio com a construção da Avenida Iris Vieira. Entupiu o rio de terra, pau, pedra.
Janjão nada fez até agora para retirar os bancos de terra que ficaram acumulados no leito do rio.
O rio ficou mais raso, em alguns lugares mais de um metro de terra, mato, entulho. Foram dezenas de toneladas de terras que ficaram espalhadas no leito do rio na construção do binário.
Toda essa terra acumulada forma pequenas ilhas onde o mato e o capim crescem, formam barreiras pra água passar.

Também muita gente fez construção e depositou entulhos , restos de material de construção dentro do rio.
Há os cidadão que cortam árvores e jogam dentro do rio, há os moradores que realizam o cercamento do rio, faz criação de porco, cavalo, boi, faz plantação de capim. Tem gente que vende até plantação de capim dentro do rio.

Estamos vivendo os efeitos do clima. Todos os dias os canais de TV mostram as tragédias do clima.
O que as autoridades estão fazendo? Nada. Esperam a água invadir suas casas, destruir seus móveis, destruir suas mercadorias, destruir sonhos, trabalho de uma vida toda. Esperam que pessoas percam tudo, empregos serem destruídos, miséria na vida do povo.
Quando o problema acontecer vai aparecer político para carregar o saco de fubá ou peça de tecido do seu comércio. Vereadores irão falar da bosta na água, deputados do nada irão dizer:" eu mandei emendas para comprar máquina, tratores, carros e patrol".


*Rua da Palha no início da enchente de 2011


Negócios! Quem é que não faz o certo nesta história? É o povo, o eleitor, os políticos, as autoridades, o fracasso da sociedade e o descuido com cidadania? O que pensa o sindicato rural, as igrejas, as escolas os comerciantes e moradores jogadores de lixo no rio?
Cadê a organização, a regra, as normas, o serviço de proteção ao patrimônio, os cuidados com o meio ambiente?
Bom Jardim é uma cidade de escravizados, de analfabetos políticos, de pessoas sem responsabilidades. É de todos nós?

*Avenida José Moreira 2024.


Tá na hora das autoridades, dos homens da lei, homens representantes dos Três Poderes fazem algo em defesa da cidade, do povo, da natureza, do patrimônio, da vida. Os moradores já fizeram ciência dos problemas às autoridades.
Cadê a providência da prefeitura? Até agora nenhum trabalho existente para garantir a sustentabilidade ambiental na cidade de Bom Jardim. A Câmara parece jogar contra o povo, não se manifesta, não fiscaliza, não apresenta se quer uma proposta de reunião entre o povo e os edis para debater o problema, ouvir a comunidade, os moradores afetados e os que não querem cuidar do rio.

Somos uma cidade sem democracia, sem diálogo com os representantes dos poderes. Não somos, ouvidos, considerados, respeitados.



Professor Edgar Bom Jardim - PE


quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Cerimônia de Posse - Prefeito Janjão, Vice Arsênio e Vereadores Eleitos



Assiste ao vivo a Posse do Prefeito Janjão. 



Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Prefeitura de Bom Jardim divulga resultados preliminar dos habilitados e não habilitados da PNAB






A PNAB, instituída pela Lei nº 14.399, de 08 de julho de 2022, tem como objetivo fomentar a cultura em todos os estados, municípios e Distrito Federal.
Os quatro editais publicados são os seguintes:
- Edital Subsídio a Espaços, Ambientes e Iniciativas Culturais
- Edital de Fomento – Execução de Ações Culturais
- Edital Premiação – PNAB – Bom Jardim 2024
- Edital Premiação Pontos de Cultura Bom Jardim 2024.

Fonte: INSTAGRAM Prefeitura de Bom Jardim - PE
























Professor Edgar Bom Jardim - PE