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terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Pastor Henrique Viera desmascara hipocrisia criminosa de Silas Malafaia. Assiste o vídeo








Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

O protesto de Bolsonaro em SP em 5 pontos


Para os investigadores, as declarações de Bolsonaro apontam que o ex-presidente tinha conhecimento da existência de minutas de golpe, o que levou integrantes da Polícia Federal a reforçarem a linha de investigação sobre a ligação de Bolsonaro e aliados à trama golpista. Durante o ato, o pastor ligado a extrema direita, Silas Malafaia, fez ataques aos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, e pediu anistia para os condenados pelo 8 de janeiro

Bolsonaro em protesto

CRÉDITO,REUTERS

Legenda da foto,

A presença de várias bandeiras de Israel foi um dos destaques da manifestação

protesto convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu políticos e milhares de manifestantes em São Paulo no domingo (25/2) em meio ao avanço das investigações da Polícia Federal (PF) sobre um suposto plano de golpe de Estado depois da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O protesto foi realizado, segundo seus organizadores, como uma defesa da “liberdade e do Estado democrático de direito”.

Mas a manifestação foi vista por analistas como um esforço do ex-presidente de demonstrar que tem força política e apoio popular.

Bolsonaro pediu que o público não levasse faixas contra autoridades e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como ocorreu em outros atos com a participação do ex-presidente

Do alto de um trio elétrico, diante de manifestantes que carregavam a bandeira do Brasil e vestiam a camisa da seleção, Bolsonaro negou que tenha havido uma tentativa de golpe de Estado e defendeu que agiu dentro dos limites da Constituição

Bolsonaro também pediu anistia para os acusados de invadir os prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 e afirmou querer "passar uma borracha no passado".

O protesto contou com a participação da ex-primeira dama Michelle Bolsonaro, que abriu o ato na avenida Paulista com uma oração e um discurso emocionado.

pastor Silas Malafaia, principal organizador do ato, foi o último a discursar antes do ex-presidente e assumiu tom mais duro em sua fala.

A manifestação também contou com a presença de diversos políticos, entre eles o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Jorginho Melo (PL), de Santa Catarina, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (PSDB), além de parlamentares.

O ato também ficou marcado pelas centenas de bandeiras de Israel, empunhadas por bolsonaristas ao longo da Paulista e da presença de judeus, após Lula ter sido criticado por ter comparado o conflito em Gaza ao Holocausto.

A BBC News Brasil reuniu em cinco pontos os principais momentos e fatos do protesto convocado por Bolsonaro.

1. Bolsonaro: Negativa de golpe e pedido de anistia

multidão na avenida Paulista

CRÉDITO,REUTERS

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Protesto ocupou quarteirões da avenida Paulista


Em seu discurso, que durou 22 minutos, Jair Bolsonaro refutou a acusação de que teria planejado dar um golpe de Estado após a vitória de Lula nas eleições de 2022.

"Eu teria muito a falar, e tem gente que sabe o que eu falaria, mas o que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado, é buscar uma maneira de nós vivermos em paz, é não continuamos sobressaltados", disse, dirigindo-se a deputados e governadores que estavam ao seu lado.

De acordo com investigações da PF, Bolsonaro teria se envolvido na confecção de uma minuta de decreto com medidas que impediriam a posse de Lula para mantê-lo no poder


Militares próximos a Bolsonaro também teriam organizado manifestações contra o resultado das eleições e atuado para garantir que os manifestantes tivessem segurança.

Já o grupo em torno de Bolsonaro teria monitorado os passos do ministro do STF Alexandre de Moraes, incluindo acesso à sua agenda de forma antecipada.

A minuta, encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, previa "estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília, Distrito Federal, com o objetivo de garantir a preservação ou o pronto restabelecimento da lisura e correção do processo eleitoral presidencial do ano de 2022, no que pertine [sic] à sua conformidade e legalidade, as quais, uma vez descumpridas ou não observadas, representam grave ameaça à ordem pública e a paz social".

Inicialmente, Bolsonaro negou ter conhecimento da minuta, mas um documento com este mesmo teor foi encontrado depois pela PF na sala do ex-presidente na sede do PL, seu partido.

Em sua fala no protesto, Bolsonaro afirmou que agiu dentro dos limites da Constituição e que, para ser aplicado, o decreto de estado de defesa dependeria da aprovação do Congresso.

"Continuam me acusando de um golpe, porque tem uma minuta de um decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Tenha santa paciência", disse.

"Querem entubar a todos nós um golpe, usando dispositivo da Constituição cuja palavra final quem dá é o Parlamento brasileiro."

No protesto, o ex-presidente também pediu aos congressistas um projeto de lei que anistie seus apoiadores que foram em Brasília por participarem na depredação de prédios públicos em 8 de janeiro de 2023.

“[Queremos] Anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília, nós não queremos mais que seus filhos sejam órfão de pais vivos. Agora nós pedimos a todos os 513 deputados e 81 senadores um projeto de anistia para que seja feita a Justiça em nosso Brasil”, disse Bolsonaro.

“E quem, porventura, depredou o patrimônio, nós não concordamos com isso. Que paguem, mas que essas penas não fujam ao mínimo da razoabilidade.”

2. Valdemar da Costa Neto: ‘PL é maior partido do Brasil’

presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, compareceu ao ato na Paulista, mas discursou horas antes de Bolsonaro chegar ao local.

Ambos estão proibidos pela Justiça de manter contato, após Costa Neto ser alvo em 8 de fevereiro de uma operação da PF que investiga a suposta tentativa de golpe, que teria o envolvimento de Bolsonaro, segundo os investigadores.

Costa Neto chegou a ser preso por porte ilegal de arma de fogo e teve sua liberdade provisória concedida por Moraes dois dias depois.

Seus advogados afirmam que “a arma é registrada, tem uso permitido, pertence a um parente próximo e foi esquecida há vários anos” no apartamento do presidente do PL, onde foi encontrada.

Na Paulista, Costa Neto falou por poucos segundos, do alto de um trio elétrico, e agradeceu ao público.

"Vim aqui só para falar que vocês transformaram o PL no maior partido do Brasil. Pátria, saúde, liberdade e família", disse.

3. Michelle Bolsonaro: 'Estamos sofrendo'

Michelle Bolsonaro ao lado do ex-presidente

CRÉDITO,REUTERS

A ex-primeira dama Michelle Bolsonaro abriu o ato na avenida Paulista com seu discurso e uma oração, momento em que causou forte reação do público presente, como testemunhou a reportagem.

Emocionada, ela chorou citando “um momento tão difícil da história”.

"Desde 2017, estamos sofrendo porque exaltamos o nome do senhor no Brasil, porque meu marido foi escolhido e declarou que era Deus acima de todos", disse.

"Não tem como não se emocionar vendo o exército de Deus nas ruas, o exército de homens e mulheres patriotas que não desistem da sua nação."

A ex-primeira-dama foi implicada em alguns escândalos envolvendo o ex-presidente e sua família.

Um deles foi o caso das joias que foram presenteadas ao casal Bolsonaro em 2021 pelo governo saudita.

Uma investigação apura se as joias foram trazidas ao país de forma ilegal.

Bolsonaro e Michelle prestaram depoimento à PF sobre o caso em agosto do ano passado. Ambos negam quaisquer irregularidades.

Em sua fala durante o ato na Paulista, Michelle também agradeceu o público.

"Aqui fica meu agradecimento a cada uma de vocês, por saírem de suas casas, de sua zona de conforto para dizer que o Brasil é do senhor, que somos um povo que defende valores e princípios cristãos".

A ex-primeira-dama é desde o ano passado presidente do PL Mulher, braço da legenda de Bolsonaro dedicado a mobilizar o eleitorado feminino, e sempre atuou como uma ponte do ex-presidente com o eleitorado evangélico.

Após Bolsonaro ser considerado inelegível pela Justiça Eleitoral, Michelle passou a ser citada como uma possível herdeira do seu capital político e um nome forte para futuras eleições.

4. Bandeiras de Israel

O protesto contou com a presença de muitas pessoas que carregavam a bandeira de Israel, e havia entre os presentes judeus com adereços tradicionais judaicos.

Os ambulantes vendiam bandeiras de Israel ao lado de bandeiras do Brasil.

A BBC News Brasil conversou com um dos ambulantes, que se apresentou como Francisco e disse ter vendido todas as 50 bandeiras israelenses que tinha levado para o ato, ao preço de R$ 50 cada.

O protesto ocorreu uma semana depois de o presidente Lula comparar a morte de 30 mil palestinos em ataques de Israel na guerra contra o Hamas com o Holocausto sofrido pelos judeus na 2ª Guerra Mundial.

"O que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus", disse Lula a jornalistas em Adis Abeba, capital da Etiópia, onde ele participava de uma cúpula da União Africana.

Isso gerou uma forte reação de Israel, que o declarou persona non grata, e exigiu um pedido de desculpas.

Congressistas da oposição protocolaram um pedido de impeachment do presidente devido à declaração, criticada até mesmo por alguns aliados do governo, como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Outros congressistas da base governista, no entanto, defenderam a fala de Lula.

Na sexta-feira (23/2), o ministro de Relações Exteriores israelense, Israel Katz, publicou no X (antigo Twitter) uma ilustração que mostra brasileiros e israelenses abraçados em meio às bandeiras dos dois países e pessoas vestidas de amarelo.

"Ninguém vai separar o nosso povo — nem mesmo você, Lula", escreveu Katz na postagem, publicada em português e em hebraico.

Em novembro do ano passado, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, participou de um encontro com Bolsonaro na Câmara dos Deputados.

Fábio Wajngarten, ex-secretário de Bolsonaro, disse na rede social X (ex-Twitter) que iria sugerir ao ex-presidente que convidasse o embaixador israelense e que ele seria "muito bem recebido e acolhido".

Wajngarten disse depois a jornalistas que Zohar não chegou a ser formalmente chamado para o ato.

Além da proximidade de Bolsonaro e aliados com o governo Netanyahu, a defesa de Israel é uma bandeira cara a muitos evangélicos - um dos grupos mais próximos de Bolsonaro.

Manifestante segurando bandeira de Israel

CRÉDITO,REUTERS

Legenda da foto,

Bandeiras de Israel eram vendidas por R$ 50 na avenida Paulista

5. Silas Malafaia e aliados no palanque

A manifestação bolsonarista também teve a presença de quatro governadores.

Além de Tarcísio de Freitas, de São Paulo, também participaram os governadores Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, e Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina.

Bolsonaro fez acenos aos quatro em seus discursos, assim como ao prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (PSDB), que também compareceu ao ato.

Tarcísio de Freitas falou ao público e, em seu discurso, disse que “não era ninguém” até ser indicado por Bolsonaro para ser ministro da Infraestrutura.

"Ele é um presidente que sempre defendeu a liberdade acima de tudo. Meu amigo Bolsonaro, você não é mais um CPF, não é mais uma pessoa, você representa um movimento de quem acredita que vale a pena brigar pela família, pela pátria e pela liberdade", disse Tarcísio.

"Muito obrigado, Bolsonaro, nós sempre estaremos juntos."

Tarcísio ao lado de Bolsonaro

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Tarcísio de Freitas compartilhou nas redes sociais sua participação no protesto

Entre os parlamentares estavam os deputados federais Nikolas Ferreira e Marco Feliciano, ambos do PL.

O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, foi um dos principais organizadores do protesto.

Malafaia foi o último a falar antes de Bolsonaro. Coube a ele os comentários em tom mais incisivo e críticas mais duras.

Malafaia questionou, por exemplo, se Lula sabia com antecedência das invasões do 8 de janeiro.

"Eu tenho algumas perguntar para fazer: primeiro, por que Lula saiu às pressas de Brasília e foi para Araraquara? Ele foi avisado que ia ter baderna?", disse Malafaia.

Lula estava em visita oficial à cidade do interior paulista, que havia sido atingida por fortes chuvas e enchentes, e é governada por Edinho Silva (PT).

"Outra pergunta: cadê os vídeos gravados pelas câmeras do governo? Que estão em posse de Alexandre de Moraes?! O povo precisa saber quem está por trás daquela baderna, daquela safadeza", afirmou.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (à dir.), ao lado do governador de Goiás, Ronaldo Caiado

CRÉDITO,REPRODUÇÃO/INSTAGRAM

Legenda da foto,

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (à dir.), e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União) estiveram presentes no ato

Malafaia também criticou os ministros Alexandre de Moraes, que conduz as investigações contra Bolsonaro no STF, e o atual presidente da Corte, Luís Roberto Barroso.

"Alexandre de Moraes diz que a extrema direita precisa ser combatida na América Latina. Como o ministro do STF tem lado? Ele não tem que combater nem a extrema direita nem a extrema-esquerda. Ele é guardião da Constituição", disse o pastor.

Na ocasião, em agosto de 2023, Moraes afirmou que via um aumento de ataques à democracia no mundo, relacionado ao crescimento do populismo da direita radical.

Malafaia em seguida falou: "O presidente do STF, ministro Barroso, disse 'nós derrotamos o bolsonarismo'. Isso é uma afronta, uma vergonha".

A declaração de Barroso foi feita em um evento da União Nacional dos Estudantes (UNE) em julho de 2023.

O ministro disse em nota depois que se referia "ao extremismo golpismo e violento que se manifestou em 8 de janeiro e que correspondeu a uma minoria".

Também afirmou que "jamais pretendia ofender os 58 milhões de eleitores do ex-presidente nem criticar uma visão de mundo conservadora e democrática que é perfeitamente legítima".

*Com reportagem de João da Mata, João Fellet, Leandro Machado, Rafael Barifouse e Vitor Serrano


Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

O que o presidente Lula fez: RETROSPECTIVA 2023








Professor Edgar Bom Jardim - PE

Para nunca esquecer o ataque terrorista de 8 de janeiro de 2023. Assista o vídeo sobre o ataque terrorista contra o Brasil

RETROSPECTIVA 2023









Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 11 de abril de 2023

Lula é alegria, trabalho e esperança do povo brasileiro



Lula ergue os braços em aceno para o público durante sua posse presidencial

CRÉDITO,REUTERS

Legenda da foto,

Lula 100 dias de alegria, trabalho e esperança


Os primeiros cem dias do terceiro mandato presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva foram marcados por mudanças profundas em relação à gestão anterior, de Jair Bolsonaro.

O petista reestabeleceu uma relação mais harmônica entre os Poderes, removeu militares de cargos civis, resgatou o multilateralismo na política externa, adotou um controle mais rígido sobre armas e passou a valorizar a vacinação e a proteção ambiental, ampliou os recursos para merenda escolar, bolsas de estudos, ciência e tecnologia, retomou bolsa família, minha casa minha vida, programa de vacinação em massa, criou novos ministério para avançar nas questões dos povos originários, igualdade racial, cultura, justiça, meio ambiente e pesca, por exemplo.

O povo brasileiro voltou a ter esperança. Jornalistas não são mais ameaçados de apanhar ou morrer pelo gado do cercadinho. A educação volta a ser pensada com seriedade, acabou o tráfico de influência religiosa no ministério da educação. 

Mesmo tendo cumprido 30% dos seus compromissos de campanha  em apenas  100 dias após a posse, o presidente Lula tem enfrentados os destruidores do meio ambiente, grileiros, pistoleiros do agronegócios, parte da imprensa, banqueiros, dirigentes do banco central, a bancada da bala, o bolsonarismo, lideranças das religiões evangélicas, os pitbulls milicianos reprodutores do ódio, criadores das notícias falsas, tramadores dos atentados terroristas de 8 de janeiro.

O presidente Lula conseguiu retomar o respeito, a paz e a harmonia entre os Poderes da República, abriu novos caminhos para o diálogo internacional, reativou o reconhecimento da nossa diplomacia entre os diversos organismos internacionais. Lula já visitou e recebeu diversos líderes mundiais. Atualmente, faz  nova viagem à China com centenas de empresários. O G7 já convidou o presidente Lula para sua próxima reunião. 

Breve, muito em breve veremos uma onda crescente de trabalho, redução da fome  e a melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro.





LEIA

Íntegra do discurso lido pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante evento que marca os 100 dias da gestão do Governo Federal em Brasília (DF), no dia 10 de abril de 2023

Brasília, 10 de abril de 2023

Quero começar citando uma frase muito pequena, mas que traduz a enormidade do desafio que cumprimos nesses primeiros 100 dias de governo:

O Brasil voltou.

Antes de tudo, o Brasil voltou a ter governo. Um governo que se espelha no povo brasileiro e acorda cedo para trabalhar.

O Brasil voltou para trabalhar naquilo que deveria ser a razão de ser de todos os governos: cuidar das pessoas.

O Brasil voltou a cuidar sobretudo dos brasileiros e brasileiras que mais precisam, e que nesses últimos anos foram as principais vítimas da ausência de governo.

O Brasil voltou para conciliar novamente crescimento econômico com inclusão social. Para reconstruir o que foi destruído e seguir adiante.

O Brasil voltou para ser outra vez um país sem fome.

Ao mesmo tempo que prepara o terreno para as obras de infraestrutura que foram abandonadas ou ignoradas pelo governo anterior, o Brasil voltou a cuidar de saúde, educação, ciência e tecnologia, cultura, habitação, segurança pública.

O Brasil voltou com ações e programas que ajudaram a resgatar a dignidade, a cidadania e a qualidade de vida do povo brasileiro:

O Bolsa Família. O Programa de Aquisição de Alimentos. O Programa Nacional de Alimentação Escolar. O Minha Casa Minha Vida.

O Mais Médicos. O Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania, e tantos outros.

O Brasil voltou a cuidar do que era urgente e inadiável: o povo brasileiro.

Senhores ministros, senhoras ministras, meus amigos e minhas amigas.

O Brasil voltou a olhar para o futuro.

Olhar para o futuro significa investir em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, geração e transmissão de energia, conectividade, expansão do pré-sal, energia solar e eólica, entre outras iniciativas que irão colocar outra vez o Brasil no rumo do desenvolvimento.

Mas significa, antes de tudo, olha para as pessoas.

Não se constrói um país verdadeiramente desenvolvido sobre as ruínas da fome, dos ataques à democracia, do desrespeito aos direitos humanos e das desigualdades de renda, raça e gênero.

Não se chega a lugar nenhum deixando para trás a metade mais sofrida da nossa população.

Por isso, foi preciso reerguer alicerces, pavimentar novamente a estrada em direção ao futuro. E foi o que fizemos nestes primeiros 100 dias de governo.

O Brasil voltou a cuidar da saúde, com o Mais Médicos renovado e ampliado, que vai aonde a população desassistida está, e com o Programa Nacional de Imunização, para evitar que um único brasileiro adoeça ou morra por falta de vacina. Ao mesmo tempo, a primeira etapa dos mutirões de cirurgias começou em todo o país.

O Brasil voltou com ações efetivas de combate à violência contra as mulheres. E avançou no combate à desigualdade de gênero no mundo do trabalho, enviando ao Congresso Nacional a Lei de Igualdade Salarial entre mulheres e homens.

O Brasil voltou para cuidar de seus primeiros habitantes. Criou o Ministério dos Povos Indígenas, deflagrou ações emergenciais para interromper o genocídio dos yanomami, provocado pelo governo anterior.

O Brasil voltou para fazer reparação histórica ao povo negro deste país, com o Ministério da Igualdade Racial, a titulação de terras quilombolas e a cota para negros nos cargos de chefia do serviço público.

O Brasil voltou a cuidar de seus biomas, sobretudo da maior floresta tropical do planeta, com o restabelecimento do Fundo Amazônia e a criação e instalação da Comissão de Prevenção e Controle do Desmatamento.

O Brasil voltou a ter uma política externa ativa e altiva, retomando as boas relações com todos os países do mundo.

O Brasil voltou a dialogar com prefeitos, governadores, deputados, senadores. O Brasil voltou a conversar sobretudo com a sociedade civil, por meio da recriação do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e o Conselho de Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, entre outras instâncias de participação.

O Brasil voltou a cultivar a harmonia e o convívio republicano entre os Três Poderes, cujo maior exemplo foi a pronta reação à tentativa de golpe de 8 de janeiro.

No dia seguinte à barbárie, os Três Poderes marcharam unidos – do Palácio do Planalto ao Supremo Tribunal Federal, passando pelo Congresso Nacional – para dizer NÃO ao fascismo.

O Brasil voltou a dizer SIM à democracia.

Meus amigos e minhas amigas.

Foram 100 dias de muito trabalho. Temos mais 1.360 dias para seguir reconstruindo este país. E já estamos a caminho.

Apresentamos o novo arcabouço fiscal, que traz soluções realistas e seguras para o equilíbrio das contas públicas. Que dá um fim às amarras irracionais – e sistematicamente descumpridas – do falido teto de gastos. Que garante a volta do pobre ao orçamento. E que possibilita a aplicação de recursos no desenvolvimento econômico do país.

Estamos trabalhando em uma reforma tributária que corrige as distorções históricas de um sistema de tributação regressivo e injusto para os brasileiros e os entes federados. E cria um ambiente muito mais dinâmico e descomplicado para o setor empresarial.

Retomamos a capacidade de planejamento de longo prazo. E esse planejamento será traduzido em um grande programa que traz de volta o papel do setor público como indutor dos investimentos estratégicos em infraestrutura.

Com muito diálogo federativo, vamos retomar as obras paradas e acelerar as que estão em ritmo lento, além de selecionar novos investimentos estratégicos para o país.

Já recebemos dos governos de cada estado uma lista de obras prioritárias, e os ministérios estão identificando outros investimentos estruturantes. Até o início de maio, anunciaremos a lista definitiva de empreendimentos e os mecanismos que farão com que eles saiam rapidamente do papel e gerem milhões de empregos de qualidade.

Vamos aproveitar a experiência que já tivemos com o PAC e os programas de concessão para aprimorar esses mecanismos, tornando-os ainda mais eficientes.

Articularemos ainda com mais eficiência os investimentos públicos e privados e o financiamento dos bancos oficiais, em uma mesma direção: a do desenvolvimento com inclusão social e sustentabilidade ambiental.

Nosso programa de investimentos estratégicos em infraestrutura contará com seis eixos: transportes; infraestrutura social; inclusão digital e conectividade; infraestrutura urbana; água para todos e transição energética.

A transição energética será acelerada. Vamos lançar editais para contratação de energia solar e eólica que, somados, representarão capacidade de geração equivalente à de nossas maiores usinas hidrelétricas. E os leilões para novas linhas de transmissão irão tornar ainda mais rápida e atrativa a implantação desses parques de energia limpa.

E não perderemos a oportunidade de nos tornarmos uma potência global do hidrogênio verde.

A Petrobrás financiará a pesquisa para novos combustíveis renováveis. Ao mesmo tempo, retomará o papel protagonista nos investimentos, ampliando a frota de navios da Transpetro e gerando emprego em nossos estaleiros.

Na inclusão digital e conectividade, levaremos Internet de alta velocidade para as escolas e para os equipamentos sociais, a exemplo de postos de saúde, melhorando o acesso dos profissionais e dos usuários aos prontuários e exames.

No transporte, as ferrovias, rodovias, hidrovias e portos voltarão a ser pensadas de modo estruturante. Reduzirão o custo do escoamento de nossa produção agrícola. E incentivarão o florescimento de uma nova base industrial, mais tecnológica e mais limpa.

Vamos acelerar a construção das ferrovias, essenciais para a integração do país e o escoamento da nossa produção agrícola.

Além disso, vamos equacionar as concessões de rodovias e aeroportos que ficaram desequilibradas, retomando os investimentos previstos.

No eixo de água para todos, a Integração do São Francisco retomará seu ritmo. Concluiremos obras fundamentais, a exemplo da adutora do Agreste Pernambucano; do Cinturão das Águas do Ceará; do Canal Acauã-Araçagi da Paraíba; e da Barragem Oiticica do Rio Grande do Norte.

Na infraestrutura urbana, investiremos fortemente na melhoria das condições de habitação e vida das pessoas que moram em favelas, palafitas e outros locais precários. E vamos tirar do papel obras de prevenção a desastres causados por cheias e deslizamentos.

O Minha Casa, Minha Vida contratará 2 milhões de moradias.

O Novo Marco do Saneamento, aprovado na semana passada, remove as amarras que por tanto tempo impediram o investimento no setor. Em dez anos, vamos praticamente universalizar o fornecimento de água tratada e a coleta e tratamento de esgoto, com investimentos públicos e privados.

A qualidade de vida nas cidades não se faz apenas de casas, saneamento e transporte. E é exatamente por isso que o programa também conta com um eixo específico para infraestrutura social, com investimentos em hospitais, escolas, creches e centros de cultura e de esportes.

Para além do programa de investimentos estratégicos em infraestrutura, lançaremos em maio o Plano Safra do agronegócio. Queremos aumentar a produtividade no campo, e criar mecanismos que garantam a sustentabilidade socioambiental.

O Brasil voltará a ser referência mundial em sustentabilidade e enfrentamento das mudanças climáticas. E cumprirá as metas de redução de emissão de carbono e desmatamento zero.

O desmatamento será combatido em todos os biomas brasileiros. Desenvolveremos a economia da sociobiodiversidade, integrando a pesquisa científica e o conhecimento tradicional.

A mudança para uma economia de baixo carbono será tratada como estratégia de desenvolvimento do país. A transformação da estrutura produtiva nacional passará por uma Reindustrialização Verde e Digital.

O combate às mudanças climáticas também se dará nos centros urbanos. Vamos incentivar e promover ações de redução das emissões de carbono na mobilidade urbana e na construção civil.

Minhas amigas e meus amigos,

Sempre tenho dito que governar é cuidar das pessoas. E que garantir que cada brasileira e cada brasileiro consiga fazer as três refeições do dia é minha obsessão.

O Brasil sairá novamente do Mapa da Fome com a integração das ações já existentes e outras que serão articuladas pela Câmara Interministerial que reúne 24 de nossos 37 ministérios.

A população mais pobre e a classe média precisam se ver livre das amarras das dívidas.

Com o Programa Desenrola, os consumidores poderão renegociar seus débitos e limpar seus nomes.

Vamos trabalhar para que os bancos públicos possam garantir crédito facilitado e com prazos adequados para micro, pequenas e médias empresas e cooperativas, além de microcrédito para empreendedores individuais.

Nossas crianças e jovens vão recuperar o tempo perdido na pandemia. Em conjunto com estados e municípios, desenvolveremos políticas para superar a defasagem no ensino, a evasão e o abandono escolar.  A escola de tempo integral, da creche ao ensino médio, ganhará maior amplitude. E nossos estudantes, educação de qualidade.

Ampliaremos vagas nas universidades. Retomaremos o Programa Nacional de Assistência Estudantil, que assegura a permanência dos estudantes carentes no ensino superior.

Depois de anos congeladas, as bolsas da Capes e do CNPq foram reajustadas, beneficiando 258 mil doutores, mestres e pesquisadores.

Fortaleceremos o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, para que universidades e centros de pesquisa produzam ainda mais conhecimento para alavancar o desenvolvimento nacional.

Na saúde, retomaremos o Aqui Tem Farmácia Popular, garantindo medicamentos gratuitos e baratos para a população.

E implantaremos a rede atenção médica especializada multiprofissional, perto do usuário que precisa de consultas, exames e cirurgias com menor tempo de espera.

Cuidar das pessoas também é garantir sua segurança, em especial daqueles que mais sofrem com a violência.

Uniremos os estados, municípios e a sociedade civil organizada em um pacto para enfrentar o massacre dos jovens negros e da periferia.

As políticas para combater todas as formas de violência contra as mulheres serão ampliadas por meio do Programa Mulher Viver Sem Violência e das novas unidades da Casa da Mulher Brasileira. E garantiremos que não haja impunidade aos agressores.

Em parceria com Estados e municípios, iremos ampliar as políticas de garantia de direitos às juventudes, aos idosos, às pessoas com deficiência e à comunidade LGBTQIA+.

Como já fizemos com o povo yanomami, seguiremos protegendo os direitos e os territórios dos povos indígenas, povos e comunidades tradicionais, quilombolas e de comunidades de matriz africana e de terreiro, assegurando  o bem viver e a cidadania.

O combate ao crime organizado e às facções criminosas será prioridade. Fortaleceremos as áreas de investigação e a inteligência tecnológica das forças policiais. E valorizaremos de verdade os profissionais de segurança, usando programas como o Bolsa Formação.

Seguiremos combatendo a desinformação nos meios analógicos e digitais, contribuindo de maneira firme com o debate sobre a regulamentação das plataformas digitais que ocorre no Congresso Nacional.

O acesso à cultura, ao esporte e ao lazer será ampliado, bem como o apoio aos empreendedores culturais e aos atletas de alto rendimento.

Seguiremos fortalecendo a democracia brasileira, enfrentando e vencendo a ameaça totalitária, o ódio, a violência, a discriminação e a exclusão que pesam sobre o nosso país.

Ampliaremos ainda mais o diálogo com o Legislativo, o Judiciário, os entes federados e a sociedade brasileira.

Ainda neste semestre, serão deflagrados os debates do Plano Plurianual Participativo. Com atividades nos 27 Estados, ele possibilitará à sociedade participar ativamente no processo de planejamento das ações para a reconstrução do Brasil. E contribuirá muito para a transparência orçamentária.

Minhas amigas e meus amigos.

Cada ministra e cada ministro aqui presentes, juntamente com suas equipes, merecem todo o nosso reconhecimento, pelo tanto que foram capazes de entregar em tão pouco tempo.

Mas a mensagem principal que deixo aqui é a seguinte: se preparem, pois temos de trabalhar muito mais.

Quero terminar citando outra frase, que traduz o nosso sentimento ao fim destes primeiros 100 dias:

O Brasil voltou a ter futuro. E isso é apenas o começo


Fonte:https://www.gov.br/planalto/pt-br/ 
Foto: BBC Brasil /  Reuters

Professor Edgar Bom Jardim - PE