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segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Celular causa câncer no cérebro?


Mulher de óculos falando no celular perto da janela.

Crédito,Getty Images

Legenda da foto,O celular não está associado ao câncer no cérebro, de acordo com uma importante revisão de 28 anos de pesquisas
  • Author,Sarah Loughran e Ken Karipidis
  • Role,The Conversation*

Uma revisão sistemática sobre os possíveis efeitos à saúde decorrentes da exposição às ondas de rádio mostrou que os telefones celulares não estão relacionados ao câncer no cérebro.

A análise, encomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi publicada nesta semana na revista científica Environment International.

Os celulares geralmente são segurados junto à cabeça durante o uso. E eles emitem ondas de rádio, um tipo de radiação não ionizante. Estes dois fatores são, em grande parte, o motivo pelo qual surgiu a ideia de que os celulares poderiam causar câncer no cérebro.

A possibilidade de que os celulares possam causar câncer é uma preocupação de longa data. Os celulares — e a tecnologia wireless (sem fio) de forma mais ampla — são uma parte importante das nossas vidas cotidianas. Por isso, é fundamental que a ciência avalie a segurança da exposição às ondas de rádio destes dispositivos.

Ao longo dos anos, o consenso científico permaneceu forte — não há associação entre as ondas de rádio dos celulares e o câncer no cérebro, ou a saúde de forma mais ampla

Radiação como possível carcinógeno

Apesar do consenso, foram publicados estudos de pesquisa ocasionais que sugeriram a possibilidade de fazer mal.

Em 2011, a Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC, na sigla em inglês) classificou a exposição a ondas de rádio como um possível carcinógeno para seres humanos. O significado desta classificação foi amplamente mal interpretado — e levou a um aumento na preocupação


A IARC faz parte da Organização Mundial da Saúde. E sua classificação das ondas de rádio como um possível carcinógeno foi baseada, em grande parte, em evidências limitadas de estudos observacionais com seres humanos. Também conhecidos como estudos epidemiológicos, eles observam a taxa de doenças, e como elas podem ser causadas em populações humanas.

Estudos observacionais são a melhor ferramenta que os pesquisadores têm para investigar efeitos de longo prazo na saúde dos seres humanos, mas os resultados podem ser, com frequência, tendenciosos.

A classificação da IARC se baseou em estudos observacionais anteriores, em que pessoas com câncer no cérebro relataram que usavam o celular mais do que realmente usavam. Um exemplo é o estudo conhecido como Interphone.

Esta nova revisão sistemática de estudos observacionais em seres humanos é baseada em um conjunto de dados muito maior em comparação com o que a IARC analisou em 2011.

Ela inclui estudos mais recentes e mais abrangentes. Isso significa que agora podemos ter mais confiança de que a exposição a ondas de rádio de telefones celulares ou tecnologias sem fio não está associada a um risco maior de câncer no cérebro.

Nenhuma associação

Homem sentado em sofá de fone de ouvido falando no celular.

Crédito,Getty Images

Legenda da foto,Tradicionalmente, os celulares eram segurados junto à cabeça, mas hoje em dia as pessoas também usam fones de ouvido ou fazem videochamadas

A nova análise faz parte de uma série de revisões sistemáticas encomendadas pela OMS para investigar mais de perto os possíveis efeitos na saúde associados à exposição a ondas de rádio.

Esta revisão sistemática oferece a evidência mais forte até o momento de que as ondas de rádio de tecnologias sem fio não são um risco à saúde humana.

É a revisão mais abrangente sobre este tema. Ela levou em consideração mais de 5 mil estudos, dos quais 63, publicados entre 1994 e 2022, foram incluídos na análise final. A principal razão pela qual estudos foram excluídos foi que eles não eram realmente relevantes; isso é muito comum em resultados de pesquisa de revisões sistemáticas.

Não foi encontrada nenhuma associação entre uso de celular e câncer no cérebro, ou qualquer outro câncer na cabeça ou pescoço.

Também não foi encontrada associação com o câncer se a pessoa usava telefone celular por dez anos ou mais (uso prolongado). A frequência de uso — com base no número de chamadas ou no tempo gasto ao telefone — tampouco fazia diferença.

É importante ressaltar que estas descobertas estão alinhadas com pesquisas anteriores. Isso mostra que, embora o uso de tecnologias sem fio tenha aumentado enormemente nas últimas décadas, não houve aumento na incidência de câncer no cérebro.

Notícia boa

No geral, os resultados são muito tranquilizadores. Eles significam que nossos limites de segurança nacionais e internacionais são protetores.

Os celulares emitem ondas de rádio de baixo nível, abaixo destes limites de segurança, e não há evidências de que a exposição a elas tenha impacto na saúde humana.

Apesar disso, é importante que as pesquisas continuem. A tecnologia está se desenvolvendo em um ritmo acelerado. Com esse avanço, vem o uso de ondas de rádio de diferentes maneiras, com diferentes frequências. Por isso, é essencial que a ciência continue a garantir que a exposição às ondas de rádio provenientes destas tecnologias permaneça segura.

O desafio que temos agora é assegurar que esta nova pesquisa acabe com as concepções equivocadas e a desinformação persistentes sobre telefones celulares e câncer no cérebro.

Ainda não há evidências de nenhum efeito para a saúde decorrente da exposição relacionada aos telefones celulares — e isso é uma coisa boa.

* Sarah Loughran é diretora de pesquisa e assessoria em radiação da Agência Australiana de Proteção à Radiação e Segurança Nuclear (ARPANSA, na sigla em inglês), e professora da Universidade de Wollongong, na Austrália.

Ken Karipidis é diretor assistente de avaliação de impacto na saúde da ARPANSA e professor da Faculdade de Saúde Pública e Medicina Preventiva da Universidade Monash, na Austrália.

Este artigo foi publicado originalmente no site de notícias acadêmicas The Conversation e republicado aqui sob uma licença Creative Commons. Leia aqui a versão original (em inglês)



Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 17 de dezembro de 2023

Por que a covid ainda está afetando algumas pessoas?






Mulher com expressão de dor em leito de hospital

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Legenda da foto,

Os cientistas dizem que os níveis de anticorpos das pessoas contra a covid estão provavelmente tão baixos agora quanto antes



Como é pegar covid agora? É uma questão que venho ponderando desde que um amigo ficou surpreso com o quão debilitado ele ficou por conta da doença. A terceira onda de covid foi significativamente pior do que a anterior.

"Eu pensei que toda vez que você pegasse uma doença deveria ser um pouco mais brando, não?", foi a mensagem que ele escreveu em um leito de hospital.

Isso certamente foi muito dito durante a pandemia. Mas também conheço colegas de trabalho e pessoas que entrevistei ou conversei nos portões das escolas que foram duramente atingidos pela covid nos últimos meses.

É importante ressaltar que a covid sempre causou uma ampla gama de sintomas. Mesmo antes das vacinas, algumas pessoas sortudas mal adoeciam ou nem sequer apresentavam sintomas


Para alguns de nós, a covid é apenas umas fungadas – nem mesmo o suficiente para fazer você vasculhar o armário do banheiro para ver se há um teste de fluxo escondido ali.


Mas cientistas especializados no nosso sistema imune alertam que a covid ainda está causando infecções graves que podem ser piores do que antes e deixar-nos desmaiados durante semanas.

A forma como lidamos depois de sermos expostos à covid se resume à batalha entre o próprio vírus e as defesas do nosso corpo.

Os estágios iniciais são cruciais, pois determinam o grau de penetração do vírus em nosso corpo e a gravidade dele.

No entanto, a diminuição da imunidade e a evolução do vírus estão fazendo pender a balança.

‘Sinto-me muito debilitado’



A professora Eleanor Riley, imunologista da Universidade de Edimburgo, teve sua própria crise “horrível” de covid, que foi “muito pior” do que o esperado.

Ela me disse: “Os níveis de anticorpos das pessoas contra a covid estão provavelmente tão baixos agora quanto desde que a vacina foi introduzida pela primeira vez”.

Os anticorpos são como mísseis microscópicos que aderem à superfície do vírus e impedem que ele infecte as células do nosso corpo.

Portanto, se você tiver muitos anticorpos, eles podem eliminar o vírus rapidamente e qualquer infecção será curta e leve.

“Agora, como os anticorpos são mais baixos, uma dose mais elevada [do vírus] está causando um ataque mais grave da doença”, diz o professor Riley.

Os níveis de anticorpos são relativamente baixos porque já faz muito tempo que muitos de nós não fomos vacinados (se você é jovem e saudável, só lhe foram oferecidas duas doses e um reforço) ou infectado, o que também aumenta a imunidade.

O professor Peter Openshaw, do Imperial College London, disse-me: “Aquilo que fez uma enorme diferença antes foi a ampla e rápida distribuição de vacinas – até os jovens adultos conseguiram ser vacinados”.

O especialista afirma que não é algo “destruidor”, mas acha que o resultado será “muitas pessoas tendo uma doença bastante desagradável que vai deixá-las ‘derrubadas’ por vários dias ou semanas”.

“Também ouço falar de pessoas que tiveram crises desagradáveis de covid, que são jovens e estão em boa forma. É um vírus surpreendentemente tortuoso, às vezes deixando as pessoas bastante doentes e ocasionalmente levando a ter uma ‘covid longa’”, diz ele.

Ele acha que há uma “boa chance” de você estar suscetível se não tiver contraído covid no último ano.

A decisão oficial do governo do Reino Unido é vacinar aqueles que correm risco de morrer de covid ou que necessitam de tratamento hospitalar. Isso alivia a pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde.

O professor Riley argumenta: “Mas isso não quer dizer que as pessoas com menos de 65 anos não contrairão a covid e não se sentirão muito mal.

“Acho que a consequência de não estimular essas pessoas é que temos mais pessoas afastadas do trabalho por uma semana, duas ou três durante o inverno”.

A decisão sobre quem será vacinado não foi a única coisa que mudou – o vírus também está mudando.

‘Baixa imunidade'

Os anticorpos são altamente precisos, pois dependem de uma correspondência estreita entre o anticorpo e a parte do vírus à qual se fixam. Quanto mais um vírus evolui para mudar a sua aparência, menos eficazes se tornam os anticorpos.

O professor Openshaw disse: “Os vírus que circulam agora estão imunologicamente bastante distantes do vírus original que foi usado para fazer as primeiras vacinas, ou que os infectou pela última vez.

“Muitas pessoas têm muito baixa imunidade ao vírus omicron e suas variantes”.

Se você está se sentindo mal com a covid - ou mais mal do que antes - pode ser essa combinação de diminuição de anticorpos e vírus em evolução.

Mas isso não significa que você tenha maior probabilidade de ficar gravemente doente ou precisar de tratamento hospitalar.

Uma parte diferente do nosso sistema imunológico – chamadas células T – entra em ação quando uma infecção já está em curso. Elas foram treinadas por infecções e vacinas passadas.

As células T são menos facilmente confundidas por vírus mutantes, pois detectam células que foram infectadas com Covid e as matam.

"Você fica gravemente doente e acaba no hospital, mas nesse processo de matar o vírus há danos colaterais que fazem você se sentir muito mal”, diz o professor Riley.

Depender de suas células T para eliminar a covid é o que resulta em dores musculares, febre e calafrios.

Então, onde fica a ideia de que a covid está no caminho de se tornar uma infecção leve e inócua?

Existem outros quatro coronavírus humanos, relacionados à covid, que causam sintomas de um resfriado comum. Uma das razões pelas quais eles são considerados leves é que os contraímos na infância e depois ao longo da vida.

O professor Openshaw deixa claro que “ainda não chegamos lá” com a covid, mas “com infecções repetidas devemos construir imunidade natural”.

Enquanto isso, alguns de nós terão que aguentar um inverno terrível?

“Temo que sim”, diz o professor Riley


  • James Gallagher
  • Role,Apresentador de saúde da Radio 4, da BBC
Fonte: BBC Brasil
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 9 de julho de 2023

Doença Cardíaca:: os fatores de risco menos conhecidos e como reduzi-los




Coração

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Legenda da foto,

Colesterol alto, tabagismo e excesso de peso são fatores de risco cardíaco, mas outras condições associadas à inflamação crônica também podem aumentá-lo.  Fonte: BBC News Brasil

  • Author,Robert Byrne e JJ Coughlan
  • Role,The Conversation

A maioria das pessoas sabe que os fatores de risco para doenças cardíacas são pressão alta, tabagismo, colesterol alto e excesso de peso.

No entanto, muitas pessoas que sofrem um ataque cardíaco não apresentam nenhum desses fatores de risco tradicionais.

Pesquisas revelam que condições como gota, psoríase, doença inflamatória intestinal e artrite reumatoide também são fatores de risco para doenças cardíacas. O que esses pacientes têm em comum é a inflamação crônica.

Na verdade, alguns pesquisadores passaram a repaginar a doença cardiovascular como uma doença inflamatória crônica das artérias. Os cientistas às vezes se referem ela como a hipótese inflamatória da doença aterosclerótica cardiovascular (DASCV o, na sigla em inglês, ASCVD)



Artérias

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Legenda da foto,

A aterosclerose ocorre quando placas de gordura se desenvolvem nas paredes de nossas artérias

Processo inflamatório

A aterosclerose ocorre quando placas de gordura se desenvolvem nas paredes de nossas artérias, tornando-as rígidas. Quando isso acontece nas artérias que fornecem sangue oxigenado ao coração, chamamos de doença arterial coronariana



Ela pode causar ataques cardíacos, nos quais quantidade insuficiente de sangue é fornecida ao coração, e derrames isquêmicos, nos quais quantidade insuficiente de sangue chega ao cérebro. Para entender por que a aterosclerose é uma condição inflamatória, devemos considerar como esse processo começa.

Acredita-se que o primeiro estágio do desenvolvimento da aterosclerose seja algum tipo de lesão no endotélio, a única camada de células que reveste as artérias. Isso pode ser causado por altos níveis de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL), às vezes chamado de "colesterol ruim".

As toxinas dos cigarros também podem irritar o revestimento das artérias, causando essa lesão inicial. Quando as células endoteliais são lesadas, elas liberam mensagens químicas que atraem glóbulos brancos, um importante componente do sistema imunológico, para o local.

Esses glóbulos brancos entram na parede da artéria e causam inflamação nela. Os glóbulos brancos também consomem o colesterol nas paredes delas, levando à formação de "estrias de gordura", um dos primeiros sinais visíveis de aterosclerose.

Mulher com dor no pulso

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Legenda da foto,

Condições como artrite reumatoide também podem ser um fator de risco

Estrias de gordura começam a se formar em uma idade jovem. Quando chegamos aos 20 anos, a maioria de nós tem alguma evidência de estrias gordurosas em nossas artérias.

Esse processo de dano às células endoteliais, infiltração de glóbulos brancos e inflamação crônica pode continuar silenciosamente ao longo dos anos, eventualmente levando ao acúmulo de placas nas artérias.

Isso também pode explicar por que pessoas com condições inflamatórias crônicas correm maior risco de doença cardiovascular.

A inflamação de longo prazo das artérias que irrigam o coração e o cérebro pode levar a ataques cardíacos e derrames.

Inflamação silenciosa

Um ataque cardíaco ocorre quando uma placa na artéria que irriga o coração se torna instável. Isso pode levar à ruptura (estouro) da placa, levando à formação de um coágulo na artéria e à interrupção do fornecimento de sangue ao músculo cardíaco.

As pessoas que sofrem um ataque cardíaco geralmente apresentam níveis aumentados de inflamação e instabilidade da placa nos dias e semanas que antecedem o evento. O eventual "ataque cardíaco" e o dano resultante ao músculo cardíaco podem ser vistos como esse processo inflamatório instável atingindo seu ápice.

Como esse processo inflamatório crônico ocorre sem sintomas, muitos pacientes sem fatores de risco tradicionais para doenças cardíacas não percebem que estão em risco aumentado para doenças cardíacas.

Mulheres fumando

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Legenda da foto,

Toxinas dos cigarros também podem irritar revestimento das artérias e causar danos ao endotélio

Como mensurar a inflamação

Felizmente, existe uma maneira de medir a inflamação no corpo. Uma maneira de fazer isso é com um exame de sangue chamado teste de proteína C-reativa de alta sensibilidade (PCR-as).

Pessoas com níveis elevados de PCR-as correm maior risco de ataques cardíacos e derrames. Níveis elevados de colesterol LDL também são um fator de risco para a aterosclerose.

Vários estudos já mostraram que pessoas com colesterol LDL alto e PCR-as parecem ter maior risco de doença cardiovascular.

Homem usa fita métrica para medir abdômen

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Legenda da foto,

Excesso de peso, principalmente na região do abdômen, é um fator que aumenta o risco de doenças cardíacas

Um grande ensaio clínico chamado Cantos testou a hipótese inflamatória da doença cardiovascular ao tratar pacientes pós-ataque cardíaco com altos níveis de PCR-us com um anti-inflamatório chamado canaquinumabe.

O uso dessa droga antiinflamatória reduziu os níveis de PCR-as e resultou em uma redução pequena, mas estatisticamente significativa, no número de ataques cardíacos experimentados por esses pacientes. Infelizmente, também parecia haver um risco aumentado de infecções no grupo que recebeu o medicamento.

Esse risco, juntamente com o alto custo do medicamento, significa que não é provável que comecemos a usar canaquinumabe para tratar a aterosclerose tão cedo.

No entanto, o estudo foi considerado inovador porque sustentou a hipótese de que a inflamação desempenha um papel importante na aterosclerose e que abordar a inflamação pode ser útil na redução do risco de eventos cardiovasculares recorrentes.

Mudar a maneira como pensamos sobre os fatores de risco de aterosclerose pode nos permitir identificar melhor os pacientes com risco de ataques cardíacos e derrames.

Além disso, isso pode nos permitir focar no tratamento da inflamação para reduzir o risco cardiovascular. Vários estudos já estão analisando o uso de anti-inflamatórios mais baratos, como colchicina e metotrexato, para reduzir a inflamação e prevenir a progressão de doenças cardiovasculares.

Pessoas correndo

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Legenda da foto,

Estilo de vida saudável ajuda a reduzir inflamação crônica

Mudanças no estilo de vida

Felizmente, é possível reduzir a inflamação em nosso corpo sem recorrer a medicamentos. Podemos pensar em tudo o que fazemos em nossas vidas como pró-inflamatório ou anti-inflamatório.

Fumar é pró-inflamatório, pois as toxinas dos cigarros irritam o corpo. Níveis elevados de colesterol no sangue e uma dieta rica em alimentos ultraprocessados também podem levar à inflamação crônica em nossas artérias.

Por outro lado, acredita-se que uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais e peixes oleosos seja anti-inflamatória.

O exercício também reduz os níveis de inflamação no corpo. A obesidade, particularmente o excesso de peso ao redor da cintura, parece causar inflamação crônica. Perder peso ao redor da barriga ajudará a reduzir essa inflamação.

O estresse também pode induzir uma resposta inflamatória crônica de baixo grau no corpo, e é importante tentar administrar nossos níveis de estresse. Também é vital manter a pressão sanguínea, o colesterol e o índice de massa corporal saudáveis, marcadores tradicionais do risco de doenças cardíacas.

Ao escolher opções anti-inflamatórias e levar um estilo de vida saudável, todos podemos reduzir nossas chances de desenvolver doenças cardíacas e melhorar nossa qualidade de vida.

*Robert Byrne é Diretor de Pesquisa Cardiovascular na RCSI University of Medicine and Health Sciences na Irlanda. JJ Coughlan é pesquisador em cardiologia interventiva na RCSI University of Medicine and Health Sciences na Irlanda.

*Este artigo foi publicado no The Conversation e reproduzido aqui sob a licença Creative Commons. Clique aqui para ler a versão original (em inglês).



Professor Edgar Bom Jardim - PE