domingo, 29 de janeiro de 2017

Felipe Carreras deixa secretaria para votar no líder do PSB na Câmara



Felipe Carreras deixou secretaria para votar na disputa pela liderança da Câmara
Felipe Carreras deixou secretaria para votar na disputa pela liderança da CâmaraFoto: Paullo allmeida/arquivo folha
O Diário Oficial de Pernambuco desta segunda-feira (30), que é colocado no ar na internet no sábado (28), traz a exoneração do secretário estadual de Turismo, deputado federal Felipe Carreras.
Assim como ocorreu na votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff, ele se afastará das funções no Estado para retomar temporariamente o seu mandato. Só que, desta vez, ele vai para participar da escolha do novo líder do PSB na Câmara.
Na segunda-feira (30), a bancada do PSB se reunirá para escolher o novo líder. O favorito na disputa é Tadeu Alencar. A ida de Felipe Carreras reforça o nome do companheiro na bancada pernambucana, que disputa o cargo com a colega de partido Tereza Cristina (MS), que corre por fora. Fonte:Folha de Pernambuco.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 28 de janeiro de 2017

Amores e eternidades

Não diga que as portas estão fechadas.
pois o amor não precisa de chaves.
Não adianta escrever sobre a dor na parede.
elas estão desbotadas e sujas.
Cada instante resume o exílio do sentimento,
desencanta a fantasia secreta do último perdão.
Solte o grito  estranho dos corpos sofridos e tardios
 para expulsar os demônios invasores.
Os amores se perdem nas noite de insônias e
o tempo se vai arruinado pela eternidade dos deuses.
A luz do dia não consegui iluminar o paraíso dos encontros.
Por Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

A Câmara dos Deputados também está promovendo homenagens aos 100 anos de nascimento de Arraes


A Câmara dos Deputados também está promovendo homenagens aos 100 anos de nascimento de Arraes / Foto: Alexandre Severo/Acervo JC Imagem

Foto: Alexandre Severo/Acervo JC Imagem
JC Online
Com informações da Agência Câmara
A Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados aprovou na sexta-feira (27) a proposta que inclui o nome do ex-governador de Pernambuco e ex-deputado federal Miguel Arraes no Livro dos Heróis da Pátria. O projeto é de autoria de 33 parlamentares da bancada do PSB e vai ser analisado agora pela pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), sem precisar passar pelo Plenário.
A relatora do projeto, deputada Luciana Santos (PCdoB-PE) apresentou parecer favorável à proposta. "Era um homem visionário. Inovou com políticas inclusivas, como foi o caso de garantir aos trabalhadores da cana, o direito ao salário mínimo e aos direitos básicos a todos os trabalhadores".
O deputado Tadeu Alencar (PSB-PE) também destacou a importância da aprovação. "Considero Miguel Arraes o líder popular mais importante da história recente do Brasil. Conheceu muito cedo as agruras da desigualdade, teve o mandato interrompido pelo golpe militar de 64 e, tendo sido provocado pelos militares a renunciar, disse com muita altivez que o mandato foi conferido pelo povo e que só o povo poderia retirá-lo".

Homenagens da Câmara aos 100 anos de nascimento de Miguel Arraes

A Câmara está promovendo homenagens aos 100 anos de nascimento de Miguel Arraes. Entre elas está uma exposição que remete o público à infância do ex-governador de Pernambuco e os efeitos da grande seca de 1915 na formação de sua personalidade. 
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Pacto pela Vida vira arma de discussão política

Pacto pela Vida vira arma de discussão política / Acervo JC Imagem

Acervo JC Imagem
Franco Benites
As ações na área de Segurança Pública e o Pacto pela Vida tornarnam-se um calo para a gestão Paulo Câmara (PSB). Mas os socialistas decidiram que não serão encurraldos pelas críticas e resolveram partir para o ataque. Esta semana, o deputado federal Danilo Cabral (PSB) e o jornalista Evaldo Costa, ex-secretário de Imprensa de Eduardo Campos, saíram em defesa do Pacto e centraram fogo nos críticos da gestão.
Evaldo Costa publicou um texto no Blog de Jamildo, do NE10, descredenciando o sociólogo José Luiz Ratton como um dos criadores do Pacto. De acordo com o jornalista, o estudioso não concebeu o programa e foi apenas um “escriba, relator, sistematizador de contribuições alheias”.
“Como assessor, alguém sem nenhuma responsabilidade executiva ou operacional, Ratton foi encarregado de tirar do gravador centenas de sugestões e redigir um documento que é, vamos dizer, a descrição do PPV”, escreveu Evaldo Costa. O jornalista também minimizou as participações de Ratton nas reuniões do Pacto e chegou a afirmar que Eduardo achava o sociólogo “meio espertinho”.
A resposta de Ratton também foi dada via Blog de Jamildo. O sociólogo afirmou que recebeu o texto de Evaldo com “um misto de surpresa e decepção” e defendeu sua contribuição para o Pacto. “Fui assessor especial do governador Eduardo Campos para a área de Segurança entre janeiro de 2007 e agosto de 2012 e ajudei a construir e elaborar os princípios, concepções, metodologoias, mecanismos e metas do Pacto pela Vida”, assegurou.
Recentemente, em entrevista ao JC, Ratton afirmou que o Pacto pela Vida morreu e fez uma série de críticas à execução programa. Já nas redes sociais, ele afirmou que o aumento da violência é resultado da falta de “vontade, compromisso, imaginação, estratégia, método, governança, investimento e disposição para aprender e inovar” por parte dos governos federal e estadual e da prefeitura do Recife.
As observações de Ratton, seja nas redes sociais ou em entrevistas a veículos de comunicação de Pernambuco ou de outros estados, têm incomodado cada vez mais a gestão Paulo Câmara. A preocupação entre os governistas é que as avaliações tenham rebatimento negativo no projeto de reeleição de Paulo Câmara em 2018.

GOVERNO X OPOSIÇÃO

A oposição, aliás, não tem deixado o assunto passar em branco. O senador Armando Monteiro (PTB), que disputou o governo estadual contra Paulo em 2014 e pretende repetir a dose no próximo ano, vem repercutindo as críticas de Ratton. “O desmonte do Pacto não é causado pela crise econômica, mas sim pela ausência do governador na gestão pública”.
O deputado federal Danilo Cabral (PSB), ex-secretário de Planejamento de Paulo Câmara, defendeu o programa. “Não há, no Brasil, experiência que tenha apresentado nos últimos dez anos resultados mais expressivos do que o Pacto pela Vida”, afirmou.

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Fonte:Jornal doCommercio
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Maracatus armam primeiro ensaio coletivo na Rua da Moeda

Ensaios na Rua da Moeda
Ensaios na Rua da MoedaFoto: Divulgação/Allan Torres

A Rua de Moeda recebe o primeiro ensaio coletivo das 13 Nações de Maracatu de Baque Virado que irão participar da abertura do Carnaval do Recife. O encontro, que acontece nesta sexta-feira (27), às 18h, vai reunir os grupos Oxum Mirim, Encanto da Alegria e Sol Nascente. Durante os ensaios, que também acontecem individualmente nas sede dos grupos, as nações serão acompanhadas pelo Coral Voz Nagô.
Vale lembrar que as nações vão participar da abertura dos festejos momescos, no dia 24 de fevereiro, onde farão uma verdadeira homenagem a Naná Vasconcelos. Na ocasião, batuqueiros e mestres irão entoar, à capela, a canção ‘Minha Lôa’, composição do artista pernambucano, falecido em 2016 e que esteve à frente do encontro de Nações durante 15 anos. Folha de Pernambuco.
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Marisa Letícia continua na UTI


Dona Marisa Letícia continua na UTI

Dona Marisa Letícia continua na UTIFoto: Reprodução/Internet
A ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, segundo boletim médico divulgado na quita (26) pela instituição. Ela está sedada e com a pressão intracraniana controlada.

Leia mais: Marisa Letícia passa por cirurgia e está em tratamento intensivo em SP

Nesta quarta-feira (25), Marisa Leícia foi submetida a nova avaliação tomográfica de crânio para controle de sangramento cerebral. Em seguida, foi realizada a passagem de um cateter ventricular para monitoramento da pressão intracraniana.

A ex-primeira-dama deu entrada na tarde de terça-feira (24) no Sírio-Libanês com uma hemorragia cerebral em razão da ruptura de um aneurisma. Segundo o hospital, ela foi imediatamente submetida a atendimento de emergência, seguido de cirurgia endovascular (embolização) e oclusão do aneurisma e deve seguir em tratamento intensivo por tempo indeterminado. Fonte:Folha de Pernambuco.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

O suspense histórico das conspirações

Não há como observar que a história é transparante. Sempre existiram dúvidas. Temos recursos tecnológicos imensos, mas também suspeitas indefiníveis. A escravidão trouxe atmosferas de violências. Desde o início, havia tensões. Ser colonizado é um peso. Isso não passou. Continuamos navegando nas turbulências, com desenganos frequentes. A proclamação da República foi uma surpresa? A renúncia de Jânio foi um drama? As ditaduras eram nacionalistas? Por que se fala tanto que o fascismo está voltando? E os golpes são preparados com articulações internacionais? Quem governa possui alguma referência ética?
Não vamos ficar envolvidos com as perguntas. O Brasil não é privilegiado. Mussolini e Franco tinham boas relações com a Igreja Católica. Os anarquistas foram perseguidos em 1917. A bomba atômica revelou compromissos obscuros.O assassinato de Kennedy se transformou numa novela policial. Conspirar é se infiltrar na cultura política. Mostra as desconfianças. Há sociabilidades, porém circulam armadilhas, emboscadas e a democracia segue cheia de atropelos. As salvações religiosas estão virando um comércio habitado por máfias que apelam para o divino. E o futebol, grande divertimento, não negocia com milhões vindos de estranhos mercados?
Portanto, é preciso não particularizar. As sociedades se sentem ameaçadas por mistérios intransponíveis. Morreu Teori, as penitenciárias explodem, os partidos cogitam construir novas alianças, Temer não perde oportunidades de apresentar suas gentilezas. Não despreze o cotidiano. Centenas de ônibus são assaltados, pessoas se escondem na madrugada, passear transformou-se numa aventura. Não chore só pelos  mendigos que estendem as mãos nos sinais. Já soube dos massacres na Síria ou prefere assistir as fantasias do Big Brother? Há escolhas e apatias, acompanhadas de sacos de pipocas e pizzas especiais. As televisões precisam de férias remuneradas.
Os impasses são pedras que assustam todos. O medo escapa no ritmo de cada coração. Quanto tempo para pensar nas revoluções que arrebentaram o mundo prometendo igualdade e fixaram autoritarismos medonhos? A história não é um conjunto de ações preparadas para reforçar a boa convivência. Quem a criou deve  ser um andarilho mágico, arquiteto de labirintos, solitário. A humanidade inventa para tentar desfazer os sufocos. Conspiram nos paraísos, nas rebeliões socialistas, nos gabinetes do Congresso, nas pesquisas dos professores titulares. Tudo está desprogramado de forma esquisita. Nada garante que os anjos nunca conversaram com os demônios.
Risque os manuais de filantropia, espie na gaveta do armário antigo, fofoque com seu vizinho. Mantenha os olhos abertos, visite as praças, ouça os latidos dos cachorros. Os ruídos anunciam alguma coisa. Escreva sobre suas dores, não represente no meio da rua, rasgue os jornais de ontem. Não acredite que o sossego será soberano. Muita gente, disputas gerais, cansaço e ineficiência dos governos cínicos ampliam o ir e vir. A imprensa adora notícias sensacionais. Conspira para que haja conspiração. Largue a impaciência e se desfaça das sabedorias expostas. Hostilizar é doentio quando aprofunda a agressividade e joga fora as chaves do afeto. Por Paulo Rezende.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Trump assina ordem executiva para contrução de muro com México


Presidente dos EUA ,assinou ordem executiva
Presidente dos EUA ,assinou ordem executivaFoto: Nicholas Kamm/AFP
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (25) um decreto sobre o reforço do controle migratório que contém a diretiva para iniciar a construção de um muro na fronteira com o México. Ele defendeu a decisão, afirmando que "uma nação sem fronteiras não é uma nação".

"O secretário de Segurança Interna, trabalhando em conjunto comigo e com a minha equipe, começará imediatamente a construção de um muro na fronteira. Precisamos muito", disse o presidente. A construção do muro constitui uma das propostas mais polêmicas da campanha eleitoral de Trump, que insiste que de alguma forma o México terá que pagar pela obra.

O decreto assinado por Trump se refere, em geral, ao reforço do controle na fronteira e, segundo o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, inclui medidas para a criação de mais instalações de detenção de imigrantes na zona fronteiriça. Também veta a libertação de imigrantes ilegais presos e mantém a prioridade de deportação para os que tiverem antecedentes criminais.

Spicer disse que a construção do muro "não é apenas uma promessa de campanha, mas um primeiro passo de sentido comum para assegurar nossa fronteira porosa".

Sem fundos para as "cidades santuários"
O presidente também assinou nesta quarta um segundo decreto que propõe o reforço da vigilância migratória no interior do país. De acordo com Spicer, o governo "eliminará recursos federais para as chamadas 'cidades santuários' e cidades que dão abrigo a imigrantes ilegais".

Tratam-se de cidades onde as autoridades se negam a prender e entregar para deportação imigrantes em situação irregular. Esses "santuários" chegam a 300 e estão espalhados por praticamente todo o país.

No início da manhã, durante declarações à emissora ABC, Trump havia dito que a construção do muro começará "logo que pudermos fazê-lo", possivelmente nos próximos meses, ainda que tenha acrescentando que "seguramente o planejamento começará de imediato".

Partes da fronteira já têm uma cerca e, inclusive, existem trechos com uma enorme barreira, mas Trump pretende cumprir sua promessa de campanha de fazer um "belo muro" em toda a extensão dos 3.200 quilômetros com o objetivo de frear a entrada de imigrantes ilegais.

Trump também disse à ABC que os Estados Unidos "receberão de volta o dinheiro (da construção do muro) em uma data posterior mediante qualquer transação que façamos com o México".

A assinatura desse decreto coincide com a presença do ministro mexicano das Relações Exteriores, Luis Videgaray, em Washington, para preparar uma visita do presidente Enrique Peña Nieto, prevista para o fim de janeiro.

O ministro mexicano de Economia, Ildefonso Guajardo, também se encontra em Washington, e, ao embarcar rumo aos Estados Unidos, disse à imprensa que "há claríssimas linhas vermelhas que devem ser pintadas desde o início".

Oposição mexicana pede cancelamento de reunião
Políticos de oposição no México pediram nesta quarta-feira ao presidente Enrique Peña Nieto que cancele sua visita a Washington - na próxima terça-feira (31) - diante da "ofensa" de seu homólogo Donald Trump de autorizar a construção de um muro ao longo da fronteira. "É um ato que se manifesta com certa raiva", considerou o senador Armando Ríos Piter, do Partido da Revolução Democrática, em comunicado.

Apesar da "boa disposição" por parte do governo mexicano de "ter um diálogo para uma negociação integral com os Estados Unidos, me parece que neste momento não há condições pertinentes", acrescentou, ao pedir que Peña Nieto "cancele a reunião que tinha prevista".

Consultado pela AFP, o porta-voz de Peña Nieto não fez comentários.

O anúncio de Trump "é algo insultante" para Videgaray, Guajardo, para o presidente do México "e para todos os mexicanos", considerou Jorge Castañeda, chanceler do México durante o mandato do ex-presidente Vicente Fox (2000-2006).

Fraude, a nova polêmica
Trump começou nesta quarta-feira uma nova polêmica ao anunciar no Twitter que solicitará uma investigação sobre uma suposta fraude nas eleições presidenciais de novembro.

"Vou solicitar uma grande investigação sobre fraude eleitoral, incluindo as pessoas que estavam registradas para votar em dois estados, as que estão ilegais e, inclusive, as que estão mortas (algumas há muito tempo). Segundo os resultados, reforçaremos os procedimentos de votação", escreveu.

A polêmica começou na terça-feira (24), quando Spicer disse em coletiva de imprensa que Trump estava convencido de que até cinco milhões de pessoas teriam votado ilegalmente.

"Acho que o presidente acredita há um tempo (que houve fraude) baseando-se em pesquisas e informações que possui", declarou, acrescentando que Trump teve acesso a uma pesquisa que sugeria que 14% das pessoas que votaram "não eram cidadãos".

Em 8 de novembro passado, Trump obteve 2,9 milhões de votos a menos que sua adversária, a democrata Hillary Clinton, no voto popular. No entanto, foi vencedor nos estados mais importantes para o colégio eleitoral.

Um dos mais influentes dirigentes do Partido Republicano, o senador John McCain, não escondeu seu desconforto com a atitude do presidente: "Não vejo nenhum indício ou evidência de que tenha havido fraude eleitoral", afirmou nesta quarta. Fonte:Folha de Pernambuco.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Os azares da vida quebrada

Não conto os números que a anunciam a miséria,
detesto estatísticas de economistas considerados profetas.
Não consigo entender o encanto dos privilégios,
nem acreditar que Deus é construtor de paraísos.
Há espelhos sem imagens e quebrados com fúria,
há sedes alimentadas com as águas do pântano.
Os azares do mundo se envolvem com gravidades obscuras,
olho a vida mal dita e desprossigo palavras que enganam.
O mundo apaga as imagens sem pertencimentos,
mas não acode os fugitivos dos exílios das tristezas contínuas.
Queria saber quem fez o barro, quem pintou a maçã,
quem inventou a culpa e o medo, sem se abraçar com o perdão.
O ponto final se balança no colo da última estrela que perdeu a luz.
 Por Paulo Rezende.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Começou a festa de São Sebastião em Bom Jardim

 Terça-feira (24), dia da abertura do novenário da 91ª Festa do Glorioso Mártir São Sebastião
Fotos: Paróquia de Sant'Ana - Bruno Araújo.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Por que a primeira batalha de Trump como presidente é contra a imprensa

Trump no Salão OvalDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionDonald Trump disse que os jornalistas estão entre as pessoas mais 'desonestas do planeta'
O primeiro fim de semana de Donald Trump como presidente dos EUA começou com um confronto aberto com a mídia americana.
Funcionários do governo se envolveram em uma guerra de palavras e números desde o sábado, quando o próprio Trump condenou a cobertura que a imprensa fez de sua posse.
E a disputa foi pelo número de participantes da cerimônia, a partir da publicação de duas fotos que comparavam a presença do público na sexta-feira e na primeira posse de Barack Obama, em 2009 - as imagens mostram que a solenidade do antecessor atraiu mais pessoas para as ruas de Washington do que a do republicano.
Após forte mensagem de Trump contra a cobertura da mídia, o Chefe de Gabinete da Casa Branca (um dos postos mais importantes do governo), Reince Priebus, disse: "Frente a essa obsessão de deslegitimar este presidente, não vamos nos sentar e deixar passar".
"Este governo vai lutar com unhas e dentes, todos os dias, contra esta tentativa de deslegitimar as eleições", disse Priebus à rede americana Fox no domingo.
Então veio a troca de opiniões sobre números precisos de público, já que não se divulga um número oficial depois da cerimônia de posse.
Durante uma visita à Agência Central de Inteligência (CIA) Trump disse que "parecia um milhão e meio de pessoas" a multidão que foi ao National Mall, mas não deu nenhuma evidência que apoiasse sua afirmação.
Na ocasião, ele classificou os jornalistas como algumas das "pessoas mais desonestas do planeta" por publicarem que a quantidade de participantes tinha sido muito menor.
Sean SpicerDireito de imagemREUTERS
Image captionO secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, disse que os meios de comunicação tentavam 'reduzir o enorme entusiasmo pela cerimônia de posse'
Por sua vez, o secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer, afirmou que cerca de 720 mil pessoas se reuniram na posse de Trump, mas acrescentou que "ninguém" tem os dados exatos de presença do público.
Os meios de comunicação reagiram.
O jornal The New York Times disse que as reivindicações da Casa Branca foram baseadas em "informações falsas", e que elas eram "uma exibição chamativa de inventividade e de agravos no início de uma Presidência".
Algumas redes americanas, como a CNN e ABC, consultaram os registros históricos para refutar uma por uma as falas de Spicer.

'Fatos alternativos'

Mas talvez a frase mais controversa no meio do debate entre a mídia e Trump foi dita pela conselheira de governo Kellyanne Conway durante um programa da NBC no domingo.
Quando o apresentador do programa Meet the Press ( Encontro com a Imprensa, em tradução livre), Chuck Todd, disse a Conway que a apresentação de Spicer estava "cheia de mentiras", ela respondeu:
"Se vamos nos referir nesses termos ao nosso secretário de Imprensa, acredito que vamos ter que repensar nossa posição neste programa."
Mas o apresentador insistiu em questionar Spicer sobre os dados de público na posse:
"O que ele fez foi apresentar fatos alternativos. Não há nenhuma maneira de contar as pessoas dentro de uma multidão com exatidão", disse ela.
Fotos da posse de Trump e ObamaDireito de imagemREUTERS
Image captionA posse de Donald Trump na sexta-feira (à esq.) e a de Barack Obama em 2009 (à dir.): diferença de público acendeu debate entre Trump e a imprensa
A noção de "fatos alternativos" delineados por Conway foi duramente questionada.
"Fatos alternativos não são fatos. São mentiras", Todd respondeu.
A assessora citou outro fato que gerou atritos com os meios de comunicação - quando um repórter da revista Time publicou incorretamente que o busto do líder dos direitos civis Martin Luther King tinha sido removido do Salão Oval, onde fica o escritório do presidente dos Estados Unidos.
O repórter pediu desculpas pelo erro.
Vários meios de comunicação nos Estados Unidos rejeitaram o confronto verbal com a Casa Branca.
O jornal Washington Post disse que as "falsidades mostradas pela Casa Branca evidenciam que a forma tradicional de cobertura de notícias sobre o presidente morreu".
Post acrescentou que, a partir de agora, a mídia deve colocar menos atenção nas declarações oficiais e, em vez disso, se concentrar em pesquisa de profundidade sobre a administração Trump.
A revista Atlantic também expressou preocupação sobre o incidente e disse em um editorial: "Se você está disposto a mentir sobre algo tão minúsculo, por que alguém deveria acreditar no que você diz sobre algo grande e importante?".
Trump e Reince PriebusDireito de imagemREUTERS
Image captionO chefe de gabinete da Casa Branca, Reince Priebus (dir.), disse que a notícia sobre o público na posse de Trump foi uma tentativa de "deslegitimar este presidente"
Outro importante meio, Politico, chamou a atenção para as graves consequências de a equipe Trump continuar "tendo uma relação instável e difícil com a verdade" e, citando o senador Adam Schiff, observou que esse comportamento "poderia colocar muitas vidas em risco" .
"Essa linguagem combativa também poderia se estender para questões importantes do governo e da segurança nacional... o que preocupa a muitos", disse o veículo.

Outros dados

A batalha de números não reduziu a quantidade de participantes no National Mall na sexta-feira, 20 de janeiro.
No domingo, Trump escreveu em uma de suas contas de Twitter (@realDonaldTrump) que a audiência de televisão da cerimônia de posse foi de 31 milhões de pessoas, quase 11 milhões a mais dos que viram o segundo juramento de Obama, em 2013.
No entanto, esses dados - que foram entregues pela empresa Nielsen - são menores do que os 38 milhões de pessoas ligadas à TV para assistir a posse de Obama em 2009 e ainda menos do que os 42 milhões que assistiram a posse de Ronald Reagan em 1981.
Kellyanne Conway na Casa BrancaDireito de imagemGETTY
Image captionKellyanne Conway é uma alta conselheira do governo de Donald Trump
Os números semeiam mais dúvidas sobre a frase do Secretário de Imprensa da Casa Branca, que falou na "posse com a maior audiência na história".
Mas, além da batalha com a mídia, Trump também se referiu às passeatas pelos direitos das mulheres e contra seu governo que foram realizadas em mais de 600 localidades de todo o país um dia depois de sua posse.
"Assisti aos protestos ontem e estava com a impressão de que acabamos de ter uma eleição! Por que todas essas pessoas não votaram?", tuitou.
Mais tarde, porém, escreveu: "Protestos pacíficos são uma marca da qualidade da nossa democracia."
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- Kellyanne Conway disse à CBS que as 20 milhões de pessoas que dependem da cobertura médica conhecida como "Obamacare" não vão ser deixadas sem atenção durante a transição para um novo plano.
- Ela acrescentou que Trump não vai entregar sua declaração de impostos.
- Trump orientou o Departamento de Saúde e Serviços Humanos "a renunciar, atrasar, garantir isenções ou atrasar" quaisquer ações do "Obamacare" que pesem financeiramente no bolso dos Estados, indivíduos ou operadoras de saúde.
- O governo restabeleceu uma regra implementada pela primeira vez no governo do também republicano Ronald Reagan, em 1984, proibindo ONGs estrangeiras que recebem dinheiro americano de promover aconselhamento sobre aborto ou defender o acesso à prática em seus países.
- A Casa Branca ordenou que as agências federais congelassem quaisquer planos de contratações de funcionários.
- Trump decretou oficialmente a retirada dos EUA da TPP - Parceria Transpacífico, na sigla em inglês -, uma de suas promessas de campanha.
- O chefe de gabinete, Reince Priebis, disse que a primeira semana do governo incidirá sobre comércio, imigração e segurança nacional.
- O chefe de imprensa de Trump, Sean Spicer, disse que o republicano vai se reunir com Enrique Peña Nieto, presidente do México, no dia 31 de janeiro e com a premiê britânica, Theresa May, na próxima quinta-feira. Fonte BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE