quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Os azares da vida quebrada

Não conto os números que a anunciam a miséria,
detesto estatísticas de economistas considerados profetas.
Não consigo entender o encanto dos privilégios,
nem acreditar que Deus é construtor de paraísos.
Há espelhos sem imagens e quebrados com fúria,
há sedes alimentadas com as águas do pântano.
Os azares do mundo se envolvem com gravidades obscuras,
olho a vida mal dita e desprossigo palavras que enganam.
O mundo apaga as imagens sem pertencimentos,
mas não acode os fugitivos dos exílios das tristezas contínuas.
Queria saber quem fez o barro, quem pintou a maçã,
quem inventou a culpa e o medo, sem se abraçar com o perdão.
O ponto final se balança no colo da última estrela que perdeu a luz.
 Por Paulo Rezende.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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