terça-feira, 28 de maio de 2013

Federalização da Educação no debate da COMED 2014 em Bom Jardim- PE


Professores, estudantes e pais das escolas estaduais EREM Justulino Ferreira Gomes, EREM Dr. Mota Silveira e Raimundo Honório, defenderam a Federalização da Educação, a implantação de Universidade Pública em Bom Jardim e a aplicação de 100% dos recursos oriundos do PRÉ-SAL para educação, como proposições estratégicas estabelecidas no documento referência da miniconferência realizada na primeira quinzena de maio na EREM Dr. Mota Silveira. 




O Governo Municipal de Bom Jardim, através da Secretaria de Educação, articulada com diferentes segmentos da sociedade local, vem desde o início de abril organizando a II COMED – Conferência Municipal de Educação.
O primeiro encontro foi realizado no dia 04 de abril deste ano, no Centro Cultural e Educacional Marineide Braz, envolvendo representantes das diversas secretarias do município: Educação, Cultura, Saúde e Assistência Social; representantes dos Conselhos de Educação, Tutelar, de Direito, e profissionais do âmbito educacional: gestores, coordenadores, professores, além de pais e alunos das diferentes redes de ensino. 
Neste momento, foi realizada uma introdução à conferência, apontando o sentido do evento, o tema da CONAE- 2014 (Conferência Nacional de Educação) e seus respectivos eixos. Foram realizadas as seguintes ações: discussão sobre possíveis temas e eixos para serem objetos de estudo na conferência municipal; realização de inscrição para as diferentes comissões; votação para escolha de profissionais para apresentação, no encontro seguinte, dos sete eixos presentes no documento-referência, sendo eles: José Euclides, Gustavo Braz, Márcio Alexandre, Edson Nascimento, Edgar Severino dos Santos e Luiz Albuquerque, Jany Félix, Maria José Gomes, e a Secretária Municipal de Assistência Social Gilsamary Interaminense.
Profissionais de destaque participaram do encontro como a Secretária Municipal de Educação Izabel Félix, a Secretária Municipal de Saúde Dagmar Lins e a nova diretora da EREM Justulino Ferreira Gomes, Paula Regina França. Estiveram à frente dos trabalhos alguns membros da comissão organizadora: as professoras Maria Gomes, Renata Henriques, Maria José Gomes de Oliveira, Lúcia Barbosa e o professor Gustavo Braz.








No dia 15 de abril, realizou-se mais um encontro para organização da II COMED – Conferência Municipal de Educação. O mesmo aconteceu no Centro Educacional e Cultural Marineide Braz, e contou com a presença de representantes de diferentes segmentos da sociedade bonjardinense.  Neste encontro foram apresentados ao público participante os eixos da CONAE – 2014, pelos profissionais escolhidos anteriormente.
Tema Central: O PNE na Articulação do Sistema Nacional de Educação: Participação Popular, Cooperação Federativa e Regime de Colaboração. 

          Subtema: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO: RESPONSABILIDADE DE TODOS NA MELHORIA DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO.

          Veja abaixo os eixos da CONAE 2014  e os respectivos profissionais escolhidos para exposição.

 I- O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO E O SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO: ORGANIZAÇÃO E REGULAÇÃO – Prof. José Euclides da Silva

II- EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE: JUSTIÇA SOCIAL, INCLUSÃO E DIREITOS HUMANOS. – Prof. Gustavo Braz

III - EDUCAÇÃO, TRABALHO, E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: CULTURA, CIÊNCIA, TECNOLOGIA, SAÚDE, MEIO AMBIENTE. Prof. Márcio Alexandre

IV- QUALIDADE DE EDUCAÇÃO: DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO, PERMANÊNCIA, AVALIAÇÃO, CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO E APRENDIZAGEM. Prof.ª Jany Félix – Prof. Edson Nascimento

V- GESTÃO DEMOCRÁTICA, PARTICIPAÇÃO POPULAR E CONTROLE SOCIAL. Secretária de Assistência Social – Gilsamay Duda e a  Prof.ª Maria José Gomes de Oliveira

VI- VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS: FORMAÇÃO, REMUNERAÇÃO, CARREIRA E CONDIÇÕES DE TRABALHO. Prof. Edgar Santos

VII- FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO, GESTÃO, TRANSPARÊNCIA E CONTROLE SOCIAL DOS RECURSOS. Prof. Luiz de Albuquerque
               
           A apresentação dos eixos foi significativa para aprofundamento de cada temática, e servirão de subsídio para a realização das miniconferências nas unidades escolares.
Mais uma vez, estiveram presentes no encontro, organizado pela comissão de trabalho, representantes das diferentes secretarias, conselhos municipais, gestores, educadores, pais e alunos das redes municipal, estadual e particular de ensino.











                   Professor Edgar S. Santos, defendeu a" Federalização da Educação"


O terceiro encontro, ocorrido no dia 22 de abril, foi organizado com o objetivo de definir o subtema da conferência, e a realização das miniconferências: escolas-polo, eixos e datas.  Também foi abordada a necessidade de instituição do FME (Fórum Municipal de Educação) e escolhidos representantes de diferentes segmentos, especialmente de pais e de alunos.
A maioria dos participantes escolheu como subtema: PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO: Responsabilidade de todos na melhoria da qualidade da educação.
A comissão organizadora decidiu que cada escola-polo, em consonância com as escolas do entorno, trabalharia dois eixos referentes à CONAE – 2014, sendo um deles escolhido, e o outro resultado de sorteio. Desta forma, definiram-se 12 (doze) miniconferências a serem realizadas nos seguintes locais e datas:
- Escola Eutímio de Souza Cabral – Tamboatá – 29/04/2013
- Escola Maria Farias de Albuquerque– Encruzilhada – 30/04/2013
- Escola Moacy Breno Souto Maior – Umari- 03/05/2013
- Escola Terezinha Barbosa – Cidade – 06/05/2013
- Escola Cônego Antônio Gonçalves – Cidade - 06/05/2013
- Escola João de Moura Cavalcanti – Bizarra- 07/05/2013
- Escola Maria José de Aguiar – Pindobinha – 08/05/2013
- Escola 19 de Julho- Cidade- 09/05/2013
- Escola Emerêncio Barroso – Barroncos – 10/05/2013
- Escola Mín. Rural Feijão – Feijão – 02/05/2013.
- Escolas Estaduais – EREM Mota Silveira, EREM Justulino e Raimundo Honório – 06/05/2013
- Secretaria de Educação, Cultura e Esportes – 15/05/2013.

O FME (Fórum Municipal de Educação) ficou constituído da seguinte forma. Ver anexo abaixo.


                                
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Escolas suspeitas de expulsar alunos para melhorar o Ideb


Para Conselho Tutelar, objetivo das transferências é obter mais verbas.
Sete casos estão sendo investigadas pela Secretaria de Educação em GO.

 G1 TV Anhanguera
Diretores de escolas estaduais de Goiás são suspeitos de expulsar alunos com mau comportamento e rendimento para melhorar a nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e, assim, receber mais dinheiro da Secretaria Estadual de Educação (Seduc). A denúncia, feita por pais de estudantes ao Conselho Tutelar da Região Noroeste deGoiânia, foi encaminhada ao Ministério Público Estadual (MP-GO) e está sendo investigada pela Seduc.

Com sete casos sob investigação, o Conselho Tutelar da Região Noroeste acredita que as escolas estão preocupadas com a avaliação do Ideb porque quanto maior a nota no índice, que vai de 0 a 10 e é usado pelo Ministério da Educação (MEC) para avaliar o rendimento dos alunos, mais dinheiro a escola recebe. A verba pode checar a R$ 20 mil, de acordo com o desempenho.
"Estão procurando o meio mais fácil. O meio mais fácil é chamar o pai do aluno e dizer: 'Está aqui a transferência do seu filho, Procure outra escola'", afirma Dantas. Segundo ele, a medida viola o direito desses adolescentes à educação.
Em um dos casos investigados, segundo o conselheiro tutelar, o aluno do Ensino Médio estudava no período da manhã no Colégio Estadual Sebastião Alves de Souza. Após conseguir emprego, ele passou a estudar à noite. Mas a frequência continuou sendo computada na parte da manhã. Resultado: ele estourou o número de faltas e a escola o mandou procurar outro colégio.
Escolas estaduais são suspeitas de expulsar alunos para melhorar Ideb em Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Em documento enviado ao Conselho Tutelar, diretor
defende medida (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
O Conselho Tutelar cobrou explicações. O diretor do colégio enviou um documento onde diz que "o aluno evadiu-se das aulas por dois meses, sem que os responsáveis tivessem notado". O resultado, segundo o texto, foi um bimestre praticamente sem notas e que resultará em reprovação e argumenta: "O que é nocivo para a unidade educacional, visto que estamos em ano de medição do Ideb".
Segundo o documento, "a evasão e a repetência são cuidados que as escolas devem ter". Nele, o gestor lembra que é dever do estado e direito de todos à educação e à cultura, mas argumenta que "é injusto e chega ser crime que alguém fique matriculado sem que esteja frequentando [a escola]". A Seduc afastou o diretor do cargo.
Protesto
Na segunda-feira (27), os alunos do colégio fizeram uma manifestação em frente à escola pedindo a volta do diretor. "Ele foi afastado por uma denúncia infundada, então a gente tá pedindo a volta dele", defendeu o aluno Hitler Alves.
Escolas estaduais são suspeitas de expulsar alunos para melhorar Ideb em Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Estudantes protestaram contra afastamento de diretor do cargo (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)


A reportagem tentou contato com o diretor que mandou o documento ao Conselho Tutelar. Mas ele não atendeu as ligações.

Os sete casos de expulsões ou transferências compulsórias foram registrados em cinco escolas. "Se ao final desse procedimento verificar que, de fato, esses diretores e diretoras estavam usando desse meio escuso para melhorar o Ideb, eles serão exonerados", garantiu o subsecretário de educação de Goiânia, Marcelo de Oliveira.
Além da sindicância para os casos denunciados, a Secretaria Estadual de Educação abriu montou um grupo de trabalho para investigar todas as transferências realizadas este ano. O resultado deve ficar pronto em 60 dias.
O MP-GO informou que já recebeu a denúncia do Conselho Tutelar e vai investigá-la.
Escolas estaduais são suspeitas de expulsar alunos para melhorar Ideb em Goiânia (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Em Goiás, escolas estaduaispossuem placa com a nota do Ideb (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)



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sábado, 25 de maio de 2013

Camila Barbosa, sucesso de Bom Jardim para Nova Zelândia

"Viver e estudar em outro país é uma experiência muito valiosa,"afirma estudante de Umari em mensagem para amigos, familiares e jovens de Bom Jardim e Pernambuco.

Camila Barbosa - EREM Justulino Ferreira Gomes - Umari.


Estou realizando um intercâmbio em Nova Zelândia com duração de 6 meses, oferecido pelo governo de Pernambuco e já estou aqui há 4 meses. Moro em Umari, Bom Jardim, sou de uma família de baixa renda e nunca imaginei que fosse fazer um intercâmbio.
Tive mais chances depois que comecei a fazer um curso de inglês oferecido pelo governo de Pernambuco, mas na verdade fazer um intercâmbio nunca foi meu sonho, porque eu sabia que minha família nunca teria condição de pagar uma bolsa de estudos para mim no exterior. Porém, depois de muito estudo, esforço e determinação, consegui o que eu mais desejava, um intercâmbio.
Viver e estudar em outro país é uma experiência muito valiosa. É algo único e inesquecível, a cada dia se aprende coisas diferentes. É uma experiência que nos permite adquirir independência, além de ampliar nossos conhecimentos.
Me sinto realizada e estou muito feliz, porque todas as minhas expectativas em relação ao intercâmbio foram superadas. Agora resta curtir o tempo que ainda falta... Vivendo em um lugar estranho e distante também aprendi a valorizar ainda mais o meu país Brasil e também minha família pois sem o apoio dos meus pais certamente não teria condições de estar aqui. Mais do que um sonho realizado, o meu intercâmbio esta sendo uma das melhores coisas que já fiz em minha vida.
Quando se tem um sonho, é preciso correr atrás, lutar por ele. Somente com muito esforço e força de vontade é que se alcança um objetivo. Jamais devemos deixar de sonhar, pois quando nos demos conta, o sonho se tornou realidade.
Sentirei saudades de Nova Zelândia, por ser um país maravilhoso, pelos amigos que fiz aqui e pela família hospedeira com quem estou convivendo diariamente. Com certeza cada minuto vivido aqui valeu e esta valendo a pena, por mais que o tempo passe nunca vou esquecer da inesquecível experiência que passei nesse país. Agradeço primeiramente Deus e a todos que contribuíram para a realização desse sonho, muito obrigado! Camila Barbosa para www.professoredgar.com/

Fotos de Camila no Facebook



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Dilma participa dos 50 anos da União Africana. Brasil anula dívidas de US$ 900 milhões de países africanos


Principais beneficiados serão República do Congo e Tanzânia.
Na Etiópia, Dilma participa dos 50 anos da União Africana.

Fotografia oficial dos chefes de estado e de governo nos 50 anos da Organização da Unidade Africana (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)
Fotografia oficial dos chefes de estado e de governo nos 50 anos da Organização da Unidade Africana (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)


A presidente Dilma Rousseff anunciou neste sábado (25), por meio do porta-voz Thomas Traumann, a anulação de US$ 900 milhões em dívidas de países africanos. Na Etiópia, Dilma participa dos 50 anos da União Africana.
Dos 12 países que terão suas dívidas perdoadas, os principais beneficiados serão a República do Congo, com uma dívida de US$ 352 milhões cancelada, e a Tanzânia, com US$ 237 milhões.
'Manter relações especiais com a África é estratégico para a política externa brasileira" disse imprensa o porta-voz da presidente Dilma Rousseff, Thomas Traumann.
O Brasil participou como convidado do Jubileu de Ouro do grupo que reúne 54 países africanos e Dilma discursou como representante da América Latina. A viagem de Dilma à Etiópia é a terceira da presidente à África em três meses.
A presidente chegou a Adis Abeba, capital da Etiópia, por volta das 9h30 (15h30 no horário local) desta sexta-feira (24) para participar das comemorações de 50 anos da União Africana, o Jubileu de Ouro da cúpula.
Após chegar à cidade, a presidente se reuniu com o primeiro-ministro etíope, Hailemariam Desalegn, para assinar atos de cooperação entre os dois países nas áreas de desenvolvimento agrícola, transferência de renda, serviços aéreos, educação e ciência e tecnologia, segundo informações do Itamaraty.
"Eu acho uma deferência o Brasil ter sido convidado para falar em nome da nossa região nesse Jubileu de Ouro. E eu acho que reflete o fato e o reconhecimento da importância que o Brasil atribui à África. Eu estive há pouco com o presidente Hailemariam Desalegn e isso fica claro também nas relações bilaterais entre o Brasil e a Etiópia", afirmou a presidente em rápida entrevista.
Segundo Dilma, "o Brasil quer não só estabelecer relações comerciais, investir aqui, vender para o país, mas o Brasil quer também uma cooperação no padrão Sul-Sul. O que é o padrão Sul-Sul de cooperação? É uma cooperação que não seja opressiva, que seja baseada em vantagens mútuas e valores compartilhados".G1/AFP

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Situação embaraçosa:Disputa acirrada pela direção da Escola Rita Maria em Orobó.

Diretora Rosimere, nomeada para assumir a Escola Estadual  Rita Maria, não teve boa acolhida pela comunidade escolar. Houve protestos com cartazes, carro de som e faixa. Alunos querem a permanência da ex-diretora que ocupa cargo de secretária municipal de educação. Na Câmara o assunto também repercutiu.

OROBÓ 22/05/2013: O vereador Manuel Mariano parabeniza a professora Assunção Albuquerque e a Escola Rita Maria da Conceição


Nesta quarta-feira (22/05/2013) na sessão da Câmara Municipal de Orobó, o vereador Manuel Mariano, parabenizou e se solidarizou com a professora Maria Assunção Albuquerque pelo seu trabalho em prol da educação de Orobó, e toda equipe da Escola Rita Maria. E disse ter ficado bastante feliz com o movimento feito pelos alunos da referida escola  para que a mesma permanecesse à frente da direção daquele educandário.



Pois, ali ficou nítido que não foram, em vão, os trabalhos e todo este período que a educadora passou como professora e diretora da citada escola. Disse ainda, que não não tem nada contra a ninguém que venha de outros lugares prestar seus serviços a escola, porém todos da terra conhecem o trabalho que fora desenvolvido desde a luta em conseguir o terreno, construir a escola e mais os conhecimentos oferecidos pela escola a toda comunidade, e em todas estas situações, a Professora Assunção nunca mediu esforços e esteve presente e atuante junto a toda equipe. Conhecendo, portanto esta história, independente de qualquer coisa o vereador Manuel Mariano solidariza-se com todos bem como oferece seus préstimos. 



O vereador salientou ainda que a professora Assunção tem capacidade de assumir qualquer função e/ou cargo no Município. blogmanuelmariano
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Estudantes brasileiros conquistam prêmio em Feira Internacional de Ciências e Engenharia


Dessalinização da água do mar por meio de bactéria rendeu o 4º lugar a alunas do Rio Grande do Sul.




Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil
Preocupadas com os alertas sobre o risco de escassez de água própria para o consumo, duas alunas de ensino médio resolveram unir ecologia e ciência e desenvolveram um projeto para dessalinizar água do mar por meio de uma bactéria. A intenção das estudantes é que, sem o sal, a água seja usada para a irrigação, por exemplo, e, no futuro, também para o consumo humano.

 “A grande importância desse projeto é que o processo é simples e econômico e pode ser aplicado em vários lugares”, explica uma das autoras da pesquisa, Desireé de Böer Velho, que terminou no ano passado o ensino médio técnico de química na Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, de Novo Hamburgo (RS). Aluna da mesma escola, Ágatha Lottermann Selbach é a outra autora da pesquisa.

Com o trabalho, as duas chegaram à Feira Internacional de Ciências e Engenharia, cuja sigla em inglês é Intel ISEF, competiram com estudantes de outros países e conquistaram o 4º lugar na categoria gestão ambiental. Desireé conta que a experiência serviu de incentivo para seguir a carreira científica e as estudantes vão dar continuidade ao estudo para tornar a água dessalinizada adequada ao consumo humano. A partir daí, elas pretendem buscar apoio para aplicar o projeto no dia a dia e até em escala empresarial.

A estudante Desireé de Böer conta que todo o esforço na pesquisa e o reconhecimento com o prêmio foram experiências que a incentivaram. “Esse projeto me incentivou entrar na área científica, foi um grande passo. Viemos de escola pública onde não tínhamos tanto recurso. Agora entrei na faculdade e mudou toda minha vida. Olho o mundo de outro jeito, me agregou muito em relação ao conhecimento, o fato de ter viajado e conhecido novas culturas”, disse.

O projeto das estudantes de Novo Hamburgo foi um dos nove premiados na feira que teve a participação de mais de 1,5 mil estudantes de 70 países, em maio, nos Estados Unidos. Os brasileiros ficaram com o 1º lugar entre os países latino-americanos e com o 3º no geral, atrás apenas dos Estados Unidos e do Canadá.

A coordenadora-geral da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), organização que selecionou parte dos estudantes para o evento internacional, Roseli Rodrigues Lopes, ressalta que o sucesso que os brasileiros alcançaram competindo com estudantes de tantos países mostra que é possível trabalhar o incentivo para a ciência e a engenharia ainda na educação básica. Ela avalia que esse trabalho deve ser ampliado. “Precisamos descobrir quem são os talentos, às vezes os jovens estão na escola e não têm ideia do que é engenharia. Ele não recebe o estímulo e às vezes é um grande talento”, diz.

Outra pesquisa premiada é a de Túlio Vinicius Andrade, aluno do 3ª ano do ensino médio do Grupo Gênese de Ensino, do Recife. Ele ficou com o 3º lugar na categoria ciências sociais e comportamentais. Por meio da leitura, Túlio percebeu que as doenças que mais matam no mundo estão ligadas a comportamentos sedentários. As informações indicavam que esses comportamentos começam ainda na infância e juventude, por isso, o estudante resolveu investigar a situação das aulas de educação física em escolas no Recife e descobriu que os professores da área enfrentavam dificuldades.

“Identifiquei que há falta de espaço físico, de materiais e de interesse dos alunos. Adaptei a prática pedagógica do construtivismo e criei soluções com metodologia de ensino para as principais dificuldades”, explica. O estudante fez testes com os alunos e, comprovada a eficácia do trabalho, Túlio passou a dar palestras para professores de educação física da rede pública. Após, elaborou um manual que será distribuído aos professores.

Diante dos desdobramentos das pesquisas, Roseli Rodrigues Lopes, avalia que a iniciação científica  permite novas perspectivas aos jovens. "Eles acabam tendo uma trajetória acadêmica mais rápida que a de outros. Vão para a universidade sabendo o que querem e chegam com mais maturidade. Terminada graduação, muitos seguem para o mestrado", diz.
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As religiões redefinem poderes de convencimento



Antonio Rezende astuciadeulisses.com.br

Quem anunciou o fim das crenças e a vitória da razão científica? A secularização da cultura prometia espaços amplos para a crítica e a reflexão. Nada de dogmas ou de alienações que provocassem ingenuidades diante das armadilhas da vida. No entanto, é preciso sempre lembrar que o controle sobre as andanças do tempo sofre abalos constantes. Movimentos intelectuais defendem novas teorias que buscam práticas sociais. Há mudanças. Novidades conseguem assombrar os tradicionais e celebramos sinais de agitação. Esquecemos que a incompletude nos acompanha e as fragilidades nos assustam. Não separemos o que foi vivido do momento atual. Quando a memória vacila perdemos experiências. Tropeçamos nas pedras que existem no meio do caminho.

A Igreja Católica não tem o fôlego de épocas passadas. A Reforma enfraqueceu suas hierarquias. Houve guerras religiosas violentas, a colonização das terras americanas transformou expectativas e a ética remontou seus princípios. Com a chegada do capitalismo as ansiedades ganharam outras moradias. O vaivém da grana penetrou no sagrado. Surgiram teses para justificar explorações e dignificar riquezas. Surpresas, para muitos, que se angustiam com seus pecados e queriam reconquistar os caminhos da salvação. Não são, apenas, as discussões acadêmicas que movem dissidências. As culpas fazem, sutilmente, parte de discursos de sacerdotes e pastores convictos ou ambiciosos.
As religiões não se foram, nem tampouco abandonaram vinculações com a política. Ressaltamos as histórias do ocidente, fixamos atenção no catolicismo, mas no oriente outras travessias são feitas. Há muitos conflitos, interpretações diferentes dos ensinamentos de Maomé, choques cotidianos, minorias privilegiadas, divisões internas. Não se consolidam uniformidades, mas violências que intimidam. A procura da verdade converte, muitas vezes, seguidores tradicionais influenciados pelas notícias trazidas pela globalização. Tudo se mostra confuso, exige pactos entre governos, mascaram comércios e acumulações de riqueza.
Os meios de comunicação ampliam sua importância. No Brasil, os evangélicos seguem conquistando adeptos. Penetram nos partidos, convencem jogadores de futebol, não dispensam as redes sociais. Transformações inesperadas na política revertem antigas situações do coronelismo estruturado com a ajuda da Igreja Católica. A fé não vive sem suas proximidades com o poder, com a sede de líderes por lugares nos núcleos da política. As acusações não cessam com o objetivo de desmontar pactos. Longe dos templos, os ruídos ecoam, banalizam comportamentos, revalidam cinismos.A modernidade reuniu paradigmas e sacudiu conservadorismos. No entanto, o desgaste histórico, as rebeldias, a falta de compromisso atraem pessoas.
A modernidade não seguiu uma linha reta e o fascinante “progresso” tornou-se um território de contradições A busca da salvação não se diluiu. Há, contudo, quem não acredite nas divindades. Raciocinam acusando os absurdos da religião e suas manobras. As grandes maiorias não desprezam as ações da fé. Elegem exemplos,  ouvem promessas de redenção, ajudam na concentração de benefícios, articulam ações solidárias. A secularização da política é uma idealização. Quando as disputas eleitorais se aguçam, alianças esquisitas se formam. A luta pelo poder seduz. Produz um espetáculo que invade a sociedade. Diminuem os espaços para perdões santificados e as trocas de favores se multiplicam. O movimento da história não perde seu fôlego.

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O encanto quebrou-se e a magia desfez-se

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Há perguntas que, sempre, reaparecem.Vivemos cheios de dúvidas. Elas não cessam, pois a sociedade assume outros comportamentos e os desejos fluem. Não há destinos, mas grandes aventuras que nos jogam em incertezas frequentes. Quando conseguimos mergulhar nas objetividades até que o controle de certas possibilidades nos traz algum sossego. Somos marcados pelas inquietudes. Todo esforço da ordem dominante para espalhar a mesmice tem falhas. Não seria nada agradável viver num mundo que consagrasse verdades permanentes. Portanto, os malabarismos nos pedem atenção. Seguimos.
As dúvidas se firmam, porque nem tudo pode ser esclarecido. As questões principais que nos atormentam não são recentes. A mitologia nos acolhe, mostrando vacilações, fantasias, coragens e medos seculares. As razões variam, dançam com os ritmos da história. Há quem confie na linha reta, numa linearidade sem sustos, com geometrias conhecidas, sentimentos petrificados. Não é exagero. A diversidade é não artigo da pós-modernidade. Faz parte da cultura que se move fabricando significados. O que é a justiça nas falas de Prometeu? O que é justiça nos discursos políticos dos partidários do pragmatismo? Não é à toa que Freud citava o equilíbrio instável, a busca da felicidade que se esconde. Recordo-me de Guimarães Rosa, dos sertões, das travessias, das belezas, das agonias…
Nas escritas de vida, nas narrativas que contam as histórias, há lugar para os encantos. O inesperado não é incomum. As convivências redesenham ânimos, apesar da sufocante burocracia que cerca as instituições sociais. Existem os escorregões nem sempre perigosos. Pior é adormecer, negando o sonho, com os olhos fixos num único espelho. O espaço do encanto desmancha a mediocridade. No entanto, o encanto também, se quebra. As turbulências convivem com calmarias, acelerando os ponteiros do relógio, reinventando o tempo. O amor romântico dialoga com o afeto líquido dos momentos atuais? Como se formam as diferenças, os desencontros, as fugas?
O vaivém da história nos acompanha. Ele fermenta as dúvidas, nos alerta para as permanências. Muitas vezes, nem observamos as sutilezas. Os encantos mudam de lugar, perdem aquela antiga magia. As fadas possuem moradias em cidades ocupadas por torres e viadutos? A imaginação está presa nas vitrines do shopping? Tudo tem muitas respostas, as teorias se misturam, terminam assombrando. O que inventamos nunca é para sempre. As coisas se desfazem, os sentimentos se equivocam, as lágrimas expressam dores e alegrias. As perguntas não abandonam quem atiça os olhos e o coração.
Estamos no mundo. Começamos o dia, sem saber qual será seu fim. O encanto é a sobrevivência? Talvez, seja. Diante de violências surpreendentes e hipocrisias assustadoras, não entrar nas armadilhas da intolerância é uma conquista. Os valores não possuem transparências. O mundo das mercadorias é fugaz. A solidariedade não cabe nas suas artimanhas. Por isso que a magia da força das utopias se fragiliza. Não estamos no inferno, mas é preciso se preocupar com o cotidiano. Se não ousarmos redefini-lo, não há como retomar o encanto. As perguntas devem existir junto com a vontade de respondê-las. Não importa que haja certos enganos. Como negar o humano?

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Marcha das Vadias em São Paulo incentiva denúncia contra agressores


Grupo ocupou a Avenida Paulista e seguiu rumo à Praça Roosevelt.
Tema da terceira edição do evento foi 'Quebre o silêncio'.

Julia Basso VianaG1 .

Manifestante participa da 3ª Marcha das Vadias, que acontece neste sábado, 25, na Avenida Paulista, região central da cidade de São Paulo. O tema desta edição é 'Quebre o silêncio'. O movimento pretende incentivar que as mulheres que sofrem violência sexu (Foto: Cris Faga/Fox Press Photo/Estadão Conteúdo)Manifestante participa da 3ª Marcha das Vadias, que acontece neste sábado, 25, na Avenida Paulista, região central da cidade de São Paulo.(Foto: Cris Faga/Fox Press Photo/Estadão Conteúdo)
Com o tema "Quebre o silêncio", a terceira edição da Marcha das Vadias em São Paulo percorreu neste sábado (25) a Avenida Paulista e a Rua Augusta em direção à Praça Roosevelt. O grupo se concentrou na Praça do Ciclista, onde foram preparados cartazes, stencil e pinturas corporais.
De acordo com os organizadores, a Marcha das Vadias "é uma resposta à ideia de que mulheres são culpadas pela violência que sofrem".
Por volta das 15h20, o protesto chegou à Praça Roosevelt. No local, parte do grupo se reuniu em uma roda para dar testemunhos de agressões sofridas por mulheres. Em outro ponto da praça, mulheres fizeram batucada com instrumentos improvisados.
De acordo com a Polícia Militar, a manifestação chegou a reunir 1,5 mil pessoas.

Violência contra a mulher em SP
O estupro é um crime que vem crescendo nos últimos meses em São Paulo. De acordo com dados sobre os índices de criminalidade divulgados pela Secretaria de Segurança Pública, no mês de março foram registrados 311 casos na capital paulista. O número é 8,36% superior aos casos registrados no mês anterior, em fevereiro, que teve 287 ocorrências.

A SSP também aponta aumento de casos de estupro registrados no estado de São Paulo. Em março deste ano foram 1.161 casos contra 1.057 em fevereiro, uma alta de 9,84%.
Cartaz na Marcha das Vadias em São Paulo (Foto: Julia Basso Viana/G1)Cartaz na Marcha das Vadias em São Paulo
(Foto: Julia Basso Viana/G1)
Origem do protesto
O protesto contrário ao machismo que teve origem no Canadá e se espalhou pelo mundo. Conhecido como ‘SlutWalk’, ele é realizado neste sábado em diversas cidades do Brasil. O movimento ‘SlutWalk’ começou em Toronto, no Canadá, quando alunos de uma universidade resolveram protestar depois que um policial sugeriu que as estudantes do sexo feminino deveriam evitar se vestir como “vagabundas” para não serem vítimas de abuso sexual ou estupro.

A primeira marcha reuniu cerca de 3 mil participantes vestidas de forma provocativa ou comportada para chamar a atenção para a cultura de responsabilizar as vítimas de estupro. Foi o estopim para que outros eventos semelhantes se espalhassem por várias cidades dos Estados Unidos e Europa.
Manifestantes participam da 3ª Marcha das Vadias, que acontece neste sábado, 25, na Avenida Paulista, em SP (Foto: Cris Faga/Fox Press Photo/Estadão Conteúdo)Manifestantes participam da 3ª Marcha das Vadias, que acontece neste sábado, 25, na Avenida Paulista, em SP (Foto: Cris Faga/Fox Press Photo/Estadão Conteúdo)
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Grupo desceu a Rua Augusta para encerrar Marcha das Vadias na Praça Roosvelt (Foto: Julia Basso Viana/G1)Grupo desceu a Rua Augusta para encerrar Marcha das Vadias na Praça Roosvelt (Foto: Julia Basso Viana/G1)
Homens também participaram e deram apoio à Marcha das Vadias em São Paulo (Foto: Julia Basso Viana/G1)Homens também participaram e deram apoio à Marcha das Vadias (Foto: Julia Basso Viana/G1)


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