Mostrando postagens com marcador des. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador des. Mostrar todas as postagens

sábado, 12 de junho de 2021

Morre, aos 80 anos, o ex-vice-presidente da República Marco Maciel




O ex-vice-presidente da República Marco Maciel, morreu na madrugada deste sábado (12), aos 80 anos. Eles estava internado em um hospital de Brasília, em decorrência de complicações do Alzheimer. Ele deixa a mulher Anna Maria e três filhos. As informações iniciais dão conta de que o enterro será em Brasília, na tarde deste sábado (12), em cerimônia restrita a familiares por conta da pandemia.


Políticos, como os ex-ministros Ciro Gomes (PDT-CE) e Mendonça Filho (DEM-PE), lamentaram a morte do político. "Homem decente e de espírito publico, dignificou as melhores tradições pernambucanas na política brasileira. Meus sentimentos à família e amigos", disse Ciro."Falar de Marco Maciel é falar de uma história de honradez, de trabalho em defesa do país e dos valores democráticos. Conciliador, foi um homem público que simboliza a seriedade, a honestidade, o trabalho, a integridade e a simplicidade", afirmou Mendonça Filho.


Desde 2014, Maciel sofria do mal de Alzheimer. Segundo familiares, ele recuperou-se da Covid-19 após período de internação em março, mas retornou ao hospital em decorrência de uma infecção. Morreu de falência múltipla dos órgãos. Nascido em 1940, no Recife, Maciel defendeu desde a juventude um ideário liberal. Em 1963, aluno de direito, presidiu a União dos Estudantes de Pernambuco, que lhe deu uma tribuna de onde criticava o governo do presidente João Goulart e do governador de seu estado natal, Miguel Arraes.

Antes de testar sua popularidade nas urnas, Maciel foi secretário-assistente do governador Paulo Guerra. Com a experiência acumulada no executivo, elegeu-se deputado estadual em 1966. Na legislatura seguinte, Maciel já estava em Brasília, para exercer o mandato de deputado federal. Reeleito em 1974, se tornaria, três anos depois, presidente da Câmara dos Deputados.

No governo José Sarney, Maciel foi ministro da Educação e, em 1986, chefe do Gabinete Civil, de onde fez a ponte entre o governo e o Congresso. Em 1987 voltou ao Senado e integrou a Assembleia Nacional Constituinte. Em 1994, ao defender que seu partido não lançasse candidato na eleição presidencial, desempenhou papel importante na costura do acordo entre o PFL e o PSDB, que resultou na eleição do tucano FHC. O acordo pressupunha que o PFL indicaria o nome do vice na chapa. 

No governo, a partir de 1995, Marco Maciel conferiu importância à vice-presidência, posto que usava, com eficiência, para fazer articulações políticas. Em 2002 voltou ao Senado, mas em 2010, já filiado ao DEM, não conseguiu se reeleger. Autor de obras sobre a política brasileira contemporânea, Maciel foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 2003.

Depoimentos


Com a morte de Marco Maciel, o Brasil perde um político que sempre esteve aberto ao diálogo e ao entendimento. Ao longo de sua trajetória como deputado, governador, senador, ministro e vice-presidente da República, Marco Maciel defendeu suas posições com ética e elevado espírito público. Características que também o destacaram na Academia Brasileira de Letras. Presto minha solidariedade à dona Anna Maria Maciel, aos filhos e demais parentes e amigos. Fica decretado luto oficial de sete dias, em homenagem a esse grande pernambucano"Paulo Câmara, governador de Pernambuco

Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 15 de maio de 2020

Governadores criticam saída de Teich. Paulo diz que presidente não sabe liderar




Paulo Câmara, governador de Pernambuco
Foto: Reprodução
Após o anúncio da demissão do ministro da Saúde, Nelson Teich, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), criticou, mais uma vez, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) e o responsabilizou pela saída de Teich do ministério. De acordo com o governador, Bolsonaro só investe em divisões internas e externas e quem sofre é a população.
"O presidente só investe em divisões internas e externas, a população sofre. Não se pode enfrentar uma pandemia pautado por ideologia, sem considerar ciência e realidade. Nossa única guerra é contra a Covid-19. Nela, infelizmente, o presidente é o comandante que não sabe liderar”, destacou o chefe do Executivo do Estado.
Presidente do Consórcio Nordeste, o presidente da Bahia, Rui Costa (PT), também criticou a postura de Bolsonaro. "Inaceitável. Plena pandemia, em 30 dias, dois ministros da Saúde demitidos por não aceitarem seguir as orientações médicas de um presidente que nada entende de Saúde. O país exige respeito à vida, à medicina e à ciência", escreveu em seu Twitter.
O governador do Ceará, Camilo Santana, por sua vez, classifica a demissão de Teich como uma "afronta" ao País. "A saída do segundo ministro da Saúde em menos de um mês traz enorme insegurança e preocupação. É inadmissível que, diante da gravíssima crise sanitária que vivemos, o foco do Governo Federal continue sendo em torno de discussões políticas e ideológicas. Isso é uma afronta ao país", disse. 
“A confusão que Bolsonaro cria é única no planeta. Espero que as instituições julguem o quanto antes a produção de tantos desastres, entre os quais a demissão de DOIS ministros da Saúde em meio a uma gigantesca crise sanitária. O Brasil merece uma gestão séria e competente”, criticou o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
O governador de São Paulo também lamentou e culpou o presidente Bolsonaro pela saída do segundo ministro da Saúde em menos de um mês. “É o segundo ministro da saúde que num prazo de 90 dias deixa a função pela desordenação do governo Bolsonaro", destacou Doria. O chefe do Executivo também elogiou o ministro, que, segundo ele, "demonstrou compromisso com a ciência e respeito ao isolamento".
"Espero que o sucessor do ministro Nelson Teich continue seguindo a medicina e a saúde, e que não incorra no grave erro de seguir orientações ideológicas, partidárias ou familiares", disse Doria. "O ministro da saúde do Brasil deve proteger a saúde dos brasileiros", disse João Doria.
Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE