sexta-feira, 15 de maio de 2020

Governadores criticam saída de Teich. Paulo diz que presidente não sabe liderar




Paulo Câmara, governador de Pernambuco
Foto: Reprodução
Após o anúncio da demissão do ministro da Saúde, Nelson Teich, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), criticou, mais uma vez, o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) e o responsabilizou pela saída de Teich do ministério. De acordo com o governador, Bolsonaro só investe em divisões internas e externas e quem sofre é a população.
"O presidente só investe em divisões internas e externas, a população sofre. Não se pode enfrentar uma pandemia pautado por ideologia, sem considerar ciência e realidade. Nossa única guerra é contra a Covid-19. Nela, infelizmente, o presidente é o comandante que não sabe liderar”, destacou o chefe do Executivo do Estado.
Presidente do Consórcio Nordeste, o presidente da Bahia, Rui Costa (PT), também criticou a postura de Bolsonaro. "Inaceitável. Plena pandemia, em 30 dias, dois ministros da Saúde demitidos por não aceitarem seguir as orientações médicas de um presidente que nada entende de Saúde. O país exige respeito à vida, à medicina e à ciência", escreveu em seu Twitter.
O governador do Ceará, Camilo Santana, por sua vez, classifica a demissão de Teich como uma "afronta" ao País. "A saída do segundo ministro da Saúde em menos de um mês traz enorme insegurança e preocupação. É inadmissível que, diante da gravíssima crise sanitária que vivemos, o foco do Governo Federal continue sendo em torno de discussões políticas e ideológicas. Isso é uma afronta ao país", disse. 
“A confusão que Bolsonaro cria é única no planeta. Espero que as instituições julguem o quanto antes a produção de tantos desastres, entre os quais a demissão de DOIS ministros da Saúde em meio a uma gigantesca crise sanitária. O Brasil merece uma gestão séria e competente”, criticou o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).
O governador de São Paulo também lamentou e culpou o presidente Bolsonaro pela saída do segundo ministro da Saúde em menos de um mês. “É o segundo ministro da saúde que num prazo de 90 dias deixa a função pela desordenação do governo Bolsonaro", destacou Doria. O chefe do Executivo também elogiou o ministro, que, segundo ele, "demonstrou compromisso com a ciência e respeito ao isolamento".
"Espero que o sucessor do ministro Nelson Teich continue seguindo a medicina e a saúde, e que não incorra no grave erro de seguir orientações ideológicas, partidárias ou familiares", disse Doria. "O ministro da saúde do Brasil deve proteger a saúde dos brasileiros", disse João Doria.
Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

0 >-->Escreva seu comentários >-->:

Postar um comentário

Amigos (as) poste seus comentarios no Blog