O ex-vice-presidente da República Marco Maciel, morreu na madrugada deste sábado (12), aos 80 anos. Eles estava internado em um hospital de Brasília, em decorrência de complicações do Alzheimer. Ele deixa a mulher Anna Maria e três filhos. As informações iniciais dão conta de que o enterro será em Brasília, na tarde deste sábado (12), em cerimônia restrita a familiares por conta da pandemia.
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Políticos, como os ex-ministros Ciro Gomes (PDT-CE) e Mendonça Filho (DEM-PE), lamentaram a morte do político. "Homem decente e de espírito publico, dignificou as melhores tradições pernambucanas na política brasileira. Meus sentimentos à família e amigos", disse Ciro."Falar de Marco Maciel é falar de uma história de honradez, de trabalho em defesa do país e dos valores democráticos. Conciliador, foi um homem público que simboliza a seriedade, a honestidade, o trabalho, a integridade e a simplicidade", afirmou Mendonça Filho.
Desde 2014, Maciel sofria do mal de Alzheimer. Segundo familiares, ele recuperou-se da Covid-19 após período de internação em março, mas retornou ao hospital em decorrência de uma infecção. Morreu de falência múltipla dos órgãos. Nascido em 1940, no Recife, Maciel defendeu desde a juventude um ideário liberal. Em 1963, aluno de direito, presidiu a União dos Estudantes de Pernambuco, que lhe deu uma tribuna de onde criticava o governo do presidente João Goulart e do governador de seu estado natal, Miguel Arraes.
Antes de testar sua popularidade nas urnas, Maciel foi secretário-assistente do governador Paulo Guerra. Com a experiência acumulada no executivo, elegeu-se deputado estadual em 1966. Na legislatura seguinte, Maciel já estava em Brasília, para exercer o mandato de deputado federal. Reeleito em 1974, se tornaria, três anos depois, presidente da Câmara dos Deputados.
No governo José Sarney, Maciel foi ministro da Educação e, em 1986, chefe do Gabinete Civil, de onde fez a ponte entre o governo e o Congresso. Em 1987 voltou ao Senado e integrou a Assembleia Nacional Constituinte. Em 1994, ao defender que seu partido não lançasse candidato na eleição presidencial, desempenhou papel importante na costura do acordo entre o PFL e o PSDB, que resultou na eleição do tucano FHC. O acordo pressupunha que o PFL indicaria o nome do vice na chapa.
No governo, a partir de 1995, Marco Maciel conferiu importância à vice-presidência, posto que usava, com eficiência, para fazer articulações políticas. Em 2002 voltou ao Senado, mas em 2010, já filiado ao DEM, não conseguiu se reeleger. Autor de obras sobre a política brasileira contemporânea, Maciel foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 2003.
Depoimentos
Com a morte de Marco Maciel, o Brasil perde um político que sempre esteve aberto ao diálogo e ao entendimento. Ao longo de sua trajetória como deputado, governador, senador, ministro e vice-presidente da República, Marco Maciel defendeu suas posições com ética e elevado espírito público. Características que também o destacaram na Academia Brasileira de Letras. Presto minha solidariedade à dona Anna Maria Maciel, aos filhos e demais parentes e amigos. Fica decretado luto oficial de sete dias, em homenagem a esse grande pernambucano", Paulo Câmara, governador de Pernambuco
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