segunda-feira, 22 de maio de 2017

5 ambiciosos projetos de infraestrutura com os quais a China quer 'sacudir' a ordem econômica mundial



Trem em AnshunDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionA antiga Rota da Seda uniu comercial e culturalmente o Oriente ao Ocidente há dois mil anos. A China quer revivê-la com projetos como este do trem de alta velocidade na cidade chinesa de Anshun, na província de Guizhou

A China quer ampliar sua influência mundial através de um colossal e dispendioso plano de infraestrutura.
"Esperamos desencadear novas forças econômicas para o crescimento global, construir novas plataformas para o desenvolvimento mundial e reequilibrar a globalização para que a humanidade chegue mais perto de uma comunidade de destino comum", disse o presidente chinês, Xi Jinping, ao abrir, na semana passada, um fórum internacional sobre o projeto, batizado de Nova Rota da Seda.
O fórum contou com a participação de cerca de 30 líderes mundiais, entre eles os presidentes da Rússia, Vladimir Putin, da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, da Argentina, Maurício Macri, e do Chile, Michelle Bachelet.
A ideia da Nova Rota da Seda - com nome inspirado na antiga rota comercial que ligou o Oriente e o Ocidente há dois mil anos - é melhorar conexões comerciais entre Ásia e Europa e Ásia e o leste da África, promovendo desenvolvimento, com a construção ou expansão de redes de ferrovia de alta velocidade, gasodutos, oleodutos, portos e centros logísticos.
"É um esforço ambicioso sem precedentes", disse, por sua vez, o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, sobre o plano com o qual a China pretende "sacudir" a ordem econômica mundial.
O investimento total chega a US$ 900 bilhões (R$ 2,9 trilhões).
Ainda que, em teoria, o objetivo do projeto é aumentar a integração econômica entre Europa, Ásia e África, críticos em países ocidentais acreditam que o governo chinês busca, na verdade, expandir sua influência para o campo geopolítico.
Segundo a analista para assuntos chineses da BBC Carrie Gracie, tanto os oleodutos e gasodutos que atravessam a Ásia Central, como os portos do Paquistão e Sri Lanka, no Oceano Índico, poderiam servir para fins militares no futuro.
Abaixo, apresentamos cinco grandes obras que fazem parte da Rota da Seda.

1. Transporte de mercadorias China-Europa



Xi JinpingDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionO presidente da China, Xi Jinping, anunciou uma nova injeção de US$70 bilhões para o projeto

Atualmente, a China já opera cerca de 20 linhas de trem de carga que ligam o país a cidades europeias como Londres, Madri, Roterdã ou Varsóvia. A rota China-Madri funciona há mais de um ano e é o mais extenso serviço ferroviário do mundo.
Agora, o objetivo do governo de Xi Jinping é otimizar esta rede e torná-la uma alternativa mais rápida - embora mais dispendiosa - ao tradicional transporte marítimo de produtos chineses.
As obras do novo trem de alta velocidade, que unirá os sete mil quilômetros de Pequim a Moscou, devem terminar em 2025, segundo a companhia estatal russa OAO Russian Railways. Ela reduzirá o tempo de viagem, de cinco dias, para 30 horas.
Por trás desta grande iniciativa, está a intenção da China de se consolidar como uma potência comercial global, comenta Carrie Gracie.
Custo: US$ 242 bilhões

2. Rede de trens na Ásia



Modelos a escala de trenes chinos de alta velocidad.Direito de imagemGETTY IMAGES
Image captionA China e o Japão competiram durante meses pelo projeto da primeira ferroiva de alta velocidade da Indonésia, que unirá a capital Jacarta com a cidade de Bandung, na ilha de Java

Nesta seção, há dois grandes projetos futuros:
  • A Rede Pan-asiática
A China planeja conectar a cidade de Kunming, situada no sul do país, com Vientiane, a capital do país vizinho Laos, e com a rede ferroviária de Mianmar.
Assim que esta e outras obras semelhantes previstas em Tailândia, Camboja e Vietnã estiverem concluídas, estará formada uma rede pan-asiática ligando a China ao Sudeste asiático.
Custo: US$ 7 bilhões (apenas o trem de alta velocidade entre Kunming e Vientiane)
  • Alta velocidade na Indonésia
A ferrovia Jacarta-Bandung será o primeiro trem de alta velocidade da Indonésia e ajudará a melhorar o transporte público entre a capital do arquipélago e um dos principais centros econômicos de Java.
Embora várias empresas japonesas também aspirassem ganhar o projeto, o governo indonésio acabou preferindo as empresas chinesas.
Custo: US$ 5,9 bilhões

3. Corredor China-Paquistão



Porto de GwadarDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionSituado a 700 km a oeste da capital do Paquistão, Karachi, o porto Gwadar conectará a cidade chinesa de Kasgar com o Mar Árabe

Aproveitando que o vizinho Paquistão é um de seus aliados históricos, a China investirá no país e ajudará no desenvolvimento do porto de Gwadar, no Mar Árabe.
A ideia de ambos os países é que se converta na versão paquistanesa do complexo portuário de Shenzhen.
A implementação deste projeto dará à China uma saída para o mar sem necessidade de que seus produtos passem pelo estreito de Malaca, onde operam piratas e o clima é desfavorável.
O projeto contempla a ampliação da rodovia de Kakarorum, umas das mais altas do mundo, que conecta a China ao Paquistão.
Custo total: US$55 bilhões

4. Porto de Colombo



Porto de Colombo-Sul, em Sri LankaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionO governo do Sri Lanka outorgou o projeto do porto Colombo-Sul, previsto em US$ 1,4 bilhão, a uma companhia chinesa

Outro porto-chave nos planos da Nova Rota da Seda é o de Colombo, capital do Sri Lanka.
Embora tenha sido paralisado com a troca de governo no país - mais próximo, politicamente, da Índia -, negociações recentes permitiram a continuidade do projeto; as obras já foram retomadas.
Custo: US$1,4 bilhão

5. Projetos na África



Linha de tremDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionOperada por funcionários chineses, a frota de trem da nova construção da linha que une a capital da Etiópia, Adis Adeba, a Djibuti está ajudando a impulsar a economia de ambos os países

A China já está construindo a ferrovia que unirá as duas principais cidades do Quênia: a capital, Nairóbi, e Mombasa, na costa do país.
Este projeto faz parte da futura rede de transportes da África Oriental, que conectará as cidades do Quênia com as capitais de Uganda (Kampala), Sudão do Sul (Juba), Ruanda (Kigali) e Burundi (Bujumbura).
A China já inaugurou o trem que une Adis Abeba, capital da Etiópia, com Djibouti, capital do país do mesmo nome na costa do Mar Vermelho, onde companhias chinesas estão construindo um centro logístico marítimo.
"É um desenvolvimento estratégico enorme", disse ao jornal New York Times Peter Dutton, professor de estudos estratégicos da Escola Naval de Guerra de Rhode Island, nos Estados Unidos.
"Trata-se de uma expansão do poder naval para proteger o comércio e os interesses regionais da China no Chifre da África. Isto é o que as potências em expansão costumam fazer. E a China aprendeu as lições do império britânico de 200 anos atrás", concluiu.
Fonte:BBC
Custo total: US$13,8 bilhões
Professor Edgar Bom Jardim - PE

O mundo da leitura


O estímulo pela leitura deve acontecer nos anos iniciais. E a Semana Literária tem sido importante ferramenta nesse processo. A Narrativa Infantil & Música: Quando nasce um monstro (Se Sean Taylor) aconteceu na Praça Calumbi, com a participação de dezenas de alunos da cidade. A ação em praça pública também motiva os adultos. Isso é Leitura. Isso é João Alfredo formando uma nova geração com mais cultura e um mundo de possibilidades.
Com informações do Governo Municipal.
Publicação de 19 de maio 2017
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 21 de maio de 2017

Redes sociais

A pressa comanda muita coisa. Não é estranho que o trabalho se insira no cotidiano determinando ordens e excluindo prazeres. A sociedade exige que as pessoas se movimentem e busquem a sobrevivência. O importante é se localizar, construir narrativas que mostrem interesses em seguir adiante com projetos de sucesso. Estamos fazendo uma afirmação genérica, mas há quem se encante com a correria e não são poucos. O sistema sabe conduzir seus êxitos. Quem se enquadra, sofre crítica e marginalizações. As formas de rebeldia são , muitas vezes, previstas e não amedrontam os vencedores. Eles refinam suas artimanhas e seus poderes de convencimento.
Com o consumismo atingindo os desejos, as mercadorias ganham espaços privilegiados. Portanto, o mandamento da acumulação mantém sua supremacia. Há quem a confunda a felicidade com a renovação dos objetos que possui. O exibicionismo dispara o uso dos cartões de crédito. A cartografia dos sentimentos se enche de desenhos estranhos e descuidados. O discurso da servidão voluntária invade as relações entre dominantes e dominados. O capitalismo cria meios de sedução, não desprezando a tecnologia que antes significava libertação. Portanto, temos uma sociedade modernizada, porém longe dos valores tão cantados pelo iluminismo.
As análises de Freud e dos pensadores da Escola de Frankfurt não se enganaram ao afirmar que vivemos numa sociedade administrada. Quem controla não poupa ciências, pedagogias, fascínios pela grana. O fluir dos sentimentos fica atrelado ao jogo de perde e ganha dos produtos comerciais. As escolas reverenciam concepções de mundo que marcam o individualismo. Reflexões mínimas, caminhos abertos para chegar à fama, estímulo às espertezas mais sutis.  Não há, certamente, um controle absoluto, pois seria a negação da história enquanto construção da possibilidade. O sonho coletivo persiste, apesar de todos os malabarismos egocentristas.
A renovação da tecnologia  é acompanhada por transformações na cultura. A pressa diminui o cuidado, faz o afeto mergulhar em águas turbulentas. No entanto, nem tudo é um labirinto escuro e sem alternativas. Cabem invenções e outras formas de aproximação. Não dá para expulsar os mascarados, nem sacudir fora as diferenças, Surgem as redes sociais, com todas as simulações, sem,contudo, negar que há condições de não recuar diante das pressões dos monopólios. As brechas permitem que as desobediências não se intimidem. Os contrapontos dão ritmos dissonantes e quebram a apatia conformista.
As redes sociais são territórios de amplos diálogos, de exposçião de imagens pessoais, de consagração de triunfos. Outros cotidianos estão se alargando. Os celulares contribuem para a comunicação com códigos especiais. Cada época reformula cartografias, conversa com as tradições e repensa as cores da felicidade. As cartografias fogem em busca de geometrias, talvez, mais audazes. É difícil se avaliar. A luta política não é  a mesma. Há quem proteste, contaminado pela lógica do capital. O conhecer ajuda a desfazer infortúnios. Não podemos esquecer que a modernidade é também um projeto de exploração, não se rendeu às utopias mais profundas. O utilitarismo justifica desigualdades, pois preserva hierarquias e desmonta solidariedades.


Fanzine, neologismo oriundo da expressão em inglês fanatic magazine, se aplica a jornais e panfletos, escritos à mão ou à máquina de escrever, resultado de montagens com revistas e jornais, ou mesmo textos digitados em computador. Fanzine entre outras coisas é cultura, é arte, é contracultura e subversão.
Um jovem escreve fragmentos de texto. Recorta, cola, mescla com fotos, marca com caneta, complementa. São diferentes cores, e temáticas mais diversas ainda: pedaços de revistas em quadrinhos – seja de heróis das HQs norte-americanas, seja de japoneses com olhos enormes e cabelos coloridos, fotos de artistas de cinema e TV, fragmentos de notícias sobre assuntos diversos. Cultura, arte, protesto, contracultura. Fazem-se cópias em mimeógrafo ou fotocopiadoras, e está pronto. Ou não?
Antes de qualquer coisa, cabe responder a quem pergunta: afinal, o que são fanzines? O termo, um neologismo oriundo da expressão em inglês fanatic magazine, se aplica a jornais e panfletos, escritos à mão ou à máquina de escrever, resultado de montagens com revistas e jornais, ou mesmo textos digitados em computador, com conteúdo mais elaborado. As múltiplas temáticas que se apresentam nessa literatura denotam a criatividade de seus produtores, e as possibilidades de leitura e utilização prática dos mesmos.
Literatura ordinária, porém elaborada
Os fanzines chegam ao Brasil em 1965, com ‘O Cobra’, resultado da 1ª Convenção Brasileira de Ficção Científica, acontecida em São Paulo. Marcados, originalmente, por serem feitos de ‘qualquer jeito’ ou por um conteúdo ‘sem pé nem cabeça’, os fanzines ganham, com o passar do tempo, um caráter de maior elaboração e significado. A presença de computadores, programas de edição de textos e imagens, cria a possibilidade de brincadeiras com marcas, textos clássicos, letras de música, fotografias de celebridades ou de desenhos animados. Dos fanzines escritos à mão e rodados em estêncil, chega-se, nos dias atuais, aos e-zines, produzidos e divulgados em meio virtual. No caminho que leva a essa “evolução” nos meios de se fazer e difundir tal arte houve, na relação entre “zineiros” do Brasil e do mundo, a presença marcantes das caixas-postais, através das quais seus jornais e revistas eram socializados.
Na diversidade de textos componentes dos fanzines, é possível encontrar dos temáticos aos doutrinários. Muitos, marcados por fazer coro à legião de fãs de determinado artista de TV, cinema ou música; ou mesmo a personagens de novelas, seriados, desenhos animados, livros e HQs. Outros, no entanto, cuja principal característica é o conteúdo político-ideológico, e a difusão de uma contracultura, marcada pela negação do sistema. Como afirma o pesquisador Edwar de Alencar Castelo Branco, “o diferencial desses fanzines temáticos, em relação àqueles doutrinários, está principalmente no fato de submeter a noção de autor a um delírio: a partir de um tema, como a insônia, por exemplo, o zineiro força diferentes expressões artístico-literárias a expressarem seu estado de espírito”.
Fanzines na sala de aula? Como?
Resultados, em grande parte, da rebeldia adolescente, os fanzines podem se tornar um importante veículo de comunicação com diferentes segmentos da juventude. Uma das chaves para isso, segundo a pesquisadora Ioneide Santos do Nascimento, é tentar não pedagogizá-los, ou seja, não tentar torná-los veículos de controle, impondo aos seus construtores uma noção de ‘certo’ e ‘errado’, ‘bom’ ou ‘mau’, ‘bonito’ ou ‘feio’.
Através da união entre palavras e imagens, possibilitada pelos fanzines, é possível ao professor estabelecer um diálogo entre as linguagens visual e falada, levando o aluno a compreender, através de um veículo familiar a ele, a relação com as diferentes formas de comunicação. Uma estratégia possível de aplicação desse instrumento como recurso pedagógico seria a produção de fanzines em sala de aula. Práticas como estas, ainda concordando com Ioneide Nacimento, possibilitam ao educando conhecer a diversidade de opiniões entre seus próprios colegas. Permite, também, que os estudantes “assumam seu papel de sujeitos nesse processo e se envolvam com mais entusiasmo em um projeto que cada dia se torna mais autônomo”.
Dessa maneira, pode-se perceber que a utilização na escola de um instrumento de comunicação juvenil, tido como “marginal”, pode, para além de certos preconceitos existentes em seu entorno, tornar o jovem mais afeito das atividades escolares, trazendo para o campo de discussão, suas ideias, opiniões e pensares, por vezes negligenciados no trabalho docente.
Edwar de Alencar Castelo Brancohistoriador pós-moderno, autor do livro Todos os Dias de Paupéria, professor de Pós-Graduação em História do Brasil e vice-reitor da Universidade Federal do Piauí (UFPI), Teresina, PI.
Fábio Leonardo Castelo Branco Britomestrando em História do Brasil pela Universidade Federal do Piauí, Teresina, PI.
Fagno da Silva Soareshistoriador, professor de história do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IFMA) e SEEDUC, Açailândia, MA.
www.professoredgar.com

A História das Coisas (capitalismo, produção, consumo, política e meio ambiente)

Assista ao vídeo em LEIA MAIS.
Existe uma relação entre esse filme e a corrupção que existe no Brasil?  Existe uma relação entre esse vídeo e a destruição da vida do planeta  e das pessoas? Existe uma relação entre o que se mostra nesse filme e a exploração capitalista sobre os países? Existe uma relação entre o que se mostra nesse filme e a miséria, pobreza, fome, violência e doenças que afetam as pessoas?  há uma relação entre esse filme e a corrupção que estamos vivenciando no Brasil na relação entre empresas, governos, políticos, e o sofrimento do povo.


Da extração e produção até a venda, consumo e descarte, todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos países, a maior parte delas longe de nossos olhos.
Enviado em 8 de mai de 2011. Enviado por Michel Cunha.
youtube.com/watch?v=7qFiGMSnNjw
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Vídeo Bráulio de Castro- Museu do Umari - Parte 1

MEMÓRIAS DE BOM JARDIM - Semana Nacional dos Museus.

Ao assistir o vídeo que mudanças você percebe em Bom Jardim? Quem são as pessoas homenageadas na  música de Bráulio de Castro? Como era o cotidiano da cidade de Bom Jardim, narrado por Bráulio de Castro?  Que brincadeiras acontecem nas Ruas de Bom Jardim na atualidade? Quem foi Mestre Teté? O que é carretel (carreté)? Onde fica o poço de Sá Moça? De quem  Bráulio de Castro corria na infância? Quais lembranças você tem de sua infância? Assista  ao  Vídeo  em LEIA MAIS.
Fonte: MASIMU
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Desmanches: a sociedade se reparte e adoece


Não há como evitar a existência do poder. Organizar a sociedade é fundamental. O importante é pensar que há muitas formas de escolher caminhos. Lembrem-se dos romanos desconsiderando os povos bárbaros, das fundações da democracia grega e moderna, das utopias do século XIX, da sede de conquista de Hitler. São sugestões de projetos diferentes. Há extravagâncias autoritárias, fraquezas na socialização, sonhos ditos impossíveis. Nunca faltaram vazios, nem insatisfações. Tudo tem um toque de instabilidade. Observe como foi o movimento de 1930 no Brasil, a ditadura de Stalin na União Soviética, a loucura de Nero na antiguidade, a opressão de Portugal no escravismo.
Cenário aberto para polêmicas que propagam. Há quem deseje a volta doa militares, outros torcem pela afirmação das práticas nazistas. A confusão é imensa. A democracia aparece como preciosa. Teríamos equilíbrio, liberdade de opinião, o coletivo agindo sem censura. Mas há questões inesquecíveis. Na sociedade moderna, as composições são efetivamente democráticas? As sociabilidades se modificam, as críticas se renovam. No entanto, as explorações se foram da história? As rivalidades morreram e a corrupção desapareceu? O silêncio é impossível diante de tantas perguntas.
A Revolução Industrial moveu a produção, introduziu o trabalho assalariado, criou mercados internacionais. Esperava-se o crescimento de lugares sem desigualdade. O Estado cuidaria de romper com o passado opressivo. E as mobilizações revolucionárias? O que houve com a Comuna de Paris? Por que colonizar a Ásia e a África? O que significou a China na época de Mao? A democracia virou pó, escondeu-se ou ainda se espera alguma coisa? O mundo se encontra numa tensão constante. A violência existe nos Estados Unidos, na Síria, na França, em todo canto. Não é excepcional, nem um fenômeno que abala apenas os tempos atuais. O que fazer? Não há como sentir sossego?
Mudam as astúcias, mas as disputas não dispensam massacres. Há uma corrida para se aperfeiçoar as armas. Portanto, nada de diálogo que fertilize a reflexão e combata os desacertos contínuos. O Brasil tem uma história marcada pelo autoritarismo. Getúlio Vargas instalou o Estado Novo, Médici persegui seus adversários usando a repressão, Dilma sofreu com as articulações que a derrubaram. Questiona-se a possibilidade de se compartilhar a vida, sem celebrar o individualismo e expandir as ambições. O pecado nos mete medo e nos condena a navegar no pântano? Deixemos as lendas de fora e  encaremos as incompletudes. O paraíso é um perfume da imaginação.
A aflição aperta corações e mentes. Não há como trazer magias insuperáveis. Tudo lembra desafio. Freud definiu a força do inconsciente. Não é só o corpo que adoece com frequência. E as psicopatias, a negação do outro, as bombas mortais, a ciência aliada à tecnologia da destruição? Construir a ideia de progresso é uma falácia. Há recomeços, desistências, fracassos. A memória traça desenhos de profundos desastres e genocídios assombrosos. Por isso que os cansaços aparecem, os salvadores inventam mitos, a sociedade se reparte em grupos hostis. Não é sem razão que os sentimentos podem enlouquecer e os sentidos se transformarem em esqueletos horrendos.
De;Astucia de Ulisses/ Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

STF atende defesa de Temer e autoriza perícia da PF em áudio

Fachin é o relator do processo contra Michel Temer / Divulgação
Fachin é o relator do processo contra Michel Temer
Divulgação
JC Online

O ministro do Supremo Trinunal Federal (STF) Edson Fachin decidiu neste sábado (20) enviar para perícia da Polícia Federal (PF) o áudio no qual o empresário Joesley Batista, dono da empresa JBS, gravou uma conversa com o presidente Michel Temer. A perícia foi solicitada pela defesa do presidente.
Na mesma decisão, Fachin resolvou remeter para julgamento pelo plenário da Corte, na próxima quarta-feira (24), o pedido feito pela defesa do presidente Temer para suspender as investigacões até que a finalização da perícia.
Antes da decisão do ministro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu a continuidade da investigação e disse que não contém qualquer "mácula que comprometa a essência do diálogo", mas informou não se opõe ao pedido de perícia feito pelo presidente.

PRONUNCIAMENTO DE TEMER

Mais cedo, em novo pronunciamento à nação, Temer anunciou um recurso ao Supremo, questionou a legalidade da gravação e disse que há muitas contradições no depoimento de Joesley Batista, como a informação de que o presidente teria dado aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, que está preso em Curitiba.

POSIÇÃO DE RODRIGO JANOT

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu no STF a continuidade da investigação contra o presidente Michel Temer. A manifestação foi enviada após a chegada do recurso no qual o presidente pediu a suspensão do processo para que uma perícia seja feita no áudio da conversa gravada entre ele e o dono da JBS, Joesley Batista.
No parecer, Janot garantiu que o áudio não contém qualquer "mácula que comprometa a essência do diálogo", mas informou que não se opõe ao pedido de perícia feito pelo presidente.
Ao enviar o pedido de abertura de investigação sobre o presidente ao STF, a PGR informou ao ministro Edson Fachin, relator do caso, que o áudio foi analisado de forma preliminar "sob a perspectiva exclusiva da percepção humana". De acordo com o processo, "não houve auxílio de equipamentos especializados na avaliação dos áudios.
Na decisão em que autorizou a investigação contra Temer, Fachin não analisou a legalidade da gravação sob o ponto de vista de possíveis edições. O ministro entendeu que Joesley Batista poderia gravar sua conversa com terceiros.
Fonte: Jornal do commercio
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Náutico foi derrotado pelo Figueirense



Figueirense passeou em Florianópolis
Figueirense passeou em FlorianópolisFoto: Divulgação
O Náutico foi derrotado para o Figueirense por 3x0, neste sábado (20), no Orlando Scarpelli, pela segunda rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Quem assistiu ao jogo, sabe que não foi preciso esperar os 90 minutos para descobrir qual seria o desfecho da história. Do início ao fim, o embate foi construído da seguinte forma: o Figueira dominou a partida, não foi ameaçado em momento algum e aproveitou da melhor forma as fraquezas do adversário. O Timbu, apático, voltou a mostrar que está longe de caminhar no rumo certo. A derrota colocou os alvirrubros na zona de rebaixamento da Segundona, ocupando a 19ª posição.

Sem vitórias nos dois primeiros jogos pelo Náutico, o técnico Waldemar Lemos decidiu mudar o esquema, saindo 4-3-3 para o 4-4-2. Tática que duraria menos de 45 minutos. Jefferson Nem foi para o banco de reservas e Maylson ganhou espaço entre os titulares, ao lado de Cal na armação. Reserva no duelo passado, Anselmo voltou a ficar entre os 11, ocupando o ataque com Erick.

Figueira e Timbu jogavam em ritmos diferentes. Os visitantes eram lentos e resumiam suas investidas em cruzamentos de bola parada na área, enquanto os mandantes faziam transições rápidas, aproveitando a falha de marcação dos laterais. Nessas condições, é fácil entender qual time marcou o gol que abriu o placar no Orlando Scarpelli. Livre pela direita, o lateral-direito Dudu cruzou rasteiro. A bola passou por todos da defesa até encontrar Jorge Henrique, que completou de carrinho para o fundo das redes. E sim, esse é o mesmo atacante que já vestiu a camisa do Timbu e foi campeão estadual em 2004. Mais uma vez, pesou a famosa "lei do ex".

O gol dos catarinenses revelou o maior ponto fraco do Náutico na partida: seu lado esquerdo defensivo. Por ali, Dudu e Luidy tinham total liberdade. Manoel estava perdido na marcação e não tinha força para atacar. Mas David não estava imune aos ataques do Figueirense. Quando se imaginava que o segundo tento da partida sairia novamente pela esquerda, eis que os mandantes mostraram sua variedade de jogadas. Robinho passou como quis do marcadores e acertou um chute espetacular de longe, sem chances para Jeferson. Um golaço. Antes mesmo do intervalo do jogo, o técnico Waldemar Lemos fez duas alterações de uma só vez. Saíram David e Cal para as entradas de Joazi e Alison, voltando ao 4-3-3.

Qualquer esperança de reação do Náutico no segundo tempo terminou logo aos quatro minutos. Darlan fez falta em Jorge Henrique, recebeu o segundo cartão amarelo e foi embora mais cedo da partida. A partir daí, o jogo foi uma contagem regressiva para sacramentar o que fora escrita desde o primeiro segundo do confronto. A superioridade técnico e numérica transformou a partida em ataque contra defesa. Aos 28, o Figueirense chegou ao terceiro gol da partida. Henan recebeu bom passe pelo meio e tocou com tranquilidade na saída do goleiro, decretando o 3x0 no Orlando Scarpelli.
Ficha do jogo

Figueirense 3

Thiago Rodrigues, Dudu, Leandro Almeida, Bruno Alves e Iago; Zé Antônio, Dudu Vieira, Jorge Henrique (Henrique), Robinho (Clebson) e Luidy; Henan. Técnico: Márcio Goiano

Náutico 0

Jeferson; David(Joazi), Tiago Alves, Nirley e Manoel; Rodrigo Souza (João Ananias), Darlan, Maylson e Cal(Alison); Anselmo e Erick. Técnico: Waldemar Lemos

Local: Orlando Scarpelli (Florianópolis/SC)
Árbitro: Rodrigo Carvalhaes de Miranda. Assistentes: Wendel de Paiva Gouveia e Thiago Rosa de Oliveira (RJ)
Gols: Jorge Henrique (aos 11 do 1ºT), Robinho (aos 31 do 1ºT) e Henan (aos 28 do 2ºT)
Cartões amarelos: Maylson, Darlan (N);
Cartão vermelho: Darlan (N)
Renda: R$ 78.840,00
Público: 3.735 torcedores 
Fonte:Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Santa Cruz vence Guarani



Lances de Santa Cruz x Guarani, pela Série B 2017
Lances de Santa Cruz x Guarani, pela Série B 2017Foto: Paullo Allmeida/FolhaPE
Tarde feliz para os torcedores do Santa Cruz. Neste sábado (20), no Arruda, o time tricolor venceu o Guarani por 2x1 e assumiu a liderança da Série B 2017. Quem salvou o clube coral foi Ricardo Bueno, que marcou o gol da vitória em seu primeiro jogo com a camisa do time pernambucano.

O Santa Cruz começou melhor no jogo e abriu logo o placar. Aos quatro minutos, em boa jogada pela direita, Nininho cruzou para Halef Pitbull, que só fez empurrar para o gol. Após o tento, entretanto, os visitantes foram tentar o empate.

A pressão do Guarani foi aumentando, enquanto que os donos da casa buscavam boas jogadas em velocidade, tendo William Barbio do lado direito e Éverton Santos na esquerda. Porém, o Bugre não teve efetividade no primeiro tempo, deixando a meta de Júlio César intransponível.

Na segunda etapa, os times retornaram com a mesma postura. O Guarani, buscando a igualdade no marcador, pressionava, tendo maior posse de bola. Já o Santa esperava uma falha dos paulistas para deixar o placar mais tranquilo.

A saída de bola pela direita não funcionava mais, enquanto que na esquerda as jogadas saíam apenas quando Halef Pitbull voltava para “buscar jogo”. O Bugre cresceu, e foi cada vez mais cercando o time coral.

O Santa apresentava a mesma postura do segundo tempo em Criciúma, no sábado passado. Mais recuado, tentava de toda forma impedir as ações adversárias. Porém, os esforços do time de Vinícius Eutrópio foram momentaneamente em vão.

Aos 35 minutos da segunda etapa, Eliandro recebeu boa bola na área, trombou com Júlio César e completou para o gol, igualando o marcador. O tento foi o terceiro do atacante na Série B.

O Santa Cruz logo reagiu, e contou com a estrela de Ricardo Bueno, que estreava no lugar de Halef Pitbull. O atacante apareceu na área após cruzamento de Tiago Costa e cabeceou forte para o gol, dando números finais no confronto: 2x1.

Na próxima rodada, o time tricolor vai até Alagoas enfrentar o CRB, na terça-feira (23). O Guarani, por sua vez, entra em campo no mesmo dia, em casa, contra o Figueirense.

FICHA DE JOGO

SANTA CRUZ 2

Julio Cesar; Nininho, Anderson Salles, Bruno Silva e Tiago Costa; Elicarlos, David, Everton Santos, William Barbio (Thiago Primão) e André Luís (Roberto); Halef Pitbull (Ricardo Bueno). Técnico: Vinícius Eutrópio

GUARANI 1
Leandro Santos, Lenon, Diego Jussani, Genilson e Eron (Souza); Auremir, Evandro e Juninho (Caíque); Bruno Nazário, Claudinho (Edinho) e Eliandro. Técnico: Vadão

Local: Estádio do Arruda (Recife)
Horário: 16h30.
Árbitro: Daniel Nobre Bins (RS).
Assistentes: Elio Nepomuceno de Andrade Júnior e José Eduardo Calza (Ambos do RS).
Cartões amarelos: Auremir, Lenon (Guarani) / André Luís (Santa Cruz)
Cartões vermelhos: -
Gols: Halef Pitbull (Santa Cruz, 4’), Ricardo Bueno (Santa Cruz, 36'ST) / Eliandro (Guarani, 34'ST)
Público: 6.090 torcedores
Renda: R$ 52.870,00
Fonte: Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE