segunda-feira, 8 de julho de 2013

Piloto tinha pouca experiência em Boing 777


Asiana Airlines afirmou que era o primeiro pouso do piloto com a aeronave.
Avião sofreu acidente quando pousava em San Francisco; dois morreram.

Com informações do G1

Destroços do avião acidentado no aeroporto de San Francisco (Foto: AP)Destroços do avião acidentado no aeroporto de San Francisco (Foto: AP)
O piloto do avião da companhia sul-coreana Asiana Airlines que caiu em San Francisco, no sábado (6), estava fazendo seu primeiro pouso com um Boeing 777 no Aeroporto Internacional de San Francisco. As informações foram divulgadas pela empresa nesta segunda-feira (8).
De acordo com Lee Hyomin, porta-voz da empresa aérea, esta não era a primeira vez que ele voava para San Francisco. O piloto, Lee Kang-Gook, já voou de Seul para a cidade várias vezes entre 1999 e 2004 em outros modelos de aeronaves, segundo a agência de notícias Associated Press.
Lee Hyomin também afirmou piloto Lee Kang-Gook tinha cerca de 10 mil horas de voo de outros planos, mas teve apenas 43 horas no Boeing 777.
Investigadores de acidentes estão tentando determinar agora se o acidente foi provocado por erro do piloto, problemas mecânicos ou qualquer outra coisa.
O chefe do National Transportation Safety Board, órgão responsável pela segurança nos transportes, disse anteriormente que os pilotos estavam voando muito lentamente, enquanto se aproximavam do aeroporto e tentaram abortar o pouso.
Velocidade baixa
A velocidade do avião estava abaixo do ritmo normal no momento do pouso, que é de 137 nós, de acordo com a Reuters. Um alarme de "stall" foi ativado 4 segundos antes do impacto.
A presidente do NTSB afirmou ainda que os controladores aéreos não perceberam nenhum problema no voo até que a cauda do avião bateu na área de aproximação de uma passarela, próxima da pista de pouso.
As caixas-pretas do Boeing 777, com gravações da cabine do piloto e das informações do voo, foram recuperadas e enviadas a Washington para serem analisadas por técnicos. A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) também investiga o acidente.
A Asiana Airlines, empresa que operava o voo, disse neste domingo que especialistas coreanos em acidentes estavam a caminho de San Francisco para ajudar na apuração. A companhia praticamente descartou a possibilidade de ter ocorrido uma falha mecânica.
A Asiana disse não poder apontar se a culpa foi dos pilotos, afirma a Reuters. Ainda neste domingo (7), a presidente do NTSB disse que não há indicação de que houve atentado terrorista ou ato criminoso que justificasse o acidente. Ela, no entanto, pediu cautela. "Tudo ainda está sobre a mesa", disse.
Os pilotos devem ser ouvidos nos próximos dias. Também devem ser analisados os dados das caixas-pretas, equipamentos de radar e outras informações que ajudem a identificar a causa do acidente, disse Hersman à emissora de TV "CNN".
Fotos tiradas por sobreviventes mostraram passageiros correndo para longe do avião, após o acidente. Uma espessa fumaça subia da fuselagem, e imagens de TV mostraram mais tarde o avião sem parte da causa e semi-destruído.
Mapa (Foto: Arte/G1)
Instrumento desligado
Um instrumento do Aeroporto de San Francisco usado para ajudar pilotos na aproximação com a pista estava desativado na hora do acidente, disse a "CNN", atribuindo a informação a um boletim da Administração Federal de Aviação (FAA), entidade que fiscaliza o setor nos EUA.
Chamado de Instrumento de Sistema de Pouso (ILS, na sigla em inglês), o mecanismo está sendo analisado pelas equipes que investigam as causas do acidente. O ILS se integra com a cabine de comando do avião e ativa um sinal sonoro, emitindo alarme no caso de problema com a altura do voo, disse o consultor Mark Weiss à "CNN".
Weiss é piloto aposentado do mesmo modelo de avião que caiu em San Francisco, o Boeing 777. "Você escuta uma voz mecânica dizendo 'muito baixo, muito baixo'. É bom que funcione, mas não tem papel fundamental", afirmou. Outros sistemas na aeronave tem função similar ("redundante", nas palavras do piloto) que fornecem avisos se o avião está em altura muito baixa, disse o consultor, que afirma ter pousado aeronaves deste tipo "centenas de vezes".
"Há vários sistemas que auxiliam os pilotos" no voo e no pouso, disse Deborah Hersman, diretora do Comitê Nacional Pela Segurança no Transporte, em entrevista à "CNN".
Duas mortes
As pessoas mortas no acidente com o avião da empresa Asiana Airlines são duas estudantes chinesas de 16 anos e foram identificadas, informou a agência de notícias Associated Press. Ye Mengyuan e Wang Linjia estudavam em uma escola no leste da China. Dos 291 passageiros do avião, 141 eram chineses.
A companhia sul-coreana não acredita que o acidente foi causado por falha mecânica. No entanto, a empresa recusou-se a dizer que a culpa do acidente foi por um erro do piloto - a Asiana afirmou que os três capitães da aeronave foram treinados em conformidade com os regulamentos coreanos e tinham mais de 10 mil horas de vôo de experiência.
"Por enquanto, nós reconhecemos que não houve problemas causados ​​pelo avião ou pelos motores",  disse Yoon Young-doo, presidente e CEO da companhia aérea, em uma entrevista coletiva de imprensa neste domingo, na sede da empresa, informou a agência de notícias Reuters.
Carcaça do Boeing 777, da Asiana Airlines, que sofreu um acidente quando aterrisava no aerporto internacional de San Francisco, nos EUA, neste sábado (6). (Foto: Marcio Jose Sanchez/Associatede Press)Carcaça do Boeing 777, da Asiana Airlines, que sofreu um acidente quando aterrisava no aerporto internacional de San Francisco, nos EUA, no sábado (6) (Foto: Marcio Jose Sanchez/Associatede Press
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Tiroteio deixa mortos e feridos no Egito

Do G1.
Pessoas correm no Cairo para se esconder de um tiroteiro na madrugada de segunda-feira (8) (Foto: Khaled Mahmoud/ AFP)Pessoas correm para se esconder de um tiroteiro na madrugada de segunda-feira (8) no Cairo (Foto: Khaled Mahmoud/ AFP)
Os militares egípcios abriram 
Ao menos 42 partidários dfogo contra partidários do presidente deposto,Mohamed Morsi, e contra a Irmandade Muçulmana, matando ao menos 42 pessoas nesta segunda-feira (8).
Os partidários organizavam uma manifestação pacífica perto do prédio m ilitar onde acreditam que Morsi está alojado.
Mohammed Zanaty, um médico de um hospital de campanha improvisado, onde muitas das vítimas foram levadas, disse que mais de 300 pessoas ficaram feridas, segundo a agência de notícias Associated Press.
O Exército egípcio disse que "um grupo terrorista" tentou invadir o prédio. Um oficial do Exército foram mortos e 40 feridos, disse o militar.
Murad Ali, da irmandade Muçulmana, disse que o tiroteio começou no início da manhã, enquanto os islamitas organizavam uma manifestação pacífica fora do quartel da Guarda Republicana, informou a agência de notícias Reuters.
Os militares derrubaram Morsi na última quarta-feira (3) depois de manifestações em massa em todo o país lideradas por jovens ativistas que exigiam a sua demissão. A Irmandade denunciou a intervenção como um golpe de Estado e prometeu resistência pacífica contra as "autoridades usurpadoras".
O partido Nour islâmico ultra-conservador, que apoiou a ação militar, disse que tinha retirado das negociações para formar um novo governo interino, em protesto contra o que chamou de "massacre da Guarda Republicana", segundo a Reuters.
"Nós anunciamos nossa retirada de todas as faixas de negociações, como primeira resposta," disse Nader Bakar, porta-voz do segundo maior partido islâmico do Egito, no Facebook.

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domingo, 7 de julho de 2013

Coisa boa é namorar!!!

Sexualidade -  Direto ao ponto
Por Maria H. Vilela. 
Em todo lugar do mundo existem crenças ou dizeres mágicos que as pessoas aprendem com a intenção de encantar alguém a quem se deseja muito. Aqui no Brasil, as pessoas se apegam aos santos milagreiros. Santo Antônio é o mais procurado por todos.
São tantas as simpatias, correntes e rezas para ganhar o coração de alguém, que este santo tem de fazer hora extra no seu dia comemorativo – 13 de junho – para poder atender a tantos pedidos de namorados! E foi exatamente por causa dessa tradição que o dia dos namorados no Brasil é comemorado no dia 12 de junho, véspera de Santo Antônio, em vez de 14 de fevereiro, dia de São Valentim, como acontece em outros países.
Namorar é brincar de bem-me-quer
Namorar é quando estar com alguém é tão prazeroso que que dá uma vontade incontrolável de compartilhar tudo. Contar o dia a dia, os sonhos, projetos, desejos e sentimentos.
No namoro, a pessoa se sente desejada e importante, sonha acordada com as lembranças deliciosas e as coisas boas que se pode construir e viver juntos. Namorar é sorrir, chorar, brincar, brigar, mas, acima de tudo, querer-se. Tudo isso sem perder o que há de mais precioso numa relação: VOCÊ. O que coloca a autoestima e a autoconfiança em alta.
Mas como tudo na vida, nem só de flores vivem os enamorados. Quem namora de verdade, está sempre pronto para fazer um mimo à pessoa amada. Como se diz na minha terra, Maceió, fazer “os gostos da vontade”. E é aí que entra o nosso papel de educador. É fundamental para um relacionamento que os jovens entendam que este “gosto” é um desejo significativo de um dos parceiros que o outro realiza pelo puro prazer de agradar, mas sem ferir o seus valores pessoais. Não é para se violentar, como ocorre muitas vezes, principalmente com as garotas, na famosa prova de amor!
Vulnerabilidade
Outro momento importante em que o educador precisa estar atento é a vulnerabilidade dos enamorados à gravidez na adolescência e às DST/Aids. O conceito social que impera na nossa cultura de que “quem ama confia” é responsável pela dificuldade que os casais tem para negociar o uso da camisinha. Portanto, é fundamental trabalhar com os alunos o impacto dos valores nas condutas sexuais.
Para isso, eu desenvolvi, juntamente com a equipe de educadores do Instituto Kaplan, um jogo que pode ajudar muito o professor a trabalhar esta temática na sala de aula, o Valores em Jogo.
Composto de cartas, cartazes, cordões e pingentes, que tem como foco promover o empoderamento da mulher na prevenção de DST/HIV/Aids e gravidez na adolescência, o jogo apresenta situações referentes ao relacionamento afetivo-sexual, mitos, crenças, tabus e preconceitos nas quais cada jogador assume o papel dos personagens envolvidos (garota, namorado, amigos, familiares e professores) e dramatizam, de acordo com valores selecionados, para se posicionar em relação à diferentes situações. Acompanha o material o livro do educador, com textos que embasam e definem nossa referência metodológica. As informações sobre este material está em nosso site.
Bom trabalho!

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sábado, 6 de julho de 2013

Jogo pra babaca assistir: Botafogo e Fluminense em Pernambuco. Que porcaria !

Uma humilhação para os times de Pernambuco e do Nordeste. CBF, FIFA, e Imprensa  desmoralizam os governantes e o torcedor nordestino. Pernambuco tem times e torcida. Basta de alienação e imperialismo no futebol.




Arquivo
Retorno do campeão Fred é uma das maiores atrações do clássico que promete para logo mais
Chuta: Retorno do campeão Fred é uma das maiores atrações do clássico que promete para logo mais

Recife
Botafogo e Fluminense fazem o clássico carioca da sexta rodada do Campeonato Brasileiro amanhã (7), às 18h30. Como o Maracanã ainda está à disposição dos organizadores da Copa das Confederações e o Engenhão interditado por problemas em sua estrutura, os dois clubes optaram por tirar a partida do Rio e medirão forças na Arena Pernambuco, em Recife (PE).

A partida colocará frente a frente as duas melhores equipes do estado e que se encontrarão em um choque direto pela permanência no G-4, a zona de classificação para a Copa Libertadores. O Botafogo aparece com dez pontos, um a mais que o Tricolor. Os dois times revivem ainda a final da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca.



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O Brasil tem metade dos médicos que precisa

Conheça o retrato dramático da saúde pública no Brasil e saiba por que o programa do governo de importação de médicos pode ajudar a resolver esse flagelo

Paulo Moreira Leite e Izabelle Torres - ISTOÉ.
No início do ano, uma pesquisa do Ipea realizada com 2.773 frequentadores do SUS, o Sistema Único de Saúde, indicou que o principal problema de 58% dos brasileiros que procuram atendimento na rede pública é a falta de médicos. Num País com cerca de 400 mil médicos formados, no qual pouco mais de 300 mil exercem a profissão, nada menos que 700 municípios – ou 15% do total – não possuem um único profissional de saúde. Em outros 1,9 mil municípios, 3 mil candidatos a paciente disputam a atenção estatística de menos de um médico por pessoa – imagine por 30 segundos como pode ser a consulta dessas pessoas. Na segunda-feira 8, no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff assinará uma medida provisória e três editais para tentar dar um basta a essa situação dramática em que está envolta a saúde pública do País. Trata-se da criação do programa Mais Hospitais, Mais Médicos. Embora inclua ampliação de bolsas de estudo para recém-formados e mudanças na prioridade para cursos de especialização, com foco nas necessidades próprias da população menos assistida, o ponto forte do programa envolve uma decisão política drástica – a de trazer milhares de médicos estrangeiros, da Espanha, de Portugal e de Cuba, para preencher 9,5 mil vagas em aberto nas regiões mais pobres do País.
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LEITOS DESASSISTIDOS
Em 15% dos municípios brasileiros não é possível
encontrar um único profissional de saúde
Na última semana, ISTOÉ teve acesso aos bastidores do plano que pode revolucionar o SUS. Numa medida destinada a responder aos protestos que entidades médicas organizaram nas últimas semanas pelo País, o governo decidiu organizar a entrada dos médicos estrangeiros em duas etapas. Numa primeira fase, irá reservar as vagas disponíveis para médicos brasileiros. Numa segunda fase, irá oferecer os postos remanescentes a estrangeiros interessados. Conforme apurou ISTOÉ, universidades e centros de pesquisa serão chamados a auxiliar no exame e na integração dos médicos de fora. Não é só. Numa operação guardada em absoluto sigilo, o Ministério da Defesa também foi acionado para elaborar um plano de deslocamento e apoio aos profissionais – estrangeiros ou não – que irão trabalhar na Amazônia e outros pontos remotos do País, onde as instalações militares costumam funcionar como único ponto de referência do Estado brasileiro – inclusive para questões de saúde. O apoio militar prevê ainda um período de treinamento básico de selva com 24 dias de duração.
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CARÊNCIA
Famílias e regiões mais pobres sofrem mais com a falta de médicos
Uma primeira experiência, ocorrida no início do ano, é ilustrativa do que deve acontecer. Em busca de médicos para 13 mil postos abertos em pontos remotos de 2,9 mil prefeituras do país, mas reservados exclusivamente a brasileiros, o Ministério da Saúde mal conseguiu preencher 3 mil vagas, ainda que oferecesse uma remuneração relativamente convidativa para recém-formados, no valor R$ 8 mil mensais, o equivalente a um profissional de desempenho regular em estágio médio da carreira. Essa dificuldade se explica por várias razões. Poucas pessoas nascidas e criadas nos bairros de classe média das grandes cidades do País, origem de boa parte dos médicos brasileiros, têm disposição de abandonar amigos, família e todo um ambiente cultural para se embrenhar numa região desconhecida e inóspita. Isso vale não só para médicos, engenheiros, advogados, mas também para jornalistas.
O motivo essencial, contudo, reside numa regra econômica que regula boa parte da atividade humana, inclusive aquela que define chances e oportunidades para profissionais de saúde – a lei da oferta e a procura. Em função da elevação da renda da população e também de uma demografia que transformou o envelhecimento numa realidade urgente, nos últimos dez anos assistiu-se a uma evolução curiosa no universo da saúde brasileira. Formou-se a demanda por 146 mil novos médicos, no Brasil inteiro, mas nossas universidades só conseguiram produzir dois terços dessa quantia, deixando um déficit de 54 mil doutores ao fim de uma década. Num sintoma desse processo, os vencimentos dos médicos brasileiros ocupam, hoje, o primeiro lugar na remuneração de profissionais liberais, superando engenheiros e mesmo advogados.
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Nos hospitais e nos órgãos públicos, há diversos relatos dramáticos que envolvem a dificuldade para se contratar médicos, mas poucos se comparam à situação enfrentada por Henrique Prata, gestor do Hospital do Câncer de Barretos, uma das mais respeitadas instituições do País na especialidade. Nem oferecendo um respeitável salário de R$ 30 mil para seis profissionais que seriam enviados a Porto Velho, em Rondônia, ele conseguiu os especialistas que procurava. Henrique Prata explica: “Há cerca de dois anos venho notando a falta de médicos no Brasil. Hoje, oferecemos salário inicial de R$ 18 mil por oito horas diárias de trabalho, mas não conseguimos gente para trabalhar. Está mais fácil achar ouro do que médico.”
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DIAGNÓSTICO
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha:
"Temos dois problemas. Faltam médicos
e muitos estão no lugar errado"
Num ambiente onde carências se multiplicam, as famílias e regiões mais pobres sofrem mais – o que torna razoável, do ponto de vista da população, trazer profissionais estrangeiros para compensar a diferença. Até porque emprego de profissionais estrangeiros é, na medicina de hoje, um recurso comum em vários países. Na Inglaterra, 37% dos médicos se formaram no Exterior. No Canadá, esse número chega a 22% e, na Austrália, a 17%. No Brasil, o índice atual é de 1,79%. Se considerarmos somente os países em processo de desenvolvimento e subdesenvolvidos, a média nacional de 1,8 médico por mil habitantes já é considerada uma média baixa. A Argentina registra 3,2, o México 2 e a Venezuela de Hugo Chávez 1,9. Se a comparação é feita com países desenvolvidos, a nossa média cai vertiginosamente. A Alemanha, por exemplo, possui 3,6 médicos por mil habitantes. Ou seja, o Brasil tem cerca de metade dos médicos que uma nação civilizada necessita. Independentemente da polêmica que envolve a vinda de médicos estrangeiros, o fato é que faltam profissionais de saúde no País. Como tantos problemas que o Brasil acumula ao longo de sua história, a desigualdade regional tem reflexos diretos na saúde das pessoas. Com 3,4 médicos por mil habitantes, o Distrito Federal e o Rio de Janeiro têm um padrão quase igual ao de países desenvolvidos. São Paulo (com 2,4) também tem uma boa colocação. Mas 22 Estados brasileiros estão abaixo da média nacional e, em alguns deles, vive-se uma condição especialmente dramática. No Maranhão, o número é 0,58 por mil. No Amapá é 0,76. No Pará, cujo índice é de 0,77, 20 cidades não têm um único médico e outras 30 têm apenas um. “Muitas pessoas acreditam que o Brasil até que tem um bom número de médicos e que o único problema é que eles estariam no lugar errado”, observa o ministro Alexandre Padilha, da Saúde, que, como médico, passou boa parte da carreira no atendimento à população carente do Pará. “Temos os dois problemas. Faltam médicos e muitos estão no lugar errado.”
O empenho do governo com o projeto se explica por um conjunto de motivos compreensíveis. Um deles é a oportunidade. A crise europeia levou a cortes imensos no serviço público do Velho Mundo, jogando no desemprego profissionais de países que, como a Espanha, se interessam pela remuneração que o governo brasileiro pode pagar. Em Portugal, o movimento é duplo. Médicos portugueses se interessam por empregos fora do País, enquanto os estrangeiros, especialmente cubanos, se tornaram interessantes para o governo, pois são mais baratos.
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Com uma média altíssima de médicos por habitante (6,7 por mil), o governo de Havana tem uma longa experiência de exportação de seus profissionais, inclusive para o Brasil. Por autorização do ministro da Saúde José Serra, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, médicos cubanos foram autorizados a atender a população brasileira em vários pontos do País. Em 2005, quando a autorização de permanência dos cubanos no Estado de Tocantins se encerrou, uma parcela da população chegou a correr até o aeroporto para impedir que eles fossem embora. Em Niterói (RJ), sua presença chegou a ser apontada como um fator importante para a redução de filas nos hospitais públicos. O prestígio dos cubanos nasceu de um encontro que une o útil ao agradável. O País tem uma medicina voltada para o atendimento básico – aquele que resolve 80% dos problemas que chegam a um consultório –, embora seja menos avançado em áreas mais complexas. Do ponto de vista dos profissionais da Ilha, a vantagem também é econômica. O salário que recebem fora do País é compensador em relação aos vencimentos em Cuba e inclui uma poupança compulsória. Eles são autorizados a deixar seu País com a condição de embolsar metade dos vencimentos no Exterior – e só receber a outra parcela, acumulada numa conta especial, quando fazem a viagem de volta. Autor de um convênio que trocava petróleo por médicos, o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez construiu boa parte de sua popularidade com postos de saúde nas favelas de Caracas, administrados por profissionais cubanos. O efeito eleitoral óbvio da iniciativa não anulava o benefício real da população. No levantamento de uma década, encerrado em 2006, dados da Organização Mundial de Saúde registraram quedas importantes na mortalidade infantil da Venezuela. Os casos de morte por diarreia caíram de 83 para 30 por 100 mil crianças. Os de pneumonia foram reduzidos de 30 para 16 por 100 mil.
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Ferida em sua popularidade quando faltam 16 meses para a eleição presidencial, na qual perdeu a condição de concorrente imbatível, Dilma Rousseff enfrenta a necessidade de construir uma marca própria para tentar a reeleição, pois agora o eleitor vai julgar seu desempenho, e não mais o mandato de Lula, como em 2010. Com a economia em marcha lenta e várias armadilhas nacionais e internacionais no meio do caminho, o esforço para exibir um ambiente de melhora na área de saúde pode ajudar na reconstrução política da presidenta. Com um certo otimismo, analistas simpáticos ao governo chegam a sugerir que, se for bem-sucedido, o plano Mais Médicos pode servir como alavanca para Dilma num movimento semelhante ao que o Bolsa Família representou para a reeleição de Lula, um candidato que teve o governo alvejado pelas denúncias do mensalão em 2005, mas acabou vitorioso em 2006.
A experiência ensina, contudo, que nenhuma receita eleitoral pode funcionar se não trouxer melhorias verdadeiras aos diretamente interessados. Se o Bolsa Família colocou vários bens de primeira necessidade à mesa, o Mais Médicos terá de mostrar eficiência em sua área. E aí podem surgir problemas. O governo terá 90 dias para aprovar a Medida Provisória num Congresso ressabiado diante de determinadas iniciativas do Planalto – como o plebiscito – e vários episódios hostis. Embora nenhuma passeata recente tivesse exibido uma faixa pedindo mais médicos, o que seria até inusitado, a demanda por melhores serviços de saúde dá espaço à iniciativa do governo. Ainda assim, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se diz desconfiado. “Nossa ideia é dar respostas às demandas das ruas. Vamos avaliar quais são as exigências e o que pode ser feito. Não vamos desconversar e mudar o foco dessas demandas”, diz.
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REFORÇO MILITAR
O Exército foi acionado para elaborar um plano
de deslocamento e apoio aos médicos
Outra questão, até mais relevante, envolve a oposição das entidades médicas. Num esforço evidente para proteger o mercado de trabalho, elas têm combatido o programa onde podem. Foi por sua iniciativa que o governo de Tocantins, em 2005, foi obrigado a interromper o trabalho dos médicos cubanos. As associações médicas conseguiram uma sentença, na Justiça, que anulou o acordo a partir da constatação de que eles não haviam revalidado seu diploma no país e não poderiam exercer a profissão no Brasil. O mesmo argumento é colocado agora. Informados de que o governo brasileiro pretende aprovar – ou rejeitar – os candidatos a partir de seu histórico escolar e da faculdade que lhes deu o diploma, sem fazer o exame de revalidação, chamado Revalida, os médicos reagem. “A isenção da prova é um absurdo. Em vez de criar estrutura em hospitais e postos e de transformar a carreira médica em uma carreira de Estado, o governo inventou uma manobra política para fazer de conta que o problema do Brasil é a falta de médicos. Na verdade, a crise é de gestão, de dinheiro muito mal aplicado. Não faltam médicos, falta estrutura mínima para que eles trabalhem na rede pública”, diz o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto D’Avila.
GASTOS EVITÁVEIS
Gasta-se muito no País com o tratamento das complicações de
doenças que deveriam 
ser controladas no atendimento básico de saúde,
mas não o são Em 2012, por exemplo, o governo gastou R$ 3,6 bilhões apenas
com o tratamento de complicações associadas ao sobrepeso e à obesidade.
Entre elas, diabetes tipo 2, diversos tipos de câncer (pâncreas, colorretal,
endométrio e mama) e doenças cardiovasculares
O Ministério da Saúde alega que, se aplicasse o Revalida, não poderia impedir os médicos estrangeiros de trabalhar em qualquer ponto do País – em vez de mantê-los, sob contrato de três anos, em pontos distantes do país. O debate, nessa questão, pode nunca terminar. É legítimo, como sugerem as entidades médicas, observar que o governo procura um atalho para não submeter os estrangeiros ao exame Revalida, duríssimo, que, em sua última versão, aprovou menos de 9% dos candidatos e, na penúltima, 12%. Mas também é legítimo procurar assistir imediatamente uma população que não tem direito a nenhum médico para zelar por sua saúde. Quem diz isso é Hans Kluge, diretor da Divisão dos Sistemas de Saúde Pública da Organização Mundial de Saúde. Entrevistado pela BBC Brasil, Kluge disse que a vinda de estrangeiros não é nenhuma opção milagrosa, mas pode ser útil a curto prazo.
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Embora os médicos sejam personagens centrais no sistema de saúde de um País, o debate sobre o atendimento tem um caráter político. Interessa a toda a população, que irá arcar com cada centavo do programa – orçado em R$ 7, 4 bilhões – com o dinheiro de seus impostos. Desse ângulo, como sabe qualquer pessoa que já sofreu um acidente de automóvel, um enfarto dentro de um avião ou enfrentou imprevistos semelhantes, ninguém pergunta pelo diploma de um médico que estiver por perto. Apenas agradece por sua presença única. São pessoas nessa situação que podem ser beneficiadas pelos médicos estrangeiros.
Com reportagem de Nathalia Ziemkiewicz 
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Sport bate o JEC pela Série B.

Atacante Lima chegou a marcar dois e virar maior artilheiro da história do Tricolor, mas não garantiu vitória


JEC perde em casa para o Sport pela Série B do Brasileiro Rodrigo Philipps/Agência RBS
Foto: Rodrigo Philipps / Agência RBS
O JEC perdeu em casa para o Sport por 2 a 3 pela Série B do Brasileirão. A partida aconteceu neste sábado na Arena Joinville. 

> > > GALERIA DE FOTOS: veja mais imagens da partida < < <

O Joinville perdeu o Carlos Alberto logo no começo de jogo e Eduardo, fora dos jogos pelo Tricolor por uma lesão no ombro, pode fazer seu retorno. Mas ao invés de comemorar, o torcedor Tricolor lamentou o gol de Camilo, numa falha de reposição de bola, que deixou o time visitante na frente do placar. 

O Tricolor tentou se recuperar no marcador, mas não conseguiu e o primeiro tempo terminou com JEC 0 x 1 Sport.

No segundo tempo o JEC voltou com vontade de ficar na frente no placar, mas foi o Sport que ampliou o placar com Marcos Aurélio, aos cinco minutos. Logo após Lima se tornou o maior artilheiro da história do Joinville, fazendo o primeiro do Tricolor na partida e o 131º dele pelo time.

Na pressão o Tricolor ainda conseguiu um pênalti, aos 29 e incendiou a torcida na Arena. Lima cobrou e marcou, deixando tudo igual no marcador. O Tricolor foi pra cima mas foi o Sport que voltou a ficar na frente do placar, com Renan. 
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Aids: Brasil testará tratamento preventivo contra o HIV


Pesquisadores darão remédios para homens com alto risco de infecção

Vírus HIV
Vírus HIV: A partir de agosto, pesquisadores brasileiros vão recrutar 500 homens para testar tratamento preventivo(Thinkstock)
O uso de medicamentos antirretrovirais para prevenir a infecção por HIV — a chamada terapia pré-exposição — será testado no Brasil. Um estudo coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz, com participação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e do Centro de Referência e Treinamento DST-Aids, da Secretaria de Saúde de São Paulo, acompanhará, durante um ano, 500 voluntários homens que fazem sexo com homens e travestis.
Os antirretrovirais são medicamentos usados para controlar a infecção pelo HIV em pessoas contaminadas. A combinação desses medicamentos é dada a pessoas logo após o contato com o vírus para tentar evitar que a infecção aconteça. A ideia de uma terapia preventiva contra o HIV é orientar os indivíduos com alto risco de contaminação a tomar antirretrovirais diariamente. Assim, caso haja o contato com o vírus da aids, as drogas conseguem suprimi-lo.
A eficácia da profilaxia antes da exposição ao HIV já foi comprovada por vários estudos. Um deles teve participação de pesquisadores da Fiocruz, Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidade de São Paulo. Segundo os trabalhos, grupos que seguiram a terapia não se infectaram com o HIV.
“O nosso estudo avaliará como colocar em prática essa estratégia: a melhor forma de acompanhar a população que usa o medicamento, como preparar as equipes de saúde”, diz Beatriz Grinsztejn, coordenadora da pesquisa. Os resultados podem ajudar a dar mais elementos para o governo avaliar a adoção da terapia preventiva no país.
O recrutamento dos voluntários começará em agosto. Cartazes com “Um comprimido por dia pode prevenir HIV/Aids” serão espalhados por locais frequentados pela comunidade gay. O medicamento usado, uma combinação de antirretrovirais, não é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). veja.com
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As rebeldias, as interpretações, os sentimentos

Ninguém desconhece que o tempo histórico é complexo. Não adiantar querer revelar suas andanças de forma completa. Há, sempre, dúvidas. Exigimos transparências, mas é quase impossível alcançá-las. Isso não invalida as lutas intelectuais, nem promove a excelência do silêncio. Os incômodos provocam ruídos, não é novidade pós-moderna. As ruas ficam cheias de pessoas que reivindicam qualidade de vida. Buscam-se análises, há conflitos nas interpretações, porém não se deve monopolizar teorias e consolidar esquemas de compreensão. O debate é saudável, possui escorregões, aproxima diferenças, mostra a importância da diversidade.
Os recentes acontecimentos trouxeram surpresas. Não apresentavam linearidades, explodiam insatisfações, denunciavam impossibilidades, mobilizavam angústias, fortaleciam coragens, expressavam vazios. Quando as interrogações se adensam muitos visitam o passado buscando decifrações. Todos os movimentos lembram alguma coisa. Eles perturbam sentimentos, reinauguram práticas, ajudam a reconhecer as armadilhas das convivências. O capitalismo está no pedaço, incentivando consumo, sobrevivendo , apesar, de desacertos. Não é mesmo do século passado, portanto consolida outras alternativas e formaliza especializações sofisticadas. Não é bom esquecer o mundo e suas explorações frequentes. O cotidiano não é, apenas, um conceito charmoso.
A ida às ruas foi um voo no trapézio. Muitas coisas represadas, muitos desgoverno cínicos, muita gente nas margens, com saídas trancadas e a política tradicional fertilizando um pragmatismo  avassalador. Sustos e riscos animaram os movimentos. Os defensores da letargia ficaram perplexos. Quebrar continuidades faz parte da história e da cultura. Se a mesmice tivesse soberania permanente não haveria lugares para os sonhos e os prazeres. Cultuar sofrimentos desmancha energias, adoece, desmantela a criação. Não custa insistir que mudanças e permanências trocam experiências. As agitações recentes têm seus espelhos. As memórias não morrem, esticam-se, recompõem-se.
Quantas reclamações  contra comportamentos mesquinhos dos governantes não acenam para épocas que lutavam para assegurar os diretos básicos da democracia? Há conversas com o passado. As luzes e as sombras possuem moradias múltiplas. Interpretar a história é, sobretudo, não negar os sentimentos, as dúvidas, as desconfianças. Temos que observar os entrelaçamentos e os excessos que ameaçam a sociabilidade. A existência da chamada revolução tecnológica, porém, acende a velocidade das inquietações. Há pressas. Nem todos acreditam em calmarias ou em reflexões profundas. Procuram-se soluções que não adormeçam nas gavetas burocráticas.No fluir dos protestos, urgências foram apontadas, violências atravessaram dubiedades, os discursos se esmigalharam, conspirações se refizeram. A política exige, contudo, negociação, abertura.
Ressurgiram rebeldias intolerantes com os pactos políticos e as promessas tardias. Medos e desafios mostravam que há ressentimentos antigos e desconhecidos. A felicidade carece de uma definição que a esgote (!), porém viver num mundo de desigualdades é cruel. Olhar o que se passa, com indiferença, é negar o vaivém que redefine as histórias. Elas necessitam de narrativas. Os cenários não se completam como um desenho acadêmico. As verdades se misturam com as interpretações, podem ressuscitar dogmas autoritários.  As ruas das rebeldias são vizinhas das encruzilhadas? Estamos assombrados com o inusitado, sem saber como significá-lo? Difícil é o dom da sabedoria. A sociedade nunca se construiu sem limites. É importante discuti-los, sem o fantasma da salvação final. De:astucia deulisses

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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Grande encontro de jovens em Umari, neste sábado





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Moradores do Leblon, Rio de Janeiro, pedem para que o prefeito Sérgio Cabral, deixe o bairro

Sensacional ! Documento foi distribuído antes da confusão que aconteceu na quinta (4).
Vizinhos querem que o governador vá para o Palácio Laranjeiras.

Priscilla SouzaCom informações do G1.

Abaixo-assinado pede que Cabral deixe o Leblon (Foto: Reprodução)Abaixo-assinado pede que Cabral deixe o Leblon
(Foto: Reprodução)
Moradores do Leblon, na Zona Sul do Rio, organizaram um abaixo-assinado pedindo que o governador Sérgio Cabral deixe o bairro. O documento foi elaborado e distribuído, na quarta-feira (3), antes do confronto nesta quinta (4), aos moradores dos prédios da Rua Aristídes Espínola, onde o governador mora, e de prédios dos dois quarteirões próximos.
No texto, a psicóloga Cynthia Clark, moradora do prédio vizinho ao de Cabral, parecia prever a confusão ao dizer "tememos que as manifestações, até agora pacíficas, se tornem violentas e, caso haja confronto entre manifestantes e policiais ainda tenhamos que conviver com tiros, balas de borracha e gás lacrimogêneo". O protesto realizado na noite desta quinta-feira começou pacífico e terminou em confusão. A Polícia Militar alega que foi atacada com pedras pelos manifestantes, enquanto uma das líderes do grupo "Ocupa Cabral", Luiza Dreyer, negou o ataque e afirmou que a PM agiu com truculência.
Em entrevista ao G1, Cynthia Clark defendeu os manifestantes que acamparam durante mais de uma semana na esquina da rua, e foram retirados pela PM do local na madrugada de terça (2), e disse que é a favor dos protestos pacíficos.
"A grande maioria [dos moradores] é favoravel às manifestações pacíficas. Aquele grupo que acampou aqui durante uma semana era um grupo ótimo. Sempre ia lá conversar com eles. A manifestação de moradores da Rocinha e do Vidigal também foi uma maravilha", disse.
Moradora há quase 20 anos do bairro, Cynthia disse, no entanto, que a presença de forte aparato policial na rua e o aumento na frequência das manifestações na rua causam transtornos aos moradores. "Essas passeatas sempre existiram, mas agora estão com maior frequência em todo o país. A minha previsão [de confusão] no abaixo-assinado se concretizou até mais cedo do que eu imaginava".
'Que ele vá para o Palácio', diz moradora
O documento diz que as mudanças na região começaram a partir de 2007, no primeiro mandato do governador Sérgio Cabral. "Desde então convivemos todos os dias com pelo menos duas 'patrulhinhas' estacionadas na rua (algumas vezes sobre a calçada), inúmeros carros de segurança com seus ocupantes (...)".
Por fim, os moradores, que estão recolhendo assinaturas no documento, pedem que o governador deixe o bairro. "Acreditamos que só há uma solução (...) o senhor deixar de confundir sua vida privada com sua vida pública, e passar a morar no lugar destinado a ser moradia do governador do Estado do Rio de Janeiro: o Palácio Laranjeiras".
A moradora Cynthia Clark considera que a permanência do governador no Leblon representa, inclusive, gasto extra ao estado. "Acho que é um capricho dele querer morar aqui, e ainda um gasto em dobro porque [o governo] tem que manter o Palácio Laranjeiras, além de manter o aparato de segurança aqui [Leblon], além do aparato para que ele se locomova. É um gasto substancial", disse a psicóloga, acrescentando que alguns moradores se recusaram a assinar o documento por medo.
A artista plástica Vânia Castilho, de 74 anos, que mora na mesma rua, assinou o documento por considerar que a situação ficou insustentável, mas frisou ser a favor dos protestos.
"Desde de que ele veio para cá, nossa vida mudou. Ontem [quinta-feira] todo mundo ficou apavorado. Eu sou favor da manifestação, não sou a favor é da agressão. Acho que não é o pessoal das passeatas que está fazendo isso. É outro grupo que aproveita a oporunidade para fazer vandalismo. Mas os protestos têm que continuar. Se o povo não fizer nada, onde vamos parar? Eu mesma, se fosse mais jovem, estaria lá também", disse Vânia, que mora na Rua Aristides Espínola há 48 anos.
O governador Sérgio Cabral disse, por meio de nota nesta sexta-feira, que a PM agiu corretamente e lamentou que entre os manifestantes "tivesse gente jogando pedra com interesse de conflito".
Manifestantes atearam fogo em objetos na Avenida Delfim Moreira (Foto: Luís Bulcão/G1)Manifestantes atearam fogo em objetos na Avenida Delfim Moreira (Foto: Luís Bulcão/G1)
Moradores mudam a rotina
A presidente da Associação de Moradores do Leblon, Evelyn Rosenzweig, diz que as manifestações estão prejudicando o bairro e defende que sejam realizadas no Palácio Guanabara, sede do governo estadual.
"Eu não sou contra manifestação nenhuma, a gente precisa reivindicar e parece que eles [governantes] só ouvem no grito. Isso está atrapalhando a vida dos moradores. Está incomodando um bairro inteiro, não é só uma rua. Só acho que o lugar ideal para a manifestação não é ali [Leblon]", disse Evelyn.
Os protestos têm mudado a vida de quem mora ou trabalha na região. "A gente fica receoso. O povo tem que lutar sim pelos seus direitos. Mas como, às vezes, a manifestação fica perigosa, eu até saio do trabalho mais cedo para evitar qualquer tipo de problema", disse o segurança Sidnei Oliveira, de 36 anos.
Também moradora da mesma rua que Sidnei, a turismóloga Renata Vieira, de 31 anos, é igualmente a favor dos protestos, mas confessou que prefere não passar pela via onde mora o governador.
"Um caminho alternativo é melhor, uma vez que eu sei que pode ter uma confusão a qualquer momento. O povo tem que continuar a lutar pelos nossos direitos. Os governantes querem fazer do jeito deles, mas nós não podemos deixar", explicou.

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Umari realiza Corrida de Jericos



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