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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

STF decide hoje se Janot pode denunciar Temer: entenda o que está em jogo

Michel Temer caminha à frente de Rodrigo Janot
Image captionAcusações da defesa de Temer contra o procurador-geral ganharam novo fôlego na semana passada | Foto: Agência Brasil
Depois de quatro anos no papel de acusador, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, conclui seu mandato à frente do Ministério Público Federal nesta semana tendo que se defender.
Nesta quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) se reúne para decidir se Janot é suspeito para investigar o presidente Michel Temer e se deve ficar impedido de apresentar nova denúncia contra ele, até que sejam concluídas as investigações sobre supostas ilegalidades na condução do acordo de delação premiada fechado com executivos da JBS.
As acusações da defesa de Temer contra o procurador-geral ganharam novo fôlego após a divulgação na semana passada de um "autogrampo" entre Joesley Batista, dono da JBS, e Ricardo Saud, um dos diretores do grupo. Na conversa, há indícios de que a delação premiada teria sido discutida com a PGR, por meio do ex-procurador da República Marcello Miller, antes mesmo da gravação da conversa entre Batista e Temer, o que seria ilegal.
Em reação, Janot disse na terça que "tantos são os fatos e tão escancaradamente comprovados, que a estratégia de defesa não pode ser outra senão tentar desconstituir, desacreditar a figura das pessoas encarregadas do combate à corrupção".
Entenda o que pesa contra Janot e quais podem ser as consequências do julgamento para a esperada segunda denúncia contra Temer.
1) Possível ilegalidade do acordo de delação
A acusação mais grave contra Janot, levantada pela defesa de Temer, é que ele teria conhecimento de negociações dentro da PGR para acordo de delação com a JBS mesmo antes dos executivos do grupo gravarem autoridades, entre elas o presidente, no dia 17 de março.
Isso seria ilegal porque a procuradoria só pode realizar esse tipo de gravação com autorização do Supremo. Dessa forma, se ficar provado que a gravação foi realizada sob orientação da PGR, ela representaria um "flagrante forjado", nota o jurista Ives Gandra.
No pedido ao STF, o advogado de Temer, Antônio Claudio Mariz de Oliveira, sustenta que a conversa gravada acidentalmente entre Batista e Saud indica que Janot sabia "de uma relação" entre Miller e os delatores, "na qual houve uma negociação informal do acordo de delação tempos antes do início das tratativas oficiais".
STF durante julgamento
Image captionO Supremo Tribunal Federal se reúne nesta quarta-feira | Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF
Miller chegou a integrar a defesa do grupo JBS logo após deixar o Ministério Público Federal, mas depois acabou demitido do escritório Trench Rossi Watanabe e agora é investigado por supostas interferência indevida no acordo de delação.
Além das acusações envolvendo a atuação de Miller, Mariz cita também o depoimento prestado por outro delator da JBS, Francisco de Assis e Silva, para sustentar que Janot já sabia das tratativas para um acordo de colaboração com a JBS. Nesse depoimento, Assis afirma ter ligado para o procurador da República Anselmo Lopes em 19 de fevereiro, avisando que Batista queria se tornar delator.
"Contudo, se o citado acordo de colaboração premiada somente foi assinado em 03 de maio de 2017, restou evidente, portanto, que o I. (Ilustríssimo) Procurador-Geral da República previamente sabia da intenção dos alcaguetes e os aconselhou, por si e por seus assessores, sobre como agir, inclusive sobre a clandestina gravação do Sr. Presidente da República por Joesley Batista no Palácio do Jaburu", argumenta o advogado, na questão de ordem apresentada ao STF na semana passada.
Janot nega que tivesse conhecimento da atuação de Miller e instaurou uma investigação contra ele. "O Ministério Público Federal atuou na mais absoluta boa fé para a celebração desse acordo. Se ficar provada qualquer ilicitude, o acordo de delação será rescindido. Eventual rescisão do acordo não invalida as provas até então oferecidas", disse o procurador-geral, na semana passada, quando veio à tona o "autogrampo".
2) Acusações de suspeição
Rodrigo Janot
Image captionO procurador-geral da República, Rodrigo Janot, conclui seu mandato nesta semana tendo que se defender | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O pedido se suspeição, apresentado em agosto, já citava a atuação "conflitante de Miller" para desacreditar atuação de Janot. Além disso, Mariz argumenta que o "açodamento" na condução da delação da JBS também seria indício da "ausência de imparcialidade" de Janot, ao por exemplo usar como prova contra o presidente a gravação de sua conversa com Batista sem realização de uma perícia.
Outro elemento que na visão da defesa indicaria suspeição do procurador-geral seria a decisão de "fatiar" as denúncias contra Temer em vez de apresentar uma única peça de acusação.
O ministro Edson Fachin chegou a recusar individualmente o pedido de Mariz, que agora recorre ao plenário do Supremo. O relator da Lava Jato no STF considerou que Janot tem "independência funcional" para formular acusações e que o fatiamento das denúncias não poderia ser motivo para suspeição "na medida em que cada apuração é marcada por amadurecimento em lapso temporal próprio".
3) Possíveis impactos do julgamento
Para juristas ouvidos pela BBC Brasil, é improvável que o STF aceite o pedido de suspeição contra Janot, ainda mais considerando que faltam poucos dias para que ele passe o cargo para sua sucessora, Raquel Dodge. Ela toma posse na segunda-feira.
"Acima da questão individual, você tem uma questão institucional-política. Acho difícil (o STF) abrir um precedente para que os réus julguem os procuradores suspeitos. Mesmo porque a função deles é suspeitar e investigar as pessoas", afirma Joaquim Falcão, Diretor da FGV Direito Rio.
Na sua avaliação, o fato de as investigações sobre a delação da JBS ainda estarem em curso também dificulta decisões do Supremo contra Janot.
"Um procurador-geral em fim de mandato, que atuou em casos polêmicos, fatos não claros (sobre o acordo de delação): é (uma discussão) muito além de uma questão pessoal, é uma questão institucional, e acredito que isso vai ser considerado", acrescentou.
Chuva na Praça dos Três Poderes
Image captionSupremo só poderá avaliar a abertura de processo contra o presidente se for autorizado por ampla maioria na Câmara | Foto: Agência Brasil
O advogado e professor de direito penal da USP Gustavo Badaró também não acredita que o STF vá declarar Janot suspeito, já que a Corte não tem jurisprudência de acatar pedidos como esse.
Quanto à solicitação para suspender a possibilidade do procurador-geral apresentar denúncias até o fim das investigações, Badaró diz que se trata de um pedido inédito. "Eu não conheço que o Supremo tenha um precedente que trate de uma cautelar (decisão dada em situação urgente) para impedir provisoriamente que alguém pratique um ato. Com isso ele (o advogado de Temer) tira um pouco o foco de uma questão jurídica e acho que joga a questão num patamar mais político", observa.
Mesmo que o STF decida em favor de Janot, no entanto, a tendência é que o julgamento abra espaço para os ministros discutirem a legalidade da delação da JBS, gerando desgaste para o procurador-geral. O ministro Gilmar Mendes tem sido especialmente crítico e deve estimular o debate, acredita Badaró.
Se não ficar impedido de apresentar uma nova denúncia, espera-se que Janot use a delação de Lúcio Funaro, tido como operador de propina do PMDB, para reforçar as acusações contra o presidente levantadas ne delação da JBS.
O presidente Michel Temer
Image caption'A defesa de Temer na Câmara hoje tem artilharia reforçada. O Janot de agora não é o Janot da primeira denúncia, ele está mais fragilizado', avalia Gustavo Badaró | Foto: Marcos Corrêa/PR
A expectativa é que a denúncia acuse Temer de obstrução de justiça, por supostamente ter estimulado a tentativa de compra do silêncio de Funaro e do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, e de formação de quadrilha, supostamente por operar amplo esquema de obtenção de propinas junto com parlamentares peemedebistas.
Se isso se confirmar, o Supremo só poderá avaliar a abertura de um processo contra o presidente se for autorizado por ampla maioria da Câmara. No início de agosto, os deputados rejeitaram o andamento da primeira denúncia, que acusava Temer de corrupção passiva.
"A defesa de Temer na Câmara hoje tem artilharia reforçada. O Janot de agora não é o Janot da primeira denúncia, ele está mais fragilizado", avalia Badaró.
"Ele entra fragilizado para fazer a denúncia se não tiver toda a apuração (sobre supostas ilegalidades da delação da JBS) concluída. Isso facilita a rejeição pela Câmara", acredita também Ives Gandra.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 12 de setembro de 2017

Jornal da Cultura | 12/09/2017 CRISE Política. Assista ao VIVO aqui em Leia Mais


Ministro do Supremo, Luis Roberto Barroso autoriza inquérito para investigar o presidente Michel Temer por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro no decreto dos portos. Além disso, líder da tropa de choque do Planalto, Deputado Carlos Marun, assume a relatoria da CPI da JBS. Na bancada, Marco Antonio Villa e Airton Soares.


Professor Edgar Bom Jardim - PE

STF AUTORIZA ABERTURA DE INQUÉRITO CONTRA TEMER E ROCHA LOURES

PF aponta “organização criminosa” envolvendo Temer e peemedebistas
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, autorizou a abertura de um inquérito para investigar o atual presidente Michel Temer e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) pelos supostos crimes de corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro.
Segundo informações do jornal O Estado de S.Paulo, a Polícia Federal afirma que o presidente recebeu R$ 31,5 milhões de ‘vantagem indevida’.
Fonte: Diário de Pernambuco/ O Estado de São Paulo
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Parada da Diversidade espera reunir 500 mil pessoas em Boa Viagem

Tayara, Valesca, Karol, Gloria, Ju e Romero estão entre os shows confirmados nos trios e no palco do evento
Tayara, Valesca, Karol, Gloria, Ju e Romero estão entre os shows confirmados nos trios e no palco do evento

A 16ª edição da Parada da Diversidade de Pernambuco que será realizada neste domingo, 17 de setembro, espera reunir 500 mil pessoas. Esta é a expectativa de Rivânia Rodrigues, coordenadora do colegiado de Lésbicas do Fórum LGBT de Pernambuco, que coordena o evento. O lançamento oficial do evento aconteceu na manhã desta terça-feira, na Assembleia Legislativa do Estado.

Na ocasião, foram apresentadas as atrações confirmadas: Valesca Popuzuda, Karol Konka, Romero Ferro e Lorena Simpson, que estarão entre os 10 trios elétricos que irão desfilar a partir do meio-dia pela Avenida Boa Viagem, do Parque Dona Lindu até o 1º Jardim. No trio da Boate Metrópole, apresentam-se a diva do brega recifense Tayara Andreza, a drag Gloria Groove e o DJ paulista Paulo Pringles. No palco principal, no Dona Lindu, irá se apresentar a sambista Ju Moraes. A concentração está prevista para as 9h. 

Com o tema "Por cidades diversas, nenhum direito a menos!", numa alusão à busca por espaços públicos mais inclusivos e sem homofobia, o evento fará uma a homenagem à artista performática pernambucana Sharlene Esse.

O evento faz parte da programação do Setembro da Diversidade, que envolve debates com participação do Ministério Público, Centro de Combate à homofobia, a parada LGBT de Nova Descoberta e, no dia 24 de setembro, a 9ª edição da Parada LGBT do Recife, com dois trios e a Frevioca. Este ano, o mês dedicado às causas LGBT traz o lema "Respeito Começa em Casa". De acordo com dados da Secretaria de Defesa Social (SDS), entre 2014 e 2016 houve 635 casos de violência domiciliar contra a população LGBT. 

Parada da Diversidade espera reunir 500 mil em Boa Viagem. Foto: Isabelle Barros/DP
Parada da Diversidade espera reunir 500 mil em Boa Viagem. Foto: Isabelle Barros/DP


Os casos estão relacionados à ameaça por violência doméstica/familiar; dano por violência doméstica/familiar; difamação por violência doméstica/familiar; injúria por violência doméstica/familiar; lesão corporal por violência doméstica/familiar; perturbação do sossego por violência doméstica/familiar; vias de fato por violência doméstica/familiar; constrangimento ilegal por violência doméstica/familiar. Segundo as estatísticas, 6% das vítimas de estupro que procuram o Disque 100 do Governo Federal são mulheres homossexuais vítimas de violência, em sua maioria de fundo sexual. Chamada de "estupro corretivo", a violência sexual contra mulheres lésbicas tem requintes de crueldade e é motivada por ódio e preconceito.

Dados - De acordo com o Grupo Gay da Bahia, o ano passado foi o mais violento dos últimos 40 anos para a comunidade LGBT. Segundo a entidade, 343 pessoas foram mortas em todo o Brasil, uma média de um assassinato a cada 25 horas. A maior parte dos crimes de LGBTfobia acontecem em lugares ermos das cidades ou dentro de casa e a predominância é de vítimas jovens, com idades que variam entre 19 e 30 anos. O relatório do GGB apontou 14 assassinatos no ano passado em Pernambuco.

Confira a programação completa do Mês da Diversidade no estado:

DIA 12 – Lançamento da Parada da Diversidade de Pernambuco
Realização: Fórum LGBT de Pernambuco/ Gabinete do deputado Isaltino Nascimento
Local: Plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) - Horário: 9h

DIA 12 – Formação e sensibilização sobre Diversidade Sexual
Público: gestores da Educação
Realização: Secretaria Estadual de Educação (SEE)
Local: Gerência Regional da Educação (GRE) de Caruaru - Horário: 14h

DIA 12 – Audiência Publica Ministério Publico de Pernambuco
Atividade: Audiência sobre garantia dos direitos a dignidade das pessoas transexuais e a livre identidade de expressão de gênero na assistência a saúde por meio da iniciativa privada
Realização: Ministério Público de Pernambuco (MPPE)
Local: Auditório do MPPE: Av. Visconde de Suassuna, 99, Santo Amaro. - Horário: 14h

DIA 13 – Audiência Publica no Ministério Público de Pernambuco
Atividade: Políticas Públicas destinadas ao segmento LGBT
Realização: Ministério Público de Pernambuco (MPPE)
Local: Auditório do MPPE: Av. Visconde de Suassuna, 99, Santo Amaro - Horário: 14h

DIA 13 - Roda de Dialogo com estudante médio municipal e escolas estaduais
Realização: Prefeitura Municipal de Surubim
Local: Auditório da Prefeitura de Surubim - Horário: das 9 às 17h

DIA 13 – Roda de Conversa de profissionais da rede com público LGBT
Local: Auditório da Prefeitura Municipal de São João - Horário: 14h

DIAS 13 e 14 - I Simpósio de Gênero e Diversidade na Escola
Local: Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) do Recife - Horário: 9h

DIA 14 - Lançamento do Projeto Trabalho Comunica, voltado ao público LGBT
Local: Agência do Trabalho do Recife - Horário: 14h

DIAS 14 e 15 - Ação noturna de rua para profissionais do sexo: ajudar e acolher
Realização: Natrape/ Governo do estado/ Prefeitura do Recife
Local: Em toda Região Metropolitana do Recife - Horário: 14h

DIA 15 - Treinamento e orientação para atendimento ao público LGBT
Local: Agência do Trabalho de Caruaru - Horário: 14h

DIA 15 – Gincana da Inclusão de Moreno
Público: alunos da rede pública de Moreno
Realização: Coordenadoria LGBT da Prefeitura de Moreno
Local: Escolas municipais e estaduais do município de Moreno - Horário: 9h

DIA 15 – Lançamento e distribuição da Cartilha Sobre Saúde das Lésbicas e Mulheres Bissexuais
Realização: Secretaria de Saúde do Recife, Secretaria Estadual de Saúde; Secretaria Estadual da Mulher; Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude; Coletivo de Lésbicas e Mulheres Bissexuais de Pernambuco.
Local: Forte das Cinco Pontas, Centro do Recife - Horário: 14h

DIA 15 – Lançamento da campanha institucional de combate à LGBTfobia em ônibus do Recife e Região Metropolitana, em alusão ao Setembro da Diversidade.
Realização: Centro Estadual de Combate à Homofobia – Secretaria Estadual Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco

DIA 17
Parada da Diversidade de Pernambuco
Realização: Fórum LGBT de Pernambuco
Local: Av. Boa Viagem - Horário: 10h

Mutirão na Parada da Diversidade de Pernambuco:
Atividade: Atendimento psicossocial e jurídico, acolhimento de denúncias e orientações sobre retificação de nome social de pessoas transsexuais.
Realização: Centro Estadual de Combate Homofobia – Secretaria Estadual Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco
Local: Av. Boa Viagem - Horário: das 10h às 12h

DIA 19 - Formação com profissionais de Saúde  "A construção do cuidado: olhar sobre a identidade de gênero e a orientação romântica, afetiva e sexual".
Realização: Secretaria Estadual de Saúde e Prefeitura de Ipojuca
Local: Município de Ipojuca - Horário: das 9h às 12h

DIA 20 - Cine debate sobre Diversidade sexual e identidade de gênero
Realização: Centro Estadual de Combate à Homofobia – Secretaria Estadual Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco
Local: Escola Doutor Fábio Correa (Rua Adalberto Elias Costa, Beberibe) - Horário: 9h

DIA 20 - Oficina de sensibilização para a coleta do exame de Papanicolau
Público: Homens Trans e usuários da Rede SUAS
Realização: Secretaria Estadual de Saúde/Centro Integrado de Saúde Amauri de Medeiros (Cisam)
Local: Sala do CISAN, Encruzilhada, Recife - Horário: das 14h às 16h

DIA 21 – Roda de Diálogo sobre Diversidade Sexual com pessoas com deficiência
Realização: Prefeitura do Recife
Local: Centro de Referência em Cidadania LGBT (Rua dos Médicis, 86, Boa Vista, Recife) Horário: 14h

DIA 21 – Roda de Diálogo sobre Diversidade Sexual com pessoas com deficiência
Local: Gerência Regional da Educação (GRE) de Arcoverde - Horário: 14h
Realização: Secretaria Estadual de Educação (SEE)

DIA 21 e 22- Formação sobre Diversidade Sexual para profissionais de saúde
Realização: Secretaria Estadual de Saúde e Prefeitura de Paulista
Local: Prefeitura Municipal do Paulista - Horário: das 14h às 17h

DIA 21 e 22 - Ação noturna para profissionais do sexo: ajudar e acolher
Realização: Natrape/ Governo do estado/ Prefeitura do Recife
Local: Região Metropolitana do Recife - Horário: 14h

DIA 22 - Treinamento e orientação para o bom atendimento ao público LGBT
Local: Agência do Trabalho de Goiana - Horário: 14h

DIA 22 - Cine Debate sobre Diversidade Sexual
Realização: Grupo Homossexual de Pernambuco
Local: Escola Dr Francisco Pessoa de Queiroz (Av. Hildebrando de Vasconcelos, Dois Unidos, Recife) - Horário: 8h

DIA 22 - Roda de Conversa - "Conscientizar para combater o preconceito"
Público: adolescentes e jovens da Escola Municipal João de Assis Moreno
Local: Auditório da Prefeitura Municipal de São João - Horário: 14h

DIA 23 - Roda de Conversa - "Conscientizar para combater o preconceito”
Público: adolescentes e jovens da Escola Estadual João Fernandes da Silva
Local: Auditório da Prefeitura Municipal de São João - Horário: 14h

DIA 23 - Torneio de Futebol LGBT do Recife
Realização: Grupo Homossexual de Pernambuco
Local: Quadra Esportiva de Dois Unidos - Horário: 14h

DIA 24
Parada da Diversidade do Recife em Dois Unidos
Realização: Grupo Homossexual de Pernambuco
Local: Terminal de ônibus de Dois Unidos - Horário: 13h

Mutirão para Parada da Diversidade de Dois Unidos:
Atividade: Atendimento psicossocial e jurídico, acolhimento de denúncias e orientações sobre retificação de nome social de pessoas transexuais.
Realização: Centro Estadual de Combate Homofobia – Secretaria Estadual Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco
Local: Terminal de ônibus de Dois Unidos - Horário: 13h

DIA 25 – Oficina de sensibilização sobre diversidade sexual
Público: estudantes do Serta
Realização: Coordenadoria LGBT de Pernambuco/SESES
Local: Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta) em Gloria do Goitá - Horário: 10h

DIA 25 – Audiência Publica do Ministério Público de Pernambuco
Atividade: Audiência sobre garantia dos direitos das lésbicas, mulheres bissexuais e homens trans na Colônia Penal Feminina
Realização: Ministério Público de Pernambuco (MPPE)
Local: Auditório do MPPE: Av. Visconde de Suassuna, 99, Santo Amaro - Horário: 14 h

DIA 25 – I Seminário Comunitário de Politicas LGBT do Ibura
Atividade: Debate sobre Diversidade Sexual com público LGBT do bairro do Ibura
Realização: Coordenadoria LGBT/SESES, Governo Presente/SEART, Rede Reação e ONG Leões do Norte.
Local: Estação do Governo Presente no Ibura - Horário: 18h

DIA 26 - Encontro com entidades LGBT sobre elaboração de projetos e captação de recursos
Realização: Coordenadoria LGBT de Pernambuco/SESES.
Local: Sala de reunião da SDSCJ - Horário: 14h

DIA 27 – Palestra de sensibilização sobre os direitos da população LGBT
Público: Servidores de Surubim
Realização: Prefeitura de Surubim
Local: Auditório Nelson Barbosa ao lado da Prefeitura de Surubim - Horário: 14h

DIA 28 - Oficina para servidores da Prefeitura Municipal de São João
Atividade: Sensibilização de funcionários e profissionais da rede de proteção para fortalecimento da garantia de direitos e serviços.
Local: CREAS - Horário: 10h

DIA 28 – Oficina Sobre Diversidade Sexual
Atividade: Sensibilizar os gestores sobre a temática LGBT
Realização: Prefeitura Municipal de Floresta
Local: Prefeitura de Floresta - Horário: 10h

DIA 28 – Formação sobre diversidade sexual na escola
Realização: Secretaria Estadual de Educação (SEE)
Local: Gerência Regional da Educação (GRE) de Garanhuns - Horário: 14h

DIA 28 – Encontro com movimentos da população LGBT
Realização: Secretaria Estadual de Educação (SEE)
Local: Auditório da SEE (Av. Afonso Olindense, 1513, Várzea) - Horário: 14h

DIA 29 – Formação e socialização de experiências exitosas em sexualidade.
Público: técnicos e servidores da Gerência de Direitos Humanos da SEE
Realização: Secretaria Estadual de Educação (SEE)
Local: Auditório da SEE (Av. Afonso Olindense, 1513, Várzea) - Horário: 9h

DIA 29 - Lançamento do Projeto Pesquisa Empresa, voltado ao público LGBT
Local: Agência do Trabalho do Recife - Horário: 14h

DIA 30 - I Sarau pela Diversidade e hasteamento da bandeira LGBT
Realização: Secretaria de Cultura, Juventude e Diversidade
Local: Teatro Santa Cecília - Horário: 18h
Av. Cel. Jerônimo Pires, n. 1109, Centro, Belém do São Francisco-PE.
Diário de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Temer recebeu mais de 31 milhões revela investigação da Polícia Federal


A Polícia Federal concluiu um inquérito que revela o que todo mundo já imaginava: Michel Temer e a cúpula do PMDB são, na verdade, uma quadrilha que usa o poder para assaltar o país. A investigação da PF, concluída nesta segunda (11), aponta prática de crimes por membros da cúpula do partido na Câmara, que mantinham uma estrutura organizacional para obter vantagens indevidas em órgãos da administração pública.
O inquérito indica que o grupo agia por meio de crimes como corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, fraude em licitação e evasão de divisas. Segundo a PF, entre os envolvidos no esquema estão Michel Temer, os ministros da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, e da Casa Civil, Eliseu Padilha, além do ex-ministro Geddel Vieira Lima e dos ex-deputados Eduardo Cunha e Henrique Alves.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Jovens roubavam ônibus para ostentar roupas de marcas em festas


Quatro rapazes e dois adolescentes com idades entre 17 e 23 anos realizavam assaltos a ônibus em Camarabige, na Região Metropolitana do Recife, para comprar roupas e ostentar em festas. Eles foram presos na última quarta-feira (6) e as informações foram divulgadas, na manhã desta segunda-feira (11), pela delegada Euricélia Nogueira. 

Segundo a investigadora, eles se reuniam, no pátio da escola estadual que estudavam, para planejar o crime. Foram presos Maxy Emiliano Roberto da Silva, Bruno Lira Silva, Icaro Heik Melo Constâncio, conhecido como Famosinho, e Paulo César da Silva, conhecido como Mascote, além de dois adolescentes. 

O grupo, que foi desarticulado, subia nos coletivos no Terminal Integrado de Camaragibe e anunciava o assalto na altura do Atacadão. Os rapazes usavam arma e facas para fazer a abordagem criminosa e recolher o dinheiro e pertences das vítimas. A delegada informou que eles roubavam, diariamente, para comprar as roupas e ostentar em festas. "Eles não faziam uso de drogas", comentou a delegada.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Janot denuncia cúpula do PMDB no Senado por organização criminosa

Reunião do presidente Michel Temer com Senadores do PMDB
Michel Temer em reunião com os senadores do PMDB em maio de 2017
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou seis senadores do PMDB ao Supremo Tribunal Federal (STF) na sexta-feira 8 por formação de organização criminosa. A PGR acusa a cúpula do PMDB no Senado, partido de Michel Temer, de desviar recursos públicos e obter vantagens indevidas.
Os senadores Edison Lobão, Jader Barbalho, Renan Calheiros, José Sarney, Romero Jucá e Valdir Raupp são acusados de receberem propina de R$ 864 milhões e gerarem prejuízo de R$ 5,5 bilhões aos cofres da Petrobras e de R$ 113 milhões aos da Transpetro. Esta é a 34ª denúncia oferecida pela PGR no âmbito da Operação Lava Jato no STF.
Segundo a denúncia de Janot, a "organização criminosa" do PMDB foi inicialmente constituída e estruturada em 2002, quando Lula foi eleito presidente e ampliou a base aliada negociando apoio do PMDB e do PP. "Em comum, os integrantes do PT, do PMDB e do PP queriam arrecadar recursos ilícitos para financiar seus projetos próprios. Assim, decidiram se juntar e dividir os cargos públicos mais relevantes, de forma que todos pudessem de alguma maneira ter asseguradas fontes de vantagens indevidas", escreve o procurador na denúncia.
Ainda segundo a PGR, as ações ilícitas voltaram-se inicialmente para a arrecadação de recursos da Petrobras por meio de contratos firmados no âmbito da Diretoria de Abastecimento e da Diretoria Internacional, assim como da Transpetro.
"Naturalmente, a Petrobras tornou-se uma das principais fontes de recursos ilícitos que aportaram na organização criminosa ligada ao PMDB e, por conseguinte, no próprio partido. Devia-se ao tamanho da pessoa jurídica, ao seu orçamento, montante de investimentos e a luta por diretorias, no caso do núcleo político da organização criminosa, e por contratos lucrativos e de baixo risco, no caso das empreiteiras", sustenta a denúncia.
A PGR diz não questionar a política de alianças do governo, mas afirma que"no caso dos autos, o intuito das negociações em torno dos cargos, desde o início, foi obtenção de orçamentos, de forma a possibilitar, aos denunciados, desenvolver no âmbito dos órgãos públicos, empresas públicas e sociedades de economia mista um sistema de arrecadação de propina".
Em delação, o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, confessou que os políticos responsáveis pela sua nomeação na Transpetro foram principalmente Renan Calheiros, Jader Barbalho, Romero Jucá, José Sarney e Edison Lobão, os quais receberam vantagem indevida repassada por aquele, tanto por meio de doações oficiais quanto por meio de dinheiro em espécie. Carta Capital.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Tombamento do Conjunto Histórico de Noronha é homologado


Três meses após o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovar, por unanimidade, em Brasília, o tombamento do Conjunto Histórico de Fernando de Noronha, o Ministério da Cultura homologou a decisão por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (8). 

A nova forma de tombamento revoga a anterior proposta pelo instituto, que era a de tombar o arquipélago em sua totalidade. Ao tombar apenas o conjunto histórico, na prática, desburocratiza-se as construções de imóveis por moradores na zona urbana, já que não será mais preciso solicitar a aprovação de obras ao Iphan.

Leia também:
Igreja em Fernando de Noronha passa a ser paróquia
Noronha terá apenas áreas específicas tombadas pelo Iphan


Pela nova proposta, o Palácio de São Miguel, Forte de Santana, Capela de São Pedro, Forte de Santo Antônio, Air France, Forte Nossa Senhora da Conceição, Forte do Boldró (e um iglu local) e a Capela da Quixaba ficam protegidos por lei. Além dos monumentos, as áreas do entorno desses imóveis devem ser preservadas. O Forte dos Remédios e a Igreja já eram tombados. 

A revisão da proposta do Iphan, inclusive, colabora com a recente atualização do plano de manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) de Noronha, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão vinculado ao Ministério de Meio Ambiente (MMA). 

A determinação, formalizada por meio de assinatura, teve por finalidade ampliar a zona urbana da unidade de conservação, ou seja, a área destinada às moradias, pousadas e restaurantes. A Administração da Ilha estima que 400 pessoas, em média, esperam por uma casa.

Reivindicação antiga
À época da atualização do plano de manejo, o chefe substituto do ICMBio Noronha, Julio Rosa, explicou que essa era a principal reivindicação dos moradores da ilha. Isso porque é esse documento que define as regras de uso numa unidade de conservação. Até para ampliar alguma casa era preciso de uma série de justificativas para ter autorização. 

Do ponto de vista ambiental, a APA não fica comprometida, já que a área específica permite construções, ou seja, refere-se à zona urbana. A atualização do plano de manejo foi, justamente, para formalizar esse processo.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

STF condena União a pagar suplementação de verbas do Fundef entre 1998 e 2007


Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), em sessão nesta quarta-feira (6), condenou a União ao pagamento de diferenças relacionadas à complementação do Fundo de Manutenção e de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). De acordo com a decisão, o valor mínimo repassado por aluno em cada unidade da federação não pode ser inferior à média nacional apurada, e a complementação ao fundo, fixada em desacordo com a média nacional, impõe à União o dever de suplementação desses recursos. Também ficou estabelecido que os recursos recebidos retroativamente deverão ser destinados exclusivamente à educação.
A questão foi debatida nas Ações Cíveis Originárias (ACOs) 648, 660, 669 e 700, ajuizadas, respectivamente, pelos Estados da Bahia, do Amazonas, de Sergipe e do Rio Grande do Norte. O julgamento de hoje vale apenas para estas unidades da federação e refere-se a valores apurados para os exercícios financeiros de 1998 a 2007, quando o Fundef foi substituído pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Também por maioria, o Plenário autorizou os ministros a decidirem monocraticamente em novas ações sobre a mesma matéria.
O Fundef foi instituído, por meio da Lei 9.424/1996, como fundo financeiro de natureza contábil e sem personalidade jurídica, gerido pela União e composto por 15% do ICMS e do IPI-exportação arrecadados, e do mesmo percentual para fundos de participação obrigatórios (FPE e FPM) e ressarcimento da União pela desoneração de exportações. Não atingido o piso com a aplicação apenas dos recursos estaduais e municipais, a lei determinava o aporte da União para efetuar a complementação.
No entendimento dos estados, a União descumpriu a determinação constitucional, pois efetuou a complementação com base em coeficientes regionais, e não no Valor Médio Anual por Aluno (VMAA). A União, por sua vez, alegou que os fundos seriam de natureza meramente contábil e independentes entre si, devendo ser calculados conforme critérios unicamente regionais.
Relator
Em voto pela improcedência dos pedidos, o ministro Marco Aurélio (relator) observou que, ao fixar critérios regionais para o cálculo da complementação, a União não interpretou de forma incorreta a redação anterior do parágrafo 3º do artigo 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT) e a norma que o regulamentou (artigo 6º, parágrafo 1º, da Lei 9.424/1996), definindo o valor mínimo anual por aluno partindo do cálculo de coeficientes fixados para cada estado separadamente.
Para o ministro, o Legislativo não fixou uma sistemática precisa para este cálculo, determinando unicamente que o Executivo definisse o valor mínimo por aluno com base na previsão de receita total para o Fundo dividida pelo número de matrículas totais – as do ano anterior somadas às estimadas. Segundo ele, o Executivo atuou de acordo com a discricionariedade conferida pela legislação. “Se o presidente houvesse adotado a fórmula proposta pelo Estado da Bahia, estaria dentro das balizas fixadas. Igualmente, a sistemática de cálculo afim consagrada encontrava-se dentro do campo semântico definido na lei”, afirmou.
Este entendimento foi acompanhado pelo ministro Luiz Fux.
Divergência
A corrente divergente em relação ao voto do relator foi inaugurada pelo ministro Edson Fachin, que ressaltou que a controvérsia é apenas quanto à legalidade da matéria, pois o STF, no Recurso Extraordinário (RE) 636978, de relatoria do ministro Cezar Peluzo (aposentado), entendeu que a forma de cálculo do valor mínimo nacional por aluno, para efeito de suplementação do Fundef, é tema infraconstitucional. O ministro observou que, nesse sentido, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já julgou ilegal o Decreto 2.264/1997, que estabelecia a forma de cálculo com base em critérios regionais questionada pelos estados nas ACOs. Salientou, ainda, que o Tribunal de Contas da União (TCU) também se posicionou pela adoção da média nacional como critério para a complementação.
O ministro Fachin argumentou que, embora a lei estabelecesse a competência do presidente da República para, por meio de decreto, fixar o valor mínimo, essa discricionariedade não é absoluta, pois se vincula ao limite mínimo legal. Para o ministro, como a finalidade do Fundef era a superação de desigualdades regionais, não seria possível fixar a complementação num patamar abaixo da média nacional.
“Sendo assim, merece guarida a demanda de recálculo do Valor Mínimo Nacional por Aluno e consequente indenização aos autores decorrente do montante pago a menor a título de complementação pela União no período de vigência do Fundef, isto é, os exercícios financeiros de 1998 a 2007”, afirmou. Acompanharam a divergência os ministros Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Celso de Mello e Cármen Lúcia (presidente), formando a corrente vencedora no sentido da procedência das ações.
Indenização
Por unanimidade, os ministros julgaram improcedente o pedido de indenização por danos morais coletivos formulado pelo Estado da Bahia na ACO 648. Por isso, ao rejeitar este pleito, a ação foi a única julgando parcialmente procedente. O Plenário entendeu que a frustração de repasse de verbas é unicamente interesse público secundário da Fazenda Pública, não configurando ofensa.
Leia a íntegra dos votos do ministro Marco Aurélio na ACO 648ACO 660ACO 669 e ACO 700 e do ministro Edson Fachin na ACO 648.
PR/CR
Processos relacionados
ACO 648
ACO 660
ACO 669
ACO 700
Fonte:http://www.stf.jus.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

PRIVATIZAÇÕES:Temer e seus aliados irão colocar o vermelho, a foice e o martelo na bandeira do Brasil. A China vai comprar o Brasil.


 No China, Temer apresentou o conjunto de 57 projetos que serão concedidos à iniciativa privada em busca de atrair investidores chineses.
O presidente também busca ampliar o comércio com a China, que é atualmente o maior parceiro comercial do Brasil. Temer viajou acompanhado por ministros, governadores e cerca de 10 parlamentares.
No dia 1° de setembro, em Pequim, o presidente fez visita de Estado a convite do presidente Xi Jinping. Ele se reuniu também com o primeiro-ministro Li Keqiang. Com a visita, o governo espera promover a diversificação da pauta de exportação para a China e atrair novos investimentos. Em Pequim, foram assinados acordos em áreas como infraestrutura, saúde, cultura e tecnologia.
Temer conclui a visita à capital com a participação no Seminário Empresarial Brasil-China, organizado pela Apex-Brasil, para  líderes empresariais chineses que já investem ou têm interesse em investir no Brasil.
Com informações de Agencia Brasil. Foto Bandeira da  Internet 
Professor Edgar Bom Jardim - PE

'Pacto de sangue': As acusações de Palocci contra Lula e Odebrecht

Palocci em depoimento em Curitiba
Image captionPalocci dá depoimento a juiz Sergio Moro e diz que Lula pediu dinheiro para PT
A relação entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a empreiteira Odebrecht envolvia um "pacto de sangue" que consistia em presentes pessoais ao líder petista - o sítio de Atibaia (SP) -, a doação do prédio de um museu dedicado a seu legado, palestras no valor de R$ 200 mil, uma reserva de R$ 300 milhões de reais.
A afirmação, que já pipocou em acusações de delatores e testemunhas da operação Lava Jato, pela primeira vez partiu de um dos homens próximos a Lula: seu ex-ministro da Fazenda, o petista Antonio Palocci.
Em depoimento ao juiz federal Sergio Moro na tarde desta quarta-feira, em ação penal que investiga a acusação de que a Odebrecht doou um terreno para a construção de prédio do Instituto Lula como propina, Palocci afirmou que o ex-presidente tinha conhecimento do esquema de corrupção na Petrobras e se preocupou no início, mas depois pediu que os diretores da estatal fizessem reservas partidárias a partir dos desvios.
Palocci está preso desde setembro de 2016. Em junho passado, foi condenado por Moro a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. No depoimento, também acusa de crimes a ex-presidente Dilma Rousseff, o pecuarista José Carlos Bumlai e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, entre outros nomes.
Confira os pontos mais importantes do depoimento:
LulaDireito de imagemAFP
Image captionSegundo Palocci, acordo com Odebrecht envolvia presente pessoal a Lula

1. Sítios, palestras e museu: o pacto de sangue com a Odebrecht

Durante o depoimento, Palocci afirma que Emilio Odebrecht procurou Lula no fim de 2010, no fim de seu governo, para fazer um "pacto de sangue".
"Eu chamei de pacto de sangue porque envolvia um presente pessoal, que era um sítio, envolvia um prédio de um museu pago pela empresa, envolvia palestras pagas a R$ 200 mil, fora impostos, combinadas com a Odebrecht para o próximo ano, várias palestras, envolvia uma reserva de 300 milhões de reais", diz.
Emilio é pai de Marcelo Odebrecht, que era presidente da empreiteira e está preso desde junho de 2015 - ele deve deixar o regime fechado no fim deste ano, como parte do acordo de delação premiada fechado entre os advogados da empreiteira e o Ministério Público Federal.
Segundo Palocci, Lula o procurou após a conversa com Emilio e ordenou que não brigasse com a Odebrecht - "ele mandou eu recolher os valores".
Ao detalhar a relação entre Odebrecht e Lula, o ex-ministro afirma que a corrupção era longeva e conhecida dos mais íntimos do ex-presidente. "A Odebrecht era uma colaboradora", afirma.
Na sequência, no entanto, ele corrige o uso do termo "colaboradora": "O senhor (Moro) desculpa, às vezes eu... 30 anos treinando para falar dessa forma, que a Odebrecht dava propinas frequentes ao presidente Lula e ao PT".
Palocci classifica a ligação entre a empresa e os governos de Lula e Dilma como "intensa".
"Foi uma relação bastante intensa, bastante movida a vantagens dirigidas à empresa, a propinas pagas pela Odebrecht para agentes públicos em forma de doação de campanha, em forma de benefícios pessoais, em forma de caixa 1, caixa 2", diz. "Eu tenho conhecimento porque participei de boa parte desses entendimentos na qualidade de ministro da Fazenda do presidente Lula e de ministro da Casa Civil da presidente Dilma."
O ex-ministro diz que conhecia os Odebrecht desde antes do primeiro governo petista. "Eu estive com eles desde 1994 quando o presidente Lula os conheceu", conta. "Então eu tratava de todo tipo de tema com eles (Odebrecht), inclusive de temas ilícitos. Inclusive."
Segundo ele, o "pacto de sangue" oferecido a Lula por Emilio Odebrecht surgiu de "certo pânico" da companhia com a posse de Dilma - como ministra da Casa Civil, ela teria liderado um embate com a empreiteira e impedido que conquistasse as obras das duas usinas do Rio Madeira - no fim, ficou apenas com uma, e "a um preço muito ruim".
"Ele procurou o presidente Lula nos últimos dias do seu mandato e levou um pacote de propinas (...) que envolvia esse terreno do instituto, que já estava comprado e o seu Emílio apresentou (...), o sítio pra uso da família do presidente Lula - que ele já estava fazendo a reforma, que já estava em fase final, e disse (...) que já estava pronto - e também disse (...) que ele tinha à disposição dele para o próximo período, para fazer as atividades políticas dele, R$ 300 milhões."
Palocci diz ter ficado "chocado" com a oferta, que representava uma guinada no relacionamento com a empreiteira - e conta como ficou sabendo dela.
"No dia seguinte, de manhã, o presidente Lula me chamou no Palácio da Alvorada, e me conta da reunião. Ele também se mostrou um pouco surpreso e disse: 'Olha, ele só fez isso porque ele tem muito receio da Dilma. Porque ele nunca tratou de recursos comigo e dessa vez ele tratou de um pacote de coisas e é um recursos muito alto'. E ele pediu pra tratar desse recurso com o Marcelo Odebrecht."
No Twitter, Cristiano Zanin Martins, advogado de Lula, afirmou que "Palocci compareceu ato pronto para emitir frases de efeito como 'pacto de sangue', esta última anotada em papéis por ele usados na audiência". Para o advogado, "Palocci repete papel de validar, sem provas, as acusações do MP (Ministério Público) para obter redução de pena."
Em nota, por sua vez, a Odebrecht afirmou que "está colaborando com a Justiça no Brasil e nos países em que atua".
"Já reconheceu os seus erros, pediu desculpas públicas, assinou um Acordo de Leniência com as autoridades do Brasil, Estados Unidos, Suíça, República Dominicana, Equador e Panamá, e está comprometida a combater e não tolerar a corrupção em quaisquer de suas formas."
Lula e Palocci
Image captionPalocci foi um dos homens-fortes do governo Lula | Foto: Ag. Brasil

2. Conta corrente com o PT

De acordo com Palocci, as vantagens indevidas pagas pelas empreiteiras ao PT não se destinavam a retribuir benesses específicas obtidas em um ou outro contrato público. Tratava-se de manter uma relação amigável e constante com os mandatários para estar sempre em posição privilegiada em concorrências públicas.
Por isso, segundo o ex-ministro, a Odebrecht e outras construtoras mantinham uma conta corrente ativa com o PT, frequentemente abastecida com propina. "A vantagem (repassada ao partido) dá vantagens para a empresa. Essa empresa cria uma conta para destinar aos políticos que a apoiaram", explica.
Em contrapartida, de acordo com o raciocínio de Palocci, Lula e o PT criariam ambiente propício na Petrobras para que as empresas obtivessem gordos contratos:
"O presidente mantém lá (na Petrobras) diretores que apoiam a empresa, para dar a ela contratos. Esses contratos geram dinheiro. Algumas (empresas) criam operações estruturadas, outras criam caixas dois, outras criam doleiros, e com esse dinheiro pagam propina aos políticos. É isso. Isso aconteceu durante esse período".
Palocci não especifica o período, mas infere-se que ele está falando dos governos Lula e Dilma.
Os detalhes da conta-corrente com a Odebrecht foram tratadas em reuniões entre Emílio Odebrecht e Lula. De acordo com Palocci, Emílio se comprometera a fazer um repasse ao ex-presidente de R$ 300 milhões no final de 2010 e acenara com a possibilidade de ser mais. Ao conversar com Marcelo Odebrecht, no entanto, ouviu que houve uma "divergência de valores".
"Ele falou: 'não é R$ 300 milhões, meu pai se enganou, R$ 300 milhões é a soma daquilo que foi dado com aquilo que ainda tem disponível'", diz o ex-ministro.
Embora tenha se envolvido na negociação sobre a conta corrente, Palocci afirma ter sido contra essa ideia:
"Não queria ter contas com a Odebrecht. Insisto, doutor, não por santidade, eu achava que não devia ter conta corrente, eu achava que devia continuar tendo uma relação de confiança, onde a gente buscava os recursos quando necessário. Eu tinha essa postura."
Palocci, no entanto, foi voto vencido diante do interesse do próprio Lula em viabilizar a conta corrente:
"Não era prática do Emílio tratar de reservas e recursos com o presidente Lula. Esse assunto não era pauta das reuniões. Mas nessa foi. Esse foi o espanto do presidente Lula. Não o espanto de ter disponível R$ 300 milhões, ele gostou disso. Tanto que na segunda vez falou que o dr. Emílio tinha confirmado os 300 e que poderia ser mais, pra eu cuidar disso. Não é pra cuidar do espanto dele, é pra cuidar do dinheiro", disse.
Emílio Odebrecht fez parte do mega acordo de delação premiada negociada em 2016 com o Ministério Público Federal. Em seus depoimentos, confirmou o repasse de propinas para o PT, a pedido do próprio Lula. Mas não citou a reunião dos R$ 300 milhões da conta corrente. Marcelo Odebrecht, no entanto, mencionou o assunto em depoimentos da colaboração firmada.

3. Dilma como beneficiária do esquema

De acordo com Palocci, Dilma não apenas sabia do esquema corrupto entre PT, Odebrecht e outras empreiteiras, como foi beneficiária e mantenedora dos arranjos. Segundo ele, tanto as campanhas presidenciais de Lula quanto as de sua sucessora foram custeadas com dinheiro ilícito.
"Várias vezes eu falei para empresas: o senhor, pode fazer doações para a campanha do presidente tal e da presidente tal?", relata, e continua:
"Eu sabia que depois os tesoureiros iam lá e (as empresas) faziam pagamento lícitos e ilícitos, caixa 1 e caixa 2. Muitas vezes era caixa 1 para simular pagamento legal, mas a origem do dinheiro era ilegal."
Na sequência, Palocci dá como exemplo da mecânica de doações ilegais à campanha de reeleição de Dilma, em 2014.
"Essa foi a campanha que mais teve caixa 1 e foi uma das que mais teve ilicitudes. Por quê? Porque o crime se sofisticou no campo eleitoral, as pessoas viram que o problema era o caixa 2, então transformaram tudo em caixa 1. O ponto é a origem criminosa dos valores, a Lava Jato desvendou esse mistério", afirma Palocci.
A ex-presidente Dilma e o PT sempre negaram caixa 2 ou ilegalidades no financiamento da campanha. No entanto, Palocci dá exemplos de situações em que tais temas foram tratados na presença dela ou dependeram de sua chancela.
Segundo o ex-ministro, em meados de 2010 ele participou de uma reunião com Lula, Dilma e o então presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli. No encontro, realizado na biblioteca do Palácio da Alvorada, o então presidente tratava da exploração do pré-sal.
De acordo com Palocci, Lula teria dito:
"O Palocci está aqui porque ele vai lhe acompanhar nesses projetos, para que eles tenham total sucesso, e para que ele garanta que uma parcela desses projetos financie a campanha dessa companheira aqui (Dilma), que eu quero ver eleita presidente do Brasil."
Ainda naquele ano, mas após a eleição de Dilma, teria havido uma nova reunião. Dessa vez, além de ambos, estavariam Lula e Emílio Odebrecht. O objetivo do encontro, afirma o ex-ministro, era colocar Dilma a par das relações entre o PT e a empresa, para que ela conservasse todos os acordos - "lícitos e ilícitos", nas palavras dele.
Palocci diz que Dilma cumpriu o papel a contento, "em diversas ocasiões".
"Na área de aviação, por exemplo. Odebrecht desejava muito ter um aeroporto de porte sob seu comando, na medida que o governo privatizou os aeroportos. Na primeira leva, Garulhos, Viracopos, Brasília, a Odebrecht perdeu os três. Ela queria muito o de Campinas, mas perdeu. Entrou com o recurso contra o consórcio vencedor Triunfo/UTC, entrou tentando derrubar na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil)", diz Palocci.
Como a presidência da Anac àquela altura era uma nomeação de Palocci, a empresa teria pedido a ele que intercedesse a seu favor, o que o ex-ministro nega ter feito. Ele, no entanto, não tardou em arrumar uma solução administrativa que beneficiasse a Odebrecht, em 2013, com a anuência de Dilma.
"Eu fui à presidente Dilma e ela disse que eles deviam ficar calmos que em uma próxima licitação ela cuidaria desse assunto. Retiraram o recurso que tinham na Anac e foram beneficiados na licitação do Galeão. Como foram beneficiados? Houve uma cláusula nessa licitação que impedia o vencedor da licitação de Cumbica de participar da licitação do Galeão", diz.
Ele reforça: "(A cláusula) foi colocada por solicitação da Odebrecht. E eu tive participação nisso".
Dilma não se pronunciou até a publicação deste texto.
BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE