Nesta quinta-feira (21), PT, Psol, PCdoB e PCB protocolam um pedido de impeachment contra Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados. A ação tem o endosso de mais de 400 entidades civis e movimentos populares. "Até agora este é o pedido de impeachment mais amplo, unitário e significativo da oposição de esquerda brasileira", diz o Psol em comunicado enviado para a imprensa.
“Desde 25 de abril o Psol vinha liderando a construção desse pedido de impeachment. Convidamos todas as legendas de oposição a se somarem, além das organizações e movimentos sociais. Agora temos uma iniciativa ampla e forte, que, de fato, representa uma parcela importante da sociedade”, afirma Juliano Medeiros, presidente nacional do partido.
O pedido elenca uma série de ações praticadas por Bolsonaro e questionadas pela oposição, como "a convocação e comparecimento nos atos contra a democracia e pelo fechamento do Congresso e do STF, a interferência nas investigações da Polícia Federal no Rio de Janeiro, a falsificação da assinatura de Sérgio Moro na exoneração de Maurício Valeixo do comando da PF e as declarações durante a reunião ministerial de 22 de abril", dentre outras.
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Também estão na argumentação "os discursos de Bolsonaro atentando contra o STF, a convocação de empresários para a 'guerra' contra governadores no meio da pandemia, o bloqueio da compra de respiradores e outros equipamentos de saúde por estados e municípios, o apoio à milícia paramilitar conhecida como 'Acampamento dos 300', a incitação de uma sublevação das Forças Armadas contra a democracia brasileira, além de seus pronunciamentos e atos durante a pandemia que configuram crimes contra a saúde pública".
“É uma longa lista de crimes contra o livre exercício dos poderes constitucionais; dos direitos políticos, individuais e sociais; contra a segurança interna do país e contra a probidade administrativa. Não há mais como justificar a permanência de Bolsonaro no cargo. Ele precisa sair urgentemente”, conclui Medeiros.
O pedido transparece o racha que está acontecendo na esquerda brasileira. O grupo que aderiu ao pedido conjunto não tem conseguido apoio da Rede, PSB, PDT e PV, que se uniram para formar a frente progressista. Esses partidos já apresentaram pedidos de impeachment e, no dia 24 de abril, divulgaram nota afirmando que vão agir em conjunto pelo afastamento do presidente.
Professor Edgar Bom Jardim - PE
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