Datena:" Visão encoberta uma ova !... O Juiz tá vendo!! Isso é inaceitável !!! O cara..."
Mais um jogo que fica na história do futebol brasileiro. Sport e Palmeira são protagonistas de grandes clássicos quando se encontram pela série B ou série A. Hoje, a Ilha do Retiro estava literalmente tomada pela água. A chuva foi grande. Grande também foi a alegria do torcedor do Sport quando aos 47 minutos do segundo tempo, o atacante Nunes fez um gol aproveitando um escanteio. Os jogadores do Palmeiras acusaram o juiz de ter cometido erros sucessivos ao marcar o escanteio e validar o gol em que houve um toque de mão do jogador do Sport. Isso foi o suficiente para que o comentarista Neto, da Rede Bandeirantes ficasse revoltado. Pior mesmo foi Datena, que detronou o juiz, o jogador e o time do Sport. A Rede Bandeirantes ficou enlutada com a vitória do Sport diante do Palmeiras.
Quantas vezes Sport, Náutico, Santa Cruz e demais times do Nordeste não foram "roubados" dentro das quatro linhas e as emissoras de TVs nunca fizeram um defesa de nossos clubes. Até quando a Rede Globo é Flamengo, Vasco, Fluminense e a Rede Bandeirantes é Palmeiras, São Paulo e Corinthians? Basta de colonialismo no futebol ! Até quando o povo brasileira vai permitir essa alienação, desrespeito aos demais torcedores de outros estados e clubes de todo Brasil ?
Com sorriso irônico, Nunes comemora gol da vitória do Sport (Foto: Aldo Carneiro/ Pernambuco Press)/G1
Com a vitória, o Sport chega à terceira colocação e passa o próprio Palmeiras (quarto) na tabela da Série B do Brasileiro. Os dois times têm nove pontos, mas o Leão leva vantagem nos critérios de desempate (nove gols contra seis). Outras duas equipes (Figueirense e América-MG) também têm nove e vêm logo a seguir. Chapecoense (13 pontos) e Joinville (12) lideram com folga.
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Substituído no intervalo, Leandro, um dos principais jogadores do esquema tático de Gilson Kleina, recebeu o terceiro cartão amarelo e será desfalque contra o América-RN, terça-feira, às 21h50 (de Brasília), em Natal. No mesmo dia, o Sport recebe o Bragantino, às 19h30, mais uma vez na Ilha do Retiro.
Sport e Palmeiras jogaram sob forte chuva no Recife (Foto: Aldo Carneiro/ Pernambuco Press)
Pouco futebol
A chuva que caiu sobre o Recife na noite de sexta-feira e também horas antes do jogo castigou o campo da Ilha do Retiro. Quando a tempestade voltou a dar as caras, depois de pouco tempo de partida, os jogadores sentiram. E a qualidade do futebol apresentado também.
As melhores chances nos minutos iniciais foram do Sport. Embalados por sua torcida (21.726 pessoas foram ao estádio e fizeram uma bonita festa), os donos da casa protagonizaram as oportunidades mais claras de gol. Logo no segundo minuto, Felipe Azevedo recebeu cara a cara com Bruno, completamente livre de marcação – falha do lateral Juninho –, mas chutou por cima do travessão.
Gramado encharcado atrapalhou Sport e Palmeiras
(Foto: Aldo Carneiro/ Pernambuco Press)
(Foto: Aldo Carneiro/ Pernambuco Press)
O Sport anulou as duas laterais do Palmeiras. Pela esquerda, Marcelo Cordeiro se mostrava um dos melhores em campo, fazendo a transição entre defesa e ataque com agilidade. Pela direita, o palmeirense Juninho deixava brecha para que o Sport criasse jogadas e tocasse a bola. Porém, as poças d’água quebraram o ritmo. Tanto dos donos da casa como dos visitantes. Não havia como conduzir a bola.
Atrapalhado no ataque, o Verdão esbarrava nos erros de Vinícius e Caio. Nas poucas vezes em que foram acionados, os atacantes alviverdes não conseguiram dominar. A eficiência ofensiva apresentada na outra vez em que jogou como visitante – quando marcou três gols em 45 minutos, contra o ASA, em Arapiraca, – não se repetiu.
Sob gritos de Marcelo Martelotte, que não se importou com a forte chuva e permaneceu à beira do gramado tentando corrigir os erros do Sport, o time pernambucano insistiu, e só não abriu o placar porque parou primeiro em Márcio Araújo – que salvou cabeçada de Tobi em cima da linha – e Bruno, que defendeu bom chute de Marcos Aurélio. Gramado igualmente ruim para os dois, placar igualmente inalterado.
Sport pressiona e marca no fim
O primeiro ato do árbitro Wagner Reway ao voltar para o segundo tempo foi conversar com seus auxiliares e com o delegado da partida para decidir se havia condições para mais 45 minutos de futebol. A chuva deu uma trégua, mas as poças permaneceram grandes. Com o aval concedido, Palmeiras e Sport retornaram em busca de um lance para definir a partida.
Cauteloso e aparentemente satisfeito com um ponto no Recife, o técnico Gilson Kleina sacou o atacante Leandro - que havia recebido o cartão amarelo, o terceiro na competição – e escalou o Verdão com três zagueiros: o substituto André Luiz, ao lado de Maurício Ramos e Henrique. Sem mudanças, os pernambucanos partiram para cima. Era tudo ou nada.
O problema era passar pela água. E nos poucos bons contra-ataques criados pelo Palmeiras, Tobi e Gabriel Santos rasgaram para a lateral sem pensar duas vezes. Resguardado, o Verdão ainda trocou Vinícius por Serginho, deixando Caio sozinho e isolado à frente da linha de meio-campo.
Na prática, o Sport foi quem buscou mais a vitória, mesmo em condições tão adversas. Acabou sendo premiado no fim. Num escanteio - muito contestado pelos palmeirenses -, a bola sobrou para Nunes, que, aos 47 minutos do segundo tempo, deu a vitória ao Leão.
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