domingo, 27 de novembro de 2016

Domingo de Casamento Comunitário em Bom Jardim


Fotos: Manuel Barbosa. 27/11/2016.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Socorro Canto faz lançamento do livro ENCANTO em Bom Jardim

Poesia, cultura, reencontros de pessoas amigas marcaram o lançamento do livro intitulado "Encanto". Uma homenagem a  nossa cidade, um sonho da poetisa bonjardinense, Maria do Socorro Canto Santana, no Centro Cultura Marineide Braz, na noite deste sábado 26 de novembro 2016.

O livro é um deleite, com linguagem fácil, bastante compreensível para todos os públicos. As poesias  retratam o universo de vida da autora, suas impressões, experiências de vida e o registro do cotidiano , memórias de familiares, o modo de vida das pessoas do interior e da cidade grande. Os temas são os mais diversos na forma de versos, poesias. Recomendamos a leitura.

Por
Professor Edgar Bom Jardim - PE

A casa vai cair

Temer se pronunciou pela primeira sobre o chamado "Calerogate" .


Presidente Michel Temer durante entrevista coletiva em BrasíliaImage TERS

O presidente Michel Temer negou neste domingo que tenha interferido para arbitrar um conflito de natureza privada do ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.
No entanto, Temer admitiu que o pedido de Geddel para que fosse liberada a construção de um prédio de 30 andares em área histórica de salvador foi "muito inadequado".
Segundo o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero, o político baiano o pressionou para que conseguisse autorização para a obra junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Calero levou o caso a Temer e disse que o presidente o "enquadrou" a encontrar uma solução para a questão, remetendo o caso à Advocacia Geral da União (AGU).
Segundo Temer, uma das conversas com Calero teria sido gravada pelo então titular da pasta. Ele nega que tenha "enquadrado" o então ministro.
"Eu não estava patrocinando nenhum interesse privado, data venia, né? Não há razão para isso. Se você me disser, 'não foi útil, não foi conveniente', eu digo, de fato", reconheceu Temer.
"Eu disse até ao ministro, 'olha, foi uma inadequação, uma coisa muito inadequada, não pode ser feita'", disse também o presidente.
Temer deu a declaração ao ser questionado pela BBC Brasil sobre qual "conflito institucional" ele estava arbitrando ao sugerir que o caso fosse remetido a AGU, ou se estava interferindo em uma questão particular.
O presidente disse que o conflito institucional era entre o Iphan da Bahia, que havia autorizado a obra, e o Iphan federal, que havia barrado o empreendimento.
"Estava arbitrando um conflito de natureza administrativa, entre órgãos da administração pública, o Iphan da Bahia tinha uma posição e o Iphan nacional tinha outra posição", argumentou Temer.
"Quando ele (Calero) disse que não queria, não iria despachar (tomar decisão no caso), eu disse 'então faça o seguinte, mande para a AGU, e ela arbitra essa questão'", continuou o presidente.



Ex-ministo da Cultura Marcelo Calero, pivô de nova crise no governo TemerImage copyrightGETTY IMAGES
Image captionCalero pode ter gravado conversa com o presidente

Juristas ouvidos pela BBC Brasil, porém, dizem que não há conflito entre diferentes órgãos nesse caso, já que o Iphan da Bahia está hierarquicamente subordinado ao Iphan federal.
A própria AGU manifestou-se na quinta-feira, por meio de nota, informando que "a presidência do Iphan é competente para a anulação de ato da Superintendência estadual e que poderia decidir o caso concreto".
Segundo a assessoria da AGU, essa decisão já havia sido dada pela procuradoria do Iphan, órgão ligado à AGU, antes do Iphan federal barrar a obra.
Foi a primeira vez que Temer comentou o caso publicamente. O presidente disse também que seu perfil "não é autoritário" e que sempre atua para resolver conflitos.
"Sempre que houver conflitos entre quem quer que seja, mesmo ministros, eu vou arbitrá-los, foi o que eu fiz, ao longo da vida", afirmou.
Geddel tem um apartamento no prédio que aguardava autorização para ser construído. Ao apresentar sua carta de demissão na sexta-feira, ele deixou clara sua relação de amizade com Temer, ao se referir ao presidente como "meu fraterno amigo" e "meu querido amigo".



Geddel Vieira de Lima, ao lado do presidente TemerImage copyrightREUTERS
Image captionGeddel (à esquerda) é dono de um apartamento em empreendimento embargado pelo Iphan

Ao deixar a coletiva, Temer foi questionado se sabia que Geddel era dono do imóvel no empreendimento que tentava liberar. O presidente desconversou e disse que "soube nesse episódio".
Diante da insistência sobre quando teve conhecimento, ele afirmou que foi "na quinta-feira", aparentemente se referindo a conversa com Calero antes da demissão do ministro, no último dia 18.
Neste, domingo, Temer criticou Calero, dizendo ser "indigno" e "gravíssimo" que um ministro gravasse uma conversa com o presidente.
"Espero que essas gravações venham a público", disse Temer, que disse ainda cogitar fazer gravações oficiais das audiências na Presidência da República.
A líder da minoria (oposição) na Câmara, a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), disse após a coletiva de Temer que o presidente "tenta montar uma versão amena para um fato absolutamente grave e contundente".
Segundo ela, há um "conluio de interesses privados comandando a República".
Feghali sustenta que Temer cometeu "crime de responsabilidade" e disse que a oposição tomará "medidas concretas a partir da segunda-feira contra o governo".
O líder da minoria no Senado, Lindberg Farias (PT-RJ), e o PSOL já disseram que pretendem apresentar um pedido de impeachment contra o presidente.
O andamento dessa denúncia, porém, dependeria de uma decisão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que é aliado de Temer.
"Com os fatos que nós temos e conhecendo o presidente Michel Temer, apesar de não ter ouvido ainda a tal gravação que o ex-ministro Calero fez com o presidente da República, um fato grave, não vejo nenhum motivo para a gente pensar em impedimento do presidente Temer de forma algumas", afirmou Maia na sexta-feira, em entrevista ao canal Globonews.
Na entrevista, que contou com a presença de Maia e do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Temer anunciou o que chamou de "ajustamento institucional" para impedir a tramitação de qualquer proposta de anistia a políticos que tenham praticado o caixa 2 - movimentação irregular de recursos de campanha eleitoral.



Calheiros, Temer e Maia participam da entrevista coletiva em BrasíliaImage copyrightGETTY IMAGES
Image captionNa coletiva com Calheiros (à esquerda) e Maia, Temer prometeu barrar qualquer tentativa de anistia ao caixa 2

Na quinta-feira , a votação de um projeto com medidas anticorrupção acabou adiada depois de vir à tona uma articulação em prol de uma emenda para anistiar quem tivesse feito uso de caixa 2 em eleições passadas - nos bastidores da Câmara, chegou a circular um texto de uma emenda que previa livrar, em todas as esferas (cível, criminal e eleitoral).
"Estamos aqui para revelar que, há uma unanimidade daqueles dos poderes Legislativo e Executivo", afirmou o presidente.
"Não há a menor condição de se patrocinar, de se levar adiante essa proposta", declarou Temer, que disse ser preciso "ouvir a voz das ruas" em relação à anistia.
Maia voltou a dizer que nunca tinha sido a intenção do Legislativo de anistiar crimes e culpou uma "confusão de comunicação" pela polêmica. "Estamos discutindo algo que não existe", afirmou. Calheiros disse que uma eventual proposta de anistia não terá chances no Congresso.
A entrevista foi convocada no sábado por Temer e representou um rara aparição de mídia conjunta dos principais líderes dos Poderes Executivo e Legislativo, o que pareceu indicar a preocupação do Planalto com a repercussão da crise política detonada tanto pela renúncia de Geddel - a sexta de um ministro nos seis meses de governo do pemedebista - e a polêmica causada pela possibilidade de anistia do caixa 2. Fonte:BBC - 

'Eu não estava patrocinando interesse privado', afirma Temer sobre caso Geddel

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Fidel: a morte não apaga, aproxima

Toda sociedade enfrenta  confrontos e estimula diferenças. Pensar sempre a mesma coisa é melancólico. Não haveria história se as músicas repetissem e consagrassem um único ritmo. Pareço-me com os outros, mas tenho minha travessia. Não há história homogênea. As histórias se soltam e  abraçam as culturas. Sempre incompletos,  não pudemos dispensar ajudas. Fingimos segurança para disfarçar fragilidade. Os debates, os desamores, as invejas estão juntos de nós. Os arrogantes imaginam ser exemplos, porém são caricaturas. Lembram os professores que se sentem poderosos quando anulam o trabalho dos alunos. Ressentimentos voam, ferem, intimidam. A solidão leva o corpo de quem morre, chora uma dor invisível.
Fidel morreu aos 90 anos. Agiu e falou muito. Era do combate, do desafio, da coragem. Exagerou dentro dos seus espaços, está sendo julgado no tribunal universal. Não como há negar as inquietações que ele trouxe. Há quem o considere um ditador desalmado, há o elogio de quem o vê como um deus do Olimpo. Não cabe uniformidade. É preciso conhecer  o tamanho dos desejos revolucionários. Quem esquece os inimigos, as intrigas, os imperialismos? Fidel conviveu com adversários armados até os dentes. Não passou sem vacilações, sem discursar em nome dos explorados. Conservou com García Márquez, enfeitiçado pelas aventuras de Macondo.
O humano é complexo. Freud sofreu pressões do seu tempo. Adorno sentiu-se incompreendido pelos estudantes, Nietzsche surge como filósofo maior das pós-modernidade. O mundo se multiplica e o historiador se esconde quando admite as ambiguidades. Fidel,  para alguns, ocupa o altar do possível, enquanto outros detestam recordar seus feitos e o culpam por violências e assassinatos. Seria estranho que houvesse um julgamento equilibrado, sem devaneios, para quem viveu buscando, para quem lançou dúvidas e se envolveu em emboscadas, com suas veias abertas.Os demônios e os anjos também dialogam, ninguém despreza o perfume do perdão.
O fogo queima e transforma. A sensibilidade é importante quando se casa com a imaginação. Os mitos não fugiram, estão acordados, por isso sempre arrumam lugares especiais para certos mortos. Há pausas, cânticos, saudades,  vazios. As histórias não emudecem. Os silêncios não significam omissão. Quando o impossível nos perturba, quando os acasos nos surpreendem, há entrelaçamentos que sabemos compreender. Fidel fechou as portas das suas intimidades e continua desfazendo verdades e certezas. Querer celebrar unanimidades é mesquinho. A vida vale porque tem muitas cores e muitos rostos. A memória não se exila, brinca com a lembrança e o esquecimento. Por Paulo Rezende.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Corrupção - Geddel Vieira percebe que o Brasil não aguenta mais tantos desmandos e pede demissão

Acusado de ter pressionado o ex-titular da Cultura para liberar uma obra em Salvador, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, enviou na manhã desta sexta-feira (25), por e-mail, uma carta de demissão ao presidente Michel Temer. Segundo a assessoria da do Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer aceitou o pedido de Geddel, que era responsável pela articulação política do governo federal com o Congresso Nacional.
A turbulência política provocada pela denúncia chegou ao gabinete presidencial nesta quinta (24) quando veio à tona o teor do depoimento prestado nesta semana pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero à Polícia Federal (PF). Calero disse aos policiais que, durante uma audiência no Palácio do Planalto, Temer interveio em favor dos interesses do ministro da Secretaria de Governo.
O ex-ministro da Cultura, que pediu demissão na última sexta (18), gravou a conversa que teve na semana passada com Temer no Planalto, informou o Bom Dia Brasil. Procurado pela TV Globo, Calero disse que não pode falar desse assunto.
Depoimento à PF
No depoimento à PF prestado na última quarta (23), o ex-ministro disse que Temer o "enquadrou" para que ele encontrasse uma "saída" para desembargar a construção do condomínio La Vue, na capital baiana, no qual Geddel comprou um apartamento.
Após o depoimento de Marcelo Calero à PF vazar na imprensa, o porta-voz da Presidência da República, Alexandre Parola, afirmou que Temer procurou o ex-ministro da Cultura para resolver o "impasse" entre ele, Calero, e o chefe da Secretaria de Governo (leia a íntegra do pronunciamento de Parola ao final desta reportagem).
Segundo o colunista do G1 Matheus Leitão, a Procuradoria Geral da República (PGR) deve pedir a abertura de investigação para apurar se o ministro Geddel Vieira Lima fez tráfico de influência ao pressionar o ex-colega da Esplanada dos Ministérios.
A PGR recebeu nesta quinta-feira (24) o depoimento que Calero prestou à Polícia Federal. O documento inicialmente foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o encaminhou para a análise dos procuradores da República.
A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, remeteu o depoimento à PGR antes de mandar sortear o caso para relatoria de algum dos minstros do tribunal.
Caberá agora ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, avaliar se pede autorização ao Supremo para investigar o ministro da Secretaria de Governo.
Calero pediu demissão do cargo de ministro na última sexta-feira (18) e, posteriormente, acusou Geddel de tê-lo pressionado a conceder a licença de construção do prédio de luxo localizado em um bairro nobre de Salvador, que havia sido barrado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Na condição de ministro, Geddel tem direito ao chamado "foro privilegiado", ou seja, ser investigado e processado pelo STF, a mais alta Corte do país. Por isso, a investigação precisa ser autorizada por um dos 11 ministros do tribunal.
Para a PF, Geddel deve ser investigado, mas a palavra final sobre uma eventual abertura de inquérito cabe à PGR.
Comissão de Ética
Na segunda-feira (21), a Comissão de Ética Pública da Presidência da República decidiu abrir um processo para investigar a conduta de Geddel no episódio relatado pelo ex-ministro da Cultura.
O colegiado fiscaliza eventuais conflitos de interesse envolvendo integrantes do governo, mas não tem poder para punir nenhum servidor público, apenas pode recomendar ao chefe do Executivo sanções a integrantes do governo, entre as quais demissões.
Nos últimos dias, Geddel admitiu que é proprietário de um apartamento no empreendimento, confirmou que procurou o então ministro da Cultura para tratar do embargo à obra, mas negou que tivesse pressionado Calero para liberar a construção do edifício.
La Vue (Foto: Reprodução)Projeto do condomínio La Vue (Foto: Reprodução)
A obra embargada
O empreendimento imobiliário pivô da saída de Marcelo Calero do Ministério da Cultura foi embargado pela direção nacional do Iphan em razão de estar localizado em uma área tombada como patrimônio cultural da União, sujeita a regramento especial. Os construtores pretendem erguer um prédio com 31 andares, mas o Iphan autorizou a construção de, no máximo, 13 pavimentos.
Com vista privilegiada para a Baía de Todos-os-Santos, o condomívio La Vue começou a ser construído em outubro de 2015. O metro quadrado dos apartamentos – um por andar – custa em torno de R$ 10 mil. O edifício tem apartamentos com quatro suítes de 259m² e uma cobertura chamada "Top House" de 450 m². Os imóveis no La Vue variam de R$ 2,6 milhões a R$ 4,5 milhões.
No sábado, o instituto informou que a obra foi embargada após estudos técnicos apontarem impacto do empreendimento em cinco imóveis tombados da vizinhança do condomínio: o forte e farol de Santo Antônio, o forte de Santa Maria, o conjunto arquitetônico do Outeiro de Santo Antônio (que inclui o forte de São Diogo), além da própria Igreja de Santo Antônio (leia mais sobre os argumentos do Iphan ao final desta reportagem).
Parentes
Familiares do ministro da Secretaria de Governo integram a defesa do empreendimento imobiliário de Salvador barrado pelo Iphan, no qual ele afirma ter comprado um imóvel, publicou na quarta-feira o jornal "Folha de S.Paulo".
Segundo o jornal, um primo e um sobrinho de Geddel atuam como representantes do empreendimento La Vue Ladeira da Barra junto ao Iphan.
A publicação afirmou que, em um documento anexado ao processo administrativo que tramitou junto ao Iphan, a empresa Porto Ladeira da Barra Empreendimento – responsável pelo La Vue, interditado pelo órgão ligado ao Ministério da Cultura – nomeou como procuradores os advogados Igor Andrade Costa, Jayme Vieira Lima Filho e o estagiário Afrísio Vieira Lima Neto.
Ainda de acordo com a "Folha", Jayme é primo de Geddel e também seria sócio dele no restaurante Al Mare, em Salvador. Já o estagiáriao Afrísio Vieira Lima Neto é filho do deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão do ministro da Secretaria de Governo.
A procuração, informou o jornal, foi assinada em 17 de maio de 2016, cinco dias depois de Geddel assumir o comando da Secretaria de Governo. Fonte G1.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Sarau do Velho Chico

Vamos Nessa!

Professor Edgar Bom Jardim - PE

A nova reforma política


O Senado aprovou nesta quarta-feira, 23 de novembro 2016, a nova reforma política com 63 votos favoráveis e 9 contrários a PEC 36, que cria a claásula de barreiras e acaba com as coligações partidárias proporcionais. Partidos novos como REDE e ideológicos como PSOL, PCdo B, os partidos nanicos e os de aluguel.poderão ser extintos se a matéria também for aprovada na Câmara dos Deputados.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Três dicas para descobrir se uma notícia é falsa

Foto mostra Trump e criança que seria do Oriente MédioImage copyrightNEO NEWS
Image captionUma das falsas notícias afirmava que Trump teria nascido no Paquistão
"Donald Trump nasceu no Paquistão."
"Yoko Ono teve uma relação amorosa com Hillary Clinton nos anos 70."
Essas são algumas das "notícias" inverídicas que circularam pela internet e acabaram compartilhadas por milhares de leitores nas redes sociais.
E elas não são as únicas: uma série de informações falsas ganhou repercussão enorme nos últimos tempos.
A frequência com que apareceram e a velocidade com a qual se propagaram durante a campanha eleitoral nos Estados Unidos, por exemplo, deixou muita gente preocupada.
Mas afinal de contas, como, no meio de tanto ruído, saber o que é real e o que é falso?
A resposta começa por fazer as perguntas certas:

1) Checar se a fonte é de confiança

Uma notícia falsa que teve muita repercussão recentemente dizia respeito a supostos vídeos transmitidos ao vivo pelo Facebook diretamente do espaço.
Eles foram compartilhados em páginas como Unilad, Viral USA, Interestinatee também em vários canais no YouTube.
Sim, as imagens eram reais. Mas não se tratava de uma transmissão ao vivo. Era uma notícia falsa.
Nem a página oficial do Facebook da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, nem a Estação Espacial Internacional - que poderiam estar relacionadas com as imagens - mencionaram as tais transmissões.
Print da notícia falsaImage copyrightWORLD NEWS DAILY
Image captionSegundo o World News Daily, Yoko teria admitido um romance com Hillary Clinton

2) Soa estranho demais para ser real? Desconfie

Uma "notícia" sobre um romance entre Yoko Ono e Hillary Clinton foi publicada na página World News Daily.
Segundo a publicação, o relacionamento teria começado no meio dos protestos contra a Guerra do Vietnã, durante a década de 1970.
O suposto romance teria continuado quando a artista japonesa se mudou para Nova York com John Lennon e enquanto a democrata estudava na Universidade de Yale, em Connecticut. E durado até que as duas "perdessem contato".
A fonte? Supostas declarações que a viúva de Lennon teria feito durante uma apresentação no Museu de Arte Moderna de Los Angeles, que teriam "surpreendido jornalistas".
"Compartilhamos muitos valores sobre a igualdade de gênero e a luta contra a sociedade autoritária, patriarcal e machista", teria dito Ono.
Já a falsa notícia sobre o suposto nascimento de Trump no Paquistão, citada no início desta reportagem, foi divulgada pela rede de televisão paquistanesa Neo News.
O canal assegurava que o presidente eleito dos Estados Unidos teria nascido em uma família muçulmana no vale de Shawal, e não em Nova York. Além disso, o nome real dele seria Dawood Ibrahim Khan.
A "notícia" foi compartilhada por muitos usuários nas redes sociais, entre eles um jornalista - o correspondente do jornal The Atlantic Graeme Wood - e repercutiu em meios de comunicação em todo o mundo.
Vídeos do espaçoImage copyrightNATHAN WILLIAMS-NEWSI
Image captionVídeos que viralizaram não foram transmitidos em fontes oficiais como a Nasa - um grande indicativo de que a transmissão ao vivo era falsa
A hipótese não fazia sentido algum - ela ironizava os comentários de Trump de que o presidente Barack Obama não teria nascido nos Estados Unidos.
Mas há casos em que é mais complicado distinguir a realidade da ficção.
Um exemplo são as informações falsas sobre as execuções que teriam sido ordenadas pelo líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un.
Alguns textos citavam penas cruéis e espantosas, como o que afirmava que o tio dele teria sido devorado por cachorros ou que ele teria disparado um canhão antiaéreo contra seu ministro da Defesa.
Por se tratar de um país tão fechado, a disponibilidade de acionar fontes para conferir os fatos é mais limitada.
Grande parte dessas informações foi emitida pelo Serviço Nacional de Inteligência da Coreia do Sul, conhecido pela sigla em inglês, NIS, e transmitida através da agência oficial de notícias Yonhap a vários veículos de mídia internacionais.
Depois, o próprio NIS desmentiu algumas dessas informações.

3) Verificar se a notícia pode ser checada

Existem páginas na internet, como a irlandesa FactCheckIn, que se encarregam de comprovar, de maneira independente, notícias e afirmações de políticos e de meios de comunicação. São conhecidos como sites de verificação de dados, ou fact-checking.
"Nosso desejo é promover um debate político que se baseie em cifras e dados, e não em estereótipos e preconceitos", explicam os responsáveis.
Outros exemplos são o Ojo Biónico, no Peru, ou a brasileira Agência Lupa.
Segundo o censo anual do Laboratório de Repórteres da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, esse tipo de projeto jornalístico aumentou muito em todo mundo entre 2015 e 2016, chegando a quase dobrar em quantidade.
Somente no último ano, surgiram sete novos projetos apenas na América Latina.
Ri Yong-gil e Kim Jon-unImage copyrightREUTERS
Image captionOutra notícia falsa foi a de que o líder norte-coreano teria atingido o ministro da Defesa com um canhão antiaéreo
Sobre os grandes veículos de comunicação, comprometidos com a verificação de dados, como a BBC, é importante comprovar que a página é realmente aquela que você acredita que é.
Alguns sites ou páginas nas redes sociais são desenvolvidos para ter o mesmo visual da grande imprensa e são usados justamente para confundir os leitores.
No caso das redes sociais, você deve sempre observar se a página é verificada - elas contêm um selo azul ao lado do perfil. Fonte: BBC Brasil
Professor Edgar Bom Jardim - PE