segunda-feira, 16 de março de 2020

Coronavírus: as medidas mais recentes tomadas por governos no Brasil e no mundo contra a pandemia



Pessoa com máscara tira foto no Cristo RedentorDireito de imagemEPA
Image captionCidades do Rio de Janeiro e São Paulo já têm casos confirmados de transmissão comunitária
Governos ao redor do mundo vêm anunciando diariamente novas medidas para conter a disseminação do novo coronavírus. A covid-19, doença causada pelo vírus, já matou mais de 6.500 pessoas — mais de 167 mil casos foram reportados até esta segunda-feira (16/03).
No Brasil, o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel decretou nesta segunda estado de emergência e recomendou o fechamento de lojas de shoppings, clubes e academias.
Restaurantes e bares só poderão atender a um terço de sua capacidade, assim como as praças de alimentação de shoppings. Na semana passada, o governo já havia recomendado o esvaziamento das praias fluminenses.
De acordo com Witzel, a Polícia Militar vai usar alto-falantes para pedir que as pessoas permaneçam em casa.
As aulas nas redes pública e privada, em escolas e universidades do Estado, estão suspensas por 15 dias, além de eventos esportivos, shows, feiras, comícios, passeatas, entre outros. Também foi anunciado o fechamento de teatros, casas de show e cinemas.
Em São Paulo, o governo do Estado recomendou o cancelamento de eventos de lazer, culturais e esportivos com mais de 500 participantes.
Também determinou a suspensão imediata das aulas em universidades públicas e uma suspensão gradual nas escolas das redes públicas estadual e municipal da cidade de São Paulo, a partir de 16 de março. As escolas continuarão abertas por uma semana após esta data, e, no dia 23 de março, as aulas serão suspensas. A rede privada recebeu a recomendação de seguir os mesmos procedimentos.
A data foi determinada a fim de dar tempo suficiente para que as famílias se organizem para o período em que as escolas ficarão fechadas. O governo pediu que as crianças não sejam deixadas com os avós, porque idosos têm mais chances de desenvolver quadros graves quando são infectados pelo novo coronavírus.
O governo paulista afirmou que ainda não há uma previsão de quando as atividades de ensino serão retomadas e que isso será avaliado constantemente, de acordo com a evolução da epidemia.
Além disso, os funcionários públicos estaduais de São Paulo com mais de 60 anos, com exceção dos que atuam nas áreas de segurança pública e saúde, deverão trabalhar de casa. Museus, bibliotecas, teatros e centros culturais do estado ficarão fechados por até 30 dias.

Antecipação de férias

Na sexta-feira (13/03), o Ministério da Saúde já havia anunciado as recomendações gerais para todos os Estados, que incluem o isolamento voluntário de uma semana (a partir da data do desembarque) para pessoas que viajaram ao exterior recentemente e o isolamento de casos suspeitos por 14 dias em casa ou hospital.
De acordo com o governo federal, grandes eventos (governamentais, esportivos, culturais, comerciais, religiosos etc.) devem ser cancelados ou adiados, caso haja tempo hábil para a mudança. Se não for possível, recomenda-se que o evento seja feito sem público.
Nos Estados em que já foi registrada transmissão comunitária do vírus — atualmente São Paulo e Rio — deve-se optar pelo ensino à distância ou a antecipação de férias para instituições de ensino; o trabalho remoto também deve ser estimulado.
A transmissão comunitária ocorre quando há casos em que não é mais possível identificar a cadeia de infecção. Isso significa que o vírus está circulando livremente na população. Até então, só havia registros de casos importados ou de transmissão local, em que é possível identificar a origem da infecção.
Conheça as medidas anunciadas em outros países ao redor do mundo:
Homem com máscaraDireito de imagemREUTERS
Image captionGoverno britânico recomendou que sejam evitadas viagens não essenciais

Reino Unido

No Reino Unido, o primeiro-ministro, Boris Johnson, afirmou que os britânicos devem evitar viagens que não sejam essenciais e o contato pessoal entre si, além de trabalharem de casa sempre que possível.
Lugares cheios, como bares, festas e teatros devem ser evitados. Em lares em que ao menos uma pessoa apresentar sintomas como tosse persistente ou febre, todos devem ficar em quarentena doméstica por 14 dias.
As escolas, porém, continuarão abertas e não foram anunciadas restrições a viagens.

França

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou medidas mais restritivas no país a partir desta terça-feira (17/03). Toda a população deve permanecer em casa por 15 dias, com a exceção de deslocamentes essenciais — violações serão punidas.
"Estamos em guerra", afirmou Macron em pronunciamento.
Militares ajudarão a transportar os infectados pelo vírus aos hospitais, e o segundo turno das eleições municipais foi adiado. Escolas e universidades do país também foram fechadas, assim como atrações turísticas como o Museu do Louvre e a Torre Eiffel.

Alemanha

A Alemanha também anunciou diversas medidas para limitar o contato social no país, incluindo o fechamento de lojas, casas noturnas e bares.
Restaurantes deverão garantir uma distância mínima entre as mesas e funcionar em horários limitados.
As escolas foram fechadas e grandes aglomerações também estão proibidas. Além disso, o país fechou as fronteiras terrestres com França, Áustria, Suíça e Luxemburgo.
Mulher na janela, abaixo da qual se vê bandeira da ItáliaDireito de imagemEPA/ETTORE FERRARI
Image captionItália está em emergência desde o final de fevereiro e em quarentena geral há uma semana

Outros países europeus

A Comissão Europeia propôs na segunda-feira a restrição de todas as viagens não essenciais para países na União Europeia. Residentes de longo prazo, familiares de europeus e diplomatas, assim como funcionários de saúde, ficariam isentos da proibição.
A restrição deve ser aprovada por todos os 26 Estados-membros que fazem parte do Acordo Schengen, que aboliu controles de fronteiras na área.
A Espanha iniciaria o controle em suas fronteiras terrestres a partir da noite desta segunda-feira e apenas espanhóis, residentes e pessoas em situações especiais poderão entrar no país.
O governo espanhol impôs restrições duras à população de 47 milhões de habitantes, como parte de um estado de emergência de 15 dias. As pessoas não devem sair de suas casas a não ser que precisem comprar suprimentos essenciais ou remédios, ou para trabalhar.
A Itália, o país mais afetado fora da China, decretou quarentena nacional em 9 de março.
Países como Polônia, Grécia e Ucrânia também anunciaram restrições ao comércio, em viagens ou à movimentação de pessoas para conter a disseminação do vírus.

EUA e Canadá

Os Estados Unidos impuseram restrições de viagens aos 26 países da União Europeia, impedindo a entrada de qualquer pessoa que tenha estado na Europa nos últimos 14 dias (com a exceção de cidadãos americanos). A decisão também foi estendida ao Reino Unido e à Irlanda.
O presidente Donald Trump anunciou o fechamento de escolas e pediu que sejam evitados encontros com mais de 10 pessoas, viagens não essenciais e visitas a restaurantes de bares. Ele também pediu que todos os idosos fiquem em casa.
No Canadá, as fronteiras serão fechadas a todos que não sejam cidadãos ou residentes permanentes — a medida não inclui cidadãos americanos.
Apenas quatro aeroportos canadenses aceitarão voos internacionais a partir de quarta-feira (18/3).

Argentina

A Argentina foi o país que registrou a primeira morte na América Latina. Levando isso em conta, o governo argentino anunciou que as aulas serão suspensas em todos os níveis educacionais do país pelos próximos 14 dias. Além disso, segundo o jornal La Nación, as autoridades vão verificar "casa por casa" se os argentinos que viajaram para áreas de risco estão cumprindo o auto-isolamento.
Na quinta-feira, já havia sido decretada a suspensão de voos por 30 dias da Europa, EUA, Coreia do Sul, Japão, China e Irã. Além disso, todos os eventos com grande aglomeração de pessoas, desde shows até partidas esportivas, passando por reuniões culturais, comerciais e educacionais, foram suspensos.

Bolívia

Na Bolívia, o governo declarou emergência nacional e suspendeu as aulas em todos os níveis até 31 de março.
A presidente em exercício, Jeanine Áñez, anunciou a proibição à entrada no país de passageiros vindos da China, Coreia, Itália e Espanha. A suspensão de voos para e da Europa e "grandes eventos públicos" com mais de 1 mil pessoas já havia sido tomada.

Colômbia

O governo de Iván Duque decretou um estado de emergência sanitária até 30 de março, o que confere ao presidente poderes extraordinários para mitigar a crise.
O presidente ordenou o fechamento da fronteira com a Venezuela no dia 14 de março, além de decretar a proibição de entrada de estrangeiros da Europa e da Ásia.
Outras restrições anteriormente tomadas são o desembarque de cruzeiros e o cancelamento ou adiamento de todos os eventos com mais de 500 pessoas, incluindo o festival de música Estéreo Picnic, o campeonato de futebol profissional e a Feira do Livro de Bogotá.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 15 de março de 2020

O espelho é o pânico



Contemplar o azul no horizonte toca no coração. O mundo se enche de luz quando se inquieta o sentimento que aquece a solidariedade. O azul chama o canto dos pássaros, nos faz pensar no infinito e na possibilidade de desenhar um avesso alegre para celebrar as convivências. Mas nem tudo é azul. Há turbulências de tempestades e os medos assombram com força global. O pior é que o pânico se espalha com rapidez. Os olhares se desviam, a instabilidade quebra espelhos de imagens serenas.
É difícil aceitar que é fantasia ou mentira preparada para atiçar o poder que sacode o cinismo e se veste de notícias estranhas. Não se trata de negar o riso, porém a sociedade não deve possuir senhores que usam ironias radicalizadas. A tensão se balança, o cansaço pesa na cabeça e os escândalos procuram garantir privilégios. A dúvida ajuda a sentir que os enganos e a mesquinhez não saem do cotidiano.
Será que vamos para um deserto, depois de pularmos abismos e navegar nos pântanos? Quem sabe? Há governantes que se assanham com as desgraças dos outros e nutrem o bélico. Portanto, não esqueça que o mapa não é o território. Existem metáforas e pessoas que se refugiam . O mundo gira, não para, deixa tonturas e não sinaliza com progressos. Apenas, produz representações não basta. Somos mesmo exóticos ou panos esfarrapados rasgados pelas incertezas?
Entre no circo, sem nostalgias. Lembre-se do voo do trapézio que o assustava na infância. Fotografe a tristeza do palhaço. Não se seja ingênuo. As ambiguidades andam apressadas querendo afirmar teorias. Nessas idas e vindas Platão foge da caverno, Napoleão deseja vencer todas as guerras, Gramsci aponta as desigualdades e se contrapõe a Mussolini. As escritas multiplicam cada ilusão, pinta paraísos antigos. Para alguns, o futuro anunciará a salvação. Mas quem será o messias?

Paulo Rezende

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Governo suspende aulas de escolas estaduais do Recife



Escola da Rede Estadual
Escola da Rede EstadualFoto: Bruno Campos/Arquivo Folha de Pernambuco
Escolas estaduais localizadas no Recife terão suas aulas suspensas a partir da próxima quarta-feira (18) como medida de prevenção contra o novo coronavírus. A medida foi anunciada neste domingo (15) pelo Governo do Estado e vale também para escolas técnicas e universidades. Mais cedo, a Prefeitura do Recife (PCR) já havia informado a paralisação nas atividades das unidades de ensino da Rede Municipal. A decisão vale até o fim do mês de março.

O governador Paulo Câmara vai se reunir com os prefeitos da Região Metropolitana do Recife (RMR) e a Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe) para avaliar as aulas nos outros municípios do Estado também serão suspensas.


Confira a nota do Governo do Estado na íntegra:
O Governo de Pernambuco informa que as unidades de ensino estaduais (escolas, escolas técnicas e universidades) localizadas no Recife irão seguir a orientação da autoridade sanitária municipal. Portanto, as aulas estarão suspensas, a partir da próxima quarta-feira (18), nesta cidade.

No momento, não há indicativo de ampliação da medida para outros municípios, tendo em vista que todos os casos confirmados estão restritos à capital. Esta decisão será avaliada e atualizada diariamente.

Nesta segunda-feira, o Governo de Pernambuco vai reunir os prefeitos da Região Metropolitana do Recife e o presidente da Amupe, José Patriota, para tratar novamente do assunto.


Com Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Coronavírus: quais são as recomendações para evitar a contaminação?




O Ministério da Saúde divulgou no início desta sexta-feira 13 uma série de recomendações para evitar o avanço do Covid-19. Até o momento, o Brasil contabiliza 121 casos confirmados e 1496 suspeitos, de acordo com levantamento feito pela Plataforma Integrada de Vigilância em Saúde.

No entanto, após atualização dos dados, os estados da Bahia, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Amazonas confirmaram novos casos locais, na sexta-feira 13, e ampliaram o número de pacientes da doença para 107. Segundo o Ministério, se as ações não forem tomadas há risco de que os casos no país dobrem a cada três dias. Confira!
Comportamentos individuais
  • Utilizar o antebraço para cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar. Em caso de uso de lenço, ele deve ser descartado
  • Lavar as mãos com frequência e ficar em casa se estiver doente
  • Utilizar máscara se estiver doente ou tiver contato domiciliar com doentes. Os profissionais de saúde devem utilizá-la
  • Evitar apertos de mão, não compartilhar alimentos e bebidas.
  • Aumentar a distância social, evitando a exposição a lugares lotados
  • Idosos e doentes crônicos não devem frequentar lugares de grandes aglomerações, como cinemas, teatros, shoppings ou mesmo planejar viagens
  • Se possível, mudar rotina no transporte público.
  • Preferir exercícios ao ar livre. Academias podem estimular horários alternativos e reforçar higiene de seus equipamentos.
  •  Quem usa medicamentos contínuos deve pedir prescrições com validade mais prolongada, para evitar ter que ir a uma unidade de saúde no período entre o outono e o inverno.
  • Preferir compras fora de horário de pico.
Empresas e instituições de ensino
  • Shoppings e comércios devem permitir aos frequentadores lavarem as mãos com frequência, disponibilizar álcool 70%, toalhas descartáveis e cuidar da limpeza dos ambientes com mais frequência, incluindo pisos, corrimões e maçanetas
  • Empresas devem incentivar reuniões virtuais, cancelar viagens que não sejam essenciais e usar o home office (trabalho remoto). Também é recomendada a adoção de horários alternativos e escalas diferenciadas para os trabalhadores, para que haja menos pessoas circulando em horários de pico.
  • Instituições de ensino devem planejar a antecipação de férias – para diminuir o prejuízo ao calendário escolar – mudar horários de aulas e usar ferramentas de ensino a distância. As superfícies em que os estudantes tem contato direto, como corrimões e maçanetas, devem ter limpeza redobrada. Estudantes devem ter seu próprio recipiente para tomar água e evitar bebedouros.
Eventos
  • Eventos com concentração próxima de pessoas devem ser cancelados ou adiados se houver tempo hábil. Se isso não for possível, a recomendação é que o evento ocorra sem público. A recomendação vale tanto para eventos em massa como para aqueles em local fechado, sejam governamentais, esportivos, artísticos, culturais, políticos, científicos, comerciais ou religiosos
  • Cruzeiros turísticos também devem ser adiados enquanto o período de emergência em saúde pública estiver em vigor.
  • Velórios de pessoas que morreram por infecção de Covid-19 devem acontecer sem aglomeração de pessoas.
  • Viajantes internacionais que chegarem ao Brasil devem ficar em isolamento domiciliar por 7 dias, mesmo que não tenham sintomas de Covid-19.
  • As pessoas com sintomas devem ficar em isolamento domiciliar por até 14 dias.
  • Se, durante esse isolamento, tiverem falta de ar (dispneia), ou febre com tosse, devem procurar uma unidade de saúde. No caso de falta de ar, deverá ser procurada uma unidade de referência.
Atendimento médico
  • As pessoas não devem procurar atendimento médico se tiverem apenas tosse, apenas coriza, apenas coriza e mal estar e sensação de moleza no corpo ou apenas febre. A recomendação é que se procure a rede de atendimento se os sintomas aparecem ao mesmo tempo. Caso ocorra apenas um dos sintomas, a recomendação do Ministério da Saúde é que se entre em contato com o número 136 para que uma equipe de saúde possa dar orientações.
Sistemas de saúde
  • A depender da situação, trabalhadores de saúde devem usar equipamentos de proteção individual
  • A triagem nas redes de atendimento deve ser feita mais rápida para evitar que pessoas com sistemas respiratórios passem muito tempo nas salas de espera. Vacinações devem ser feitas em áreas abertas
  • Os sistemas também devem planejar a ampliação das equipes, com estagiários, estudantes e aposentados e realizar campanhas de sensibilização da população
  • Nas UTIs, devem ser monitoradas as admissões e as altas relacionadas ao Covid-19. Secretarias municipais devem ter atualizações diárias desses dados.
  • Carta Capital/G1
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 14 de março de 2020

Confirmados mais cinco casos de coronavírus em Pernambuco. Paixão de Cristo é adiada



Coletiva de imprensa anuncia novos casos de coronavírus
Coletiva de imprensa anuncia novos casos de coronavírusFoto: Matheus Moura/Folha de Pernambuco

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), convocou a imprensa na tarde deste sábado (14), no Palácio do Campo das Princesas, para anunciar a confirmação de mais cinco casos do novo coronavírus no Estado. 
A Secretaria Estadual de Saúde notificou 103 casos da doença. Com as confirmação das novas cinco ocorrências do novo coronavírus no Estado, sobe para sete o número de pessoas infectadas.

A mulher, que teve contato com o casal de infectado pelo vírus, tem 97 anos e está em isolamento domiciliar no Recife. Por sua vez, o homem de 71 anos e a mulher de 66 anos estão em isolamento hospitalar em unidade privada, também na Capital do Estado.

Outros três casos confirmados com a doença do covid-19 são pessoas com histórico de viagem para Itália e Portugal, todos eles residentes do Recife. Sendo assim, uma mulher de 60 anos, uma mulher de 58 anos e um homem de 68 anos. Todos em isolamento domiciliar.

O teste do canadense, atualmente no Real Hospital Português, que estava no navio retido no Porto do Recife, deu positivo. Não há detalhes sobre o boletim médico do paciente.

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Geraldo Julio anuncia mais ações emergenciais contra o Coronavírus
Especialistas afirmam que momento ainda é de prevenção em Pernambuco
No navio, que permanece ancorado no Porto, há dez brasileiros e outras 599 pessoas de 18 nacionalidades, segundo o Secretário de Turismo, Rodrigo Novaes. De acordo com informações do Coordenador da Anvisa de Pernambuco, o navio está com condições de manter os passageiros isolados e com um positivo armazenamento de alimentos. 
Está prevista, para esse domingo (15), uma nova coletiva com possíveis novas medidas.
Na coletiva, estavam presentes os secretários de Turismo (Rodrigo Novaes), Saúde (Gilberto Freyre Neto), Defesa Social (Antônio de Pádua) e o coordenador da Anvisa de Pernambuco (Olimar Cardoso dos Santos).

No decreto estadual, o Governador Paulo Câmara assinou a suspensão de eventos com mais de 500 pessoas. Também está suspensa a viagem de servidores do Estado para o exterior e outros Estados brasileiros. A medida tem como objetivo conter a propagação da doença no Estado. Não há previsão para suspensão nas atividades escolares.

Também foi sugerido no decreto, pelo secretário de Saúde, André Longo, a restrição de contato sociais a idosos e pessoas com doenças crônicas, como Bronquite, enfisema pulmonar e problemas cardíacos.

FutebolAinda de acordo com o secretário de Turismo, o jogo do Santa Cruz contra o Decisão acontece de protões fechados no Arruda.

Paixão de CristoEstá sendo discutido o adiamento da Paixão de Cristo, que acontece entre os dias 4 e 11 de abril, para o mês de setembro deste ano de 2020. Com Folha de Pernambuco

Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 12 de março de 2020

Coronavírus livra Bolsonaro da humilhação de manifestação fracassada



Pronunciamento de Bolsonaro é exibido em TV no meio da rua à noite no Rio de Janeiro, ao lado de combe e pedestreDireito de imagemREUTERS/RICARDO MORAES
Image captionPronunciamento de Bolsonaro é exibido em TV no Rio de Janeiro; na fala, o presidente pediu que atos convocados em seu apoio fossem 'repensados' devido ao avanço do coronavírus
O presidente Jair Bolsonaro recomendou nesta quinta-feira (12) que os atos convocados em seu apoio para este domingo fossem "repensados" devido ao avanço do coronavírus no país. Ele próprio é suspeito de ter contraído a doença durante viagem que fez aos Estados Unidos — o resultado do exame deve sair nesta sexta.
A recomendação do presidente foi reforçada esta noite em pronunciamento nacional em rede de televisão. Pouco antes, Bolsonaro já havia sugerido a suspensão dos atos em uma transmissão pelo Facebook ao lado do ministro da Saúde, Luiz Mandetta, em que ambos usaram máscaras no rosto.
"O sistema de saúde brasileiro, como os demais países, tem um limite de pacientes que podem ser atendidos. O governo está atento para manter a evolução do quadro sob controle. É provável que o número de infectados aumente nos próximos dias, sem no entanto ser motivo de qualquer pânico", disse durante o pronunciamento em cadeia nacional de TV.
Após destacar a "recomendação das autoridades sanitárias para que evitemos grandes concentrações populares", o presidente disse também: "Os movimentos espontâneos e legítimos marcados para o dia 15 de março atendem os interesses da nação, balizados pela lei e pela ordem. Demonstram um amadurecimento da nossa democracia presidencialista e são expressões evidentes de nossa liberdade. Precisam, no entanto, diante dos fatos recentes, serem repensados. Nossa saúde e de nossos familiares deve ser preservada".
No Brasil, os casos de Sars-cov-2, como é chamado oficialmente o novo coronavírus, têm crescido exponencialmente nos últimos dias — até esta quinta-feira eram 77 registros, segundo o Ministério da Saúde.
Grupos como o Movimento Avança Brasil e Nas Ruas, que mais cedo ainda mantinham o chamado para os protestos, decidiram cancelar as convocações para domingo após a sinalização do presidente pela suspensão dos atos. Os movimentos ainda vão decidir nova data para as mobilizações.
"Conclamamos porém, que todos juntem-se a nós em um MEGA PANELAÇO no dia 15/03 às 20h em desagravo às atitudes de congressistas IRRESPONSÁVEIS que não tem o BRASIL ACIMA DE TUDO e que somente pensam em seus benefícios particulares", convocou por meio de nota o Movimento Avança Brasil, ao anunciar o adiamento dos atos.
O grupo República de Curitiba também desistiu de participar dos atos horas antes da solicitação presidencial.
"Continuaremos através de nossas redes sociais e equipe combatendo a corrupção e lutando por um Brasil melhor, apoiando o governo eleito democraticamente do presidente Jair Messias Bolsonaro", disse o presidente do grupo, Paulo Generoso.

Polêmicas

A mobilização em apoio ao presidente estava prevista para dezenas de cidades do país e foi marcada com semanas de antecedência. A convocação gerou críticas de parte dos brasileiros que enxergou no movimento pró-governo um víes antidemocrático de defesa de fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.
Por causa disso, um vídeo de divulgação dos atos compartilhado por Bolsonaro pelo WhatsApp no final de fevereiro gerou forte reação, inclusive com manifestações críticas do ministro Celso de Melo, decano do STF, e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia.
Nas redes sociais, mensagens de convocação aos atos com ataques a Rodrigo Maia e aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e do STF, Dias Toffoli, foram comuns.
O ministro Luiz Mandetta, o presidente e intérprete de Libras com máscaras durante transmissão ao vivo no FacebookDireito de imagemREPRODUÇÃO/FACEBOOK
Image captionO ministro Luiz Mandetta, o presidente e intérprete de Libras durante transmissão ao vivo no Facebook em que Bolsonaro sugeriu a suspensão dos atos em seu favor por conta de avanço da doença
Monitoramento da FGV Dapp (Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas) entre os dias 20 de fevereiro e 10 de março indicou que as dez hashtags mais usadas nas postagens em convocação aos atos incluíam: #dia15porbolsonaro, #somostodosbolsonaro, #maiagolpista e #queromaianacadeia.
Lideranças ouvidas pela BBC News Brasil, porém, negam que os atos sejam a favor do fechamento do Congresso e do STF. Eles acusam, no entanto, os dois poderes de agirem contra iniciativas do governo Bolsonaro. Já os que defendem essa atuação do Legislativo e do Judiciário argumentam que os dois Poderes têm legitimidade para barrar propostas do Executivo.
"Obviamente a gente tem restrições contra alguns congressistas e alguns membros do STF, por causa de suas atitudes, mas não é em reação às instituições", disse o coordenador do Avança Brasil, Nilton Caccáos.

Divergências no foco dos protestos

As últimas semanas de mobilização pelos atos foram marcadas por forte tensão entre o governo e o Congresso devido à disputa pelo controle de cerca de R$ 30 bilhões do Orçamento Federal, questão que ainda está em aberto.
Um dos momentos de maior desgaste entre os dois Poderes ocorreu quando o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), General Augusto Heleno, acusou o Congresso de estar chantageando o governo na tentativa de controlar essas verbas. Sem ele saber, a fala foi captada por uma transmissão ao vivo da página oficial do presidente no Facebook, tornando-se pública.
"Não podemos aceitar esses caras chantageando a gente. Foda-se", disse a autoridades próximas a ele no evento.
Em meio às críticas ao teor das manifestações, alguns apoiadores das mobilizações defenderam dar maior enforque à defesa das reformas econômicas — como o empresário Winston Ling, forte apoiador de Bolsonaro. Outros bolsonaristas, porém, insistiram que os atos deveriam ter uma pauta única de defesa de Bolsonaro, contra o Congresso, e referendaram a fala de Heleno.
"Vejo movimentações para incluir reformas e ideais como pautas, mas pensem comigo, não haverá efetividade, se antes não livrarmos o executivo das garras do establishment, que semanalmente inventa uma nova forma de chantagear o Governo Bolsonaro. Esse foi o desabafo do Gen. Heleno!", escreveu no Twitter Maurício Costa, coordenador nacional do Movimento Brasil Conservado, no dia 5 de março.
"Não permitam que subvertam a pauta ÚNICA do dia 15, mesmo que seja para incluir reformas que apoiamos. Neste momento, estamos indo às ruas ESPECIFICAMENTE para demonstrar apoio total a Jair Bolsonaro. Como o prof. Olavo já alertou tantas vezes, é hora de defendermos o Presidente", escreveu também, em seguida.
O grupo também criticou o movimento República de Curitiba por enfatizar nas suas convocações para os atos a defesa da aprovação pelo Congresso da prisão após condenação em segunda instância.
"Nós incluímos nessa pauta de apoio ao governo a prisão em segunda instância, que é uma pauta do projeto anticrime do (ministro da Justiça, Sergio) Moro. Então, nós consideramos que ao apoiar a segunda instância estamos apoiando o governo da mesma forma", explicou à BBC News Brasil Paulo Generoso, presidente do movimento República de Curitiba.
"Fomos criticados por isso por alguns movimentos de São Paulo, mas não respondemos a crítica, entendemos a posição de cada um. Acho que é importante a gente focar naquilo que a gente concorda, do que nas pequenas diferenças que possam ter surgido", ressaltou.
O enfoque de defesa de Bolsonaro, porém, afastou da mobilização movimentos que lideraram os atos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2015 e 2016, como Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua, apesar de eles apoiarem as agendas dos ministros Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) e Paulo Guedes (Economia).
"Essa manifestação foi marcada tendo pauta única e nacional o apoio ao presidente Bolsonaro, e o Vem Pra Rua nunca apoiou e não apoia pessoas incondicionalmente. A gente apoia causas", disse à BBC News Brasil Rogério Chequer, um dos integrantes do movimento.
"Não apoiamos a manifestação por ser uma manifestação governista. Nós somos um movimento crítico e de fiscalização, não importa o governo", afirmou também à reportagem o coordenador do Movimento Brasil Livre, Renan Santos.
Bolsonaro é visto dentro do Palácio da AlvoradaDireito de imagemREUTERS/ADRIANO MACHADO
Image captionBolsonaro é visto dentro do Palácio da Alvorada; o presidente é suspeito de ter contraído a Covid-19 durante viagem aos EUA — o resultado do exame deve sair nesta sexta-feira

Mobilização nas redes vinha em queda

Mesmo antes do cancelamento, o monitoramento da FGV Dapp nas redes sociais já indicava que a convocação para os atos vinha perdendo força. Segundo esse levantamento, o debate sobre as manifestações de 15 de março somou 3,6 milhões de menções no Twitter de 20 de fevereiro a 10 de março, mas houve queda de 62% no engajamento sobre os protestos que ocorreriam neste domingo entre a última semana de fevereiro e a primeira semana de março.
"O pico de interações sobre os protestos, em mobilização ativa das bases digitais a favor do governo, foi em 26 de fevereiro, após divulgação de que o presidente compartilhou no WhatsApp vídeo de endosso ao #15m. Desde então, os protestos apresentam contínua queda de impacto no Twitter, com leve aumento de repercussão no sábado (07), após fala do presidente em defesa das manifestações", nota o estudo da FGV Dapp.
Monitoramento da consultoria Quaest entre 24 de fevereiro e 10 de março teve conclusão semelhante.
"Dados que temos das manifestações (em apoio a Bolsonaro) em maio do ano passado mostram que, dias antes do protesto, a coisa estava esquentando. Não tava tão fria como essa semana no Twitter, às vésperas dos atos", nota Felipe Nunes, diretor da Quaest e professor de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

'Momento é de prudência, não de pânico', dizem especialistas

No fim da tarde desta quinta-feira (12), a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) divulgou um novo boletim sobre a evolução da doença Covid-19, causada pelo novo coronavírus Sars-CoV-2. Segundo a SBI, o momento no Brasil é de "prudência".
"O momento da epidemia no Brasil é de prudência; não de pânico. A epidemia é dinâmica e as informações e recomendações deste informe podem ser atualizadas em poucos dias, à medida que a epidemia aumente e que novos conhecimentos científicos são publicados", diz o boletim da entidade.
No boletim, a SBI também desaconselha medidas como o fechamento de escolas, faculdades ou escritórios — decisões deste tipo foram anunciadas esta semana pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
O presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Clovis Arns, frisa que a disseminação do novo coronavírus é muito dinâmica: neste momento não há transmissão comunitária da doença, isto é, o vírus ainda não circula de forma livre no país — mas a situação deve ser reavaliada constantemente.
"Hoje, o risco em Brasília, em Curitiba (PR) seria pequeno (em participar de uma manifestação), porque a gente não tem ainda a transmissão chamada comunitária. Que é quando o número de pessoas fica tão grande que você não consegue mais identificar quem passou para quem."
"Sempre que alguém nos pergunta sobre um evento, a gente diz: 'hoje pode. Mas me pergunte de novo amanhã'", diz ele.
"Cada cidade vai ter que avaliar como vai estar o vírus naquele momento (da manifestação). Qual que deve ser a primeira cidade com alguma restrição? São Paulo. Pois é a mais populosa, e a que a mais recebe viajantes (de fora do país). Se chega na sexta-feira (13) e São Paulo já tem, digamos, 300 casos, o ideal seria cancelar as manifestações", diz Arns à BBC News Brasil.
Eduardo Sprinz é chefe do departamento de infectologia do Hospital das Clínicas de Porto Alegre e professor da disciplina na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Segundo ele, as pessoas que forem ao protesto "ficarão potencialmente mais expostas". "Mas a gente não sabe ainda em que medida", diz ele.
"O vírus ainda não está circulando muito no nosso meio. Mas, de qualquer forma, se a gente vai tentar conter a epidemia, o melhor seria ficar em casa ou evitar essas aglomerações", diz Sprinz à BBC.
"O mais importante neste momento é manter a boa educação sanitária. Manter as mãos longe da face, da boca. E, se tocar em alguém, vale a pena usar o álcool em gel", diz ele.
Sprinz estima ainda que a chamada "transmissão comunitária" do vírus deve começar em questão de "alguns dias" nas principais cidades brasileiras, como São Paulo e Rio de Janeiro.
Heloisa Ravagnani Muniz é a presidente da seção local da Sociedade Brasileira de Infectologia no Distrito Federal. Neste momento, diz ela, a entidade "não orienta que seja proibido este tipo de evento".
"Como é um evento em local aberto, não teria uma taxa de transmissão tão alta do coronavírus", diz ela.
"Agora, claro que as pessoas que tem mais de 60 anos, com alguma comorbidade, com alguma doença crônica, devem evitar aglomeração. Tanto pelo corona quanto por causa de outros vírus que possam estar circulando pelo local", diz a especialista.
Com informações Da BBC News Brasil em Brasília

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Roubos caem por 30 meses consecutivos em Pernambuco



Queda dos roubos no Estado atingiram o 30° mês consecutivo
Queda dos roubos no Estado atingiram o 30° mês consecutivoFoto: Divulgação
Mantendo a sequência de queda no número de roubos em Pernambuco, o mês de fevereiro passado registrou uma redução de 12,2% comparada ao mesmo período de 2019. Os dados fazem parte da maior série histórica do programa Pacto pela Vida. A diminuição de 6.520 para 5.725 integra um levantamento que inclui roubos de veículos e celulares, bancos, caixas eletrônicos e carros-fortes.

O freio nessa modalidade criminosa foi maior no Recife, que, em fevereiro deste ano, recuou 21,34% - saiu de 2.404 casos no segundo mês de 2019 para 1.891 no do ano atual. Na Zona da Mata, as 615 queixas do ano passado caíram para 541 (-12,03%), enquanto os municípios da Região Metropolitana do Recife (RMR) retrocederam de 2.073 para 1.931 (-6,85%). Agreste e Sertão obtiveram resultados similares: -4,79% (de 1.065 para 1.014) e -4,13% (de 363 para 348), respectivamente.
O secretário de Defesa Social de Pernambuco, Antonio de Pádua, frisa que os números são resultado da atuação do Pacto pela Vida no Estado. "Sabemos que temos muito trabalho ainda pela frente, mas a expectativa é que, com o reforço de mais de 1.000 policiais na PMPE e na PCPE que fizemos no início deste ano, continuemos a proporcionar mais tranquilidade para os cidadãos", afirma.

Como resposta à diminuição no número de roubos, está o aumento no número de prisões. Em janeiro e fevereiro deste ano, as forças de segurança pública de Pernambuco prenderam 6.693 pessoas em flagrante delito, além de terem apreendido 973 adolescentes por cometerem ato infracional. Nesse intervalo, também retiraram 841 armadas que estavam em poder de criminosos e atuaram em 927 ocorrências de tráfico de entorpecentes.

Celulares roubadosPor meio das polícias Civil e Militar, o número de apreensões de celulares roubados no mês de fevereiro cresceu com em relação ao mesmo período de 2019. No segundo mês do ano passado, as forças de segurança públicas retiraram das mãos dos criminosos 678 aparelhos. Neste ano, o número subiu e chegou a 970 apreensões, uma diferença de mais de 43%.

No total dos primeiros meses, foram confiscados 31% a mais no confronto entre os dois anos: de 1.403 para 1.844 telefones encontrados em posse de suspeitos.

Desde o surgimento do Programa Alerta Celular, em março de 2017, foram recuperados 19.930 aparelhos. No mês passado, a Polícia Civil registrou 2.489 denúncias de celulares roubados, 127 a menos que em fevereiro de 2019. Com a soma dos dois primeiros meses desse ano, a redução de roubo foi de 5.237 para 4.966 aparelhos subtraídos.



Confira a tabela de redução:
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Com Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE