sábado, 7 de setembro de 2019

Fabio Pannunzio é demitido da Band após acusar secretário de Bolsonaro de ‘pedir cabeça de jornalistas


O jornalista Fabio Pannunzio, que se tornou nos últimos meses um dos mais vigorosos críticos do governo de Jair Bolsonaro, anunciou na noite desta quarta-feira (4) que sairá da Band, onde trabalha há mais de 20 anos. Âncora do “Jornal da Noite”, ele deixa o canal paulista dois dias depois de acusar o secretário de Comunicação da Presidência, Fábio Wajngarten, de ser um “dedo-duro intrigante que só sabe pedir cabeças de jornalistas”.
Negando que a demissão tenha relação com o caso, o profissional informou que sua saída da emissora se deu porque precisa “ter, por recomendação médica, uma vida menos tensa e mais pacata”. No entanto, em uma publicação nas redes sociais onde fez agradecimentos a colegas de trabalho, disse que fará uma “série especiais de reportagem” em um projeto na internet.
A confrontação entre Fabio com o secretário de Bolsonaro aconteceu na última segunda-feira (2). Confira algumas publicações:
Tem bolsomínion aí nas redes sugerindo que o Brasil invada a Guiana em retaliação às declarações do Macron. Nosso Galtieri, portanto, já tem o apoio de parte de seu séquito de fanáticos para criar as suas Malvinas.

312 pessoas estão falando sobre isso

“Parente pau-de-arara”, cabeçudo, cabra da peste. Bolsonaro não cansa de agredir os nordestinos, que chamou de “paraíbas” na sexta-feira. Não foi só um ataque de xenofobia. É assim mesmo a cabeça dele.E tudo isso pontuado por uma risada histérica ao final da sua piada sem graca. https://twitter.com/da_museu/status/1152628115753119744 
srzd.com
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Internet Global:Pernambuco na rota mundial da alta conectividade


Operação deve ter início no segundo semestre de 2021. Foto: Seaborn Network / Divulgação
Operação deve ter início no segundo semestre de 2021. Foto: Seaborn Network / Divulgação
Pernambuco na primeira classe da internet mundial. As palavras do consultor e pesquisador Sílvio Meira definem bem o que significa para o Estado o investimento de mais de R$ 200 milhões na implantação de uma rede de transmissão via cabos submarinos, anunciada ontem pelo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach. O início da operação está previsto para o segundo semestre de 2021, um ano e meio após a implantação da infraestrutura submersa que ligará Recife a cidade de New Jersey, nos EUA. Algo que promete colocar o Estado na rota mundial da alta conectividade. Para isso, haverá o investimento de um grupo de cinco empreendedores locais e a participação do Governo do Estado e da Prefeitura do Recife enquanto intermediadores com a empresa responsável pela empreitada, a norte-americana Seaborn Networks, sediada em Boston, Massachusetts (EUA).

A Seaborn já implantou 260 mil km de cabos óticos submarinos em todo o planeta. A conexão que ligará Pernambuco à Internet Global será de 500 quilômetros, fazendo uma “ponte” entre a capital pernambucana e a já existente estrutura de 10,5 mil km de cabos do SeaBras-1, que começa em Nova York e vai até Praia Grande, em São Paulo, pelo fundo do mar. A velocidade de transmissão será de 12 Tbps (terabits por segundo) e a tecnologia a ser implementada é da Alcatel-Lucent, empresa global de telecomunicações sediada na França.

A entrada da capital pernambucana na rota mundial de tráfego de dados em alta velocidade começou há pouco mais de dois anos. Bruno Schwambach conta que quando ainda era secretário de desenvolvimento sustentável e meio ambiente da Prefeitura do Recife, percebeu a necessidade de Pernambuco tornar-se também um hub na conexão de dados e as “falhas” existentes no sistema. “A tecnologia desenvolvida a partir dos Estados Unidos não percorria grandes distâncias e tinha que vir pela praia, descendo pelo Caribe até chegar ao Brasil. Assim, Fortaleza era a primeira parada, por uma questão geográfica”, explica. A conexão do restante dos estados com a internet global faz-se, atualmente, por lá, o que representa, para muitos deles, custo maior e qualidade mais baixa devido à perda de latência (tempo de resposta).

Em 2018 começaram a surgir novas tecnologias como a da Seaborn que permitiu esta conexão direta entre Nova Jersey e São Paulo. São 10.500 km de cabo sem nenhuma parada, diferente do que vinha pelo Caribe. A Bolsa de Valores de São Paulo, por exemplo, conecta-se diretamente com a de Nova York por meio do SeaBras-1 . Outra vantagem é que este cabo está localizado fora da rota dos furacões, portanto apresenta menos vulnerabilidade. A empreitada tornou-se mais viável, ainda, porque, ao fazer a ligação com São Paulo, a Seaborn construiu, no cabo, uma espécie de “joelho”, como se denomina na construção civil, já prevendo a criação de uma conexão nova. O cabo de 500 km que chegará ao Recife será conectado a este “joelho” e de lá para a terra. Se fosse feita a conexão “do zero”, seria necessário um de 7 mil quilômetros ao custo aproximado de R$ 290 milhões de dólares, ao contrário dos R$ 50 milhões a serem investidos.

Investidores locais serão sócios do empreendimento, a pedido da Seaborn. O projeto foi apresentado, em 2018, a um grupo de 25 empresários. Cinco deles, capitaneados por Halim Nagem Neto, da Nagem Informática, embarcaram, literalmente, na ideia. A partir da entrada no licenciamento, que deve acontecer até o final do ano, o início da operação deve acontecer no prazo de 18 meses. Ou seja, segundo semestre de 2021. O serviço, então, será comercializado para as grandes operadoras de telefonia e internet que, a partir daí, oferecem contratos, ofertas e serviços para os clientes. Com este projeto, os aportes na economia do Estado ultrapassarão os R$ 13,5 bilhões.

Um novo e breve futuro

A economia recifense, que tem quase 60% do seu PIB de R$ 49,5 bilhões por ano atrelado ao setor de serviços, deve atrair empresas que ainda não estão instaladas no Recife, mas dependem de comunicação direta com as Américas, Europa e Ásia. “Isto abre um grande conjunto de alternativas para a instalação de novos empreendimentos e a ampliação de uma série de outros, gerando mais empregos e renda”, destaca o governador Paulo Câmara. Outra benesse a longo prazo é a possível chegada de Data Centers, validados a partir da conexão submarina. Para o cidadão comum, a promessa de melhoria mais direta é no dia a dia e nos serviços, a exemplo do ensino a distância. A saúde também beneficia-se com melhor conexão para videoconferências nos hospitais, por exemplo. “A produtividade da economia como um todo melhora muito. Somos um hub aéreo, portuário, logístico. Não poderíamos ficar de fora de ser o maior porte de conexão de dados também. O mercado tende a explodir e nos posicionamos pra entrar no jogo com a mais alta tecnologia”, adianta o secretário de desenvolvimento econômico.

Sílvio Meira, presidente do Conselho do Porto Digital, consultor do C.E.S.A.R e pesquisador da FGV Rio, classificou a novidade como a melhor notícia sobre infraestrutura em Pernambuco. “Na prática, Recife passa a estar no mesmo patamar de conectividade global de São Paulo e Nova York. Entramos, agora, na primeira classe da internet mundial. Recife acabou de entrar no grande jogo de conectividade da internet global. E na primeira divisão”, conclui.
Diário de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Governo federal lança carteira estudantil digital


Presidente Jair Bolsonaro
Presidente Jair BolsonaroFoto: Marcos Corrêa/PR
O presidente Jair Bolsonaro  assinou nesta sexta-feira (6) uma medida provisória (MP) que cria a carteira de identificação estudantil, em formato digital. O documento será chamado de ID Estudantil e poderá ser obtido após um cadastro na internet ou em agências da Caixa Econômica Federal. A MP altera a Lei nº 12.933/2013, que regulamentou a meia-entrada, para permitir que o Ministério da Educação (MEC) possa emitir a identificação, que será gratuita para o estudante. As entidades que tinham a prerrogativa exclusiva de emissão da Carteira de Identificação Estudantil, como a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), a União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), poderão continuar emitindo o documento.

Segundo o governo, a ID Estudantil poderá ser utilizada por todos os estudantes da educação básica, profissional e tecnológica e superior. Na cerimônia de assinatura da MP no Palácio do Planalto, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, destacou a redução da burocracia e a universalização do acesso ao documento, já que não haverá mais custo para o estudante. Ele também reforçou que será feito um melhor controle contra fraudes.

"Vamos acabar com esse papel. Quem ainda não está conectado à internet, que são os mais pobres, que hoje não têm carteirinha porque a carteirinha é cara, vai tirar na Caixa [Econômica Federal] a custo zero para a pessoa. Quem tem conexão com a internet, pega o seu celular, faz pelo celular todo o cadastramento, a gente checa a informação, vai estar no celular a carteirinha digital. Com isso, a gente vai ter controle contra fraude e o benefício vai ser para os próprios estudantes", afirmou.
A emissão da nova carteira de estudante começará em 90 dias a partir da publicação da MP no Diário Oficial da União, ou seja, em dezembro, para os estudantes do ensino superior. Para os demais estudantes, o documento deverá estar disponível em até seis meses. Para se tornar definitiva, a alteração na lei, que vale inicialmente por até 120 dias (validade da MP), precisará ser aprovada no Congresso Nacional, que poderá propor alterações. O texto, depois, retornará ao Poder Executivo para sanção presidencial.

Ao discursar sobre a medida, o presidente Jair Bolsonaro criticou as entidades estudantis que arrecadam recursos com a emissão da carteira de estudante. O documento custa atualmente R$ 35. "Vamos poupar trabalho de uma minoria que representa os estudantes. Eles não vão ter que trabalhar mais. Agora, o seu tempo laboral será zero. Não teremos mais uma minoria para impor certas coisas em troca de uma carteirinha", afirmou.

"O que nós estamos fazendo aqui hoje é libertar cada jovem, cada estudante. Não tem que pagar mais dinheiro para a UNE, para Ubes, para quem quer que seja", afirmou o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Segundo o MEC, apesar de ser gratuita para o estudante, a emissão da carteira estudantil terá um custo de 17 centavos por documento, que será bancado pelo governo federal.

Banco de dados
Além de autorizar o MEC a emitir a ID Estudantil, a medida provisória permite a criação e manutenção de um banco de dados único e nacional dos estudantes, com informações cadastrais sobre a escola e a série em que o estudante está matriculado. Ao solicitar a carteira, o estudante terá que dar o consentimento para o compartilhamento dos seus dados cadastrais e pessoais com o MEC. O banco de dados também será alimentado com informações prestadas pelas entidades vinculadas ao MEC e pelas instituições de ensino.

"Não vai ter mais o monopólio da emissão. Ela vai ser feita por quem já faz hoje, mais o Ministério da Educação e mais outras entidades que estão detalhadas na medida provisória. A diferença é que, a partir de 1º de janeiro de 2021, qualquer entidade que fizer a emissão da carteira, vai fazer uma consulta, em tempo real, à base de dados do Ministério da Educação, que vai verificar se aquela pessoa é estudante ou não estudante, mas todos vão poder manter a emissão", afirmou o secretário-executivo do MEC, Antonio Paulo Vogel, em coletiva de imprensa para detalhar a medida.
Com Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

#Dia7EuVouDePreto:Em resposta a Bolsonaro, estudantes vestirão preto no 7 de Setembro



Foto: Divulgação / UNE
Foto: Divulgação / UNE
Para celebrar o dia 7 de Setembro, quando se comemora a Independência do Brasil, Jair Messias Bolsonaro sugeriu que a população fosse as ruas trajando verde e amarelo. De acordo com o presidente, o ato servirá para 'mostrar ao mundo que aqui é o Brasil, que a Amazônia é nossa.' Em resposta, movimentos estudantis se organizam para ocupar as capitais vestindo preto. Recife é uma delas.

A hashtag 'Dia 7 vou de preto' figura entre os assuntos mais comentados no Twitter Brasil nesta quarta-feira. A cor, segundo os manifestantes, significa luto pela Amazônia e pelos cortes em Educação. 

Recentemente, Bolsonaro afirmou que esvaziaria as carteiras estudantis emitidas pela UNE (União Nacional dos Estudantes), Ubes (União Nacional dos Estudantes Secundaristas) e ANPG (Associação Nacional de Pós-Graduandos). De acordo com o presidente, uma nova carteira digital será criada e benefícios para estes movimentos serão cortados. 'Não vai ter mais que pagar para a UNE, que quem manda lá é o PCdoB', afirmou. 'Vai faltar dinheiro para o PCdoB, hein!?', acrescentou.
pois, significa o luto pela situação da Amazônia e da Educação. É um grito de quase morte por causa dessas políticas.
650 pessoas estão falando sobre isso




De acordo com a UNE, pelo menos 50 cidades participarão dos atos pelo país. No Recife, a mobilização está marcada para as 8h, na Praça do Derby, área central da capital pernambucana. 

Collor 

Tanto o pedido de Bolsonaro quanto a negativa dos estudantes relembram um acontecimento importante da história do país: o movimento caras-pintadas, durante o mandato de Fernando Collor de Melo, em 1992. À época, movimentos estudantis usaram do dia para vestir preto e endossar o coro de impeachment do então presidente. 



Bolsonaro parece estar ciente. Na última terça-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto, o chefe de estado disse: 'Eu lembro lá atrás que um presidente disse isso e se deu mal. Mas não é o nosso caso. O nosso caso é o Brasil.
Com informação de Diário de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Quem escuta, quem disfarça


O poder se estende pelas relações sociais. Nem sempre usa coerção, mas gosta de convencer e arrumar argumentos sedutores. Existem os contrapontos, um conflito de afirmativas que desenham a política e o conhecimento. O importante é saber quem se interessa em disfarçar. Se o governo desmonta a educação, esconde seus planos de consolidar a mesmice e acabar com as possibilidades de crítica. Isso alimenta as jogadas de Jair e seu time. Não pense que há ruído constante. Muitos se divertem e acreditam que o messias conta com sagrações divinas.
Parece espantoso, Surgem desenganos, depressões, desistências. No entanto, o movimento da sociedade acolhe contradições. Há quem goste de servilismo, quem se negue a conviver com dúvidas e abasteça dogmas. Observe que o massacre dos desmanches é cotidiano. Não traz o homogêneo, irrita, cria contestações. Não deixe de registrar, porém, que certas plateias conseguem apoiar a sua própria destruição. Jair solta absurdos que atraem boa parte da população. Portanto, a polarização se amplia e garante lugar do capitão- presidente na tropa, apesar da lucidez e da indignação que sobrevivem e buscam problematizar o discurso da intolerância.
Tantas sofisticações tecnológicas, promessas de exterminar com as epidemias, planejamentos ditos científicos e a sociedade continua repleta de desigualdades. O que mais assusta é a propagação do desânimo. Analise a convivência cotidiana, a degradação do sonho, a queda dos valores mais solidários. A história nunca foi um paraíso. Houve desastres e descontroles. O tocante é que as lições não são aprendidas e a perplexidade mina utopias e favorece às minorias privilegiadas. O desencanto se globaliza, com estratégias multinacionais articuladas. Um terrorismo psicológico que adoece e inibe.
Não se acanhe. Decifre, mesmo que os erros apareçam. Quem se diz dono da verdade possui fortes ligações com o poder dominante. Há quem condene as violência e quem se choque com os desmantelos arquitetados pelo governo. O desprezo pelo coletivo é um caminho aberto para fazer crescer as ruínas e firmar o fogo que destrói. Não há destinos divinos programados. As manipulações existem para afundar quem luta contra a exploração. Há quem ganhe, quem acumule, quem invista na solidão milionária. A felicidade não tem lugar numa sociedade que estimula a disputa e coisifica os afetos. Amedronta com os abismos inesperados.
Por Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

Perseguição:Maia defende fim da estabilidade para servidores públicos



O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu a inclusão do fim da estabilidade e a possibilidade de redução do salário do servidor público na reforma administrativa. Maia disse que as mudanças, no entanto, só deverão valer para quem entrar no serviço público após o início da vigência das novas regras. “Meu radar é todo para frente. Essa discussão para trás é ruim. Reduzir salário hoje de quem entrou e tirar a estabilidade é ruim. Tem gente que diz que essa discussão da estabilidade não está necessariamente garantida para trás. Defendo que, para a gente ter uma reforma mais rápida, a gente não deve olhar para trás. Só para o futuro”, afirmou. Ele disse aguardar o envio de uma proposta da parte do governo federal.

Maia participou nesta segunda-feira (2) de um encontro com cerca de 70 empresários no Rio, promovido pela Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig). Durante mais de uma hora, o deputado bateu na tecla de que é preciso reduzir as despesas para que os setores público e privado voltem a investir. Para ele, só com segurança jurídica e as reformas da Previdência, que permite a contenção dos gastos, e a administrativa, que reduziria as despesas, será possível fazer a economia voltar a crescer.  “Muitos não acreditam que o Brasil quebrou. Acham que a gente vai resolver tudo com um jeitinho. Isso não vai acontecer. Não é que o governo não queira investir. O governo não tem dinheiro”, disse. “A despesa corrente é muito forte. A gente não consegue projetar e melhorar o futuro do país”, acrescentou.
Segundo o deputado, o descontrole das contas públicas se agravou de 2015 para cá, com o aumento aprovado pelo Congresso para o Judiciário. “Hoje o servidor público federal ganha em média 67% a mais que o da iniciativa privada em funções semelhantes. Nos estados essa diferença gira em torno de 30%”, comparou.
O presidente da Câmara também defendeu a aprovação de uma reforma tributária que organize e simplifique o sistema tributário. Para ele, o modelo que mais se aproxima desse propósito é o idealizado pelo economista Bernard Appy e encampado pelo líder do MDB, Baleia Rossi (SP). Há uma proposta também em discussão no Senado, baseada em substitutivo do ex-deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR). O governo também prepara um texto próprio a ser enviada ao Congresso.
Maia acredita que é possível construir um consenso a partir da junção das três proposições. “A proposta do Appy está mais estruturada e tem mais apoio da área técnica”, observou. Ainda assim, ressaltou, será preciso fazer ajustes na PEC. “Vamos conversar com o governo. É importante. O governo vai propor a unificação de impostos federais. Não vai entrar na questão de estados e municípios. Está certo.”
Ainda nas discussões da reforma tributária, o presidente da Câmara acredita que será preciso rever a situação da Zona Franca de Manaus (ZFM), que ficaria inviabilizada com a extinção do Imposto sobre Produtos Importados (IPI), aprofundar o debate sobre o novo Imposto de Bens e Serviços e definir uma forma de compensar os estados do Norte e Nordeste com eventuais perdas trazidas pelo novo sistema tributário. “São Paulo, em tese, é o estado que mais perde. Mas, com a economia crescendo, será o estado que mais ganhará”, explicou.
Para Maia, o momento é de enfrentar desafios, como a adoção de um novo pacto federativo no Brasil. “Isso passa pela redução do tamanho do Estado. Precisamos ter compromisso com a redução das despesas”, insistiu. “O Brasil precisa de menos polêmica e mais racionalidade nos debates”, acrescentou.
CongressoEmFoco
* O repórter viajou a convite da Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (Abrig)
Professor Edgar Bom Jardim - PE