quarta-feira, 28 de agosto de 2019

A trágica história do casal que morreu fugindo de queimada em Rondônia


Eidi e Romildo, em foto de arquivoDireito de imagemARQUIVO PESSOAL
Image captionEidi e Romildo morreram ao tentar fugir das chamas no Assentamento Galo Velho.

A casa de madeira coberta por lona e palha representava a maior conquista da dona de casa Eidi Rodrigues de Lima, de 36 anos, e do companheiro, o produtor rural Romildo Schmidt, 39.
O casal morava no Assentamento Galo Velho, na zona rural de Machadinho D'Oeste, em Rondônia, município a pouco mais de 350 quilômetros da capital Porto Velho.
Eidi e Romildo viviam na região havia três anos. Eles construíram a casa logo após comprarem o terreno. Era a primeira residência própria deles, que anteriormente moravam em um sítio no município de Vale do Anari (RO), onde prestavam serviços rurais.
No assentamento, o casal se mudou para a residência de quatro cômodos - dois quartos, cozinha e sala; o banheiro ficava na área externa - junto com as três filhas.
As mais velhas, atualmente com 19 e 18 anos, são frutos de um relacionamento anterior de Eidi. A caçula, hoje com 13 anos, é a única filha da dona de casa com o marido
O casal costumava dizer que estava feliz morando ali com a família. O assentamento é marcado por conflitos agrários, porém, Eidi e Romildo não costumavam ter problemas com a vizinhança. A maior preocupação deles era com as queimadas feitas na região, principalmente durante o período de estiagem.
Nos assentamentos da região rural de Machadinho D'Oeste, conforme pessoas que vivem no local, é comum que pequenos produtores coloquem fogo no mato para fazer renovação do pasto, ampliar áreas de criação ou para outras culturas agrícolas.
Desde que chegaram ao assentamento, Eidi e Romildo sempre temeram que as chamas pudessem atingir a propriedade deles. "Todo ano tinha essa questão de fogo, usado na região para limpar os lotes. Mas minha mãe e meu padrasto nunca haviam sido afetados com isso", relata Jeigislaine Rodrigues de Carvalho, de 18 anos, a segunda filha de Eidi.
No dia 13 de agosto, o maior temor do casal se tornou realidade. Eles viram a casa ser atingida pelas chamas e, enquanto tentavam fugir, morreram. "O fogo se espalhou muito rápido, porque estava ventando muito. Não deu tempo de eles saírem dali. Foi muito triste", diz Jeigislaine à BBC News Brasil.

Casa da famíliaDireito de imagemARQUIVO PESSOAL
Image captionA casa que era a primeira residência própria de Eidi e Romildo

As mortes de Eidi e Romildo são exemplos trágicos das consequências das queimadas florestais no Brasil. Em 2019, foram registrados os maiores números dos últimos sete anos.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registrados, até a terça-feira (27), 82,2 mil pontos de incêndio pelo país - o número representa 80% a mais que os registros do ano passado.
Rondônia é o quarto estado com mais registros de queimadas no Brasil. De janeiro até a segunda-feira (26), foram 6.441 focos de incêndio, segundo o Inpe.
A lista de estados brasileiros com mais incêndios neste ano é liderada por Mato Grosso (15,4 mil), Pará (10,7 mil) e Amazonas (7,6 mil). Tocantins teve registros semelhantes a Rondônia, foram 6.436. Os cinco fazem parte da Amazônia Legal - o conjunto de estados com áreas de Floresta Amazônica.
A Nasa apontou, na semana passada, que 2019 é o pior ano de queimadas na Amazônia brasileira desde 2010. Imagens da agência espacial americana mostram uma densa camada de fumaça sobre os estados de Rondônia e Amazonas.
A princípio, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) adotou postura pouco combativa ao tema. Porém, diante da repercussão internacional, dias depois mudou o tom de sua reação e autorizou, na tarde de sexta-feira (23), o uso de militares em uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) - quando há situações graves que demandam que o presidente da República convoque forças de segurança - para combater as queimadas na região da Floresta Amazônica.
Rondônia foi um dos estados que receberam ajuda federal para atuar no combate aos incêndios.

A história de Eidi e Romildo

Romildo conheceu Eidi pouco após ela chegar a Rondônia. A dona de casa morava em Araputanga, no interior do Mato Grosso, quando se separou do primeiro marido. Junto com as duas filhas pequenas, se mudou para o estado vizinho, para recomeçar a vida. "Ela escolheu vir para Rondônia porque temos muitos parentes por aqui", conta Jeigislaine.

O que sobrou da casaDireito de imagemJOÃO MESSIAS MONTEIRO
Image captionMoradia foi engolida pelas chamas em 13 de agosto

Parentes contam que Eidi e Romildo se apaixonaram e começaram o relacionamento. Logo nasceu a primeira e única filha do casal. Com a família, se mudaram para o sítio em que o homem trabalhava como vaqueiro.
Desde que começaram a namorar, Eidi e Romildo planejavam comprar uma área para que pudessem cultivar alimentos e criar animais. Por uma década, juntaram dinheiro e conseguiram adquirir a propriedade na zona rural de Machadinho D'Oeste. Para eles, era apenas o começo do sonho de serem donos da própria terra.
Ali, viram as duas filhas de Eidi se casarem e deixarem a região para morarem com seus maridos. A mais velha se tornou mãe recentemente. A caçula continuou morando com os pais.
Na propriedade rural, o casal tinha pequenas plantações e criavam porcos e galinhas. O casal queria aumentar a casa, por isso juntou dinheiro para começar a comprar materiais.
Um dos objetivos era trocar a cobertura de palha e lona. "Eles tinham comprado muitas telhas e ripas de madeira recentemente", relembra Jeigislaine.
Vizinhos disseram à Polícia Civil que Eidi e Romildo sempre evitaram sair durante o período em que as queimadas eram mais constantes. Eles não queriam ficar longe para tentar proteger a casa de um possível incêndio.
Na zona rural em que está localizado o assentamento, as queimadas frequentes motivam os moradores a adotarem medidas para preservar seus patrimônios.
Os entornos de muitas propriedades possuem aceiros - técnica de retirada de vegetação para evitar propagação do fogo.
"O pessoal faz mutirões para apagar incêndios, usam água, deixam o entorno da propriedade somente com terra, para que o fogo não se alastre. Nesse período de incêndios, eles tentam de tudo para não perder o pouco que têm", relata o delegado Celso André Kondageski, da Delegacia de Machadinho D'Oeste.

Queimada na zona rural de Machadinho D'OesteDireito de imagemJOÃO MESSIAS MONTEIRO
Image captionQueimadas têm sido frequentes na zona rural de Machadinho D'Oeste

O incêndio

De acordo com os relatos de testemunhas, o fogo que atingiu a região em que Eidi e Romildo moravam começou por volta de 13h, no dia 13 de agosto. O assentamento, assim como toda a zona rural da região, está localizado em uma área desmatada da Floresta Amazônica. Em razão disso, as chamas costumam propagar com mais rapidez.
No horário, o vento estava forte e fez com que incêndio avançasse ainda mais rápido. Moradores registraram vídeos que mostram a destruição. Nas imagens, é possível ver que o fogo atingiu grande altura e tomou conta da área.
Na propriedade rural da família, Eidi e Romildo logo se preocuparam com as chamas. A filha mais nova estava na escola. Testemunhas contaram que a primeira preocupação do casal foi retirar as madeiras e as telhas que haviam comprado recentemente.
"Eu não estava por perto, mas vizinhos me contaram que eles quiseram preservar o que tinham comprado e colocaram em uma área afastada da mata, para que não queimasse também", conta Jeigislaine, que mora em um sítio a cerca de quatro quilômetros da casa da mãe.
Os relatos das testemunhas apontam que o fogo vinha em direção à parte traseira da propriedade rural de Eidi e Romildo. "Eles achavam que conseguiriam retirar o que haviam comprado e se salvar", pontua Jeigislaine. No entanto, conforme pessoas que presenciaram o fato, uma situação piorou ainda mais o fogo: um novo foco de incêndio teve início em uma área localizada em frente à propriedade do casal.
"Alguém deve ter aproveitado que estavam queimando para também colocar fogo, achando que nenhuma propriedade seria atingida. Esse outro incêndio piorou ainda mais a situação", diz uma testemunha, que não será identificada.
Conforme as apurações iniciais, o segundo incêndio inesperado surpreendeu Eidi e Romildo, que até então planejavam sair da propriedade pela frente, em direção contrária ao fogo. "Eles não tinham mais para onde fugir, porque rapidamente tudo foi tomado pelo fogo", narra Jeigislaine, com base em relatos de vizinhos da mãe.
O incêndio consumiu, segundo testemunhas, cerca de 43 hectares da região. A propriedade de Eidi e Romildo foi completamente destruída, assim como outros dois sítios da região. Diversos animais também foram atingidos pelas chamas e morreram carbonizados.

Queimada na zona rural de Machadinho D'OesteDireito de imagemJOÃO MESSIAS MONTEIRO
Image caption'Tá difícil acreditar nisso tudo que aconteceu. Eu não quis ver os corpos carbonizados, nem minhas irmãs viram', diz filha do casal

O Corpo de Bombeiros não foi ao local na data do incêndio, segundo testemunhas. "Ninguém chamou os bombeiros por medo do que poderia acontecer, por ser um caso de desmatamento. A Sedam (Secretaria de Desenvolvimento Ambiental de Rondônia) poderia vir junto, então acharam melhor evitar", diz um morador da região, que não será identificado.
"O fogo só parou depois que atingiu toda a mata da região. Estava muito forte. Acho que até os bombeiros teriam dificuldades para controlar. As chamas pararam sozinhas, quando acabaram as partes de mata daquela área.", completa o morador.
Segundo a testemunha, os bombeiros foram à região somente no dia seguinte, quando foram informados sobre as proporções do incêndio. No local, fizeram trabalho de rescaldo após a queimada.
A BBC News Brasil entrou em contato com o Corpo de Bombeiros de Rondônia para confirmar se eles foram ao local na data do incêndio ou se receberam algum chamado sobre o caso. Porém, a instituição não respondeu até a conclusão desta reportagem.

As mortes

No fim da tarde do dia 14, os corpos de Eidi e de Romildo foram encontrados carbonizados, na parte externa da propriedade rural deles. Desde a noite do dia anterior, eles eram considerados desaparecidos.
Eles foram as únicas vítimas fatais. Os moradores de uma das propriedades vizinhas conseguiram fugir logo que o fogo teve início. No outro sítio atingido, os moradores estavam viajando e não havia ninguém no local.
Os corpos de Eidi e de Romildo estavam juntos, a cerca de 100 metros de distância da casa deles. Para alguns, eles morreram abraçados. Porém, Jeigislaine acredita que o padrasto estava carregando a companheira.
"Acho que a minha mãe tinha passado mal, por ter inalado muita fumaça, e ficou muito fraca. O meu padrasto, então, deve ter carregado ela para tentar sair dali, mas os dois acabaram morrendo", diz a jovem.
A principal suspeita é de que a dona de casa e o marido tenham morrido por inalação de monóxido de carbono. Em seguida, com o avanço do fogo, foram carbonizados. "Mas ainda é preciso esperar os resultados das perícias para que possamos esclarecer todo o contexto", diz o delegado Kondageski.

Animais que eram da criação de Eidi e RomildoDireito de imagemARQUIVO PESSOAL
Image captionAnimais que eram da criação de Eidi e Romildo; família conta que é comum que produtores rurais ateiem fogo para fazer renovação do pasto, ampliar áreas de criação ou para outras culturas agrícolas

Jeigislaine relata que ainda tem dificuldades para aceitar que a mãe e o padrasto morreram. "A gente não consegue entender. Não caiu a ficha. Tá difícil acreditar nisso tudo que aconteceu. Eu não quis ver os corpos carbonizados, nem minhas irmãs viram, porque era uma imagem muito pesada para a gente", lamenta. Eidi e Romildo foram enterrados no dia seguinte à data em que foram encontrados.

Investigações

A Polícia Civil de Machadinho D'Oeste instaurou inquérito para apurar o caso. Testemunhas já foram ouvidas pelo delegado Kondageski. Ele aguarda as conclusões das perícias para auxiliar nas apurações. O principal objetivo é descobrir a origem do fogo na região e quantas pessoas incendiaram aquela área do assentamento na tarde do dia 13.
"Os responsáveis pelo fogo vão responder pelo incêndio, porque é crime ambiental, e podem responder também por homicídio doloso (quando há intenção de matar), porque uma pessoa que coloca fogo em uma área dessas sabe dos riscos que existem, inclusive o de matar alguém", pontua o delegado.
As apurações iniciais, segundo o delegado, apontam que o fogo teve início ao ser ateado em uma região de pastagem, logo se alastrou e atingiu as propriedades. "Mas ainda estamos investigando", frisa Kondageski.
Para o delegado, a morte do casal é um importante alerta sobre as queimadas. "Essa é a pior das consequências. Esses incêndios geram perdas ambientais e materiais, além de serem considerados crimes ambientais. É uma atitude imprudente, que vem sendo adotada há muito tempo", declara.
A família de Heidi e Romildo quer justiça. "Quem fez isso tem que pagar, porque essa atitude irresponsável acabou com duas vidas", declara Jeigislaine.
Desde a morte da mãe e do padrasto, ela tem cuidado da irmã mais nova. A mais velha está de repouso, por ter se tornado mãe recentemente.
"É muito triste ver a forma como a minha mãe e o meu padrasto morreram. Sempre fico vendo fotos deles no meu celular. Tá sendo muito difícil", lamenta Jeigislaine.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Lia de Itamaracá recebe o título de doutora honoris causa



"Era um sonho antigo, mas Deus me disse para esperar e, até que enfim, se realizou", disse Lia sobre o título. Foto:Tarciso Augusto/DP
"Era um sonho antigo, mas Deus me disse para esperar e, até que enfim, se realizou", disse Lia sobre o título. Foto:Tarciso Augusto/DP
De uma ilha no Litoral Norte pernambucano vem um som que, para se dançar, todos se dão as mãos e imitam as ondas do mar. Trata-se da ciranda, que vai e vem, recua e avança, assim como as águas. O ritmo não seria nada sem um de seus expoentes: a Rainha da Ciranda, Lia de Itamaracá. Em janeiro, Lia completou 75 anos e, como parte de um conjunto de comemorações, foi concedido na terça (27) à cantora o título de doutora honoris causa. O evento foi organizado pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a solenidade ocorreu no Teatro Guararapes, em Olinda.
 
 O título de doutor honoris causa é dado àqueles que dedicaram sua vida para o desenvolvimento da educação e cultura local. Lia, que vem da ilha da “pedra que canta” (significado de Itamaracá em tupi-guarani), faz parte do imaginário pernambucano e nacional como símbolo vivo, da memória da música negra e afetividade da cultura popular. “A estação tocava música pernambucana, mais do que hoje, diga-se de passagem. E, ainda criança, percebi um som diferente, como uma batida, e sem que ninguém falasse nada, sem que ninguém combinasse nada, meus tios começaram a formar uma roda, deram-se as mãos e começaram a girar”, conta, em tom nostálgico, o professor Francisco Barros, responsável pelo texto de homenagem
A UFPE reiterou a valorização e compromisso com o notório saber popular. “Acreditamos na pluralidade de saber. Todos. Sem hierarquia, cada um com sua importância”, reforçou a diretoria da instituição, através de texto lido na mesa solene. Além do professor Francisco Barros, do Centro de Ciências Jurídicas, a homenagem contou com a presença do reitor Anísio Brasileiro, da vice-reitora Florisbela Campos, de pró-reitores, professores e técnicos administrativos da UFPE, além de diversos familiares, artistas, fãs e autoridades, como o secretário estadual da Cultura, Gilberto Freyre Neto, e o presidente da Fundarpe, Marcelo Canuto.
 
EU SOU LIA 
“Eu sou Lia da beira do mar, morena queimada do sal e do sol, da Ilha de Itamaracá”. A canção ecoou por todo o hall do Centro de convenções na manhã de ontem. A música, assim como Asa branca de Luiz Gonzaga, Frevo nº 1 de Antonio Maria e Voltei, Recife de Capiba, faz tremer e bater mais forte o coração. Ao fim da cerimônia, todos se reuniram em um círculo, entrelaçaram os dedos, pisaram forte no chão e rodaram. Lia de Itamaracá, que é Patrimônio Vivo de Pernambuco, é uma força da natureza. E essa força nos prova que uma ciranda não se dança com um ou dois, mas em coletivo. Democrática, aberta, onde sempre cabe mais e todos podem dançar.
Diário de Pernambuco

Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 27 de agosto de 2019

João Lira:"nosso futuro depende de cada um de nós".

A futura Avenida Íris Vieira Souto Maior, vai aos poucos avançando. Essa ideia vem sendo ventilada desde o primeiro mandato do prefeito João Lira. Defendida  no imaginário de várias pessoas, dentre elas podemos citar: professor Edgar, Sérgio, Lúcio Mário, Luciano Souza, Doddo Félix, Roberto Lemos, Manoel Caboclo, Chocolate da Praça, Dadin da Praça, Paulo do Azulão, Sidrônio da Praça, Rogério, Nena Barbeiro, Ivan da Vidraçaria, Mário Cabral, Dão da lojinha, André Anderson, Sabiá, Lindo da verdura, entre outros. Essa ideia também foi mencionado em encontros do Plano Diretor entre 2005/2006. Será que o PLANO foi engavetado ou saiu do plano?

As ideias são formuladas, defendidas de tempos em tempos. Há ideias que são difundidas e assimiladas rapidamente pelo povo, por autoridades, empreendedores ou oportunistas de plantão. Outras ideias levam mais tempo para avançar em concretudes. Nem sempre quem defende, idealiza uma proposta é lembrado, mencionado. Muitos idealistas são esquecidos injustamente, propositadamente. Outros assumem a ideia do outro cinicamente, tiram vantagens e mais vantagens da criação de outros. Existem pessoas que  têm a oportunidade do fazer algo pela coletividade e não fazem. Falta em alguns homens coragem, vontade, disposição para lutar e  fazer uma ideia acontecer.

Na gestão do ex-prefeito Miguel Barbosa, a ideia de construir a nova via de acesso para desafogar o trânsito começou a ser elaborada no papel. O projeto foi feito, encaminhado para alguns órgãos governamentais. Foram feitos estudos, tirado fotografia, foi realizado o trabalho de topografia, etc. Falava-se até que o homenageado da nova via de acesso teria como homenageado o pai do comerciante Adielson das Lojas Ribeiro.  Papel vai, papel vem, o tempo passou. A obra não se realizou. Será que alguém teve o interesse de segurar a realização da obra? Quanto o município gastou nesse vai e vem? Quem pode ter ganhado com este engavetamento? Terá sido proposital? Faltou articulação política do ex-prefeito? Faltou competência? O ex-prefeito foi sabotado? 

O tempo passa, mais carros e motos circulam, a situação do trânsito na cidade de Bom Jardim fica mais complicada, muitos congestionamentos.  Quartas e sábados, dias de feira,  a coisa piora. Carros estacionados nos dois lados da rua... E quem vai resolver o problema vivido por todos? Quem vai tirar a obra do papel?  Será o homem do cabelo branco? Será o "rei das obras", João Lira?!  
Alguém certa vez escreveu: "se João Lira, candidato ao cargo de prefeito for eleito prefeito de Bom Jardim, será " trabalho, trabalho, trabalho!" Verdade ou exagero? 

A obra começou depois de embates, questionamentos na justiça, desconfianças no parlamento local, conversas em locais públicos. É mais uma obra realizada pelo prefeito Lira. Comemora-se...

Lembrar que este é um  bom momento para a prefeitura realizar uma boa limpeza no rio, fazer a retirada de entulhos, madeiras, sofá, geladeiras, galhos, fazer poda de árvores, fazer uma obra de saneamento do esgoto doméstico e outras intervenções, políticas públicas, realizar campanha de conscientização que garantam segurança, geração de empregos temporários e melhoria qualidade de vida de todos. Finalmente, João Lira realiza a obra da nova avenida, soma-se ao desejado imaginado por muitos. 


Professor Edgar Bom Jardim - PE

Advogado diz que procuradores tinham 'ódio' e pede libertação de Lula.


Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil
Os advogados do ex-presidente Lula apresentaram nesta terça-feira (27) ao STF (Supremo Tribunal Federal) uma petição reiterando pedido de habeas corpus para que ele seja solto. O caso está com o ministro Edson Fachin.

Os defensores juntaram ao pedido a reportagem publicada nesta terça pelo UOL, em parceria com o site The Intercept Brasil, que mostra procuradores da Operação Lava Jato ironizando a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia. Eles debocham do comportamento do ex-presidente, tanto no velório dela quanto no enterro do neto.

Arthur, de 7 anos, morreu no começo do ano, vítima de infecção generalizada causada por uma bactéria.

"Referidas mensagens mostram, em verdade, que a atuação dos procuradores da República em questão sempre foi norteada por ódio e desapreço pessoal pelo paciente e pelos seus familiares", afirma o advogado Cristiano Zanin.

Tal ódio, diz ainda o defensor, torna os investigadores "absolutamente incapazes de cumprir com seus deveres de imparcialidade, impessoalidade e isenção garantidos pela legislação pátria e internacional".

Em uma das mensagens, a procuradora Laura Tessler diz, depois da morte de Marisa: "Quem for fazer a próxima audiência do Lula, é bom que vá com uma dose extra de paciência para a sessão de vitimização".

Já a procuradora Jerusa Viecili diz: "Querem que eu fique para o enterro?".

Eles ainda comentam o discurso de despedida de Lula no velório de Marisa, em que ele diz esperar que os "facínoras que fizeram isso contra ela [Marisa] tenham um dia a humildade de pedir desculpas".

"Bobagem total.... ninguém mais dá ouvidos a esse cara", diz Deltan Dallagnol.

A reportagem mostra ainda mensagens trocadas entre os procuradores quando Vavá, irmão de Lula, morreu, no começo deste ano.

Um deles, Antônio Carlos Welter, pondera que Lula tem direito de ir ao enterro, como a lei prevê para qualquer preso. O procurador Januario Paludo responde: "O safado só queria passear e o Welter com pena".

Quando o neto de Lula morreu, a procuradora Jerusa Viecili comentou no grupo: "Preparem para nova novela ida ao velório"
Com informação de diariodepernambuco.com.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

PF finaliza inquérito e atribui a Maia corrupção, lavagem de dinheiro e 'caixa três'


Foto: José Cruz/Agência Brasil
 (Foto: José Cruz/Agência Brasil
)
Foto: José Cruz/Agência Brasil
A Polícia Federal atribuiu ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica eleitoral (caixa três) e lavagem de dinheiro ao concluir inquérito sobre supostos repasses da Odebrecht ao deputado e seu pai, o ex-prefeito do Rio de Janeiro e atual vereador César Maia (DEM)
O relatório das investigações foi finalizado em 22 de agosto e remetido ao relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, ministro Edson Fachin. Ele abriu prazo de 15 dias para que a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, decida, com base nas provas reunidas pela PF, se denuncia Maia ou arquiva o caso.

As investigações sobre Maia foram abertas a partir da delação de executivos da Odebrecht, que apresentaram como provas planilhas do chamado departamento de propinas do grupo. Nelas, Maia e o pai são identificados por codinomes, como destinatários de recursos ilícitos. 

Segundo o relatório da PF, o presidente da Câmara e o ex-prefeito cometeram corrupção passiva ao solicitar e receber da empreiteira doações indevidas em 2008, 2010, 2011 e 2014. A contrapartida seria o exercício de influência do grupo sobre os dois e outros políticos fluminenses em projetos de interesse da empresa. 

Os recursos teriam sido entregues em espécie, o chamado caixa dois, e também por meio de doações eleitorais do Grupo Petrópolis, supostamente usado pela empreiteira para terceirizar suas contribuições. É o que os investigadores chamam de caixa três.  

Os delegados Bernardo Guidali Amaral e Orlando Cavalcanti Neves Neto, que assinam a peça enviada a Fachin, sustentam que Maia e o pai fizeram solicitações indevidas de R$ 1,8 milhão entre 2008 e 2010. 

Eles teriam recebido pagamentos de R$ 1,6 milhão, em espécie, em 2008, 2010, 2011 e 2014. Parte significativa, cerca de R$ 750 mil, teria sido repassada quando os dois não eram candidatos (R$ 300 mil em 2008) ou fora do período eleitoral (R$ 450 mil em dezembro de 2010 e janeiro de 2011).

A PF sustenta que Maia e o pai praticaram o chamado caixa três especificamente em 2010 e 2014, quando apresentaram apenas as informações formais do recebimento de doações oficiais de empresas do Grupo Petrópolis. Essas contribuições, segundo delatores, teriam sido feitas a pedido da Odebrecht.

Os dois também teriam praticado lavagem de dinheiro quando, naqueles mesmos anos, "ocultaram e dissimularam a origem" desses recursos, supostamente com o objetivo de "dar lastro e legitimar" o recebimento valores indevidos com as doações eleitorais feitas por solicitação da Odebrecht.

O empresário Walter Faria, dono do Grupo Petrópolis, é suspeito de lavagem de dinheiro. 

As imputações ao congressista se dão uma semana após a Câmara, sob o comando dele, concluir a votação de projeto que endurece punições por abuso de autoridade de agentes públicos, incluindo juízes, promotores e policiais. 

Criticado por investigadores, magistrados e o ministro da Justiça, Sergio Moro, ex-juiz da Lava Jato, o texto já passou pelo Senado e vai seguiu para sanção presidencial. 

Procurados pela reportagem, Maia e o pai ainda não se pronunciaram. A reportagem ainda não conseguiu contato com os demais implicados no relatório.
Diario de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Bolsonaro está “à altura” do cargo ?



A escalada dialética entre Emmanuel Macron e Jair Bolsonaro subiu nesta segunda-feira vários graus depois que o presidente brasileiro e um de seus ministros publicaram comentários desrespeitosos sobre o presidente francês e sua mulher. "Como sinto muita amizade e respeito pelo povo brasileiro, espero que tenha rapidamente um presidente que esteja à altura", disse Macron em entrevista coletiva durante o último dia da cúpula do G7, em Biarritz (França).
O motivo do novo confronto entre ambos foi um comentário de Bolsonaro na rede social Facebook. O presidente brasileiro reagiu a uma mensagem que zombava do físico da primeira-dama francesa, Brigitte Macron, e a comparava desfavoravelmente à brasileira Michelle Bolsonaro, relata a agência France Presse. A francesa tem 66 anos; a brasileira, 37.
Entende agora por que Macron persegue Bolsonaro?", diz a mensagem, referindo-se ao choque de Macron e Bolsonaro na semana passada pelos incêndios na Amazônia. Bolsonaro –ou alguém que controla a sua conta do Facebook– comentou: “não humilha cara. kkkkkkk”.
A publicação do presidente brasileiro no Facebook não foi o único ataque a Macron. O filho de Bolsonaro, Eduardo, deputado e possível próximo embaixador brasileiro nos EUA, retuitou na sexta-feira um vídeo de manifestações violentas de coletes amarelos na França com o texto: "Macron é um idiota". Paralelamente, o ministro da Educação do Brasil, Abraham Weintraub, disse que "Macron não está preparado para esse debate", referindo-se aos incêndios na Amazônia, e o chamou de "calhorda oportunista que busca o apoio do lobby agrícola francês".
“O que posso dizer a eles? É triste, é triste. Mas é triste acima de tudo para ele e para os brasileiros ”, respondeu Macron em Biarritz. "Acho que as mulheres brasileiras, sem dúvida, têm vergonha de ler isso de seu presidente", acrescentou. "Acho que os brasileiros, que são um grande povo, ficam um pouco envergonhados ao ver esses comportamentos e esperam de um presidente que se comporte bem com os demais.”
Macron reiterou suas acusações a Bolsonaro por "mentir" sobre seus compromissos contra as mudanças climáticas quando, em julho, os dois países assinaram o acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul ". Ele também lembrou a desfeita de Bolsonaro ao ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Yves Le Drian, quando visitou Brasília em julho.
"Algumas semanas depois [da assinatura do Tratado do Mercosul], ele teve um encontro urgente com o cabeleireiro, quando deveria receber o ministro das Relações Exteriores", disse o presidente francês. “E ontem considerou que era uma boa ideia que seu ministro me insultasse. Na França nunca ocorre a um ministro da República insultar qualquer dirigente. E ele pronuncia palavras extraordinariamente desrespeitosas sobre minha esposa.”
A disputa entre Paris e Brasília pôs em xeque o acordo com o Mercosul, questionado na França. Macron, que lidera uma frente liberal e progressista no cenário internacional, encontrou um antagonista perfeito no nacionalista Bolsonaro.

Vídeo mostra conversa vazada sobre Bolsonaro

Na tarde deste domingo, Bolsonaro retuitou um vídeo de uma conversa entre Macron, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o premiê britânico, Boris Johnson, em que os líderes discutem a situação na Amazônia. No encontro, Merkel diz que irá entrar em contato com o presidente brasileiro nesta semana para que o presidente brasileiro não fique com a impressão de que se está trabalhando contra ele.
Em seu tuíte, Bolsonaro agradece aos chefes de Estado que "ouviram e nos ajudaram a superar uma crise que só interessava aos que querem enfraquecer o Brasil". https://brasil.elpais.com
Professor Edgar Bom Jardim - PE