segunda-feira, 24 de junho de 2019

Educação:Menos da metade dos brasileiros com mais de 25 anos completou Educação Básica


Crédito: Marcello Casal Jr Agência Brasil
Dos brasileiros com 25 anos ou mais, apenas 47,5% completaram a Educação Básica. E 6,9% deles não tinha qualquer instrução. O Nordeste é a região com maior deficiência em escolaridade, com 61,1% dos seus residentes sem ensino básico completo. 
Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) de 2018, divulgados nesta quarta-feira (19). Entre os dados apresentados, referentes ao segundo semestre de 2018, o levantamento evidencia que a rede pública é responsável por 74,5% dos alunos na Educação Infantil; 82,3% do Ensino Fundamental; e 87% do estudantes matriculados no Ensino Médio. Para quem ficou curioso, no Ensino Superior, esse cenário muda e a rede privada detem a mais de 71% das matrículas. 
A pesquisa mostra avanços na Educação, porém evidencia uma discrepância racial e entre as regiões do país. Veja os principais dados apresentados: 
ANALFABETISMOEntre 2017 e 2018, houve uma redução de 121 mil analfabetos. Mas hoje, quem são os analfabetos no Brasil? A Pnad aponta que a maioria das pessoas analfabetas no país é formada por mulheres pretas ou pardas com 60 anos ou mais. 
Em 2018, quase 6 milhões de pessoas com 60 anos ou mais eram consideradas analfabetas, ou seja, 18,6% do grupo etário. Este número representa uma diminuição nos índices de analfabetismo: em 2016, 20,4% do grupo eram analfabetos. A menor taxa de analfabetismo (6,8%) registrada está entre jovens com 15 anos ou mais - dado que poderia apontar para avanços recentes no acesso à Educação. 
Entre o grupo mais velho, a taxa de analfabetismo de pessoas pretas ou pardas é de 27,5%, enquanto de brancos é de 10,3%, isto é, uma diferença percentual de 17,2. Entre os mais jovens, essa diferença cai para 5.9 pontos percentuais - 3,9% são brancos e 9,1 são pretos ou pardos. 
NÍVEL DE INSTRUÇÃODevido às diferentes trajetórias escolares, a pesquisa investiga o nível educacional alcançado por cada pessoa com um recorte etário de 25 anos ou mais. A Pnad revela que 52,5% desse grupo não completaram a Educação Básica, isto é, não chegaram ao final do Ensino Médio. Destes, quase 60% eram pretos ou pardos.
Em 2018, 6,9% das pessoas com 25 anos ou mais não tiveram nenhuma instrução; 33,1% tem o Fundamental incompleto; 8,1% o Fundamental completo; 4,5% Ensino Médio incompleto; e 26,9% do EM completo. Estes dados mantêm uma taxa de crescimento nacional, mas ainda demonstram que a maioria da população não completou o Ensino Básico. Neste grupo, um dado que salta aos olhos é a alta concentração de pessoas no Nordeste, que tem 61,1% dos seus residentes sem Ensino Básico completo. 
Entre esse mesmo grupo, a pesquisa também investigou a média de anos de estudo. A média nacional foi de 9,8 anos em 2018, sendo que, em 2016, foi de 8,9 anos. Entre as regiões brasileiras, a melhor média é do Sudeste com 10 anos e a pior, o Nordeste com 7,9

Distribuição das pessoas com 25 anos ou mais de idade, segundo nível de instrução (em %)

Em 2018, 52,6% das pessoas não haviam completado o ensino básico obrigatório e 40% da população nessa faixa etária não completaram o Ensino Fundamental ou não tiveram instrução


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Pessoas com 25 anos ou mais de idade que concluíram o ensino básico obrigatório, segundo cor ou raça (em %)

Chart

Pessoas com 25 anos ou mais de idade que concluíram o ensino básico obrigatório, segundo grandes regiões (em %)

Em 2018, 61,1% dos moradores do Nordeste não haviam concluído o ensino básico. Enquanto no Sudeste esse valor diminui para 46,4%. Veja a comparação entre 2016 e 2018 de quem concluiu o ensino básico:


2016
2018
Chart
Chart
Fonte: Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) de 2018
Infográfico: Paula Salas
Fonte: NovaEscola
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 23 de junho de 2019

Claudia Leitte pede ajuda de Ivete Sangalo para transar grávida



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Claudia Leitte está grávida pela terceira vez, mas pelo visto ainda precisa de uma ajudinha para lidar com a gestação. Em uma publicação no Instagram de Ivete Sangalo, a cantora pediu para a colega dicas de sexo para futuras mamães.
Tudo começou quando Veveta postou uma capa da revista NOVA! em que ela aparece de barriga chapada. Na foto, além da rainha do axé, é possível ver chamadas para as matérias da publicação, e uma delas chamou a atenção dos seguidores. No canto esquerdo está escrito: “Posições sexuais. Qual eles mais gostam; as táticas que usam para conseguir o que querem. Quatro homens confessam!”
Professor Edgar Bom Jardim - PE

O caso Moro: As múltiplas informações e os desafetos


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Quem pensa que pode implantar o paraíso? São muitas informações circulando, todas cercadas de valores e de muitos sentimentos esvaziados. A razão não é nunca soberana. Isso não impede que evitemos fanatismos e não  guardemos velhas carências nos jogos da política. Os valores se inquietam e alimentam as controvérsias históricas. A sociedade não vive paciente e sem ansiedades. Quem conhece o passado não nega que as lutas continuam andando e perturbando. Não há homogeneidade, mas embate pelos poderes que confirmem soberanias e consagrem práticas opressoras. Os desamparos se sucedem aceleradamente.
As chamadas revoluções tecnológicas impuseram comportamentos e renovaram seduções. A sociedade sente o sufoco de tantas teorias, interesses, buscas urgentes. Há diferenças entre as épocas históricas, porém não custa consultar a memória e analisar as permanências. Somos animais sociais com tensões que não param. Hoje, assumimos pressas, pedimos respostas imediatas. Concretizam-se espaços de cores nunca vistas. Não é novidade que tradições se quebrem, que as pessoas mudem seus lugares, que as relações afetivas reclamem cuidados. Quem não observa também os ruídos sonolentos e estranhos?
O historiador lida com a incompletude. Tenta compreender como sossegá-la, sente dificuldades, pois as incertezas acompanham o cotidiano e os tempos se entrelaçam. Há diálogos, fugas, conflitos, desistências, epidemias. Não há como definir um saber que elucide as vastidões do humano. As lacunas  alertam que as violências se sofisticam. A modernidade não consegue retomar emblemas que pareciam fixar a democracia. O desmanche é grande, as mentiras possuem destaque e são vendidas como mercadorias. Portanto, as polarizações se misturam e  os poderes se chocam. Quem domina a verdade? Quem decifra os contrapontos e convence os mais ingênuos?
O espaço da intolerância se estica, apesar dos seus opositores. As invenções tomam os instantes, surpreendem, no entanto os sofrimentos circulam e os olhares contemplam a solidão num meio de massificações globalizadas. Quem nega a complexidade se afunda na palidez da desesperança. Temos que conviver , para que as relações justifiquem a sociabilidade e acenem com outras aventuras menos sombrias. Deixar que as manipulações nos envolvam é o caminho para apatia ou para o estabelecimento do autoritarismo tão insistente. Mas os descompassos se consolidam e as pulsões de morte se ampliam. Outras doenças nos invadem com invisibilidades fatais.Há moradias que apagam a reflexão e estimulam o uso da máscara. A história vive uma nudez que se perpetua.
A astúcia de Ulisses
Professor Edgar Bom Jardim - PE