sexta-feira, 14 de junho de 2019

Sem noção:Ministro do Meio Ambiente quer investimento estrangeiro para ampliar atividades econômicas na Amazônia





Ricardo SallesDireito de imagemNACHO DOCE/REUTERS
Image captionEm entrevista à BBC News Brasil, Ricardo Salles não descartou a possibilidade de mineração até em terras indígenas

Com a intenção de ampliar atividades econômicas na floresta Amazônica, o governo Jair Bolsonaro quer atrair investimentos do setor privado, inclusive de empresas estrangeiras, para negócios na região.
Em entrevista à BBC News Brasil, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, argumentou que o caminho para reduzir o desmatamento ilegal na Amazônia passa por gerar "dinamismo econômico" e renda para quem vive nas áreas de florestas.
E, para viabilizar essa ideia, ele defende oferecer um leque de possibilidades de investimentos "para vários países". "Qualquer atividade ilegal é consequência de ausência de alternativa econômica para quem vive dentro ou no entorno da Amazônia", disse
Questionado se entre as atividades econômicas que o governo pretende estimular estariam mineração e construção de hidrelétricas, inclusive em terras indígenas, o ministro respondeu que "exploração mineral ilegal já existe, inclusive dentro das terras indígenas".
"Não se trata de fazer uma liberação genérica, mas de, a cada possibilidade (de investimento), fazer um licenciamento ambiental e uma análise de risco. E, de maneira equilibrada, decidir se aquela atividade pode ser feita lá ou não".
Salles está em Osaka, no Japão, onde os ministros do Meio Ambiente das 20 maiores economias do mundo se reunirão no sábado (15). O encontro é preparatório para a reunião de chefes de Estado, que ocorre entre os dias 28 e 29 de junho e terá a presença do presidente Bolsonaro.
Recentemente, após visita aos Estados Unidos, Bolsonaro afirmou, numa entrevista de rádio, que pretende propor ao governo Donald Trump parcerias para "explorar economicamente" a Amazônia.


Floresta AmazônicaDireito de imagemGREENPEACE
Image caption"Exploração mineral ilegal já existe, inclusive dentro das terras indígenas", disse Salles

À BBC News Brasil, Salles explicou que a intenção do governo brasileiro é atrair investimentos privados de diferentes países. Ele lembrou que algumas empresas europeias já atuam na Amazônia, como a mineradora Hydro, cujo acionista majoritário e controlador é o governo da Noruega.
A Hydro, que tem atividades de exploração de minério no Pará, esteve no centro de um escândalo no ano passado, após a descoberta de um duto clandestino para lançar rejeitos em nascentes amazônicas.
"Não se trata só (de investimentos) do governo americano, mas de investimento privado de maneira geral de vários países, inclusive da Noruega", afirmou.


Ricardo SallesDireito de imagemUESLEI MARCELINO/REUTERS
Image captionPara Salles, países ricos precisam recompensar o Brasil por hectares preservados

Mas a ideia, segundo ele, é convencer países ricos, ONGs estrangeiras e organismos internacionais a arcarem com esse subsídio.
"É uma maneira de nós dizermos ao mundo: 'Estamos preservando, mas precisamos ser remunerados por isso'", disse. "O objetivo é que o proprietário possa optar por proteger uma área que excede o mínimo legal, recebendo um recurso alternativo à exploração dessa área."
Veja os principais trechos da entrevista com o ministro:
BBC News Brasil - O governo brasileiro vem reclamando que países ricos devem arcar mais com a preservação ambiental em nações emergentes. O Brasil vai apresentar alguma proposta concreta nesse sentido ao G20?
Ricardo Salles - Sim, temos três frentes de ação. A primeira é (captar recursos estrangeiros) para o pagamento por serviços ambientais, ou seja, remunerar a preservação. A ideia é pagar ao proprietário rural um adicional por hectare que ele preservar de área que não esteja protegida pela legislação ambiental.
A segunda é direcionar investimentos para mecanismos de melhorias no saneamento, reciclagem de lixo e qualidade do ar em áreas urbanas. E a terceira é permitir que unidades de conservação - e algumas estão na Amazônia - recebam projetos de ecoturismo e atividades de pesquisa em biotecnologia.
BBC News Brasil - Já existe um projeto concreto para atrair e receber investimento externo para essas áreas?
Salles - Vamos criar um mecanismo claro para o uso desses recursos, para que todos os organismos, associações e entidades não governamentais internacionais que tenham interesse em preservar essas áreas, oferecendo dinheiro, tenham mecanismos para isso.
Assim nós saberemos quem são aqueles que têm feito manifestações desprovidas de recursos daqueles que, junto com as discussões em prol da preservação, trazem também instrumentos e recursos para a preservação.


indiosDireito de imagemNACHO DOCE/REUTERS
Image caption"É importante lembrar que a Amazônia pertence ao Brasil, portanto é o Brasil que deve escolher quais as melhores estratégias de preservação", diz Salles

É uma maneira de nós dizermos ao mundo: 'Estamos preservando, mas precisamos ser remunerados por isso'. A agricultura brasileira produz com preservação e precisa ser remunerada, o proprietário de áreas com percentual de reserva florestal protegida por lei deve ser remunerado por isso, e pode ganhar um adicional por preservar áreas não protegidas por lei.
O objetivo é que o proprietário possa optar por proteger uma área que excede o mínimo legal, tendo um recurso alternativo para se manter. A decisão, portanto, de colocar ou não recursos pertence aos países desenvolvidos.
BBC News Brasil - O senhor anunciou que quer usar parte do Fundo da Amazônia para pagar essas compensações a proprietários rurais. A decisão foi fortemente criticada por Noruega e Alemanha, que contribuem com 99% do fundo. Pretende rever essa decisão?
Salles - Estamos em meio às negociações com Noruega e Alemanha. Sugestões da nossa parte foram apresentadas, considerações da parte deles foram apresentadas e vamos construir uma solução que seja favorável para todos.
Com relação aos apoios internacionais para a preservação das florestas, o apoio é bem-vindo, mas é o Brasil que deve escolher quais são as medidas de preservação adequadas e necessárias.
Recebemos com alegria o apoio ao Fundo da Amazônia vindo da Noruega e da Alemanha. Mas é importante lembrar que a Amazônia pertence ao Brasil, portanto, é o Brasil que deve escolher quais as melhores estratégias para isso.
Entendemos que existem vários aspectos da preservação da Amazônia que podem ser melhorados, principalmente os que dizem respeito ao dinamismo econômico necessário para que os povos que vivem lá tenham alternativas econômicas para se desenvolver sem a pressão de atividades ilegais, seja de retirada de madeira, agropecuária indevida ou mineração ilegal.
Qualquer atividade ilegal é consequência de ausência de alternativa econômica para quem vive dentro ou no entorno da Amazônia.
BBC News Brasil - Então a proposta do governo para preservar a Amazônia é ampliar as possibilidades legais de exploração econômica da floresta?
Salles - Nós temos que dar alternativas de utilização sustentável dos recursos. Temos que, de acordo com a nossa legislação ambiental, que é uma das mais restritivas do mundo, e respeitado o Código Florestal, permitir que a população da Amazônia tenha atividades econômicas que garantam fontes de renda alternativas à atividade ilegal.


Ricardo SallesDireito de imagemAMANDA PEROBELLI/REUTERS
Image captionSegundo Ricardo Salles, Brasil não pretende deixar Acordo de Paris

BBC News Brasil - Mas isso não pode gerar mais desmatamento? O senhor seria favorável à exploração de minério, madeira e construção de hidrelétricas na Amazônia e em terras indígenas?
Salles - Exploração mineral ilegal já existe. Tanto que uma das pressões sobre a floresta é justamente a mineração ilegal, que acontece inclusive dentro das terras indígenas. O que precisa ser feito é criar um mecanismo, de maneira legal, que dê dinamismo econômico para a Amazônia.
Que mecanismo é esse, nós vamos verificar quando tivermos uma proposta ou estudo concreto. Não se trata de liberação genérica, mas o cuidado de, a cada possibilidade, fazer um licenciamento ambiental ou uma análise de risco e, de maneira equilibrada decidir se aquela atividade pode ser feita lá ou não.
BBC News Brasil - Está sendo feito um estudo ou um projeto para viabilizar essas atividades econômicas na Amazônia?
Salles - Isso vai acontecer naturalmente, conforme haja propostas. Tem, por exemplo, a exploração de minério por parte da Noruega. A Noruega tem o maior projeto em andamento de exploração de minério de ferro na Amazônia. Então, em situações como essa, o que fazem as autoridades ambientais e o governo? Fazem uma análise dos riscos ambientais e da maneira como isso pode se desenvolver de maneira adequada.
BBC News Brasil - Mas a ideia é permitir esse tipo de atividade, a mineração, em terras indígenas também?
Salles - Já existe mineração ilegal em terra indígena.
BBC News Brasil - Sim, mas o senhor defende liberar exploração legal de minério em terras indígenas?
Salles - Do ponto de vista ambiental, é possível fazer uma análise de risco. A análise de licenciamento ambiental que se faria numa terra indígena é a mesma que se fez para o projeto da Hydro norueguesa na Amazônia. Não tem nenhuma diferença. Estamos falando de questões técnicas.


Igarapé do DendêDireito de imagemDIVULGAÇÃO
Image captionEm 2018, rejeitos tóxicos de mineradora norueguesa vazaram em afluentes da Amazônia, afetando o Igarapé do Dendê, no Pará

Havendo a viabilidade técnica, aí vem uma questão jurídica. (Verificar) se existe necessidade de alteração de legislação para permitir qualquer tipo de atividade legal, que seja passível de licenciamento. Como já disse, já existem atividades na região. O que precisa ter são atividades equilibradas, sustentáveis, e que obedeçam as melhores práticas de cuidados ambientais. Para isso que existe o licenciamento.
BBC News Brasil - Depois de viajar aos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro disse que sugeriu ao governo Trump uma parceria para explorar economicamente a Amazônia. Isso é mesmo uma possibilidade?
Salles - Aí não se trata só do governo americano, mas de investimento privado de maneira geral, de atrair investimento de diversos países, inclusive da Noruega, que é a grande doadora do Fundo da Amazônia. Não por outra razão a Noruega tem grandes investimentos (de exploração mineral) na Amazônia.
Então, o que a gente pode ter, e me parece ser uma postura saudável, é oferecer diversas opções de investimento que, por sua vez, tragam dinamismo econômico para que a população que vive na Amazônia tenha renda, alternativa de subsistência e, com isso, se evite a pressão para aderir a atividades ilegais.
BBC News Brasil - Já há uma proposta de flexibilizar a legislação atual para ampliar as possibilidades de investimento econômico na Amazônia?
Salles - Acho que não se trata de flexibilizar a legislação. A legislação está aí. O que ela precisa é ter uma aplicação equilibrada. Os órgãos de análise ambiental precisam ter elementos para analisar as propostas de manejo florestal de maneira técnica, sem responder a pressões, sejam internas ou internacionais, que não guardam sustentação técnica.


BolsonaroDireito de imagemREUTERS/RICARDO MORAES
Image captionEm evento na Fiesp, no Rio de Janeiro, Bolsonaro disse que recomendou ao ministro do Meio Ambiente que passe a 'foice no Ibama'

BBC News Brasil - Na sua opinião, as decisões dos órgãos ambientais até agora foram restritivas demais em relação às possibilidades de exploração comercial e econômica da Amazônia?
Salles - Há muitas atividades, como manejo florestal e obras de infraestrutura, que foram tentadas e que, no momento em que foram analisadas, não foram autorizadas.
Muito se diz que parte dessas 'não-autorizações' foram muito mais por questões de pressão política, de opinião pública, do que propriamente decisões técnicas. E é isso que entendemos que precisamos alterar. A decisão tem que ser sempre técnica.
BBC News Brasil - Sobre combate ao aquecimento global, ainda há alguma possibilidade de o Brasil se retirar do Acordo de Paris?
Salles - Não, o Brasil já anunciou que não sairá do Acordo de Paris e, além de não sair do acordo, o Brasil está indo muito bem nas suas metas. Alguns países europeus já disseram que não vão cumprir as suas metas e o Brasil, por outro lado, está indo muito bem e vai cumprir todas as suas metas.


desmatamentoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionO desmatamento na floresta Amazônica vem aumentando desde 2015, atingindo pico em 2018, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPI). Ao que parece, 2019 terá resultados piores que os do ano passado

BBC News Brasil - Na prática, porém, o governo adotou medidas que sinalizam falta de compromisso com o Acordo de Paris, como a extinção da Secretária de Mudanças Climáticas. Como demonstrar internacionalmente que existe uma preocupação quanto ao aquecimento global?
Salles - Essa visão (de que o Brasil não se preocupa com o meio-ambiente) é equivocada. O Brasil não interrompeu nenhuma política ambiental. O Brasil permaneceu no Acordo de Paris, manteve seus compromissos. A nossa questão é de comunicação.
Não houve absolutamente nenhuma mudança de comportamento que possa ser entendido com um não compromisso do Brasil com a sustentabilidade. O que precisamos é ter o apoio dos países desenvolvidos para compensar os países em desenvolvimento que cumprem suas metas.
BBC News Brasil - Mas o discurso do governo com relação ao meio-ambiente já causa impacto internacional. Um dos argumentos da União Europeia para dificultar um acordo comercial com o Mercosul é justamente a postura do governo quanto à Amazônia e as mudanças climáticas. Há preocupação com os impactos que uma imagem negativa pode trazer?


Ricardo SallesDireito de imagemREUTERS
Image caption'O Brasil segue sendo o mesmo país que preserva' diz Salles

Salles - Essa eventual imagem está equivocada. O Brasil segue sendo o mesmo país que preserva o meio-ambiente. Todas essas questões de preservação da Amazônia seguem sendo exemplares.
Se sairmos do campo da especulação, qualquer analista de boa fé vai achar que o Brasil continua a fazer as medidas que sempre fez, mas agora com geração de resultados. O Brasil continua sendo exemplo de conservação e nenhuma medida concreta foi tomada pelo governo contra a preservação.
BBC News Brasil - Ministros do meio-ambiente de diferentes países concederam entrevista coletiva para acusar o governo atual de desmantelar as políticas ambientais construídas nos últimos anos. Citaram como exemplo a transferência para o Ministério da Agricultura da prerrogativa de demarcar terras indígenas, a extinção da secretaria de Mudanças Climáticas, a eliminação do Instituto Chico Mendes, corte de cargos, entre outros. Como melhorar a gestão ambiental com esses cortes de cargos e recursos?
Salles - Infelizmente, os cortes impostos a todos os ministérios são decorrentes de políticas econômicas equivocadas por governos anteriores. Estamos sofrendo o resultado da má-gestão dos governos anteriores. E acreditamos que, com uma gestão eficiente, é possível fazer mais com menos recursos.
Recebemos as estruturas do Ministério do Meio Ambiente sucateadas, as frota de veículos sucateadas do Ibama e ICMBio foram herdadas dos governos anteriores, quem nos entregou um quadro de funcionários com 50% a menos que o necessário foram as gestões anteriores e quem nos deixou prédios abandonados foram as gestões anteriores.
Então, se houve desmonte das políticas ambientais foram as gestões anteriores. A gente tenta fazer a política ambiental em meio a todas essas dificuldades, mas a gente não vai ficar colocando culpa nos outros.
BBC News Brasil - Um dos debates no G20 é sobre o uso de antibióticos e de agrotóxicos na agropecuária. No governo Bolsonaro, a liberação de agrotóxicos cresceu 46% nos primeiros quatro meses. O Brasil não está indo na contramão de um movimento internaciona pela redução desses químicos?


Floresta AmazônicaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionMinistros do meio-ambiente de gestões anteriores acusam o governo atual de desmantelar as políticas ambientais. Salles argumenta que governo Bolsonaro recebeu estruturas sucateadas

Salles - Vários países europeus, como França e Holanda, utilizam mais agrotóxico por hectare que o Brasil. O que aconteceu no Brasil é que a tecnologia dos produtos menos nocivos demorou muito a chegar à produção brasileira.
É importante aprovar coisas (agrotóxicos) mais modernos justamente para você ter os benefícios da tecnologia.
BBC News Brasil - O general Santos Cruz acaba de ser demitido, o que parece ser mais um desdobramento das disputas entre olavistas e militares no governo. Esses conflitos entre alas que compõem o Executivo não podem acabar prejudicando o andamento das políticas públicas?
Salles - No Brasil, pela primeira vez em muitos anos, temos um governo que não loteou seus cargos de maneira oportunista. Temos um ministério técnico. Um país com agenda de liberal de redução do peso do Estado na economia, de reformas importantes, e é justamente essa visão que o presidente Bolsonaro tem dado a seus ministérios que permite ao Brasil dar um salto para o futuro. Então, entendo que o governo está é dando exemplo de maneira de atuar, alinhada com uma agenda liberal, que é uma agenda homogênea no governo.
BBC News Brasil - O senhor fala numa agenda liberal homogênea e de critérios técnicos para a escolha políticas. Mas a gente vê exemplos concretos de discordância na forma de pensar entre os ministros. O ministro das Relações Exteriores, por exemplo, defende um alinhamento com Estados Unidos e aliança com Israel. Mas a ala militar acha que a decisão técnica, do ponto de vista de retorno econômico, seria priorizar parcerias com a China e países árabes. Não existe um conflito entre ideologia e tecnicidade nas escolhas do governo?
Salles - Como em qualquer lugar do mundo, há divergências de opiniões. Mas, o conjunto da obra, do trabalho deste governo, é um conjunto harmônico. Os ministros trocam informações, conhecimento, de tal sorte que todo o governo avança de maneira clara e uníssona.
BBC News Brasil - Como o senhor vê, como integrante do governo e bacharel em Direito, essa troca de mensagens que mostram o ex-juiz Sergio Moro sugerindo estratégias de atuação para Ministério Público?
Salles - Uma das questões importantes (no governo Bolsonaro) é que cada ministro só responde sobre questões que dizem respeito à sua pasta. Agradeço a sua pergunta, mas eu só respondo a questões que digam respeito ao Ministério do Meio Ambiente.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Bom Jardim tem programação forrozeira para São João e São Pedro


Bandas, cantores e forró pé de serra constam na Programação do São João de Bom Jardim 2019: Traga sua família, brinque na paz. A festa é para todos. Confira a Programação:

CIDADE

Dia 23/06 - Pátio de Eventos João Salvino Barbosa : Banda Aquárius, Anjos do Forró e Valda Sedícias


Dia 28/06 - Pátio de Eventos João Salvino Barbosa : Pedrinho Pegação e Sebastian do Acordeon

Dia 29/06 - Pátio de Eventos João Salvino Barbosa : Vicente Nery & Sirano e Sirino

BIZARRA

Dia 23/06 - Centro  de  Bizarra : Anjos do Forró e Bidinga do Acordeon

Dia 24/06 - Centro  de  Bizarra: Valda Sedícias e Alcione do Acordeon

Dia 28/06 - Centro  de  Bizarra : Luan Douglas e Rouxinol

Dia 29/06 - Centro  de  Bizarra : Forró dos Bossas e Aldinho do Acordeon.

O Prefeito João Lira registrou assim o anúncio da programação festiva:'
Ilustres forrozeiros, com a responsabilidade de realizarmos festas, porém cauteloso de não comprometer os serviços básicos do município e principalmente a folha de pagamentos dos nossos servidores, com muito planejamento e respeito a coisa pública estamos divulgando com muita responsabilidade a nossa programação junina. Viva São João, São Antônio e São Pedro !",escreveu João Lira no Facebook.


Fonte: Governo Municipal
Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 11 de junho de 2019

Forças Armadas devem lealdade aos brasileiros não a Bolsonaro, diz general

Brasília – O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general da reserva do Exército Sérgio Etchegoyen, afirmou que as Forças Armadas do país devem lealdade à população brasileira, e não ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), e fez questão de destacar que não há risco de politização doExército, da Marinha e da Aeronáutica no futuro governo.
“Agora está eleito um governo de um político. O presidente eleito foi um dia um militar, há 30 anos, ele é político, ele tem sim como vice-presidente um militar que até ontem foi um general que chegou ao maior posto”, disse, referindo-se a Bolsonaro, capitão da reserva do Exército, e seu vice, Hamilton Mourão.
“Se nós temos as Forças Armadas que nunca participaram, nunca foram sustento de governo de nenhum regime democrático, não teria que ser agora. Não vejo”, disse Etchegoyen, em entrevista exclusiva à Reuters na terça-feira, no gabinete dele no Palácio do Planalto.
Para ele, as Forças Armadas devem lealdade aos brasileiros e há um “equívoco” na percepção do papel da instituição, “principalmente pela imprensa”. Ele disse que desde 1979 — desde a revogação dos últimos atos institucionais de “exceção” — o Brasil está “absolutamente livre” para o exercício de todas as tendências do espectro político.
“As Forças Armadas nunca foram atores políticos nesses 39 anos, nunca foram fonte de instabilidade”, disse ele, ao destacar que nesse período foram até eleitos governos de esquerda com os quais as forças tiveram “muito boas relações”.
O ministro do GSI disse que a então candidatura de Bolsonaro já tinha sido lançada há “bastante tempo” e que as Forças Armadas não participaram dela. “Não houve proselitismo, houve generais da reserva, reformados, outros militares reformados que têm todo o direito de fazerem a sua escolha e escolha feita foi de 57 milhões de brasileiros, a escolha não foi de militares”, afirmou.
“O presidente eleito é um presidente eleito por vontade de 57 milhões de brasileiros. É a esses 57 milhões de brasileiros que as Forças Armadas -57 milhões não– é a todos os brasileiros que as Forças Armadas devem a lealdade do seu papel, não ao presidente eleito”, disse.
O general afirmou considerar uma “aposta complicada” ingressar na carreira militar com vistas a buscar um caminho político no futuro, após ser questionado sobre o aumento do número de escolhidos para o primeiro escalão de quadros egressos das Forças Armadas no governo Bolsonaro. Na terça-feira, por exemplo, tinha sido confirmado o também general da reserva Fernando Azevedo e Silva como ministro da Defesa, que Etchegoyen disse ter percorrido o “caminho militar e político em alguns momentos”.
“O que te promove na carreira militar são teu currículo militar, o teu passado. Se fosse isso, Bolsonaro teria esperado ser general para se candidatar. Ele escolheu um caminho político legítimo lá atrás. Além disso, só para complementar, ele está cumprindo mais uma promessa de campanha, disse que ia colocar um general e colocou um general 4 estrelas”, afirmou, em referência ao novo titular da Defesa.
Etchegoyen disse que defende a escolha de um ministro da Defesa “relevante”, seja civil ou militar. Ele admitiu que a indicação do novo ministro da Defesa pode “desbalancear” e ter um “mal-estar” na relação com as duas outras forças — antes da decisão, Bolsonaro chegou a ponderar que estaria pensando em alguém da Marinha para o cargo.
“Os militares são disciplinados”, ressalvou, para quem não deve causar um problema maior. “Não, o ministro vai precisar dos comandantes, os comandantes vão precisar do ministro como interlocutor do presidente”, disse.
Por Ricardo Brito e Anthony Boadle, Reuters.
exame.abril.com.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Paulo Câmara faz parcerias para alfabetizar crianças na idade certa


Em um Teatro Guararapes completamente lotado, foi lançado, nesta terça-feira (11), o ‘Programa Criança Alfabetizada’. Iniciativa do Governo do Estado através da Secretaria de Educação e Esportes, o projeto visa apoiar os municípios na busca pela alfabetização na idade correta de todos esses pequenos estudantes. O projeto, que deve impactar cerca de 330 mil crianças, conta com o apoio técnico de parceiros que carregam a educação em seus propósitos: Instituto Natura, companheiro também no Programa Educação Integrada, Fundação Lemann e a Associação Bem Comum.

Foto: Pedro Menezes e Marlon Diego/Hélio Scheppa.

Estiveram presentes na solenidade prefeitos de diversos municípios de Pernambuco, além de representantes de empresas parceiras e deputados estaduais. Unidos, todos compactuam com o grande e principal objetivo do projeto, que busca melhorar a qualidade do ensino e, consequentemente, os resultados de aprendizagem dos estudantes, trabalhando sempre em parceria com as cidades. Com investimentos na ordem de R$ 50 milhões, a iniciativa tem como propósito apoiar todos os 184 municípios pernambucanos na busca pela alfabetização de todas as crianças que estudam na rede pública, garantindo, além da maior aprendizagem, o acesso a oportunidades e a um futuro melhor.

“É muito importante garantir que as nossas crianças estejam sendo alfabetizadas na idade certa, para que, posteriormente, cheguem às universidades e consigam bons empregos. O ideal é que aos sete anos eles já estejam lendo e escrevendo, e para isso teremos muito incentivo. É com educação que esse País vai melhorar, então queremos aproveitar tudo o que aprendemos com o ensino médio para fazer também pela alfabetização, construindo assim um ensino fundamental forte. Não basta pensar a curto prazo, nosso trabalho é de médio e longo prazo”, destrinchou o Governador de Pernambuco, Paulo Câmara.

Impactados diretamente pelo programa, os municípios receberão material complementar e de apoio pedagógico para a alfabetização, todos entregues pelo Estado, beneficiando anualmente mais de 187 mil crianças do 1º e 2º anos do ensino fundamental. O Programa prevê ainda a formação continuada para todos os gestores escolares, coordenadores pedagógicos e professores que atuam na pré-escola e alfabetização, contemplando mais de 23 mil servidores formados; bolsas para coordenadores e formadores municipais, que atuarão na pré-escola e nos 1º e 2º anos em cada município, totalizando 552 profissionais; avaliação do Saepe e avaliação de fluência para todos os estudantes do 1º e 2º anos; Prêmio Escola Destaque para as unidades de ensino com bons desempenhos e apoio técnico e financeiro para as escolas com menores resultados, ofertando mais de R$ 6 milhões em recursos - sendo R$80 mil para as escolas que apresentarem melhores resultados, e R$40 mil para as escolas com desempenhos mais baixos, como forma de incentivar essas instituições.

O programa também prevê mudanças na arrecadação do ICMS para todos os municípios – serão mais de R$ 540 milhões distribuídos com base em resultados educacionais. Atualmente, Pernambuco repassa 25% do ICMS, sendo parte deste valor (R$ 750 milhões) distribuídos com base nos índices de áreas como educação, saúde e meio ambiente. O incremento proposto pelo Criança Alfabetizada visa possibilitar que os municípios desenvolvam ações necessárias para obter bons resultados na educação. Ou seja, numa transição calculada para ser realizada em seis anos, o índice indicador de educação dessas cidades deve pular de 3% para 18%. A estruturação para se adequar às novas regras deve ser iniciada em 2021.

Todo esse investimento implicará no fortalecimento da gestão, formação de gestores e professores, material complementar e avaliação dos estudantes. “Era necessário construir uma base para que nossas crianças avançassem na educação, e um grande passo para isso é com um olhar especial para a alfabetização, e foi assim que nasceu o programa. É só o começo, ainda temos muito trabalho pela frente, mas tenho certeza que unidos podemos transformar ainda mais a educação, e vamos fazer isso ao lado de todos os municípios do nosso Estado”, comemorou Fred Amancio, secretário de Educação e Esportes.

A iniciativa chegou com grande impacto aos municípios pernambucanos, que comemoraram bastante a oportunidade de ter um apoio mais eficiente e a possibilidade de crescer ainda mais em um âmbito tão importante para a formação social como a educação. “É um momento muito importante para nós. Esse envolvimento do Estado na Educação Infantil em parceria com nossas cidades traz um reforço essencial na formação básica, e Igarassu tem a maior satisfação de estar participando de um programa como esse”, comemorou Mário Ricardo, prefeito da cidade de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife.

Consolidação
Há doze anos, Pernambuco figurava nas últimas colocações dos principais indicadores educacionais do Brasil. Hoje, após uma série de ações estratégicas, o Estado avançou e se tornou referência para a educação pública no País. Atualmente, no ensino médio, Pernambuco possui a menor taxa de abandono escolar (1,2%), e a maior taxa de aprovação nesta etapa (94%). O Estado registra a maior trajetória de crescimento no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), sendo a única rede estadual a atingir todas as metas estabelecidas pelo Ministério da Educação (MEC) desde a sua criação. Em 2015 o Estado chegou ao primeiro lugar do Brasil no Ideb e atualmente é destaque nacional no ensino médio. Escolas em Tempo Integral e o Programa Ganhe o Mundo são referências para todo o País.

Com informações de educacao.pe.gov.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE

As informações moram nas ordens dos poderes


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Não é possível derrubar todos os diálogos. É importante decifrar mensagens e agitar a reflexão. Somos animais sociais, apesar das divergências e dos conflitos violentos. O jogo da vida exige controle, porém não faltam excessos. A história é o inesperado que acorda sossegos e promete sacudir memórias. As redes de comunicação existem e são necessárias. Há tensões, escritas agressivas, plateias excitadas. Corre o narcisismo, com textos que pedem aplausos e  se sentem senhores da verdade. Quem pode negar a força da propaganda, um lugar  singular que garanta bons negócios, os abraços que estimam amizades passageiras?Para que se aplaude o fluxo do capital? E as conversas mascaradas prometem o juízo final?
As polêmicas frequentes não tiram o mérito dos apelos múltiplos e, por vezes, obscuros. Alguns adotam concepções de mundo ditas renovadoras, outros acham que o óbvio é um encanto. A sociedade não se cansa de inventar aventuras e as transformações acompanham grupos conspiradores. Quem  analisa as andanças dos tempos não deixa de olhar as contradições. Muitos fazem ruídos, afirmam opiniões extravagantes, se valem de sapiências jurídicas. Consultar o espelho envolve as tarefas do cotidiano, elege escolhas e fermenta narcisismos. O uso da tecnologia atiça ambiguidades velozes e traiçoeiras. Não há carência de sustos.
Nunca houve a consolidação de homogeneidades. As diferenças persistem e o circo se anima com as fantasias. Há espaço para o riso e para a irritação. A complexidade abraça as lutas sociais e mostra a dificuldade de serenar as rebeldias. Fugas, atritos, arrogâncias. A  sede de poder invadiu espaços profanos e escraviza desejos. Isso é visível. Os danos são inegáveis. No entanto, há deboches na comunicação, descobertas inusitadas de segredos intrigantes. Julgar traz suspenses e mostra que a sociabilidade brinca de se esconder. Não é fácil definir valores e montar alternativas sadias. O trapézio balança com informações globalizadas e mentiras programadas nas moradias arquitetadas por doutores.
O testemunho inesperado se costura e alerta para o caos. Não esqueça que as manipulações não apagam as nostalgias fascistas, porém diminui as  astúcias da transformação. Não existe o absoluto. Os celulares tocam, os facebooks tremem, os piratas não adormecem nos mares pós-modernos. Acertar nas profecias  é o maior desafio. Diante de tantas idas e vindas, os fantasmas se espalham. Há os salvadores, os tenebrosos, os cultivadores de inovações. Definir regras fixas talvez seja uma ingenuidade imensa. Não se pode subestimar desmanches. Expulsar a vaidade das configurações humanas é uma missão impossível. Viver lamentando o fracasso dói e atormenta. Mas como negar que o desamparo se consolida diante de privilégios opressores?
Por Paulo Rezende.  A astúcia de Ulisses
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 10 de junho de 2019

Unidos pelo forró, casais vivem parceria na vida e na arte

Lula e Terezinha do Acordeon estão juntos há 37 anos
Lula e Terezinha do Acordeon estão juntos há 37 anosFoto: Ed Machado/Folha de Pernambuco
forró inspira o romance. Não é à toa que se dança agarradinho, de rostos colados e pernas intercaladas. A sintonia que flui nas pistas, às vezes, também está presente nos palcos. Quando arte e vida pessoal se entrelaçam, a música ganha o componente adicional do amor. Por isso, não faltam exemplos de casais unidos pelo mais nordestino do ritmo.

É o caso de Terezinha e Lula do Acordeon. Há 37 anos, eles compartilham não apenas o sobrenome artístico, que prova a intimidade de ambos com o instrumento musical de teclas. A história desse relacionamento se confunde com a do forró produzido em Pernambuco. Tanto o marido quanto a esposa contribuíram significativamente para a cena forrozeira.

Nascida em Salgueiro, Terezinha mudou-se para o Recife em 1970. Aprendeu a tocar sanfona com 12 anos de idade, ainda na sua cidade de origem. Aos 15, formou um grupo musical com colegas de escola, entre eles, o escritor Raimundo Carrero. Mas o primeiro casamento a fez abandonar a carreira artística, retomada apenas em 1983. Foi quando o seu caminho se cruzou com o de Luiz Joaquim de Santana, mais conhecido como Lu

"A gente se conheceu através do músico Luizinho do Xaxado. Acabamos formando um grupo. Ela cantava, eu tocava sanfona e tínhamos mais três instrumentistas, até que eu decidi parar, por volta de 1989", conta Lula, que agora se dedica exclusivamente ao ofício de afinador de acordeon. "O serviço de conserto só aumentava. É um trabalho difícil, artesanal, que leva muito tempo. Então, tive que largar os palcos", explica. Nessa altura, ele e Terezinha já haviam deixado de ser apenas parceiros musicais.

Sem querer procurar outro sanfoneiro para acompanhá-la nos show, Terezinha resolveu que ela mesma assumiria essa tarefa. "Recife já tinha um monte de cantoras fazendo sucesso, todas com vozes maravilhosas. Eu queria fazer a diferença. Meti a cara e entrei nesse Clube do Bolinha, porque naquela época só homens costumavam tocar sanfona no forró", relembra a artista.

As residências onde o casal já morou sempre serviram como ponto de encontro para os forrozeiros. "Já recebemos muita gente, como Elba Ramalho, Anastácia E Genival Lacerda. Quando a gente menos espera, aparece alguém e a festa começa", aponta Lula. Entre os músicos mais jovens, Terezinha é tida como uma madrinha, por conta de seu incentivo e cuidado maternal.

Lula não costuma dar opiniões sobre o trabalho da companheira. “Musicalmente falando, ela tem a cabeça dela e eu respeito muito. Posso apontar algo que não gostei, porque ela não vai se chatear, mas prefiro não me meter”, afirma. Mas quando tem alguma dúvida técnica, é ao marido que Terezinha recorre. “Digo sempre que o instrumentista da casa é ele. Se não souber de alguma coisa, claro que vou perguntar”, confessa.

Na vida e na arte 

Também foi a carreira musical que aproximou Andrezza Formiga e Roberto Cruz. "Em 2000, eu montei uma banda com alguns parceiros, chamada Casa de Couro. A gente precisava de uma cantora para me acompanhar nos vocais e assim eu conheci Andrezza", conta o forrozeiro. Em 2010, o namoro iniciado nos bastidores dos shows se transformou em casamento, que de lá para cá já gerou dois frutos: um filho de seis anos e uma filha de um.

O grupo chegou ao fim em 2004, mas o casal seguiu na estrada, agora em projetos individuais. Como compositor, Roberto criou músicas para nomes como Flávio José, Santanna, Nádia Maia e Irah Caldeira. Em paralelo, a trajetória como cantor contabiliza vários CDs lançados. Já Andrezza, ficou entre as finalistas do Prêmio da Música Brasileira, no ano passado, na categoria regional.


Roberto Cruz e Andrezza Formiga se conheceram na banda Casaca de Couro
Roberto Cruz e Andrezza Formiga se conheceram na banda Casaca de Couro - Crédito: Jose Britto/Folha de Pernambuco


Mesmo não estando mais juntos em uma banda, a contribuição entre os dois artistas se mantém. “Produzimos muitas coisas em parceria. Temos um estúdio em casa e lá a gente grava, edita e ensaia. É inevitável um participar do trabalho do outro”, diz Roberto, que sonha um dia gravar um álbum em parceria com a amada. "O nome seria ‘Na vida e na arte’, porque foi assim a nossa história. O forró promoveu esse encontro", adianta.

Segundo Andrezza, é comum as pessoas se confundirem achando que ela e o esposo formam uma dupla. No entanto, ela enfatiza a independência dos dois trabalhos. "Se você parar e ouvir, vai perceber que as obras são completamente diferentes. Ainda que eu grave uma composição dele, eu gosto de fazer do meu jeito, sentar no estúdio e gravar como eu quero", revela.
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Fonte:www.folhape.com.br/


Professor Edgar Bom Jardim - PE

BRASIL:Conversas entre Sergio Moro e MP revelam outro lado da Lava Jato


Conversas Secretas entre Sergio Moro e procuradores do Ministério Público revelam outro lado da Lava Jato. Os diálogos foram obtidos com exclusividade pelo portal ‘Intercept Brasil’ e divulgados na noite deste domingo, 9.
Segundo as conversas o ex-juiz Sérgio Moro sugeria ao procurador Deltan Dallagnol que trocasse a ordem de fases da Lava Jato, cobrou agilidade em novas operações. Ele também deu conselhos estratégicos e pistas informais de investigação, antecipou ao menos uma decisão, criticou e sugeriu recursos ao Ministério Público e deu broncas no procurador.
As conversas fazem parte de um lote de arquivos secretos enviados ao “Intercept” por uma fonte anônima há algumas semanas, segundo o portal, bem antes da notícia da invasão do celular do ministro Moro, divulgada nesta semana, na qual o ministro afirmou que não houve “captação de conteúdo”.
Ainda segundo o “Intercept”, a fonte anônima informou que já havia obtido todas as informações e estava ansiosa para repassá-las a jornalistas.
“Talvez fosse o caso de inverter a ordem da duas planejadas”, sugeriu Moro a Dallagnol, falando sobre fases da investigação. “Não é muito tempo sem operação?”, questionou o atual ministro da Justiça de Jair Bolsonaro após um mês sem que a força-tarefa fosse às ruas. “Não pode cometer esse tipo de erro agora”, repreendeu, se referindo ao que considerou uma falha da Polícia Federal. “Aparentemente a pessoa estaria disposta a prestar a informação. Estou então repassando. A fonte é seria”, sugeriu, indicando um caminho para a investigação. “Deveríamos rebater oficialmente?”, perguntou, no plural, em resposta a ataques do Partido dos Trabalhadores contra a Lava Jato.

Ética

De acordo com a Constituição brasileira o sistema acusatório no processo penal é composto por duas figuras a do  acusador e do julgador, e elas não podem se misturar. Nesse modelo, cabe ao juiz analisar de maneira imparcial as alegações de acusação e defesa, sem interesse em qual será o resultado do processo. Mas as conversas entre Moro e Dallagnol demonstram que o atual ministro da Justiça e Segurança Pública se envolveu no trabalho do Ministério Público – o que é proibido.
A atuação coordenada entre o juiz e o Ministério Público por fora de audiências e autos (ou seja, das reuniões e documentos oficiais que compõem um processo) fere o princípio de imparcialidade previsto na Constituição e no Código de Ética da Magistratura.
Moro e Dallagnol sempre foram acusados de operarem juntos na Lava Jato, mas não havia provas explícitas dessa atuação conjunta – até agora.
Moro negou em diversas oportunidades que trabalhava em parceria com o MPF. Confira a íntegra das conversas aqui.
Fonte: www.msn.com

Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 9 de junho de 2019

A gente não sabemos escolher presidente... A gente somos "inúteu"!


Ameaçado o BCP está no centro do jogo político do governo.
O presidente Jair Bolsonaro publicou no Twitter, na noite do último sábado (8), uma mensagem afirmando que o governo não terá recursos para pagar benefícios se o Congresso não aprovar o PLN4, projeto que abre um crédito suplementar de R$ 248,9 bilhões para o Executivo. A expectativa do Parlamento é votar o texto nesta semana.Caso o projeto não seja aprovado, segundo Bolsonaro, 
o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que atende a idosos e pessoas com deficiência em situação de miserabilidade, terá que ser suspenso já no próximo dia 25, e outros repasses, como o Bolsa Família, o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e o Plano Safra também serão interrompidos nos próximos meses.
"Acredito na costumeira responsabilidade e patriotismo dos deputados e senadores na aprovação urgente da matéria", afirmou o presidente na rede social. Na última quarta-feira (5), depois de fracassar a tentativa para um acordo sobre o parecer do deputado Hildo Rocha (MDB-MA) ao PLN4, o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), senador Marcelo Castro (MDB-PI), suspendeu até a próxima terça-feira (11) a discussão do assunto no colegiado. Enquanto isso, os parlamentares fizeram uma sessão contunta para analisar 23 vetos presidenciais que trancavam a votação do projeto de crédito suplementar, mas três destes vetos ainda ficaram pendentes de análise.
Segundo a equipe econômica do governo, a autorização do Congresso para esse crédito extra é fundamental para garantir o pagamento de subsídios e benefícios assistenciais sem descumprir a chamada regra de ouro, que impede a emissão de dívida para pagar despesas correntes, como salários.
A expectativa do secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, é de que os Parlamentares votem a matéria até o dia 15 de junho, caso contrário o Plano Safra 2019/2020 também será afetado, uma vez que, sem crédito garantido, não pode sequer ser anunciado.
 Com informação de: congressoemfoco.uol.com.br. Por Radael Neves
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 8 de junho de 2019

Geraldo Guerra, empresário, conhecido por "Barão" morre no início da noite deste sábado



Faleceu no Hospital dos Servidores de Pernambuco, na cidade de Recife, no início da noite deste sábado, 08 de junho de 2019, Jose Geraldo Gonçalves Guerra, 64 anos de idade, casado com a professora aposentada  Maria José de Arruda(Lu), pai de Diêgo e Douglas, funcionário público aposentado da Compesa, ex-professor do Ginásio 19 de Julho, ex-Secretário de Infraestrutura e Transportes do Bom Jardim, comerciante conhecido popularmente por "Barão". Para Geraldo, todo bonjardinense era um Barão. O corpo de Geraldo será velado em sua residência na rua Jerônimo Heráclio, próximo a Rádio Cult FM. 

*O sepultamento deverá acontecer às 17 horas neste domingo(9).  

A família enlutada agradece desde já o comparecimento e a solidariedade de todos.
Com informações de Manoel Souto.
Professor Edgar Bom Jardim - PE