terça-feira, 11 de junho de 2019

As informações moram nas ordens dos poderes


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Não é possível derrubar todos os diálogos. É importante decifrar mensagens e agitar a reflexão. Somos animais sociais, apesar das divergências e dos conflitos violentos. O jogo da vida exige controle, porém não faltam excessos. A história é o inesperado que acorda sossegos e promete sacudir memórias. As redes de comunicação existem e são necessárias. Há tensões, escritas agressivas, plateias excitadas. Corre o narcisismo, com textos que pedem aplausos e  se sentem senhores da verdade. Quem pode negar a força da propaganda, um lugar  singular que garanta bons negócios, os abraços que estimam amizades passageiras?Para que se aplaude o fluxo do capital? E as conversas mascaradas prometem o juízo final?
As polêmicas frequentes não tiram o mérito dos apelos múltiplos e, por vezes, obscuros. Alguns adotam concepções de mundo ditas renovadoras, outros acham que o óbvio é um encanto. A sociedade não se cansa de inventar aventuras e as transformações acompanham grupos conspiradores. Quem  analisa as andanças dos tempos não deixa de olhar as contradições. Muitos fazem ruídos, afirmam opiniões extravagantes, se valem de sapiências jurídicas. Consultar o espelho envolve as tarefas do cotidiano, elege escolhas e fermenta narcisismos. O uso da tecnologia atiça ambiguidades velozes e traiçoeiras. Não há carência de sustos.
Nunca houve a consolidação de homogeneidades. As diferenças persistem e o circo se anima com as fantasias. Há espaço para o riso e para a irritação. A complexidade abraça as lutas sociais e mostra a dificuldade de serenar as rebeldias. Fugas, atritos, arrogâncias. A  sede de poder invadiu espaços profanos e escraviza desejos. Isso é visível. Os danos são inegáveis. No entanto, há deboches na comunicação, descobertas inusitadas de segredos intrigantes. Julgar traz suspenses e mostra que a sociabilidade brinca de se esconder. Não é fácil definir valores e montar alternativas sadias. O trapézio balança com informações globalizadas e mentiras programadas nas moradias arquitetadas por doutores.
O testemunho inesperado se costura e alerta para o caos. Não esqueça que as manipulações não apagam as nostalgias fascistas, porém diminui as  astúcias da transformação. Não existe o absoluto. Os celulares tocam, os facebooks tremem, os piratas não adormecem nos mares pós-modernos. Acertar nas profecias  é o maior desafio. Diante de tantas idas e vindas, os fantasmas se espalham. Há os salvadores, os tenebrosos, os cultivadores de inovações. Definir regras fixas talvez seja uma ingenuidade imensa. Não se pode subestimar desmanches. Expulsar a vaidade das configurações humanas é uma missão impossível. Viver lamentando o fracasso dói e atormenta. Mas como negar que o desamparo se consolida diante de privilégios opressores?
Por Paulo Rezende.  A astúcia de Ulisses
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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