quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Após fim de reserva, grupo amplia lobby por mineração em áreas indígenas


Paisagem do Rio NegroDireito de imagemJOÃO FELLET/BBC BRASIL
Image captionRepresentante de federação de indígenas contesta fala de presidente da Funai, segundo a qual 99,9% dos índios do Alto Rio Negro seriam favoráveis à regulamentação da mineração

Encorajado por ações recentes do governo federal que reduziram áreas protegidas na Amazônia, um grupo de deputados estaduais da região intensificou o lobby em Brasília para permitir a mineração em terras indígenas.
O movimento - que tem como grande articulador um deputado do PT e é apoiado por um prefeito indígena do Amazonas - é criticado por organizações que representam povos da região e temem os impactos da atividade.
A BBC Brasil acompanhou uma reunião na quinta-feira na sede da Funai (Fundação Nacional do Índio) entre o presidente do órgão, Franklimberg Ribeiro de Freitas, e uma delegação com 11 membros do Parlamento Amazônico, entidade que agrupa legisladores dos nove Estados da Amazônia Legal.
Marcado para tratar de questões ligadas a indígenas na Amazônia, o evento não contou com a presença de nenhum indígena e teve como principal tema a defesa da mineração nos territórios desses povos.
O encontro ocorreu um dia após o presidente Michel Temer extinguir por decreto a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), na divisa entre o Pará e o Amapá - decisão que abre o caminho para o avanço da mineração numa área de mata fechada e vizinha a duas terras indígenas.
Após reações negativas, Temer publicou na segunda-feira um novo decreto. O documento manteve a extinção da Renca, mas deixou mais clara a proibição da mineração nas terras indígenas e unidades de conservação que se sobrepõem à reserva, exceto se a atividade estiver prevista no plano de manejo da unidade.
Principal articulador do movimento pró-mineração em terras indígenas, o deputado estadual Sinésio Campos, do PT do Amazonas, disse à BBC Brasil que o novo decreto não altera os planos do grupo e que seguirá tentando convencer o Congresso a regulamentar o tema.
Campos afirma que Temer cometeu uma "trapalhada" ao extinguir a Renca sem explicar o gesto e ao apresentar um novo decreto após as reações negativas. Segundo ele, as críticas teriam sido menores se o governo tivesse dialogado antes de anunciar a decisão.
Também presente à reunião na Funai, o deputado estadual Naldo da Loteria, do PSB de Roraima, disse à BBC Brasil que a extinção da Renca animou o movimento pró-mineração, embora o encontro tenha sido agendado antes do decreto original. Para ele, a decisão sinaliza "que o governo está preocupado em destravar a burocracia que tanto atrapalha o desenvolvimento da Amazônia".
Segundo o deputado, outras ações do governo Temer - como a redução da Floresta Nacional do Jamanxim (PA) e a edição de uma Medida Provisória que facilita a regularização de terras (apelidada por ambientalistas de "MP da grilagem") - estimularam o agendamento do encontro com o presidente da Funai.
"Sentimos que o momento é favorável e viemos reforçar nossa posição. Já que o governo não tem popularidade, que entre na história por modernizar o país", ele diz.


Na reunião, Naldo disse que Roraima - onde áreas indígenas são 46,2% do território - foi "inviabilizada economicamente" por demarcações e que a regulamentação da mineração reduziria os conflitos causados por garimpos ilegais. "Hoje só não existe garimpo em terra indígena que não tem ouro", afirmou.

Mendigos ricos

Segundo a Constituição de 1988, a mineração em terras indígenas só poderá ocorrer se for regulamentada por lei específica, o que jamais ocorreu. Mesmo assim, vários desses territórios convivem há décadas com o garimpo ilegal - atividade associada a conflitos, à poluição dos rios e à disseminação de doenças.

Reserva no AmapáDireito de imagemWWF-BRASIL / LUIZ COLTRO
Image captionUm dos acessos à Reserva do Rio Iratapuru, no Amapá, parte da Renca

Hoje só é permitido em terras indígenas o garimpo artesanal, sem uso de máquinas nem produtos poluentes.
"Enquanto não puderem explorar as riquezas de suas terras, os índios serão mendigos ricos", afirmou na reunião Sinésio Campos, do PT.
Na presidência da Funai desde maio, o general Franklimberg Ribeiro de Freitas disse aos deputados que a regulamentação da atividade era do interesse de vários povos indígenas.
Ele afirmou que "99,9%" dos indígenas do Alto Rio Negro (AM) e dos povos Suruí e Cinta Larga das Terras Indígenas Sete de Setembro e Aripuanã (ambas na divisa entre Rondônia e Mato Grosso) "querem a regularização pelo Congresso Nacional da exploração dos recursos minerais".
Mas ele disse que o atendimento do pleito não dependia da Funai, e sim do Congresso, e que a mineração não seria uma alternativa para todas as comunidades indígenas do país. "É preciso considerar a vocação econômica de cada território", disse Franklimberg, destacando grupos que têm explorado atividades como o turismo, a criação de peixes e a coleta de castanha.
Única na reunião a destoar do coro pró-mineração, a deputada Cristina Almeida, do PSB do Amapá, se disse preocupada com o impacto da extinção da Reserva Nacional de Cobre e Associados nas terras indígenas Waiãpi e Rio Paru d'Este. Segundo ela, o decreto de Temer pode provocar uma "explosão no desmatamento e acarretar aumento de conflitos".
Franklimberg respondeu que não haveria exploração de minérios nas duas áreas indígenas, justamente porque a atividade ainda não está regulamentada.

Exemplo canadense

O deputado Sinésio Campos saiu satisfeito do encontro. Ele afirma que, em gestões anteriores, a Funai não aceitava nem discutir o tema, o que impedia o avanço das negociações. Agora, diz esperar que o órgão se empenhe no convencimento dos congressistas. "Hoje demos um grande passo."
Proposto pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR) para regulamentar a mineração em terras indígenas, o Projeto de Lei 1.610 tramita no Congresso desde 1996. Em 2015, o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criou uma comissão especial para discutir a matéria, cuja relatoria foi entregue ao deputado Édio Lopes (PMDB-RR), aliado de Jucá. Mas as discussões avançaram pouco.

Área de garimpo ilegalDireito de imagemDIVULGAÇÃO/ SESP/ MT
Image captionDeputado destaca que regulamentação poderia reduzir conflitos gerados pelo garimpo ilegal

Um assessor de Lopes disse à BBC Brasil que o deputado tenta convencer a Presidência da Câmara a recriar a comissão para que os trabalhos continuem, já que alguns membros do grupo deixaram a Casa e precisam ser substituídos.
Sinésio Campos diz que o momento é oportuno para retomar as tratativas. Em março, ele foi convidado pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho (PSB), para acompanhá-lo em visita a uma das maiores convenções mundiais sobre mineração, no Canadá. Para Campos, a legislação canadense pode ser um modelo para o Brasil.
"Índios canadenses usam o dinheiro da mineração para financiar universidades e outras melhorias para eles mesmos. Não queremos uma mineração predatória, só queremos condições mais dignas para as comunidades", afirmou. O deputado diz que, se a mineração em terras indígenas for regulamentada no Brasil, comunidades que não queiram a atividade poderão vetá-la.

Prefeito indígena

Entre os apoiadores da regulamentação está um afilhado político de Campos em São Gabriel da Cachoeira, município do Amazonas com 30 mil habitantes e onde 76,6% da população é indígena. Um dos poucos prefeitos indígenas do país e membro do povo tariana, Clóvis Curubão (PT) se elegeu prometendo lutar pela causa. Em maio, ele disse à BBC Brasil que ONGs eram responsáveis por bloquear a regulamentação do tema.


"Elas [ONGs] só pensam em fazer conferência, mas nosso povo não vive só de palavra: queremos educação, saúde, transporte, uma vida melhor. O índio está no século 21: usa motor, usa tudo. Não dá para voltar ao passado."

Clóvis Curubão é o único prefeito indígena do paísDireito de imagemJOÃO FELLET/BBC BRASIL
Image captionClóvis Curubão é o único prefeito indígena do país e apoia a regulamentação

O prefeito diz que, ao mesmo tempo em que modernizariam as comunidades, os lucros da mineração ajudariam a preservar a cultura local, pois haveria mais recursos para o ensino de línguas indígenas e a organização de festas tradicionais.
Hoje comerciante, Curubão trabalhou como garimpeiro e foi um dos fundadores de uma cooperativa indígena pró-mineração. Ele diz ter decidido concorrer a prefeito após ter seu pleito pró-regulamentação rejeitado por organizações indígenas e políticos de São Gabriel da Cachoeira. "Todo mundo tinha medo de falar em mineração, então fomos a Manaus pedir ajuda aos políticos de lá."
Sinésio Campos abriu as portas do PT amazonense a Curubão e ajudou a coordenar sua candidatura vitoriosa.

'Equivocado e leviano'

Organizações indígenas brasileiras condenam a movimentação dos deputados pró-mineração.
Coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Sônia Guajajara diz à BBC Brasil que "o movimento indígena amazônico é absolutamente contra a mineração em territórios indígenas" e que os políticos que promovem a causa "só defendem interesses econômicos de poucos".
"Desafiamos os deputados a fazer uma consulta aos povos, conforme prevê a Convenção 169 da OIT [Organização Internacional do Trabalho]."
Em seu artigo sexto, a convenção da OIT sobre Povos Indígenas e Tribais, incorporada à legislação brasileira em 2004, determina consultas aos povos indígenas "cada vez que sejam previstas medidas legislativas ou administrativas suscetíveis de afetá-los diretamente".

Marivelton Baré, presidente de federação dos indígenasDireito de imagemFOIRN
Image caption'Somos contra políticos e empresários que vendem a mineração como uma solução para as omissões do Estado', diz Marivelton Baré

Presidente da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn), composta por 89 associações de 23 etnias amazônicas, Marivelton Baré critica a afirmação do presidente da Funai de que 99,9% dos índios do Alto Rio Negro são favoráveis à regulamentação da mineração.
"É uma fala leviana e equivocada", ele diz. Segundo Baré, grande parte das comunidades do Rio Negro quer discutir o tema, mas não necessariamente aprova a mineração em suas terras. Ele afirma, porém, que as discussões não podem se restringir aos centros urbanos, onde mais pessoas tendem a ser favoráveis à mineração, devendo incorporar também aldeias distantes.
"Não é que somos contra a mineração; somos contra políticos e empresários que vendem a mineração como uma solução para as omissões do Estado e falhas em políticas públicas", ele diz.
Membros dos dois povos citados pelo presidente da Funai como sendo amplamente favoráveis à mineração também contestaram sua declaração. Segundo Almir Suruí, líder na Terra Indígena Sete de Setembro, a comunidade está dividida "meio a meio" quanto à mineração. Suruí é contra a atividade e diz que sua regulamentação causaria danos ambientais ainda maiores que o garimpo ilegal.
Militante do movimento indígena em Rondônia, Diogo Cinta Larga estima que 20% de seu povo seja favorável à atividade.
"Só defende a regulamentação quem está ganhando algum dinheiro com garimpo hoje. A maioria da população nunca viu nenhum benefício e é contra", afirma.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

A mensagem da Coreia do Norte


Pedestre em Tóquio passa diante de tela com imagem de Kim Jong-unDireito de imagemEPA
Image captionNo Japão, cidades entraram em alerta: pela primeira vez, míssil norte-coreano se mostrou capaz de levar armamento nuclear

O míssil disparado pela Coreia do Norte sobre a região japonesa de Hokkaido na manhã desta terça-feira (noite de segunda-feira no Brasil) deixou moradores em alerta e está sendo considerado o mais sério teste balístico realizado até o momento pelo regime de Pyongyang.
Apesar de não ser o primeiro lançamento norte-coreano sobre o Japão, acredita-se que tenha sido o primeiro com capacidade de armamento nuclear. Por isso, é visto por analistas como a maior provocação de que se tem notícia por parte dos norte-coreanos, em meio a uma escalada nas tensões regionais.
O premiê japonês, Shinzo Abe, considerou o episódio uma ameaça "sem precedentes" ao seu país.
O míssil, que caiu sobre as águas da costa leste japonesa, é um modelo Hwasong-12, segundo análises preliminares. Ele já havia sido testado em um lançamento realizado em maio.
E por que a Coreia do Norte resolveu dispará-lo neste momento?
Em primeiro lugar, para demonstrar força e enviar a mensagem de que o regime norte-coreano não se sente intimidado pelas ameaças americanas, explica o correspondente da BBC News em Tóquio, Rupert Wingfield-Hayes.
Além disso, o lançamento desta terça seria uma forma de testar seu míssil em uma trajetória mais realista, ao mesmo tempo em que coloca as relações EUA-Japão na berlinda.
"Eles (Coreia do Norte) querem mostrar que estão seguindo adiante com seu programa de mísseis e de armas nucleares, sem serem afetados pela pressão internacional", diz à BBC Doug Paal, do Centro Carnegie Endowment for International Peace.
Para Paal, teria sido ainda mais grave se a Coreia tivesse escolhido Guam - território americano no oceano Pacífico - em vez do Japão como alvo.
"Se o teste (de mísseis) tivesse sido perto de Guam, colocaria muita pressão para que (o presidente americano Donald) Trump respondesse", afirmou - Trump havia dito anteriormente que Pyongyang se veria diante de "fogo e fúria" se atacasse Guam.
Ainda assim, muitos já veem o avanço norte-coreano como um sinal de que as opções diplomáticas estão se esgotando.

Reunião de emergência


Kim Jong-un, líder da Coreia do NorteDireito de imagemAFP/GETTY IMAGES
Image captionKim Jong-un, líder da Coreia do Norte: 'País quer mostrar que está seguindo adiante com seu programa de mísseis e de armas nucleares, sem ser afetado pela pressão internacional', diz analista

Na ONU, a embaixadora americana Nikki Haley disse que "algo sério tem de acontecer" em resposta ao lançamento norte-coreano, chamado de "inaceitável".
O Conselho de Segurança das Nações Unidas deverá realizar uma reunião de emergência ainda nesta terça para discutir o caso, e novas sanções contra Pyongyang podem ser implementadas - lembrando que resolução prévia do órgão proíbe a Coreia do Norte de desenvolver qualquer tipo de armas nucleares.
Trump havia dito mais cedo que "todas as opções" estão sendo analisadas, dando a entender que Washington não descarta uma ação militar na Coreia do Norte.
O Pentágono, por sua vez, disse que a diplomacia ainda é a "opção principal" para os Estados Unidos.
Na China - a principal aliada de Pyongyang -, o porta-voz da Chancelaria afirmou que a crise está chegando a um "ponto crítico", que ainda pode abrir as portas para um diálogo pela paz.
Já a Coreia do Norte defendeu seu direito de tomar "duras contramedidas" em resposta ao que chama de "agressão americana", em referência aos exercícios militares conjuntos realizados por EUA e Coreia do Sul.

'Audacioso'

O disparo norte-coreano fez com que diversas cidades do norte do Japão entrassem em alerta, com sirenes e alertas via alto-falante.
Até agora, os disparos norte-coreanos sobre o país haviam levado apenas supostos satélites. Nesta terça, porém, o Hwasong-12 foi lançado com capacidade de carregar armamento nuclear, segundo especialistas.
"É algo extremamente audacioso, provocativo e proibido sob a lei internacional", explica à BBC John Park, pesquisador do Grupo de Trabalho de Coreia na Harvard Kennedy School.
O ex-embaixador americano na Ásia Christopher R Hill, ex-negociador com a Coreia do Norte, afirmou pelo Twitter que foi o "mais sério lançamento de míssil" já realizado por Pyongyang.
É também a primeira vez que se realiza um disparo do posto de Sunan, perto de Pyongyang - local usado pela primeira vez, o que significa que a Coreia do Norte pode estar expandindo seus pontos de lançamento ou que poderia estar tentando despistar observadores internacionais.
Analistas acreditam que o programa nuclear e armamentista norte-coreano está avançando a um ritmo alarmante.
"O país está conduzindo testes de mísseis de alcance intermediário ou intercontinental a cada quatro a seis semanas", acrescenta Park. "Isso é preocupante sob qualquer perspectiva, sobretudo para um país que geralmente é subestimado quanto a suas capacidades." De BBC.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Assista REDE na TV. Aqui em LEIA MAIS





Vai ao ar na noite desta nesta terça-feira o novo programa da Rede Sustentabilidade. Transmitido às 20h nas rádios e às 20h30 na TV, ambos em rede nacional, ele convidará a população a participar da “Operação Lava-Voto” – proposta do partido para aproveitar o momento político, que tem operado grandes mudanças no país, e levá-lo também para as próximas eleições, em 2018. O objetivo é reforçar junto à população a importância de não votar em candidatos envolvidos em escândalos de corrupção. “É uma questão de atitude, de como nós, a partir de agora, vamos fazer nossas escolhas. Faça você mesmo a sua Operação Lava-Voto”, diz Marina Silva, ex-senadora e porta-voz nacional da REDE.
O programa também dará destaque à PEC 350, de autoria da REDE. O projeto prevê a criação das chamadas candidaturas avulsas, sem filiação partidária. Num momento em que a maior parte da população está desacreditada da política, a REDE faz um chamado para que todos se tornem agentes da transformação necessária. “Os partidos estão criminalizados, o povo tem que entrar em campo”, diz o ex-senador Pedro Simon, em participação especial no programa da Rede. “Para poder ocupar a política hoje, para você poder ser candidato, você precisa estar filiado a um partido político. A gente precisa quebrar o monopólio da participação eleitoral pelos partidos políticos e deixar que as pessoas possam ser candidatas independentemente dos partidos políticos”, explica o porta-voz da REDE, Zé Gustavo.
Outro ponto lembrado no programa são as importantes ações da REDE nos últimos meses para mudar a política – como o pedido de afastamento do ex-presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) do comando do Senado no ano passado, cassação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha. “Os brasileiros não suportam mais a política. E com razão. Mas a única maneira de mudar a política é por meio da política. Este tem sido o trabalho principal da REDE: melhorar a qualidade da política”, diz o deputado João Derly (REDE-RS). “A maior preocupação do mundo político hoje é mudar as regras do jogo eleitoral para que tudo permaneça como está. É mudar para que nada mude. Esse é o espírito da reforma política que está sendo feita no Congresso. Isso é o contrário do que a sociedade brasileira quer”, completou Alessandro Molon (REDE-RJ).
A REDE também vem lutando no Congresso contra a criação do super fundo partidário. “A REDE é a favor de um modelo de financiamento de campanha de acordo com a preferência do eleitor naquela eleição e não em função do resultado da eleição anterior, na qual, aliás, prevaleceu o Caixa 2 e a corrupção. Foi criada uma cultura no Brasil de campanhas milionárias. As regras eleitorais poderiam ser alteradas, de fato, para que as campanhas tivessem um custo muito menor e com isso os debates, a propostas, passassem a ser o verdadeiro motivo de uma discussão eleitoral”, diz o Senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP)
No rol de mudanças que a REDE vem propondo - e gerando -, o programa também trata da Ficha Limpa. No início de agosto, o partido lançou o projeto Desafio Nacional, que propõe a implantação da Ficha Limpa em todos os municípios do país – seja por projetos apresentados por vereadores ou por iniciativa popular. “A Lei da Ficha Limpa trouxe uma série de vantagens para o processo eleitoral brasileiro. O problema é que muitos que não podem ser candidatos acabam sendo nomeados para exercer posições importantes nos municípios como uma espécie de ‘prêmio de consolação’. É essa porta que nós queremos fechar”afirma Marlon Reis, autor da Lei da Ficha Limpa Nacional.



Professor Edgar Bom Jardim - PE

173 professores para Educação Especial


O município de Vitória de Santo Antão, a 50 quilômetros de Recife (PE), abriu processo seletivo para professores especializados na modalidade de Educação Especial. As 173 vagas, de caráter temporário, são para as funções de professor brailista ou intérprete, auxiliar de sala e apoiador escolar/cuidador.
A prefeitura da cidade ainda não divulgou mais detalhes a respeito das oportunidades, como remuneração ou carga semanal de trabalho.
Para participar, os interessados devem preencher o formulário disponível no próprio edital e entregá-lo pessoalmente na Secretaria de Educação da cidade, localizada na Rua Demócrito Cavalcante, 144, Livramento, junto com outros documentos dispostos no item 4.1 do regulamento. Não há taxa, e o prazo de inscrição termina às 15h da próxima terça-feira (29/08).
A seleção será feita por meio de análise dos currículos e dos títulos. O certame tem validade de um ano, mas pode ser prorrogado a critério da administração
Nova Escola
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Academias terão que disponibilizar kits de primeiros socorros


Publicada na edição desta terça-feira do Diário Oficial da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) a lei estadual 16.124, que obriga as academias de ginástica e musculação e estabelecimentos semelhantes, a disponibilizar aos frequentadores kits de primeiros socorros, em local visível e adequado. A medida vai entrar em vigor em 90 dias. O projeto original é do ex-deputado Professor Lupércio, atual prefeito de Olinda.

Entre os equipamentos devem constar aparelho digital para medir a pressão arterial, curativos, hastes de algodão flexíveis, algodão, fita microporosa e atadura elástica. A nova lei exige ainda uma caixa de comprimidos de ácido acetilsalicílico 500 miligramas, uma caixa de comprimidos de paracetamol 500 miligramas, compressa de gaze e bolsa térmica de gel ‘Quente-Fria’ reutilizável. O kit também deve conter uma caixa de anti-histamínico, um frasco de água oxigenada, um antidiarreico, um termômetro, além de um par de luvas de látex descartáveis.

O kit deve ser colocados em local adequado, sinalizado e desobstruído  ser utilizado em caso de emergência. O administrador da academia, com apoio de professores, deve acompanhar os prazos de validade, as condições de conservação e armazenagem dos produtos.
Com Informação do DP.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Autorizado inquérito para investigar suposto caixa 2 em campanha do senador José Serra



A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), acolheu pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para a instauração de inquérito para investigação de fatos relacionados ao senador José Serra (PSDB-SP), decorrentes da colaboração premiada do empresário Joesley Mendonça Batista, do grupo J&F. A decisão foi proferida nos autos da Petição (PET) 7038, que passará a tramitar como inquérito. 

O colaborador afirmou ter acertado pessoalmente com o senador contribuição para sua campanha presidencial de 2010, e uma parte não teria sido contabilizada na prestação de contas do PSDB como doação oficial, e sim como “caixa dois”, conforme a delação.

Na decisão, a ministra relatora autorizou ainda as diligências investigativas requeridas pelo procurador-geral, determinou o envio dos autos para a Polícia Federal e fixou o prazo máximo de 60 dias para a conclusão das diligências. Fonte:STF
Professor Edgar Bom Jardim - PE