sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Delegado é investigado por corrupção

Segundo o prefeito, MP tem conhecimento do caso e investiga o policial.
Ele negou que a Prefeitura tenha se omitido no fornecimento de dados.


Professor Edgar Bom Jardim - PE.

Prefeito Fernando Haddad ao lado do senador Eduardo Suplicy e da vice-prefeita Nadia Campeão (Foto: Tatiana Santiago/G1)Prefeito Haddad ao lado do senador Eduardo Suplicy
e de Nadia Campeão (Foto: Tatiana Santiago/G1)
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (21) que um delegado da Polícia Civil paulista é investigado por suposto envolvimento com a máfia dos fiscais do ISS. No mês passado, a Prefeitura desmantelou uma quadrilha de servidores públicos que desvio cerca de R$ 500 milhões dos cofres públicos municipais.
"Existe o depoimento de uma testemunha, cujo anonimato está garantindo a sua segurança, de que há um policial, um delegado, envolvido com a máfia do ISS", afirmou Haddad após evento para divulgar o plano de ações para o verão. Segundo o prefeito, o Ministério Público tem conhecimento do caso e investiga o policial. Seu nome não foi revelado.
O prefeito negou que a Prefeitura tenha se omitido no fornecimento de dados sobre a máfia do ISS para a Polícia Civil. Reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” desta sexta afirma que a polícia fez ao menos três solicitações sobre os servidores para investigá-los por enriquecimento ilícito. A Prefeitura respondeu, segundo o texto, que se tratava de uma apuração embrionária.
"Como omitiu se a polícia que prendeu as pessoas? Me explica como a polícia está acusando a própria polícia de cometer arbitrariedades, não existe isso”, rebateu Haddad nesta sexta. “Existe uma agência do governo do estado integrada. É uma agência de atuação integrada de combate à corrupção da qual a própria Polícia Civil faz parte."
Entenda a fraude no ISS (Foto: Arte/G1)
Questionado se neste caso apenas não cumpriu mandados, quando poderia ter investigado, ele disse que não podia "mandar um estudo preliminar sobre pessoas que sequer tinham sido investigadas".
O prefeito disse ter se sentido incomodado com a maneira como o delegado José Eduardo Jorge, titular da 2ª Delegacia de Crimes contra a Administração, abordou a investigação da Controladoria Geral do Município e do MP. Em entrevista à “Folha”, o policial afirmou que a Polícia Civil estuda ir à Justiça caso não haja compartilhamento de informações.
"Sabe com que eu fico chateado? Um trabalho tão bem feito e inédito de parceria da Prefeitura e do Ministério Público ser maculado pela vaidade de uma pessoa”, disse. “Ao invés de a gente estar celebrando o combate à corrupção e o êxito das investigações, nós estamos levando para a sociedade uma disputa menor diante de um resultado tão expressivo [...] Estamos agora fazendo o jogo do bandido, desunindo as forças que combateram a corrupção", declarou.
Entenda como funcionava a fraude, segundo o Ministério Público
Segundo a investigação, o grupo fraudava o recolhimento do Imposto sobre Serviços (ISS). Ele é calculado sobre o custo total da obra e é condição para que o empreendedor imobiliário obtenha o “Habite-se”.
O foco do desvio na arrecadação de tributos eram prédios residenciais e comerciais de alto padrão, com custo de construção superior a R$ 50 milhões. Toda a operação, segundo o MP, era comandada por servidores ligados à subsecretaria da Receita, da Secretaria de Finanças. O grupo pode ter desviado cerca de R$ 500 milhões da Prefeitura.
Além do processo criminal, todos investigados serão alvos de processo administrativo disciplinar. Uma comissão processante avalia se devem ser demitidos.
A Justiça determinou o bloqueio dos bens dos quatro suspeitos detidos inicialmente. Já foram localizados uma pousada de luxo em Visconde de Mauá, apartamento de alto padrão em Juiz de Fora (MG), barcos, automóveis de luxo. Há ainda indícios de contas ilegais em Nova York e Miami, além de imóveis em Londres. 
Tatiana Santiago.G1

Mãe defende médico cubano


Em nota, Secom de Feira de Santana afirma que não houve erro.
Profissional foi ouvido por uma comissão na tarde desta quinta-feira, na BA.

Através da Secretaria de Comunicação (Secom), a prefeitura de Feira de Santana, na Bahia, anunciou, na noite desta quinta-feira (21), que o médico cubano que receitou uma dose excessiva à uma criança voltará ao trabalho na segunda-feira (25).
Por telefone, o chefe de gabinte da secretaria, Dimas Oliveira, disse ao G1 que o profissional foi ouvido na tarde desta quinta-feira, na Secretaria da saúde do Município, por uma comissão formada por representantes do Ministério da Saúde, da Secretaria da Saúde de Feira de Santana, da Coordenação Estadual do Programa Mais Médico e o tutor do médico cubano.
Ainda de acordo com a nota, a comissão conclui que não houve erro no procedimento adotado pelo médico cubano. Segundo a Secom de Feira de Santana, o médico Washington Abreu, coordenador estadual do Programa Mais Médicos, afirmou que a dosagem indicada pelo médico cubano está correta. Segundo a nota, o coordenador explicou que "as 40 gotas indicadas na receita não eram para ser ministradas em dose única, mas divididas em quatro vezes, a cada seis horas, como consta na receita, desde que a criança sentisse dor ou apresentasse um quadro febril".
A Secom informou ainda que o médico explicou com detalhes à mãe da criança como administrar a medicação e que onde ele trabalhou anteriormente é comum receitar a medicação da maneira que fez, e não fracionada, como é no Brasil. Segundo Washington Abreu, os médicos do Programa Mais Médicos no estado passarão por reforço no treinamento da prescrição dos medicamentos da atenção básica.
Em nota, a Secom afirma que as declarações da mãe da criança, dadas à imprensa, pesaram na decisão de reintegrar o médico à equipe do programa.
receita médico cubano (Foto: Reprodução / TV Bahia)Receita indicava 40 gotas de dipirona
(Foto: Reprodução / TV Bahia)
Mãe defende médico
A diarista Gilmara Santos, que levou o filho até um posto de saúde da cidade de Feira de Santana, distante cerca de 100 km de Salvador, falou nesta quinta-feira (21) sobre o afastamento do médico cubano que atendeu o filho dela. O profissional está sendo investigado por ter receitado uma dose excessiva de dipirona.
"Ele me atendeu muito bem. Ele tratou meu filho super bem, porque tem médico que nem olha na cara da mãe e nem da criança. Ele me explicou direitinho como dar o remédio, disse ainda que a quantidade de gotas é definida a partir do peso da criança. Ele prescreveu 40 gotas, mas foi apenas um erro. Ele me disse exatamente o que eu deveria fazer, que era para dar apenas 10 gotas", disse.
Ela contou que toda essa história veio à tona quando ela voltou ao Posto de Saúde para que o filho fosse atendido pelo médico. "Quando eu voltei, uma outra médica me atendeu. Como eu ando em mãos com todas as receitas que passam para meu filho, eu cheguei a mostrar para essa médica, que chamou outra colega. Aí elas tiraram uma foto e postaram na internet. Foi aí que o vereador ficou sabendo e tudo isso começou", explicou a diarista.
"Acho que isso é uma postura antiética da médica", disse a diarista.
O médico cubano atende no município baiano há uma semana. Ele integra a lista de profissionais do Programa "Mais Médicos", do Governo Federal. Gilmara Santos diz que a denúncia foi feita pelo próprio vereador. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o afastamento do profissional foi uma medida provisória, para a denúncia ser apurada.
Em contato com o G1, a médica pediatra Márcia Porto, que atende em clínicas da capital baiana informou que a dose receitada é "completamente exagerada". "Essa dose é quatro vezes maior do que a indicada. Para uma criança de 10 kg, o ideal era ter receitado 10 gotas. 40 gotas é dose para adulto. Caso a criança tivesse tomado essa dose excessiva, ela podertia ter tido uma hipotermia e uma hipertensão arterial", relata. De acordo com a médica, hipotermia é quando acontece a baixa da temperatura natural do corpo.

Dos 12 profissionais do programa na cidade, 11 são estrangeiros. Por conta desse problema, a Secretaria de Saúde Municipal informou que os médicos passarão por novo treinamento no sábado (23) e domingo (24). O médico não foi encontrado para comentar o caso.
Atuação
Os cubanos que atuam na Bahia estão distribuídos nas cidades de Adustina, Araci, Buritirama, Campo Alegre de Lourdes, Cansanção, Carinhanha, Central, Cocos, Coronel João Sá, Correntina, Formosa do Rio Preto, Itiúba, Jeremoabo, Macaúbas, Mansidão, Nova Soure, Remanso, Riacho de Santana, Serra Dourada, Sítio do Quinto, Souto Soares e Tucano. Eles chegaram ao estado no dia 25 de agosto.

Foram cadastradas 317 dos 417 cidades baianas, de acordo com dados informado pelo governo estadual. O número representa 76% do total de cidades. Para o Ministério da Saúde, 264 municípios são considerados prioritários, entre eles, Alagoinhas, Bom Jesus da Lapa, Ilhéus e Lapão. A lista completa pode ser acessada no site da pasta.
Os médicos estrangeiros que atuam na Bahia tiveram aulas sobre a atenção básica no Brasil e também de língua portuguesa, além de aulas de expressões regionais. Os professores que participaram do curso são de universidades como UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana), UFBA(Universidade Federal da Bahia), UNEB (Universidade Estadual da Bahia) e Escola de Saúde Pública da Bahia, da Sesab. O curso foi realizado pela Escola de Saúde Pública da Sesab e coordenado, na parte pedagógica, pelo médico, professor da UFBA e supervisor de Recursos Humanos da Sesab, Washington Abreu.
O coordenador pedagógico do curso para os médicos na Bahia, Washington Abreu, explicou que as aulas de português foram focadas na comunicação dos médicos com os pacientes para que ambos entendam o que for dito. "Primeiramente aprimoramos o vocabulário médico básico para uma consulta, para que eles possam que eles possam se comunicar bem com os pacientes. Fizeram questões de anamnese [entrevista ao paciente], que tem um padrão internacional, mas cada país faz suas adaptações", disse.
Abreu afirma que os regionalismos e também palavras que têm significados diferentes em outros idiomas foram trabalhados em alguns momentos das aulas. "A questão do regionalismo foi trabalhada focada na relação médico-paciente. Como [a maneira] que chamam algumas partes do corpo, como dedo mindinho, algumas doenças, como conjutive, que no interior chamam de 'dordoi'", explicou o coordenador do curso na Bahia.
Programa
Bahia é o estado que mais deve receber profissionais pelo programa "Mais Médicos", de acordo com o Ministério da Saúde. Ao todo, serão 161 médicos direcionados para o estado. Em seguida, estão Minas Gerais (159), São Paulo (141), Ceará (138), Goiás (117), Rio Grande do Sul (107) e Amazonas (73).
No dia 24 de agosto, 206 médicos cubanos chegaram ao Brasil, dos quais 30 desembarcaram no Recife - os outros 176 seguiram para Brasília. Vestidos com jalecos brancos, eles balançaram bandeirinhas brasileiras e de Cuba no saguão do Aeroporto dos Guararapes, na capital pernambucana, e ainda agradeceram às boas vindas de integrantes de diversos movimentos sociais que os aguardavam no local.
Mais Médicos
Foram 1.753 médicos com diplomas de universidades brasileiras selecionados na primeira rodada do processo seletivo. Eles vão atuar nos 626 municípios selecionados nessa fase. 74% dos médicos foram direcionados para a cidade que era a primeira opção entre as seis que poderiam ser escolhidas, por ordem de prioridade. Já os outros 232 profissionais vão poder atuar na cidade que foi a segunda opção.
O Ministério da Saúde informa que, do total de cidades, 375 estão em regiões de extrema pobreza, 159 em regiões metropolitanas, 68 estão em um grupo de 100 cidades com mais de 80 mil habitantes de maior vulnerabilidade social e 24 são capitais. Foram atendidos ainda 23 distritos sanitários indígenas.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Congresso anula deposição do presidente João Goulart feita pela ditadura de 1964


Afastamento em 2 de abril de 1964 abriu caminho para o regime militar.
Ato de restituição do cargo tem valor simbólico e não afeta legislação.


Professor Edgar Bom Jardim - PE

O Congresso Nacional aprovou na madrugada desta quinta-feira (21), por votação simbólica, um projeto de resolução que anula a sessão legislativa que destituiu o ex-presidente da República João Goulart do cargo em 1964. A decisão abriu caminho para a instalação do regime militar e a posse do marechal Castelo Branco na Presidência.

O projeto aprovado nesta quarta pelo Congresso torna nula a declaração de vacância da Presidência da República, feita em 2 de abril de 1964 pelo então presidente do Congresso Nacional, senador Auro de Moura Andrade. Na época, Andrade usou o argumento de que João Goulart tinha viajado para o exterior sem autorização dos deputados e senadores.

Jango, contudo, estava no Rio Grande do Sul em busca de apoio de aliados, uma vez que estava na iminência de ser detido por forças golpistas, segundo relata o projeto. Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), um dos autores do projeto, a sessão que depôs o presidente foi convocada "ao arrepio" da Constituição às 2h40 da madrugada.

"Queremos anular essa triste sessão que declarou vaga a Presidência com o presidente em território nacional", disse o senador amapaense.

A anulação da sessão que depôs Jango tem um valor simbólico e não reflete juridicamente na legislação atual. Na prática, devolve o mandato de presidente e "tira os ares de legalidade" do golpe militar de 1964, conforme Randolfe Rodrigues.

"Trata-se do resgate da história e da verdade, visando tornar clara a manobra golpista levada a cabo no plenário deste Congresso Nacional e corrigir, ainda que tardiamente, uma vergonha da história para o poder Legislativo brasileiro", disse o senador.

De acordo com Pedro Simon (PMDB-RS), que assina o projeto juntamente com Rodrigues, o ex-deputado Tancredo Neves, durante a sessão de 1964, leu uma mensagem da Casa Civil informando sobre o paradeiro de Jango.

"A sessão foi convocada de última hora no grito pelo presidente do Senado e pura e simplesmente caçou o mandato do presidente, embora houvesse uma carta do chefe da Casa Civil dizendo que ele estava em Porto Alegre, no comando do terceiro Exército", disse Simon.

Durante a votação desta quarta, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) discursou na tribuna da Câmara para criticar a anulação da sessão que depôs Goulart. Ele citou que a sessão de deposição do então presidente da República teve a presença de personalidades tidas como democratas, como Ulysses Guimarães, que presidiu a Assembleia Nacional Constituinte, e o ex-presidente da República Juscelino Kubitschek.

"Não podemos apagar a história. Não estamos num regime comunista. Não é Stalin que está presidindo. Passamos 20 anos não de ditadura, mas um regime de autoridade, onde o Brasil cresceu, tinha pleno emprego. Nenhum presidente militar enriqueceu", disse.

Exumação
O projeto aprovado pelo Congresso foi apresentado na mesma semana em que o corpo de Jango foi exumado, no dia 13 de novembro. O objetivo da exumação, que durou 15 horas, é submeter os restos mortais à perícia da Polícia Federal para identificar a causa da morte do ex-presidente, deposto pelo golpe militar.

Os restos mortais do ex-presidente foram velados em Brasília, no último dia 14, com honras militares fúnebres concedidas a chefes de Estado, às quais não teve direito quando morreu.

A cerimônia que recebeu o caixão com os restos mortais de Jango durou cerca de 25 minutos e teve a participação da presidente Dilma Rousseff e dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Collor de Mello e José Sarney. Fernando Henrique Cardoso não compareceu, pois se recupera de uma diverticulite. Também estavam presentes ministros de Estado.

Morte ocorreu em exílio na Argentina
Deposto no golpe militar de 1964, Jango morreu em 6 de dezembro de 1976 em sua fazenda em Mercedes, na Argentina. Cardiopata, ele teria sofrido um infarto, mas uma autópsia nunca foi realizada. Na última década, novas evidências reforçaram a hipótese de que o ex-presidente pode ter sido envenenado por agentes ligados à repressão uruguaia e argentina, a mando do governo brasileiro.

A principal delas foi o depoimento dado pelo ex-espião uruguaio Mario Neira Barreiro ao filho de Jango, João Vicente Goulart, em 2006. Preso por crimes comuns, ele cumpria pena em uma penitenciária de Charqueadas, no Rio Grande do Sul, quando disse que espionava Jango e que teria participado de um complô para trocar os remédios do ex-presidente por uma substância mortal.

Em 2007, a família de Jango solicitou ao Ministério Público Federal (MPF) a reabertura das investigações. O pedido de exumação foi aceito em maio deste ano pela Comissão Nacional da Verdade (CNV). Tanto o governo federal quanto membros da família Goulart acreditam que há indícios de que o ex-presidente possa ter sido assassinado. Com informações de Priscilla Mendes e Nathalia Passarinho
Do G1.

Haddad foi vaiado em ato político da Consciência Negra


Prefeito participou de ato político no Vale do Anhangabaú.
'É um ano de protesto, tem que se acostumar', disse Haddad.


Netinho de Paula (e) e o prefeito Fernando Haddad (d), durante comemoração do Dia da Consciência Negra no Anhangabaú no centro de São Paulo, SP, nesta quarta-feira (20). (Foto: Dário Oliveira/Futura Press/Estadão Conteúdo)Netinho de Paula e Haddad durante comemoração do Dia da Consciência Negra. (Foto: Dário Oliveira/Futura Press/Estadão Conteúdo)
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), foi vaiado durante discurso no Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo, durante ato político em comemoração ao Dia da Consciência Negra nesta quarta-feira (20). O político falava a respeito da data quando foi hostilizado e também alvo de objetos lançados no palco. Garrafas, camisas e outros itens foram arremessados.
Ao lado do prefeito, o secretário municipal de Promoção da Igualdade Racial, Netinho de Paula, fez gestos pedindo compreensão do público. Mesmo hostilizado desde antes de começar a falar, o prefeito continuou no palco e fez um breve discurso.
Se eu precisei criar, se nós precisamos cobrar um pouquinho de IPTU de quem tem muito para levar para quem tem pouco na periferia, nós não vamos nos intimidar. Não é a desinformação de programa popular que vai nos intimidar"
Fernando Haddad,
prefeito de São Paulo
"Se eu precisei criar, se nós precisamos cobrar um pouquinho de IPTU de quem tem muito para levar para quem tem pouco na periferia, nós não vamos nos intimidar", afirmou Haddad durante o discurso. "Não é a desinformação de programa popular que vai nos intimidar", afirmou, pouco antes de encerrar seu pronunciamento.
Haddad chegou a afirmar que não deveria ser recebido nem com vaias nem com aplausos, e fez referência ao aumento do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) como motivo da insatisfação popular.
A primeira reação contra o a presença de Haddad ocorreu logo após ele ser anunciado pelo secretário Netinho de Paula. Enquanto parte do público fazia sinal de negativo, Netinho defendeu Haddad, dizendo que era a primeira vez que ato do tipo ocorria em São Paulo e que ele não teria sido realizado sem apoio da Prefeitura.
"O ano é esse, é o ano de protesto, tem que se acostumar", disse Haddad aos jornalistas após o evento. O prefeito afirmou ainda que houve muita desinformação relacionada ao aumento do IPTU e que a situação vai mudar quando os boletos chegarem às casas dos contribuintes.
"Acho que tem muita desinformação, estão achando q o IPTU da periferia vaio subir e vai cair, mas como a população está desinformada, na hora que chegar o carnê, tudo muda", disse.
10ª Marcha 
Haddad participou do ato que encerrou a 10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo. A caminhada reuniu cerca de 800 pessoas, segundo a Polícia Militar (PM). Os manifestantes saíram do Masp, na Avenida Paulista, em direção ao Vale do Anhangabaú, no Centro, onde acompanharam um ato político e shows musicais.
Stencil lembra frase de Douglas, morto pela PM no Jaçanã (Foto: Lais Cattassini/G1)Stencil lembra frase de Douglas, morto pela PM
no Jaçanã: 'Por que o senhor atirou em mim'
(Foto: Lais Cattassini/G1)
A marcha começou às 14h, com concentração no Masp. Após ocupar faixas da Avenida Paulista e da Rua da Consolação, o grupo chegou ao Vale do Anhangabaú às 16h30. O objetivo da manifestação é despertar a necessidade de reflexão sobre a questão racial em São Paulo e no Brasil. Ao final da marcha, o grupo participou de evento no Vale do Anhangabaú.
Contra violência policial
Em cartazes ou stencil aplicados durante a marcha, manifestantes pedem a desmilitarização da polícia e citam casos de violência cometidos por agentes de segurança. O assassinato do a morte do estudante Douglas Rodrigues, no Jaçanã, cometido por um policial militar, foi lembrada.
Além das faixas citando Douglas, a frase que ele disse antes de morrer foi lembrada na aplicação de stencil em lixeiras: “Por que o senhor atirou em mim?”.
Ato político e shows
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) tinha participação prevista no ato político no Vale do Anhangabau. Estavam previstos ainda shows dos grupos Os Danados, Menor do Chapa, Menor HM, Negra Soul, Mc Pet, Mc Leo da Baixada e Mc Thauane.  Em seguida, estava previstoo o baile black e apresentação dos grupos Turma do Pagode, Dexter, Keith Sweat e Emicida. G1.
10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo (Foto: Lais Cattassini/G1)10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo (Foto: Lais Cattassini/G1)
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10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo é acompanhada pela PM (Foto: Lais Cattassini/G1)10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo é acompanhada pela PM (Foto: Lais Cattassini/G1)
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10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo (Foto: Lais Cattassini/G1)10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo (Foto: Lais Cattassini/G1)
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Dia da Consciência Negra na Erem Justulino Ferreira Gomes


Foto: Elizabeth Pedrosa
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Brasileira detida na Rússia é libertada


Ativista do Greenpeace estava presa havia 2 meses após protesto no Ártico.
Ela foi liberada após pagamento de fiança equivalente a R$ 143 mil.


Professor Edgar Bom Jardim - PE
A ativista brasileira Ana Paula Maciel deixou a prisão em São Petersburgo nesta quarta-feira (20), após pagamento de fiança. O próprio Greenpeace, organização da qual faz parte, divulgou a informação no Twitter.
Ainda segundo a ONG, a brasileira estava no centro de detenção Sizo 5. "Estamos muito satisfeitos por ela e sua família", informou a organização.
A presidente Dilma Rousseff divulgou a libertação de Ana Paula por meio de seu perfil no Twitter e afirmou que o Ministério das Relações Exteriores continuará acompanhando o caso da brasileira.
O Greenpeace Brasil ainda não tem informação sobre se Ana Paula poderá sair da Rússia enquanto estiver em liberdade condicional. A brasileira deve ser levada a um hotel em São Petersburgo, onde receberá atendimento médico e psicológico. Somente depois disso, ela decidirá se vai querer falar com a imprensa ou não.
Segundo a ONG, é possível que outros ativistas também sejam soltos hoje. O dinheiro para pagamento das fianças está sendo transferido aos poucos pela organização para a Rússia, já que os valores são altos.
Em nota divulgada, a organização diz que não foram informados pela Justiça russa os detalhes sobre as condições e restrições impostas aos que ganharam liberdade provisória. Essas informações devem ser esclarecidas nos próximos dias.
Liberdade provisória
Nesta terça-feira (19), a Justiça russa havia anunciado em audiência que Ana Paula ganharia a liberdade provisória após pagamento de fiança de 2 milhões de rublos cada (cerca de R$ 143 mil).
De acordo com o Greenpeace, até o momento 18 pessoas do grupo – contando com Ana Paula, tiveram a liberdade provisória consentida, sob fiança. Onze pessoas ainda aguardam suas audiências. E um deles, o australiano Colin Russell, teve a prisão estendida por três meses.
Grupo foi detido após protesto no Ártico
Em 18 de setembro, o grupo de 30 pessoas, 28 ambientalistas e dois jornalistas, realizava protesto em uma plataforma de petróleo da companhia Gazprom, no Mar do Norte, na região do Ártico. O objetivo era chamar a atenção para a exploração de petróleo na região e o impacto ambiental que esta atividade pode causar na biodiversidade local.
A guarda costeira russa interrompeu a manifestação na plataforma e deteve o navio, além de seus tripulantes. A embarcação e o grupo foram conduzidos a um tribunal de Murmansk. Lá, os integrantes da ONG foram colocados em celas provisórias.
A Rússia disse que os ambientalistas transgrediram a lei durante o protesto no qual tentaram escalar a plataforma Prirazlomnaya, a primeira unidade de perfuração da Rússia no Ártico e parte dos esforços do país para explorar as reservas de gás e petróleo da região. Por isso, todo o grupo foi indiciado pelo governo russo por crime de pirataria.
Dias depois, foi divulgado que a acusação de pirataria seria retirada, e que os "30 do Ártico" passariam a responder por vandalismo, com punição mais branda. No entanto, o Greenpeace diz que a denúncia de pirataria ainda não foi  retirada pelas autoridades.
No início de novembro, o grupo foi transferido de trem para centros prisionais de São Petersburgo. Os ativistas procedem de 19 países: Brasil, Rússia, EUA, Argentina, Reino Unido, Canadá, Itália, Ucrânia, Nova Zelândia, Holanda, Dinamarca, Austrália, República Tcheca, Polônia, Turquia, Dinamarca, Finlândia, Suécia e França.
Ana Paula Maciel deixa a prisão em São Petesburgo (Foto: Dmitri Sharomov/Greenpeace/AFP)Ana Paula Maciel deixa a prisão em São Petesburgo (Foto: Dmitri Sharomov/Greenpeace/AFP)
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Imagem divulgada pelo Greenpeace mostra a ativista brasileira do Greenpeace sendo libertada sob fiança na Rússia. (Foto: Dmitri Sharomov/Greenpeace/AFP)Imagem divulgada pelo Greenpeace mostra a ativista brasileira do Greenpeace sendo libertada sob fiança na Rússia. (Foto: Dmitri Sharomov/Greenpeace/AFP)Publicado em 20/11/2013.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Estudantes atualizam o Diário da História na EREM Justulino Ferreira Gomes










Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Povo ocupa prefeitura de Aracaju


Manifestantes reivindicam auxílio moradia.
Segurança foi reforçada na porta do gabinete do prefeito.


A prefeitura de Aracaju foi ocupada na tarde desta segunda-feira (18) por manifestantes. O grupo, que está acampado em uma Praça no Bairro dezessete de março reivindica auxílio moradia.
A segurança foi reforçada na porta do gabinete do prefeito com a Guarda Municpal para conter o avanço do grupo. O Batalhão do Choque também manteve-se de prontidão.
Foto:terra.com.
“Nós estabelecemos essa tríade. Inclusive levando os advogados das partes para tentar a intermediar tentando fazer com que eles evacuem de forma pacífico”, explicou o Coronel Enilson Aragão, comandante do policiamento da Capital.
Segundo assessoria da prefeitura, os líderes do movimento se reuniram com representantes da administração municipal, mas não houve acordo até o momento. Os manifestantes continuam no local.Do G1 SE

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Prefeitura é obrigada a demitir comissionados

Auditoria apontou que o município excedeu gastos com o pessoal.
A medida indicada foi a demissão de cargos comissionados.


Professor Edgar Bom Jardim - PE.

Valor está meio ponto acima do estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal  (Foto: Reprodução/TV Fronteira)Valor está meio ponto acima do estipulado pela lei
(Foto: Reprodução/TV Fronteira)
Uma auditoria realizada em agosto de 2013  apontou que o município de Flórida Paulista excedeu os gastos com o pessoal. De acordo com o Tribunal de Contas do Estado, o valor chegou a 54,5% do orçamento, meio ponto acima do estipulado pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
No momento em que as contas do município se aproximam dos limites estabelecidos pela lei, o tribunal emite um parecer que funciona como um aviso para a administração. Nele, os conselheiros indicam medidas que devem ser tomadas para tentar regularizar a situação, caso contrário, a Prefeitura corre o risco de ter as contas reprovadas e isso, gera diversos prejuízos ao município.
A administração cortou horas extras, contratações e criações de cargos, no entanto, o problema não foi resolvido. A medida indicada foi a demissão de cargos comissionados. Das 43 pessoas que ocupavam esses cargos, 35 foram demitidas.
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De acordo com a secretária municipal de Administração, Nádia Leocádio, a Prefeitura foi surpreendida por mudanças na interpretação do Tribunal. “Nossa surpresa foi que o cartão alimentação foi incluído como remuneração para os funcionários públicos e isso faz com que o limite seja ultrapassado. Quando isso acontece, temos que tomar algumas medidas, conforme discrimina a lei.”
A secretária e o assessor jurídico do município, José Luiz Benites explicam que a decisão deixou vários departametos, como os de Esportes, Cultura e Meio Ambiente, sem gestores. Segundo eles, agora são controlados pela própria secretaria de Administração.
As escolas também perderam seus diretores que foram incluídos no corte e devem responder diretamente à Secretaria de Educação.
O governo municipal acredita que as demissões não devam atrapalhar a gestão até o final do ano e que, em 2014, devem ser revistas.
De acordo com a professora doutora em Desenvolvimento Regional e especialista em Gestão Pública, Izabel Castanha Gil, o problema enfrentado por Flórida Paulista é compatível com a realidade da maioria dos pequenos municípios do País.
“A União repassa muita responsabilidade aos municípios, mas não dá devida estrutura.. Os recursos acabam ficando na escala Federal e na escala Estadual, e isso vem em menor proporção para o município”, destaca.
Nas ruas do município, a medida foi bem recebida, mas também, moradores questionaram as razões pelas quais a cidade chegou à tal situação. “Se for pra ficar colocando um monte de gente e prejudicar todo mundo, não precisa”, afirma a pescadora Elizabete Machado Ferreira.
Para o vendedor Leandro Rodrigues, as contratações podem sanar a falta de empregos. “É bom pra quem está precisando trabalhar, mas sem um limite, pode complicar a Prefeitura também.” Do G1 Presidente Prudente