domingo, 13 de junho de 2021

G7: Biden quer formar aliança para combater influência global da China




Biden se uniu a outros líderes mundiais como o presidente francês Emmanuel Macron e a chefe da Comissão Europeia Ursula von der Leyen

CRÉDITO,PA MEDIA

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Biden se uniu a outros líderes mundiais como o presidente francês Emmanuel Macron e a chefe da Comissão Europeia Ursula von der Leyen em encontro do G7 na Cornualha, Inglaterra

O presidente dos EUA, Joe Biden, deve pedir a líderes de outros países ocidentais que se oponham à crescente influência da China durante o segundo dia da cúpula do G7, disse um auxiliar do líder norte-americano à BBC.

Na reunião, que começou na sexta-feira (11), na Grã-Bretanha, o presidente Biden deve convocar uma nova aliança para rivalizar com os investimentos de Pequim em infraestrutura nos países em desenvolvimento.

Os EUA e seus aliados acusam a China de trabalho forçado e outras violações dos direitos humanos na província de Xinjiang (leia mais abaixo).


No encontro, os líderes do G7 também se comprometerão com um novo plano para impedir futuras pandemias.

As medidas incluem reduzir o tempo necessário para desenvolver vacinas e tratamentos para Covid-19 para menos de 100 dias.

Análise: Um plano dos EUA para se opor à China

Jon Sopel, editor de EUA da BBC

Os americanos veem a sessão de sábado no G7 como uma oportunidade de desafiar o aumento da influência chinesa em todo o mundo.

A iniciativa Rota da Seda, de Pequim, que despejou bilhões de dólares em projetos de infraestrutura em países em desenvolvimento, deverá ser combatida pelas democracias ocidentais.

Altos funcionários do governo Biden querem provar que os valores ocidentais podem prevalecer. Eles argumentam que os investimentos chineses têm um preço muito alto e miram as denúncias de trabalhos forçados da minoria uigur em Xinjiang como moralmente terríveis e economicamente inaceitáveis, pois impedem a concorrência justa.

As cadeias de suprimentos globais, Joe Biden insistirá, devem estar livres desta modalidade de trabalho. Autoridades americanas dizem que não se trata apenas de confrontar a China, mas de apresentar uma alternativa positiva para o mundo.

Mas o governo Biden tem sido vago sobre como e quanto os países ricos do ocidente poderão contribuir com esse plano de infraestrutura global e em que prazo.

O que está claro é uma determinação renovada entre as potências ocidentais de que precisam agir agora para conter uma China ressurgente e cada vez mais poderosa.

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O que as potências ocidentais fizeram sobre a China até agora?

No início deste ano, os EUA, a União Europeia, o Reino Unido e o Canadá introduziram sanções coordenadas contra a China.

As sanções, incluindo proibições de viagens e congelamento de bens, tiveram como alvo altos funcionários em Xinjiang, que foram acusados de graves violações dos direitos humanos contra a população muçulmana uigur.

Estima-se que mais de um milhão de uigures e outras minorias foram detidos em campos na província do noroeste.

O governo chinês foi acusado de realizar esterilizações forçadas em mulheres uigur e separar crianças de suas famílias.

Campo de detenção para minorias na região de Xinjiang, em 4 de setembro de 2018.

CRÉDITO,REUTERS

Legenda da foto,

A China criou uma ampla rede de campos de detenção para minorias na região de Xinjiang

Uma investigação da BBC publicada em fevereiro continha depoimentos de primeira mão de estupro sistemático, abuso sexual e tortura de detidos.

A China respondeu com suas próprias sanções às autoridades europeias.

Qual é o plano do G7 para a covid-19?

Os líderes vão emitir a Declaração da Baía de Carbis no sábado. Seu objetivo é prevenir qualquer repetição da devastação humana e econômica causada pela Covid-19.

Globalmente, mais de 175 milhões de pessoas tiveram a doença desde o início da pandemia, com mais de 3,7 milhões de mortes relacionadas à covid, de acordo com a Universidade Johns Hopkins dos Estados Unidos.

G7 leaders

A declaração do G7 deve detalhar uma série de etapas, incluindo:

• Redução no tempo necessário para desenvolver e licenciar vacinas, tratamentos e diagnósticos para qualquer doença futura para menos de 100 dias

• Reforço às redes globais de vigilância e à capacidade de sequenciamento genômico

• Apoio à reforma e fortalecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS)

Espera-se que a declaração incorpore recomendações de um relatório de um grupo de especialistas internacionais provenientes da indústria, governo e instituições científicas.


BBC

Professor Edgar Bom Jardim - PE

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