"Nós estamos trabalhando', disse o ministro. Pazuello não deu mais detalhes do plano em coletiva com Bolsonaro.
Alinhado com o presidente Jair Bolsonaro em um discurso de ‘união’ com governadores – também presentes – e sociedade civil, Pazuello chegou a dizer que não entendia a “ansiedade” e “angústia” pela chegada da vacina da Covid-19.
Segundo o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), o coronavírus já matou 182.799 brasileiros e infectou outros 6,9 milhões. Os dados mais recentes indicam uma tendência de alta no número de mortes e casos nas últimas semanas.
“Senhores, vamos nos orgulhar da nossa capacidade. Ela não foi feita por mim, ela já está lá. Foram nossos antecessores que criaram o SUS [Sistema Único de Saúde] e fizeram o Plano Nacional de Imunização, então vamos levantar a cabeça. Acreditem: o povo brasileiro tem capacidade ter o maior sistema de saúde do mundo. Para que essa ansiedade, essa angústia? Nós somos a referência na América Latina e tamo [sic] trabalhando.”
Pazuello também alfinetou a imprensa ao dizer que os jornalistas deveriam “divulgar informações reais”, e quis passar um tom de tranquilidade em relação à complexa logística de distribuição do futuro imunizante.
Para ele, assim que vacinas aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa] forem aprovadas, a “logística é simples” e será compartilhada com a capilaridade dos estados na distribuição aos municípios.
Termo de responsabilidade
Na coletiva, Pazuello afirmou ainda que não será necessário que as pessoas assinem termo de responsabilidade para serem vacinadas.
“Autorização de uso emergencial não é uma campanha de vacinação. Ela é limitada a grupos específicos e esses grupos são voluntárias. Não é uma campanha que as pessoas vão chegar na porta do posto de vacinação e vão ter que assinar um termo de consetimento livre e esclarecido. Não será exigido termo algum nos postos de vacinação para nenhum brasileiro quando disponibilizarmos as vacinas registradas seguras e garantidas pela Anvisa”, disse.
A afirmação confronta o que o presidente Jair Bolsonaro declarou a apoiadores.
“[A vacina] não é obrigatória. Vocês vão ter que assinar o termo de responsabilidade, se quiserem tomar. A Pfizer é bem clara no contrato: ´Não nos responsabilizamos por efeito colateral’. Tem gente que quer tomar, então toma. A responsabilidade é sua. Para quem está bem fisicamente, não tem que ter muita preocupação. A preocupação é o idoso, quem tem doença”, afirmou.
Carta Capital
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