quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

A política está no cotidiano


Não precisa celebrar projetos salvadores, nem afirmar que o mundo se arrumará quando certos partidos estiverem no poder. Há muita farsa no jogo das notícias e muito entusiasmo em possuir privilégios. Os cenários das relações sociais tendem a ganhar uma obscuridade e um cinismo abrangente. É claro que há delírios, sinto que as doenças mascaram situações precários e consolida lideranças que fazem da mentira seu alimento maior.
Não faltam discursos, nem fanatismos. As redes sociais convocam para assistir pronunciamentos, atiçam intrigas, as acusações fecham instituições, porém as tensões não cessam e as armadilhas crescem. A política não sobrevive por causa dos partidos. Eles agonizam, estimulam escândalos, se afirmam como condutores. A multiplicação dos enganos deixa vestígios de frustrações.
A politica dever ser articulada no cotidiano e não nas abstrações das teorias. Quem está próximo merece cuidado. Para que insistir nos planejamentos feitos para burlar os inocentes? Se os milicianos se apossam dos núcleos de poder a guerra civil se aguça? Quem pensa que a sociedade respira e consegue se livra das poluições? Quem não observa que o dualismo persiste e transforma a luta do bem contra o mal numa encenação frequente?
Se a política elege figuras fixadas pelas concentrações de riqueza e os preconceitos racistas o caos seguirá sendo companhia de todos. Para além das grandes instituições, existe o dia que busca o amanhã e se cansa de escutar homens e mulheres com vestes escuras e comprometidos com as minorias. Não abaixe a cabeça, nem sacuda fora a dignidade. O messias é sempre perigoso e gosta de gritar para fortalecer ilusões.

Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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