domingo, 14 de julho de 2019

Ainda se fala de fascismos


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As  práticas sociais se estendem e não se esgotam repentinamente. Fala-se, hoje, de fascismos. Não é estranho. Existem governos que tomam atitudes negativas e tentam fechar os caminhos da crítica. Não se faz apologia das violências? Não se elogia a censura e se impedem olhares ecológicos? Há racismos que habitam sociedades de forma cotidiana segregando milhares de pessoas. Não tenha dúvidas. Leia a notícia e se debruce sobre aqueles que celebram valores tradicionais e temem qualquer tipo de diálogo. O obscuro se segura nas instabilidades frequentes que desadormecem os sonhos.
Quando se aposta na ação de milicianos e se exalta o culto das armas, alguma coisa tende  para andar pela trevas e exaltar o deboche. Os meios de comunicação não se cansam de mostrar aventuras que lembram guerras e misérias aparentemente mortas. Nem tudo é revelado. As relações de poder são seletivas e a neutralidade é apena um  argumento. A situação é tensa, não só entre os desfavorecido,.Toma conta de lugares sofisticados, propaga sentenças  sombrias. Não é à toa que os suspenses se colam nos pesadelos cotidianos.
Não se restrinja aos exemplos ditos imutáveis. Hitler ousou conquistar o mundo, inventou teorias perversas, autorizou genocídios. Porém a história continua e os totalitarismos não cessam de  atrair simpatizantes. Querem privilégios, retomam crenças religiosas, desmontam teorias científicas e aplaudem quem dogmatiza. Há medos entre aqueles que proclamam conquistas e se vestem de profetas. A ambiguidade anda junto com as conversas da história, não se refugia, está em desertos e pântanos. A terra gira sem desenhar eixos.
A manipulação  é, portanto, comum. Tudo isso traz inseguranças e nos assanha. Quantas pedras  colocam-se nas travessias da história? O tempo apaga, mas também inquieta memórias. Nada foi escrito exaustivamente. O sossego pode se tornar um tormento. Sacudimos as palavras desejando significados. O passado é um grande espelho e o progresso é um mito que trai e oprime. Ainda se fala no fascismo, pois as assombrações se aventuram a balançar as certezas e afirmar o vaivém da  história.  O paraíso perdido está longe e escondido. Sobra a turbulência.
De: A astúcia de Ulisses.Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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