quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Você se veste de ódio e aceita a tortura?


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Tudo está vestido de grande instabilidade. Há pessoas que se perderam e destilam perversidades, como se fossem pérolas políticas. É incrível . A complicação se avoluma. “Cristãos” defendem a violência gratuita e o crime hediondo da tortura. Não sei se há uma embriaguez maldita. Sinto-me triste, quando a sensibilidade se esfarrapa e tumultua. Alguém me disse que estamos vivendo o culto ao ódio. Isso é grave. De onde vem tudo isso? Será que o PT provoca toda essa movimentação? Jesus Cristo pregou amor e por que não ir para campanha com outras proposições? Há transtornos que não ocupam apenas os que mais sofrem economicamente. Há quem desfrute de privilégios com impulsos defensores de ditaduras. Muita gente enrustida causa medo, promove desgovernos subjetivos.
Vestir-se de ódio traz ruínas. Ficar no presente, culpando os outros é mesmo uma fraqueza imensa. Não interessa qual seja o partido. A política existe para atiçar o diálogo. É claro que há discórdias. Não podemos navegar na homogeneidade. Os mares são bravios e as diferenças não se foram. Deixar os exageros rolar não merece justificativa. Isso está infiltrado. Como ficará a cultura depois de tantas raivas soltas? O mundo se cerca de regras, mas também não abandona a reprodução danosa de desfazeres. Portanto, o suspense é perigoso, nos consideramos exilados na nossa própria terra. O aprofundamento da ambiguidade produz pesadelos, destrói sonhos e cordialidades.
Albert Camus não era  religioso. Morreu cedo. Escreveu livros que mostravam o absurdo da vida humana, mas nunca esteve ausente da solidariedade. Não desandou, não fez dos limites um argumento para manter preconceitos. As ideias fascistas ganham corpo, elas que desprezam o próprio corpo. Na minha análise, o capitalismo acelera o individualismo. Exalta o consumo. Redesenha o narcisismo. Tudo se agudiza com a crise que ele passa. Aparecem figuras como Trump. a mídia seleciona suas notícias visando denegrir e vender. Usa a roupa do cinismo. Há quem deseje que o verde-amarelo seja sagrado. Joga a crítica no lixo e grita contra o comunismo. O pior: nunca leu nada sobre o tema. Busca algo que aqueça sua melancolia e consiga atravessar a religião e morder a política.
A história não é uma construção divina. Ela está ligada aos nossos atos. Deus é uma questão polêmica. Quem o aceita deveria seguir os seus ensinamentos. A turbulência, contudo, mistura os princípios e a covardia é amiga do conforto. Parece que a ordem é não permitir a socialização da produção, fertilizar a desigualdade e admirar as psicopatias. Eliminar o outro está viajando pela cabeça das pessoas? O sufoco nos provoca e a loucura virou uma epidemia? O medo cresce e moradias da contradição invadem cada um. Será a celebração universal do fake? O discurso de uns recorda uma bala mortal. Há um genocídio disfarçado que agrada uma maioria alucinada. Lamento, pois há uma sombra de suicídio que vigia o fazer político.  Um dedo em riste que aponta para um lugar desconhecido. O que deve ser respeitado? A suavidade de copos de cervejas ou o afeto que articula a convivência?
Por Paulo Rezende

Professor Edgar Bom Jardim - PE

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