quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Bolsa de estudos para alunos negros e indígenas


Acordo de cooperação tem como alvo os alunos do Prouni e do Fies.
Parte das bolsas deve ser oferecida pelo Ciência sem Fronteiras, diz MEC.


O Ministério da Educação anunciou nesta quinta-feira (29) que vai implementar uma cooperação internacional que inclui oferecer bolsas de intercâmbio para estudantes do Programa Universidade para Todos (Prouni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), "notadamente negros e indígenas". O objetivo do Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento é oferecer experiências em educação em ciência, tecnologia, inovação e formação de professores para "complementar a formação do estudante brasileiro".
Parte das bolsas deve ser oferecida pelo Programa Ciência sem Fronteiras, que tem como meta oferecer, em quatro anos, 100 mil bolsas de estudo para universitários brasileiros em outros países.
Segundo o MEC, nesta quinta, data em que a lei de cotas nas instituições federais de ensino superior completa um ano, o ministro Aloizio Mercadante se reuniu com membros do ministério, de universidades dos Estados Unidos e representantes do movimento negro brasileiros.
A lei prevê que, até 2016, todas as universidades e institutos federais reservem 50% de todas as suas vagas por critério de cor, rede de ensino e renda familiar.
De acordo com comunicado divulgado pelo MEC, a parceria do programa Abdias Nascimento também tem como alvo "o combate ao racismo e a promoção da igualdade". A cooperação será feita com uma rede de 106 universidades e instituições públicas norte-americanas localizadas nos estados e territórios dos EUA afetados historicamente pela escravidão e que foram criadas nos anos de 1960 para oferecer cursos a jovens americanos negros. Hoje, estudantes internacionais e de outras etnias também podem estudar nelas.
O ativista do movimento negro Abdias Nascimento, homenageado pelo MEC no programa,morreu em maio de 2011. Ele fundou o Teatro Experimental do Negro (TEN) em 1944 e criou o Instituto de Pesquisas e Estudos Afro Brasileiros (Ipeafro) em 1981 para continuar sua luta pelos direitos do povo negro, sobretudo nas áreas da educação e da cultura. Abdias também foi deputado federal, senador e secretário de Defesa e Promoção das Populações Afro-Brasileiras do Estado do Rio de Janeiro, de 1991 a 1994.
Balanço sobre a lei de cotas
Na quarta-feira (28), o MEC divulgou um balanço sobre o primeiro ano da lei de cotas que mostra, entre outros dados, que o número de candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que se autodeclaram pretos e pardos cresceu 29% entre a edição de 2012 e a de 2013. Para as provas que serão realizadas em 26 e 27 de outubro estão inscritos 4.006.425 de pretos e pardos, quase um milhão de candidatos a mais que os 3.094.545 de inscritos em 2012, um crescimento acima da média de inscritos, de 24%. G1/ http://professoredgarbomjardim-pe.blogspot.com.br/

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