quinta-feira, 25 de abril de 2013

Beijo Feliciano - O Protesto em Brasília


A presença do deputado Marco Feliciano na presidência da comissão é contestada devido a posições que ele assumiu publicamente e foram consideradas racistas e homofóbicas por grupos de ativistas sociais. Feliciano nega que seja racista ou homofóbico.
Depois da ocorrência envolvendo os quatro jovens, a polícia legislativa decidiu não deixar demais manifestantes contrários ao deputado Feliciano entrarem na Câmara nesta tarde. Com a proibição, um grupo decidiu protestar contra Feliciano em um dos acessos da Casa. Na tarde desta quarta Feliciano preside a sessão da Comissão de Direitos Humanos.
Mais cedo, no gramado em frente ao Congresso, alguns manifestantes promoveram beijo gay como parte dos protestos contra Feliciano.
Casais homossexuais se beijam no gramado em frente ao Congresso em protesto contra a presença do deputado Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara (Foto: Ed Ferreira / Agência Estado)Casais homossexuais se beijam no gramado em frente ao Congresso em protesto contra a presença do deputado Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara (Foto: Ed Ferreira / Agência Estado/G1
Sessão desta quarta
Marco Feliciano iniciou a sessão  por volta das 14h22. No plenário, manifestantes a favor do deputado portavam camisetas e cartazes com dizeres em apoio a Feliciano.

Manifestantes favoráveis a Marco Feliciano prestam apoio ao deputado no plenário da comissão (Foto: Fabiano Costa/G1)Manifestantes favoráveis a Marco Feliciano prestam
apoio ao deputado no plenário da comissão
(Foto: Fabiano Costa/G1)
Do lado de fora, os manifestantes contrários à permanência do deputado na presidência da comissão protestavam por terem sido impedidos de entrar no plenário. Apesar de os corredores que dão acesso aos plenários estarem bloqueados, um casal de manifestantes conseguiu furar a barreira de seguranças e gritaram palavras de ordem na porta da comissão.
"Deixa o povo entrar, seu covarde. Deixa entrar quem é contra você. Abre a porta para o povo", gritava a jovem, de 21 anos, que se identificou ao G1 como integrante do movimento LGBT e estudante de publicidade de uma universidade particular de Brasília.
Após o protesto, um dos assessores da Comissão pediu que os seguranças retirassem a jovem, que estava gritando, do local. “Tem que tirar daqui. Tem que tirar daqui”, disse o assessor para a segurança da Câmara. Ela foi levada para fora do corredor pelas autoridades. Segundo seguranças, apenas assessores, parlamentares, jornalistas e convidados das comissões estavam autorizados de acessar o corredor.
Feliciano
Após as primeiras manifestações de protesto desta quarta, Feliciano disse para os integrantes da comissão que havia recomendado que os seguranças observassem o "perfil" dos interessados em assistir à sessão antes de liberá-los para entrar na sala.

""Eu pedi que a polícia dessa Casa observasse o perfil das pessoas . Pelo perfil, se conhece, se tem segurança de que as pessoas que estarão na comissão, na audiência publica, vão participar de maneira ordeira. Por isso é que essas pessoas estão aqui", justificou Feliciano.
Feliciano também relatou durante a sessão que procurou os deputados que anunciaram na semana passada que irão pedir o afastamento da comissão para tentar demovê-los da decisão. Ele disse que só não tentou contato com a deputada Erika Kokay (PT-SP), que tem sido uma de suas mais duras opositoras no colegiado.
"É lamentável. Eu procurei o diálogo com cada um deles, mas eles dizem que são extremos. Eu sinto que há um desejo de desestabilizar a nossa comissão", destacou Feliciano.
Mais protestos
Em meio à sessão, um homem que assistia aos debates foi retirado do recinto à força pelos seguranças do Legislativo ao chamar de "armação" o fato de somente simpatizantes de Feliciano terem recebido autorização para entrar no plenário. Ele se identificou como Antônio José e disse que trabalha na assessoria da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Ceará.

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