Imagens do trote foram divulgadas nesta segunda-feira e causaram revolta nas redes sociais
Caloura pintada e identificada como 'Chica da Silva' é "exibida" por veterano. Foto: Reprodução do Facebook |
A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apura se houve excessos por parte de estudantes em um trote promovido dentro Faculdade de Direito na última semana. Imagens do evento foram divulgadas nesta segunda-feira e já causaram polêmica nas redes sociais. Internautas ficaram revoltados com algumas fotos que mostram atos racistas durante a ação. Uma reunião extraordinária foi convocada para esta terça-feira pelo Centro Acadêmico Afonso Pena.
Em uma das fotos, uma jovem aparece acorrentada e pintada com tinta preta. Em seu pescoço foi pendurada uma placa com o nome de "Chica da Silva", fazendo alusão a escrava que viveu em Diamantina, na Região Central de Minas Gerais, e que ganhou a alforria depois de se envolver amorosamente com um contador famoso no século 18. Uma segunda fotografia, mostra um calouro amarrado a uma pilastra e outros estudantes fazendo saudações nazistas. Entre os veteranos, um jovem ainda utiliza bigode semelhante ao do ditador Adolf Hitler (1889 -1945).
Logo que surgiram as imagens nas redes sociais, os estudantes foram duramente criticados pelos internautas. "Estes aí serão nossos futuros juízes, magistrados, advogados e políticos do país?", argumentou Heric Maicon. "Todo trote ofensivo ou humilhante deve ser proibido. O argumento de que 'participa quem quer' é ridículo, pois pressupõe uma falaciosa liberdade total de escolha do calouro. Mesmo dentro da FDUFMG ainda há quem ache graça em oprimir, submeter e achincalhar o colega. Debater o tema é urgente. Propor gincanas lúdicas e trotes solidários é o melhor caminho", sugeriu Eduardo Araújo.
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