sábado, 9 de março de 2013

Manifestação antinuclear em Tóquio antes de 2º aniversário de Fukushima



AFP - Agence France-Presse /DP


Os organizadores afirmaram que 15.000 pessoas participaram do protesto. Foto: Yoshikazu Tsuno/AFP Photo
Os organizadores afirmaram que 15.000 pessoas participaram do protesto. Foto: Yoshikazu Tsuno/AFP Photo
Milhares de manifestantes marcharam neste sábado em Tóquio para exigir um abandono rápido da energia nuclear no Japão, dois dias antes do segundo aniversário da catástrofe de Fukushima, constatou um jornalista da AFP.

Os manifestantes, entre os quais havia moradores da região de Fukushima (nordeste do Japão) e personalidades como o prêmio Nobel de Literatura Kenzaburo Oe, se reuniram em um parque do centro da capital.

Depois, marcharam pelas ruas de Tóquio para pedir ao primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, no poder desde a vitória de seu partido nas eleições legislativas de dezembro, que ordene o desmantelamento de todas as centrais nucleares do país.

Os organizadores afirmaram que 15.000 pessoas participaram do protesto, enquanto a polícia ainda não forneceu nenhum número.

O Partido Liberal Democrata (direita, PLD) de Shinzo Abe mantém laços estreitos com o mundo dos negócios e defende a reativação dos reatores cuja segurança tenha sido garantida.

Apenas dois dos 50 reatores do arquipélago estão atualmente em funcionamento e o parque nuclear japonês é alvo de controles de segurança desde o acidente de Fukushima.

"Exigimos o início rápido dos processos de desmantelamento dos reatores e nos opomos a qualquer projeto de reconstrução de novas centrais nucleares", disseram os organizadores da manifestação em um comunicado.

Esta iniciativa foi realizada dois dias antes do segundo aniversário do tremor e do tsunami de 11 de março de 2011, que deixaram cerca de 19.000 mortos na região de Tohoku (nordeste) e que provocaram um acidente nuclear na central de Fukushima Daiichi.

Esta catástrofe nuclear provocou a emissão de grandes radiações e forçou cerca de 160.000 pessoas a deixarem suas casas, convertendo-se no pior desastre para o setor desde Chernobyl (Ucrânia), em 1986

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