Prazo para deixar o local era até as 23h59 de quarta-feira (20).
Imóvel, no Maracanã, será reformado para abrigar Museu Olímpico.
Estudantes e indígenas, que ocupam o prédio onde funcionava o antigo Museu do Índio, no Maracanã, na Zona Norte do Rio, continuam a ocupar o imóvel, na manhã desta quinta-feira (21). Eles montaram uma barricada com pedras e um cadeado, que impediam a entrada no local, que será reformado para abrigar o Museu Olímpico. O prazo para a retirada do grupo venceu na quarta-feira (20), às 23h59. A expectativa era de que a polícia chegasse ao local, para retomar o antigo museu, às 6h desta quinta. Mas até as 7h, a PM ainda não havia cercado o imóvel.
O grupo de indígenas que ocupa o local, que se autodenomina Aldeia Maracanã, ocupa o imóvel desde 2006. A 8ª Vara Federal Cível do Rio concedeu imissão de posse em favor do governo estadual e os índios foram notificados em 15 de março.
Impasse na desocupação
De acordo com Afonso Apurinã, presidente da Associação dos Índios da Aldeia Maracanã, um porta-voz da Secretaria municipal de Direitos Humanos teria ligado para um representante dos índios informando que a desocupação só aconteceria no próximo sábado (23).
De acordo com Afonso Apurinã, presidente da Associação dos Índios da Aldeia Maracanã, um porta-voz da Secretaria municipal de Direitos Humanos teria ligado para um representante dos índios informando que a desocupação só aconteceria no próximo sábado (23).
Apurinã informou ainda que o Hotel Santana, no Centro, foi oferecido para abrigar o grupo de 50 índios, porém eles não entraram em um acordo. O líder indígena afirmou estar tranquilo, mas disse não saber como seus colegas reagirão, caso a polícia apareça no local para cumprir a decisão judicial de desocupação do espaço.
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"A gente até agora não assinou nenhum documento, não há local definido pra nova Aldeia Maracanã. O prédio que cederam, não fomos ver, mas sabemos que não é adequado. Por isso vamos manter a resistência pacificamente neste local", explicou Apurinã.
Em nota, a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (Seasdh), reforçou as propostas feitas pelo governo do estado, como a criação de um Centro de Referência Indígena, próximo à Quinta Da Boa Vista, além do Conselho estadual dos Direitos das Populações Indígenas, e garantiu que até que estas medidas sejam efetivadas, os índios terão à sua disposição um local provisório para hospedagem emergencial, alimentação e transporte.
Ainda de acordo com o governo, o índios que não aceitarem ir para o mesmo local, receberão o benefício temporário do aluguel social e seus bens serão retirados do local. A secretaria não informou o local da construção do centro nem os prazos da obra.
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