quinta-feira, 21 de março de 2013

Indígenas:513 de Massacre no Brasil


Prazo para deixar o local era até as 23h59 de quarta-feira (20).
Imóvel, no Maracanã, será reformado para abrigar Museu Olímpico.

Isabela MarinhoCom informações do G1

Antigo museu do índio, no Maracanã, estava fechado, com uma barricada para resistir desocupação. (Foto: Isabela Marinho / G1)Antigo museu do índio, no Maracanã, estava fechado, com uma barricada para resistir desocupação. (Foto: Isabela Marinho / G1)
Estudantes e indígenas, que ocupam o prédio onde funcionava o antigo Museu do Índio, no Maracanã, na Zona Norte do Rio,  continuam a ocupar o imóvel, na manhã desta quinta-feira (21). Eles montaram uma barricada com pedras e um cadeado, que impediam a entrada no local, que será reformado para abrigar o Museu Olímpico. O prazo para a retirada do grupo venceu na quarta-feira (20), às 23h59. A expectativa era de que a polícia chegasse ao local, para retomar o antigo museu, às 6h desta quinta. Mas até as 7h, a PM ainda não havia cercado o imóvel.
Documento deixado nesta sexta por dois oficiais de Justiça, alegando que os índios têm até segunda-feira para deixar o local (Foto: Lívia Torres/G1)Documento deixado no dia 15 por dois oficiais
de Justiçal (Foto: Lívia Torres/G1)
O grupo de indígenas que ocupa o local, que se autodenomina Aldeia Maracanã, ocupa o imóvel desde 2006. A 8ª Vara Federal Cível do Rio concedeu imissão de posse em favor do governo estadual e os índios foram notificados em 15 de março.
Impasse na desocupação
De acordo com Afonso Apurinã, presidente da Associação dos Índios da Aldeia Maracanã, um porta-voz da Secretaria municipal de Direitos Humanos teria ligado para um representante dos índios informando que a desocupação só aconteceria no próximo sábado (23).
Apurinã informou ainda que o Hotel Santana, no Centro, foi oferecido para abrigar o grupo de 50 índios, porém eles não entraram em um acordo. O líder indígena afirmou estar tranquilo, mas disse não saber como seus colegas reagirão, caso a polícia apareça no local para cumprir a decisão judicial de desocupação do espaço.
"A gente até agora não assinou nenhum documento, não há local definido pra nova Aldeia Maracanã. O prédio que cederam, não fomos ver, mas sabemos que não é adequado. Por isso vamos manter a resistência pacificamente neste local", explicou Apurinã.
Em nota, a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (Seasdh), reforçou as propostas feitas pelo governo do estado, como a criação de um Centro de Referência Indígena, próximo à Quinta Da Boa Vista, além do Conselho estadual dos Direitos das Populações Indígenas, e garantiu que até que estas medidas sejam efetivadas, os índios terão à sua disposição um local provisório para hospedagem emergencial, alimentação e transporte.
Ainda de acordo com o governo, o índios que não aceitarem ir para o mesmo local, receberão o benefício temporário do aluguel social e seus bens serão retirados do local. A secretaria não informou o local da construção do centro nem os prazos da obra.
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