Aos gritos, parlamentares dos dois partidos trocaram acusações.
DEM instalou painel do mensalão em frente a mostra dos 33 anos do PT.
Parlamentares do PT e do DEM discutiram e trocaram acusações na tarde desta quarta-feira (27) depois que o partido de oposição fez um protesto na Câmara em frente a uma exposição comemorativa dos 33 anos do PT (veja no vídeo ao lado de Murilo Salviano/G1 e abaixo, em reportagem do Jornal Nacional).
A exposição traz painéis com fatos históricos da trajetória petista. Em protesto, o DEM instalou no mesmo local um painel com referência 2005, intitulado "O ano do mensalão".
O tumulto começou quando o líder do Democratas, deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO), e o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) exibiram o painel, com a imagem de jornais e revistas que noticiavam, em 2005, os escândalos de corrupção que envolviam o PT. A placa do DEM foi colocada em frente ao painel oficial, entre as datas de 2004 e 2006.
Manifestantes pró-PT pegaram o painel e levaram para fora do local da mostra. O deputado Amauri Teixeira (PT-BA), aos gritos, disse que a oposição "agiu como moleque" .
O deputado Ronaldo Caiado, em resposta aos manifestantes, declarou que o painel foi dado "como presente para o PT".
O deputado Ronaldo Caiado, em resposta aos manifestantes, declarou que o painel foi dado "como presente para o PT".
O deputado disse também que pretendia enviar o painel para a sala da liderança petista na Câmara.
"Nós fizemos uma inauguração oficial da verdadeira história do PT. Na história do PT, faltava o ano de 2005. Então nós fizemos uma recomposição exatamente reconstituindo a história e mostrando o que foi que ocorreu em 2005", afirmou Caiado.
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"A máscara do PT caiu, e a realidade ficou estampada aqui no outdoor que nós apresentamos: do mensalão, dos escândalos, das pessoas envolvidas. Enfim, exatamente aquela parte que eles querem suprimir, que é o ano de 2005", disse o líder do DEM, ainda dentro da exposição.
O deputado Amauri Teixeira foi vaiado por pessoas ligadas ao DEM que estavam no local. Um grito de "mensaleiro" irritou o deputado, que começou a procurar o acusador no meio da multidão.
"Mensaleiro é você, que é moleque. Eu sou homem direito. Vai provar que eu peguei alguma coisa! Me chame de mensaleiro! Quem me chamou de mensaleiro?", gritou o deputado. Quanto mais Teixeira se irritava, mais vozes se levantavam no meio do tumulto.
"Mensaleiro é você, que é moleque. Eu sou homem direito. Vai provar que eu peguei alguma coisa! Me chame de mensaleiro! Quem me chamou de mensaleiro?", gritou o deputado. Quanto mais Teixeira se irritava, mais vozes se levantavam no meio do tumulto.
A assessoria do PT confirma que o painel exibida pelo DEM foi depois levado para dentro da sala da liderança petista. O material ainda teria sido encaminhado para a Polícia Legislativa, a pedido do PT.
Discussão no plenário
Depois da confusão nos corredores, as provocações chegaram ao plenário.
Depois da confusão nos corredores, as provocações chegaram ao plenário.
Indignado com um discurso do deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que relatava a motivação do partido dele de protestar contra a mostra fotográfica do PT, o petista Devanir Ribeiro (PT-SP) chamou o parlamentar oposicionista de “canalha”.
“Esse canalha aqui [Onyx] não tem nada de fazer isso”, disparou Ribeiro. A declaração gerou uma discussão acalorada no plenário entre deputados da base aliada e da oposição.
Imediatamente, Lorenzoini disse à mesa diretora da Câmara de que havia sofrido uma “agressão”. O deputado do DEM ameaçou fazer uma representação contra Ribeiro no Conselho de Ética caso a expressão fosse mantida nos registros taquigráficos.
“Quando fui aparteado pelo deputado Devanir Ribeiro, que usou essa expressão que ele está usando de novo, e eu peço que seja retirado dos anais desta Casa - ou, se for mantido, nós vamos representar na Comissão de Ética. É algo inadmissível a forma como está se conduzindo o deputado Devanir Ribeiro, que quebra de maneira clara o decoro parlamentar”, rebateu Onyx.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou ao deputado do DEM de que a expressão “canalha” seria retirada dos registros da Casa.
Mais tarde, o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), subiu à tribuna para defender a manifestação promovida por seu partido.
“Foi um ato político. Não foi uma agressão a ninguém. Não venha o PT querer vender a imagem do paladino da moralidade. Não posso mais aceitar a intolerância desse partido com o contraditório. Essa é uma casa política, temos de manter o nível. Não pensem que vão nos intimidar, não”, discursou Caiado.
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