Manifestos em Madri e em outras cidades terminaram com prisões.
Participantes tiveram como tema: 'Não ao golpe de Estado financeiro'.
Milhares de pessoas participaram neste sábado (23) de protestos em Madri e em outras cidades da Espanha contra a política econômica do governo liderado por Mariano Rajoy. De acordo com a polícia espanhola, 40 pessoas foram presas no final do ato na capital espanhola, após confronto entre os manifestantes e as autoridades.
Na capital espanhola, quatro grupos começaram passeatas em locais diferentes com a intenção de confluir mais tarde na praça de Netuno, na região central.
Os manifestantes tiveram como tema do protesto "Não ao golpe de Estado financeiro. Não devemos, não pagamos", em alusão a uma tentativa de golpe de Estado ocorrido há 32 anos e que foi feito por um grupo de militares para tentar pôr fim à recém estreada democracia espanhola.
Os participantes se mostraram contrários aos cortes em saúde, educação ou em relação à privatização de empresas públicas, e entre eles há mineradores, defensores da saúde e da educação públicas, manifestantes contra os despejos de inquilinos hipotecários e grupos de feministas.
Na tradicional Porta do Sol, participaram das mobilizações pessoas com roupas brancas da área de saúde e outras contra as taxas judiciais, além de um grupo que levava envelopes gigantes em alusão ao escândalo dos "salários extras" pagos supostamente a líderes do Partido Popular - que está no poder com Rajoy -, com mensagens como "Não falta dinheiro, sobram ladrões".
Cerca de 1,4 mil policiais acompanharam as quatro passeatas em Madri porque, embora a convocação seja pacífica, as autoridades temiam que alguns grupos radicais também participassem.
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