quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Museu de Bom jardim comemora Dia do Frevo nas mídias sociais


O Frevo não convida, ARRASTA!


É de fazer chorar
quando o dia amanhece
e obriga o frevo acabar
ó quarta-feira ingrata
chega tão depressa
pra contrariar
quem é de fato
um bom pernambucano
espera um ano
e se mete na brincadeira
esquece tudo
quando cai no frevo
e no melhor da festa
chega a quarta-feira
Luiz Bandeira
VIVA O FREVO, A CULTURA POPULAR, VIVA PERNAMBUCO!

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Terremoto na Turquia: a imagem de pai segurando mão de filha morta que mostra desespero de sobreviventes



Mesut Hancer segurando a mão da filha morta em meio aos escombros do terremoto

CRÉDITO,ADEM ALTAN/AFP/GETTY

*Atualizada às 17h de 10 de fevereiro

À primeira vista, parece mais uma entre as milhares de fotos que refletem o desamparo dos sobreviventes dos terremotos que atingiram a Turquia e a Síria na segunda-feira (06/02).

Um homem vestido com um chamativo casaco laranja está com o olhar perdido. Ele está agachado nas ruínas de um prédio, entre os restos do que até pouco antes eram lares cheios de vida, agora reduzidos a escombros.

Sua mão direita está dentro do bolso do casaco, protegida das temperaturas abaixo de zero registradas nos últimos dias — e impiedosas para aqueles que perderam tudo


Sua mão esquerda está estendida, segurando a mão de uma jovem que está soterrada sob os escombros.


Segundo o fotógrafo da agência de notícias AFP que capturou a imagem, trata-se de Mesut Hancer, que "segura a mão da filha Irmak, de 15 anos, morta no terremoto em Kahramanmaras", na Turquia.

Irmak jaz inerte na mesma cama em que dormia, presa entre dois blocos de concreto e ferro retorcido.

Desolado, incapaz de articular uma palavra sequer, Mesut Hancer se recusa a soltar a mão da filha.

Mesut Hancer segurando a mão da filha morta em meio aos escombros do que era o edifício onde morava

CRÉDITO,ADEM ALTAN/AFP/GETTY

Legenda da foto,

Mesut Hancer segurando a mão da filha em meio às ruínas do prédio onde moravam

A BBC News Mundo, serviço de notícias em espanhol da BBC, tentou, sem sucesso, entrar em contato com o fotógrafo que fez essas imagens para confirmar a história.

O fato é que estas fotos refletem como poucas a desolação que assola os sobreviventes de catástrofes.

Famílias se aglomeram aos pés dos edifícios desmoronados na esperança de que seus entes queridos ainda estejam vivos ou pelo menos seus corpos sejam recuperados.

Mortes passam de 23.000 na Turquia e Síria

Até agora, mais de 23 mil pessoas morreram na Turquia e na Síria em decorrência dos terremotos mais devastadores das últimas décadas.

A autoridade de gerenciamento de desastres e emergências da Turquia informa que o número de mortos no país agora é de 19.875

Na Síria, pelo menos 3.377 pessoas morreram.

Dois tremores atingiram a região com um intervalo de 12 horas na segunda-feira (6/2).

O Serviço Geológico dos EUA informou que o primeiro tremor — de magnitude 7,8 — ocorreu às 4h17 do horário local (22h17 de domingo, pelo horário de Brasília) a uma profundidade de 17,9 km, perto da cidade de Gaziantep.

Sismólogos acreditam que foi um dos maiores já registrados na Turquia. E, de acordo com relatos de sobreviventes, levou dois minutos até parar.

Mapa da BBC mostrando epicentro do terremoto

O segundo terremoto — de magnitude 7,5 — foi desencadeado pelo primeiro, e seu epicentro foi no distrito de Elbistan, na província de Kahramanmaras.

Muitos tremores secundários foram sentidos em toda a região.

Mapa da BBC mostra as dezenas de tremores que atingiram a Turquia

Centenas de edifícios desabaram nos dois países, e equipes de resgate trabalham para salvar pessoas presas sob os escombros.

O tremor também foi sentido no Líbano e em Chipre.

A Turquia fica em uma das zonas de terremotos mais ativas do mundo.

Em 1999, mais de 17 mil pessoas morreram depois que um forte sismo atingiu o noroeste do país.

Mas os terremotos deste fevereiro de 2023 são o maior desastre do país desde 1939, segundo o presidente da Turquia, Recep Erdogan.

Resgate da menina Elif em Adiyaman, na Turquia

CRÉDITO,AFAD, TURKEY

Legenda da foto,

Menina Elif foi resgatada com a mãe e a irmã, 54 horas depois que os terremotos atingiram Adiyaman, na Turquia

Críticas à resposta do governo turco

Na Turquia, muitos estão criticando a resposta lenta de serviços de emergência ao incidente. O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, reconheceu que o governo encontrou problemas, mas disse que a situação agora está “sob controle”.

O líder do principal partido de oposição da Turquia, Kemal Kilicdaroglu, disse que "se há uma pessoa responsável por isso, é Erdogan".

Erdogan rejeitou a acusação e disse que é preciso haver unidade após o desastre. "Em um período como este, não posso tolerar pessoas conduzindo campanhas negativas por interesse político", disse o presidente.

Milhares de sobreviventes passaram a terceira noite após o desastre em condições de frio intenso.

"Temos muitas pessoas que sobreviveram e agora estão ao relento, em condições horríveis e cada vez piores", disse o gerente de resposta a terremotos da OMS, Robert Holden.

“Corremos o perigo real de ver um desastre secundário que pode causar danos a mais pessoas do que o desastre inicial se não nos movermos com o mesmo ritmo e intensidade que estamos fazendo na busca e resgate.”

Pessoa é retirada de maca dos escombros

CRÉDITO,ANADOLOU

Legenda da foto,

Encontrar sobreviventes está cada vez mais difícil, segundo equipes de resgate

Em Gaziantep, epicentro do primeiro terremoto na Turquia, a temperatura chegou a -1°C.

Nas regiões montanhosas, a mímima foi de -5°C.

A previsão de tempo para os próximos dias no sul da Turquia e no norte da Síria é de mais frio.

Cidade destruída

A cidade de Kahramanmaras, no sudeste da Turquia, com uma população de mais de um milhão de habitantes, é uma das mais atingidas.

Ela fica no meio do caminho entre os epicentros dos dois fortes terremotos que sacudiram a região na segunda-feira — o primeiro de magnitude 7,8, e o segundo de 7,5.

Imagens aéreas da cidade mostram como centenas de prédios residenciais desabaram com a força dos tremores.

A tragédia deixou milhares de pessoas desalojadas e incapazes de encontrar abrigo, uma vez que muitas temem que os prédios que permanecem de pé estejam danificados e possam desabar.

O frio intenso que atinge a região nesta época do ano, com temperaturas abaixo de zero, reduz as chances de continuar a encontrar sobreviventes presos sob os escombros, já que muitos correm o risco de morrer por hipotermia.

Caixões feitos de guarda-roupas

Caixões improvisados feitos com móveis destruídos na Turquia

Em Osmaniye, outra cidade do sul da Turquia, os corpos continuam chegando ao cemitério principal.

Segundo informações, 400 pessoas foram enterradas no local na quarta-feira

Ao lado de contêineres refrigerados brancos que servem como necrotérios móveis, uma pilha de caixões recém-construídos aguarda. Alguns são feitos de pinho, outros de MDF, outros feitos de guarda-roupas antigos — qualquer que seja o material disponível. A maioria está sendo usada mais de uma vez.

Voluntários de todas as partes da Turquia chegam à cidade, a cerca de duas horas de carro do epicentro do terremoto, para fazer o que puderem para ajudar.

  • Redação
  • Role,BBC News Mundo
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Museu de Bom Jardim



Durante o novenário da Festa de São Sebastião de 2023, o Museu de Bom Jardim recebeu dezenas de pessoas para apreciar o Acervo histórico e artístico em Exposição. O Museu de Bom Jardim também deu apoio aos profissionais do Coletivo do Artesanato na divulgação e vendeu seus produtos.




Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

Pacheco eleito, bolsonarismo derrotado destila veneno antidemocrático

Rodrigo Pacheco durante a sessão que o reelegeu presidente do Senado Federal

CRÉDITO,ROQUE DE SÁ/AGÊNCIA SENADO

Legenda da foto,

Rodrigo Pacheco durante a sessão que o reelegeu presidente do Senado Federal

Em uma eleição disputada, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) conseguiu se reeleger para a Presidência do Senado com 49 votos, superando Rogério Marinho (PL-RN), apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Eduardo Girão (Podemos-CE), que corria por fora, desistiu de sua candidatura e declarou voto em Marinho.

"O recado que o Senado Federal dá ao Brasil agora é que manteremos a defesa intransigente da democracia. O resultado que se tem dos atos antidemocráticos e dos crimes que aqui ocorreram do dia 8 de janeiro do presente ano é o surgimento de uma responsabilidade que se impõe a cada senador", declarou Pacheco em discurso após a vitória.

"O discurso de ódio, o discurso da mentira, o discurso golpista, que aflige e afasta a democracia deve ser desestimulado, desmentido, combatido por todos nós, sem exceções", acrescentou.



A votação obtida por Pacheco nesta quarta-feira (1°/2) foi inferior à de sua primeira eleição, em 2021, quando derrotou a hoje ministra Simone Tebet (PMDB-MS) por 57 votos a 21.

Ele, no entanto, atingiu o mínimo de 41 votos para evitar um segundo turno.

Marinho, por sua vez, obteve 32 votos, número "mágico" na balança de poder na Casa. É superior ao mínimo para abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito: 27.

Mas para o cientista político Christian Lynch, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), esses 32 votos não representam a força do bolsonarismo no Senado.

"Não é fácil saber exatamente quantos são, mas certamente esses 32 votos não são o peso do bolsonarismo. E no bolsonarismo não basta ser oposição a Lula, tem que ser oposição também ao STF [Supremo Tribunal Federal]. Paga-se um preço alto por isso."

Lynch diz que a relação entre Planalto e Pacheco "na prática será como qualquer governo".

Segundo ele, o governo terá uma maioria de votos, negociará outros e terá uma oposição de 1/4 a 1/3, a depender do tema.

"A diferença é que será uma oposição cujo miolo será ruidoso, gritador, lacrador. Em suma: reacionária e populista."

Quem é Pacheco

Nascido em Rondônia, Pacheco fez carreira profissional e política em Minas Gerais, onde atuou como advogado e onde foi eleito deputado federal pelo MDB e depois senador pelo DEM. Hoje está no PSD de Gilberto Kassab.

"Qualquer senador que sofrer algum tipo de perseguição, retaliação, de revanchismo ou de algo que o valha merecerá pronta resistência do Senado Federal", disse, em discurso antes da votação.

Afirmou também que "haveremos a estabelecer a independência devida em relação ao Poder Executivo". Sobre o Poder Judiciário, disse que se houver problema, "cumpramos o nosso real papel. Legislemos sobre isso".

Em entrevista à emissora GloboNews nesta quarta, Pacheco disse que "é perfeitamente possível" discutir um mandato para ministros do Supremo Tribunal Federal, mas que não pode haver "um revanchismo".

Mesmo não sendo de esquerda, Pacheco recebeu o apoio do Palácio do Planalto para presidir a Casa.

O presidente do Senado tem a tarefa de organizar os trabalhos do Plenário, além de decidir quais projetos serão votados.

Também é considerado o presidente do Poder Legislativo e é o terceiro na linha de sucessão do presidente da República, logo após o presidente da Câmara dos Deputados.

Os membros da Casa também tomaram posse nesta quarta no Senado.

A campanha de Marinho foi abraçada por opositores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que não são bolsonaristas, mas queriam derrotar o atual chefe da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi ao Senado para pedir votos a ele e acompanhar a posse da senadora Damares Alves (Republicanos-DF).

Integrantes do PL, PP e Republicanos formaram o bloco de apoio a Marinho.

Militantes bolsonaristas enxergavam na vitória do senador do PL um caminho para pôr em andamento um processo de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes - embora o próprio Marinho tenha tentado se afastar do bolsonarismo radical em declarações públicas.


Fonte do texto original: BBC News Brasil
Professor Edgar Bom Jardim - PE