domingo, 2 de agosto de 2020

O apelo de uma professora pelo não retorno às aulas: “Não vamos colocar nossas vidas em risco”



A cidade de SP caminha com a aprovação de lei que estabelece medidas para a retomada das aulas. Doria anunciou previsão para 8 de setembro

A professora de História da rede municipal de São Paulo Silvia Ferraro protagonizou uma cena que viralizou nas redes sociais. Durante uma votação da Câmara dos Vereadores na quarta-feira 30, a docente interrompeu os parlamentares para protestar contra a volta das aulas presenciais da rede, em meio à pandemia do coronavírus.

“Presidente, não pode votar esse projeto hoje. São as nossas vidas de professores que estão em risco. Eu sou professora do chão de escola, nós professores estamos morrendo de covid-19, a maioria da população, os pais, os estudantes, são contra esse projeto. Nós não queremos voltar. Nós não vamos colocar nossas vidas em risco. Pelo amor de deus, gente!”, protestou.

Seu desabafo foi direcionado ao presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Legislação Participativa (CCJ), da Câmara dos Vereadores, que conduzia votação sobre a legalidade do PL 452/2020, de autoria do prefeito Bruno Covas, que estabelece, entre outros pontos, medidas para o retorno às aulas presenciais no município de São Paulo.

O PL, no entanto, foi aprovado em primeiro turno, por 32 votos favoráveis e 16 contrários, e vai para uma segunda votação definitiva que deve ocorrer na próxima quarta-feira, 5.

Sem detalhar uma data exata para o retorno, embora o governador João Doria e o prefeito Bruno Covas tenham sinalizado uma volta a partir de 8 de setembro nas redes estadual e municipal, o texto do PL fala sobre um processo de retorno às aulas que “deverá contemplar  a recuperação das aprendizagens e atendimentos especializados para os estudantes, abrangendo medidas pedagógicas excepcionais, programas de acompanhamento aos estudantes e profissionais de educação”.

Ainda sobre o tema, o projeto fala sobre a previsão de instituir um programa de atendimento à saúde do professor, com acompanhamento psicológico, para “mitigar absenteísmo”, evitando que os estudantes fiquem sem professores em sala de aula, e possibilitando condições para que professores afastados possam voltar a esses ambientes.

Para Ferraro, a proposta é “imoral” e não dialoga com o desejo da maioria das comunidades escolares do município. “Ainda temos índices altos da pandemia. Além disso, não há uma especialista que assegure que nosso retorno não levará a um quadro de mais contaminações e mortes”, avalia, ao expor a dificuldade que terão para garantir que crianças e adolescentes mantenham o distanciamento recomendado em meio à pandemia.

A docente, que leciona na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Anália Franco, na zona leste de São Paulo, afirma que a maioria dos profissionais de sua unidade não querem retornar às aulas presenciais e afirmou que contam com o apoio da direção escolar.

“Realizamos assembleias com os trabalhadores da escola, e entre os participantes – 52 funcionários de um total de 60 – todos sinalizaram o não retorno. Esse documento foi protocolado e entregue à diretoria regional de ensino.” Ferraro afirma que as famílias também preferem deixar seus filhos em casa, nesse momento.

As manifestações contra o retorno não se limitam à rede municipal. Na quinta-feira 30, professores da rede estadual organizaram uma carreata com mais de 200 veículos que partiram do estádio do Morumbi rumo ao Palácio dos Bandeirantes, em ato organizado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp). Os carros traziam adesivos com as frases “em defesa da vida” e “salário e auxílio emergencial já”.

“Queremos que prevaleça o bom senso”

A professora Silvia Ferraro afirma que, caso as escolas reabram, os professores não terão escolha. “Se não voltarmos, ficaríamos com faltas e [com salários] descontados. A última alternativa seria entrar em um movimento de greve para brigar por nossas vidas, coisa que não acho necessário no momento. Queremos que prevaleça o bom senso e os apontamentos da comunidade científica que vem  dizendo que não é o momento do retorno”.

A Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), vinculada ao Ministério da Saúde, e que representa o Brasil junto à vacina produzida pela Universidade de Oxford, divulgou uma nota técnica no dia 22 de julho alertando para os riscos da volta às aulas, chamando a atenção para o perigo do fim do isolamento social.

“A volta às aulas pode representar um perigo a mais para cerca de 9,3 milhões de brasileiros (4,4% da população total) que são idosos ou adultos (com 18 anos ou mais) com problemas crônicos de saúde e que pertencem a grupos de risco de Covid-19. Isso porque eles vivem na mesma casa que crianças e adolescentes em idade escolar (entre 3 e 17 anos)”, afirmou a fundação, que estimou a população de risco com base na Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2013), que foi realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Laboratório de Informação em Saúde (LIS) da Fiocruz.

O estudo mostrou que quase 3,9 milhões (1,8% da população do país) de adultos com idade entre 18 e 59 anos que têm diabetes, doença do coração ou doença do pulmão residem em domicílio com pelo menos um menor em idade escolar (entre 3 e 17 anos).

Já a população idosa (60 anos e mais) que convive em seu domicílio com pelo menos um menor em idade escolar chega a quase 5,4 milhões de pessoas (2,6% da população).

A fundação é taxativa ao dizer que o retorno da atividade escolar “coloca os estudantes em potenciais situações de contágio”.

“Mesmo que escolas, colégios e universidades adotem as medidas de segurança (e elas sejam cumpridas à risca), o transporte público e a falta de controle sobre o comportamento de adolescentes e crianças que andam sozinhos fora de casa representam potenciais situações de contaminação por covid-19 para esses estudantes. O problema é que, se forem contaminados, esses jovens poderão levar o vírus Sars-CoV-2 para dentro de casa e infectar parentes de todas as idades que tenham doenças crônicas e outras condições de vulnerabilidade à Covid-19, representando uma brecha perigosa no isolamento social que essas pessoas mantinham até agora”.

A nota técnica Populações em risco e a volta as aulas: Fim do isolamento social, ainda alerta para o fato de que “a discussão sobre a retomada do ano letivo no país não segue um momento em que é clara a diminuição dos casos e óbitos e ainda apresenta um agravante, que é a desmobilização de recursos de saúde e o desmonte de alguns hospitais de campanha”.

A doutora em Psicologia Ana Maria de Araújo Melo, que já foi membro membro do Fórum Municipal de Educação Infantil de São Paulo, ainda chama a atenção para as demandas das crianças de 0 a 3 anos, que frequentam as creches do País, em meio ao cenário.

“O contato, as interações dessa faixa etária são feitas corporalmente, o gesto vale muito, a comunicação gestual é privilegiada neste momento. Então, dizer que a gente não vai ter contato, que dormir, comer, dentro de creche será controlado é impossível. A criança pequena aprende na hiperinteração, interage entre os pares e com os adultos”, avalia.

O Estado de São Paulo tem um acumulado de 529,006 casos confirmados de coronavírus, e 22.710 mortos, segundo os dados do Conselho Nacional de Saúde (Conass) divulgados na quinta-feira 30.

Nos três últimos dias, as confirmações de novos casos ficaram acima de 10 mil. No dia 30 foram mais 14.809 casos, no dia 29, 13.896; e no dia 28, 12.647. Também no período, o estado manteve mais de 300 mortes por dia. No dia 30, 321; no dia 29, 330; e no dia 28, 383. A cidade de São Paulo tem ao todo 193.684 casos confirmados e 9470 óbitos.

Vale lembrar que os casos de coronavírus estão concentrados em segundo lugar no estado do Ceará (171.648), seguido do Rio de Janeiro (163.642), Bahia (161.630), Pará (153.350) e Minas Gerais (12.415).

As famílias poderão escolher mandar ou não os filhos para as escolas?

Para que os familiares e responsáveis, de fato, tenham o poder da escolha de mandar ou não os estudantes para a escola, sem prejudicá-los, será necessária uma alteração na lei. Isso porque de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), as crianças entre 4 e 5 anos, da educação infantil, devem ter frequência mínima de 60%; já para os alunos dos ensinos fundamental e médio, a frequência obrigatória é de 75%.

O Conselho Municipal de Educação de São Paulo sinalizou que está elaborando uma resolução nesse sentido e que o documento deve sair em um período de 15 dias. Com isso, alunos das escolas públicas e particulares da cidade de São Paulo não seriam penalizados por faltas e poderiam continuar acompanhando os conteúdos à distância.

Ao G1, a presidente do conselho municipal, Rose Neubauer, disse que, no caso, as famílias terão que assinar um termo de responsabilidade, tanto no caso de a criança voltar para a escola, como para permanecer com a educação remota.

“Ele [o responsável] vai ter que assinar um termo tanto se a criança voltar, quanto se a criança ficar com a educação domiciliar. Ele sempre vai ter que assinar um termo. Mas é importante pra Prefeitura e pra Secretaria de Educação ter esse termo porque ela tem que se planejar, ver quantas crianças não vão voltar e aí ela vai ter que fazer um planejamento para acompanhar essas crianças em casa”, afirma Rose.

CartaCapital encaminhou questões ao Conselho Estadual de Educação sobre como o tema será encaminhado, mas não obteve respostas até o fechamento da reportagem.

As redes estadual e municipal de São paulo já apresentaram seus protocolos para a retomada das aulas, documentos que detalham protocolos de higiene e desinfecção, de organização dos ambientes, e demais práticas de segurança.

Os documentos mencionam a responsabilidade das famílias em medir a temperatura das crianças diariamente antes de enviá-las para a escolas. A recomendação é que elas não sejam encaminhadas se a temperatura estiver acima dos 37,5ºC.

“Se houver dor no corpo, tosse, dor abdominal, diarreia, dor no peito, manchas pelo corpo ou febre (37,5° C ou superior), a criança não entrará na escola”, destaca o protocolo da prefeitura.

A rede também diz que a família terá um papel ativo de explicar aos estudantes sobre a necessidade do distanciamento social.

Estruturas precárias

Para a presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Professora Bebel (PT), os documentos não levam em consideração a precariedade das escolas estaduais.

“A estrutura das escolas é precária. Muitas vezes, não possuem ventilação adequada e têm salas improvisadas. Existem escolas inteiras precisando de reforma. Tem escola que não conta sequer com uma pia nos banheiros, e muito menos papel higiênico. Como falar em protocolo de segurança?”, questionou em entrevista ao portal R7.

O Sindicato dos profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo (Sinpeem) partilha da preocupação e se coloca contra o projeto de retomada das aulas presenciais.

Para o sindicato, tanto o protocolo de segurança da prefeitura quanto o PL de Bruno Covas “ignoram a realidade das unidades educacionais, suas condições, estrutura, logística, recursos humanos, condições de higiene, organização e funcionamento”.

No site do Sinpeem há uma chamado para que as escolas preencham um dossiê que servirá para mapear a realidade das redes. No documento, que o sidicato pede que seja preenchido até o dia 7 de agosto, há questões como, “quantos alunos a unidade tem?”, “quantos alunos por turno?”, “disponibilidade de portões para fluxo de entrada e saída”, “metragem do pátio”, entre outras.

Ana Maria Melo mostra preocupação com a estrutura ofertada para a educação infantil pública que se dá majoritariamente pelas redes conveniadas.

“As condições de equipamento são muito precárias, temos problemas de ventilação muito sérios, de banheiros, torneiras em quantidade, descarga que as crianças não têm acesso. Ou seja, são problemas históricos que antecedem a pandemia. Denunciamos frequentemente a situação de calamidade não só de trabalho, mas também pelo fato que as crianças frequentem esses espaços”, critica.

Ela ainda estende os apontamentos às estruturas prediais das escolas particulares. “Se você observar, em cada esquina da cidade de São Paulo e nas capitais brasileiras, você vai ter sobradinhos escrito educação infantil. Há centenas de escolinhas em educação infantil. O grupo das escolas para a elite, que se dizem prontas para o retorno, é muito pequeno. E elas esquecem que, se abrirem, condenarão as outras que não dispõem da mesma estrutura. O grupo da elite só pensa nas necessidades da elite. E, convenhamos, que as crianças de zero a seis anos desse grupo estão bem, obrigada, em casas de campo, praia”, coloca, em crítica à recente campanha do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Rio de Janeiro (Sinepe-Rio) pela volta às aulas nas escolas particulares.

Outras críticas ao PL de Covas

O PL 452/2020 de autoria do prefeito Bruno Covas que está em processo de aprovação na Câmara dos Vereadores também considera entre as estratégias de retorno a oferta de aulas extras, no contraturno escolar, como rota de correção das aprendizagens; a aprovação automática dos alunos; a contratação emergencial de professores; e a permissão para a prefeitura repassar recursos às famílias dos estudantes para a compra de material escolar e de uniformes a partir de 2021.

O texto do Executivo ainda autoriza a prefeitura a contratar vagas de ensino infantil para suprir a crescente demanda ocasionada pela crise.

Antes da primeira votação na CCJ, a procuradoria da Câmara recomendou que a Comissão considerasse o projeto ilegal por não observar as limitações impostas ao executivo em ano eleitoral e nem a lei de responsabilidade fiscal.

Para o Sinpeem, o projeto de lei “tem por principal objetivo se aproveitar da situação de emergência para avançar na privatização da educação infantil, mesmo processo que já resultou na terceirização do atendimento da educação infantil para as crianças entrem de zero a três anos. Agora querem terceirizar/privatizar também o atendimento de crianças de 4 e 5 anos, atendidas por nossas EMEIs”. O sindicato já sinalizou a entrega de substitutivos e emendas ao texto aprovado em primeira votação.

“O SINPEEM vai continuar na luta pressionando pela não retomada das aulas sem as medidas sanitárias, testagem e condições materiais, recursos e equipamentos que protejam a saúde e a vida, além de se posicionar contra a terceirização da educação infantil”.

Carta Capital

Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 31 de julho de 2020

Sartre e Simone:A tristeza não se ausenta


A história está rodeada de sentimentos. Como somos carentes, lembrando de Simone de Beauvoir, falta alguma coisa para que se passe por todas as brechas. Não dá para firmar apatias, nem isolar o mundo das divergências e multiplicidades desejos. O outro é fundamental, sobretudo para fechar a porta das ausências. Não nascemos prontos, infalíveis. A cultura inventa comportamentos que mudam historicamente. Há sinais desconhecidos que avistamos cada dia. O amor se garante, quando cada um encontra sua cada uma.Mas não se empolgue com a eternidade.

Lembrando ainda Simone, a moral é ambígua, circulamos e somos trapezistas imperfeitos. Sartre e Simone eram parceiros de profundidade.Imagine que havia certos escorregões, ninguém deixar de olhar para o que existe ao redor. As relações procuram sobreviver, porém se desfazem quando a tristeza se estica e exige outras aventuras. Não esqueçamos que as dificuldades se encontram com os sonhos e atiçam desconstruções nos afetos, aparentemente, inatacáveis. Quem não se enfrenta com hesitações tão humanas? Quem não se assusta com as estreitas ambições dos narcisistas? É importante ver as curvas e apagar as retas.

O amor se solta pelas estradas.Depende do calor das moradias, da força da luz que entra pela janela e da recusa repentina em algum momento de desgoverno. Os voos existem para transformar os ares e escutar sons diferentes. Por isso, o amor muda de direção e bate em paredes refeitas.No amor, as dissonâncias não são uma mentira. Sarte e Simone refizeram caminhos, conheceram silêncios e segredos, reclamaram das injustiças e criaram espaços políticos inusitados.Foram cidadãos do mundo, dividiram sofrimentos e agonias coletivas, não fugindo da solidariedade. Eram fraternos. Não só a tristeza compõe as sinfonias inacabadas de alguns músicos frustrados. Surgem surpresas, paixões que se escondem nas primeiras esquinas.

Quem não vacilou? Sartre e Simone contribuíram para repensar as relações sociais, ocuparam lideranças, deixaram escritos importantes. Ler as peças teatrais de Sartre nos ajudam a compreender as situações limites. Simone lutou pela autonomia feminina, redefiniu conceitos já arcaicos. Quem é a mulher que entra nas cidades estranhas ou disfarça suas intenções afetivas? Tudo produzido num tempo de turbulências intelectuais, com memórias das guerras e as intimidades do coração.Jean-Paul e Simone não abandonaram as ruas, nem elogiaram a concentração de riquezas. Ousaram, foram próximos.Traçaram argumentos de igualdades, sem se desfazer da coragem da lucidez serena. Por Antônio Rezende.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Governo de Angola oficializa afastamento de brasileiros da Igreja Universal no país


Pessoa lendo a bíbliaDireito de imagemGETTY IMAGES

O Diário da República de Angola, órgão oficial do país africano, comunicou formalmente o resultado de uma assembleia da Igreja Universal do Reino de Deus, no dia 24 de junho, que determinou a dissolução de sua diretoria e a destituição do bispo brasileiro Honorilton Gonçalves de sua cúpula.

Considerada uma entidade de direito angolano, a Igreja Universal local alegou como base para suas decisões, segundo o órgão oficial, a "violação sistemática aos estatutos e direitos dos membros", tais como "a discriminação racial e violação das normas estatutárias"; a "imposição e coação à castração ou vasectomia aos pastores".

Também são citadas a suposta "privação aos pastores e suas respectivas esposas de acesso à formação acadêmica, científica e técnica profissional"; a suposta falsificação de atas, "abuso de confiança da direção da Igreja ao passar procurações com plenos poderes a cidadãos brasileiros para exercer atos reservados à assembleia geral" e "abuso de confiança na gestação dos recursos financeiros e patrimoniais", entre outros pontos.

A Assembleia Nacional de Angola (órgão legislativo máximo do país) indicou nova equipe de gerência e uma "Comissão de Reforma" da Igreja Universal, com o bispo angolano Valente Bezerra Luís como seu coordenador.

Bezerra Luís, de acordo com a ata, passou a ser o novo líder da igreja no país. Também foi destituído "de todos os seus poderes", conforme a assembleia, o então presidente do conselho de direção da Universal, bispo Antonio Pedro Correia da Silva, e encerrado o serviço eclesiástico de missionários brasileiros da Universal em todo o território de Angola.

A publicação da ata no diário oficial — com data de 24 de julho —, foi bastante comemorada e interpretada por religiosos locais como a oficialização da perda do controle do bispo brasileiro Edir Macedo sobre a Universal no país.

Para Mathias Alencastro, pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), que acompanha a situação de Angola, o governo local está endossando os pastores angolanos e realmente oficializando a tomada dos templos.

"Acabou para a Universal. Coloca pedra e cal na estratégia da Iurd de tentar retomar seus templos. E mostra como foi inconsequente e desastrada a tentativa do Itamaraty de resgatar a Iurd. Já estamos vendo a consequência dessa submissão a interesses evangélicos", diz Alencastro, doutor em Ciência Política pela Universidade de Oxford (Inglaterra).

O próprio presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, havia tentando interceder em favor da igreja de Macedo, seu aliado e eleitor na campanha à Presidência.

Bolsonaro enviou uma carta, no início de julho, ao seu colega de Angola, João Lourenço, manifestando preocupação com os acontecimentos no país e pedindo o aumento de proteção aos brasileiros.

O deputado federal e filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), postou a carta no Twitter. Uma comissão de senadores e deputados brasileiros também pretende visitar Angola na segunda semana de agosto para pedir ao governo local que seja garantida a "reciprocidade de tratamento" a cidadãos brasileiros, tal como os angolanos usufruem no Brasil.

O senador Major Olímpio (PSL-SP), membro da Comissão de Relações Exteriores do Senado, avalia que os direitos de brasileiros ligados à igreja estariam sendo desrespeitados. Também devem integrar o grupo os senadores Nelsinho Trad (PSD-MS) e Marcos do Val (Podemos-ES).

Edir MacedoDireito de imagemALAN SANTOS/PR
Image captionBispos e pastores angolanos decidiram, no final de junho, assumir o comando dos templos da Igreja Universal no país e romper definitivamente com o grupo do antigo chefe Edir Macedo

Tomada de poder

Bispos e pastores angolanos decidiram, no final de junho, assumir o comando dos templos da Igreja Universal no país e romper definitivamente com o grupo do antigo chefe Edir Macedo.

O movimento desses religiosos começou em novembro de 2019, com a divulgação de um manifesto com críticas à direção da Universal.

Os religiosos acusaram os brasileiros por supostos crimes como evasão de divisas, expatriação ilícita de capital, racismo e discriminação. Eles afirmam ter o controle atualmente de 220 dos cerca de 300 templos da igreja. A Universal diz que seriam apenas 30.

A direção brasileira da Universal contestou a ata da assembleia divulgada no diário oficial angolano. Em nota distribuída em Angola, considerou falso o documento e disse que dissidentes "convocaram ilicitamente e de forma fraudulenta uma pretensa assembleia geral extraordinária".

A cúpula da igreja prometeu adotar "todas as medidas necessárias para reagir à publicação ilícita da ata em causa" no diário oficial, "na convicção de que as autoridades administrativas e judiciais da República de Angola não deixarão de fazer respeitar a lei e a Constituição, bem como os estatutos da igreja", condenando "a atuação ilícita daqueles que se intitulam agora de 'Comissão de Reforma' da IURD".

A Universal apontou ainda em sua nota que esses religiosos não são os seus "legítimos representantes" e voltou a afirmar que integrantes da chamada "Comissão de Reforma" foram expulsos da igreja "devido à prática de atos ilícitos e à violação do código de conduta moral". A nota é assinada pelo bispo Antonio Miguel Ferraz, citado ainda como atual vice-presidente.

Pessoa ergendo BíbliaDireito de imagemREPRODUÇÃO/FACEBOOK TEMPLO DE SALOMÃO
Image captionConsiderada uma entidade de direito angolano, a Igreja Universal local alegou como base para suas decisões, segundo o órgão oficial, a 'violação sistemática aos estatutos e direitos dos membros'

Autoridades angolanas têm evitado se manifestar sobre o conflito. Ministros angolanos procuraram tratar o tema como um problema interno da Universal, rejeitando a ideia de um embate entre angolanos e brasileiros e negando supostos casos de xenofobia.

No dia 24, a Entidade Reguladora da Comunicação Social Angolana (Erca) advertiu no país a TV Record e a TV Zimbo (que transmite programas religiosos da Universal) devido à divulgação de ataques e críticas a religiosos angolanos. As duas emissoras, segundo a Erca, deveriam se limitar às suas transmissões religiosas e não a outros fins.

O embaixador brasileiro em Angola, Paulino Carvalho, disse, em um programa da Igreja Universal, que as autoridades do país estão preocupadas com supostos ataques a brasileiros.

"As autoridades angolanas com as quais tenho conversado e visitado para levar as nossas preocupações afirmam com todas as letras que isso é algo inaceitável, criminoso e que tem de ser punido."

Homem pregando em igrejaDireito de imagemDIVULGAÇÃO/IURD
Image captionAutoridades angolanas têm evitado se manifestar sobre o conflito

'Tentativa de nacionalizar problema'

O pesquisador Mathias Alencastro disse não ver xenofobia e perseguição a brasileiros em Angola.

"Essa é uma narrativa para brasileiro que não está acompanhando o caso em Angola. Não há nada contra brasileiros e sim contra a administração da igreja. Por acaso, ela é controlada por brasileiros. Em nenhum momento estamos vendo situações que configurem ataques e agressões contra brasileiros. Basta perguntar para qualquer brasileiro que vive em Angola", diz o representante do Cebrap.

"Essa é uma tentativa da Iurd de nacionalizar um problema dela". Alencastro avalia que o governo angolano já desejasse diminuir o poder e a influência da igreja no país e agora "deu o respaldo legal ao processo".

Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Coronavírus: comportamento de jovens impulsiona novos surtos na Europa, diz OMS

Beachgoers bask in the sun as they enjoy a warm afternoon in Barcelona on 17 JulyDireito de imagemEPA
Image captionUm dia quente de praia em Barcelona, no dia 17 de julho

O diretor regional da Europa para a Organização Mundial da Saúde (OMS), Hans Kluge, afirmou que o aumento de infecções entre jovens pode estar provocando picos recentes de casos em todo o continente.

Ele disse ao programa Today da Rádio 4 da BBC que as autoridades precisavam se comunicar melhor com os mais jovens.

"Um número crescente de países está passando por surtos localizados e um ressurgimento de casos. O que sabemos é que isso é uma consequência da mudança no comportamento humano", disse ele.

"Estamos recebendo relatórios de várias autoridades de saúde sobre uma proporção maior de novas infecções entre jovens. Então, para mim, é o suficiente para repensarmos a melhor maneira de envolver os jovens."

Kluge disse que, como pai de duas filhas, entende que os jovens "não queiram perder o verão".

Mas ele acrescentou: "Eles têm uma responsabilidade em relação a si mesmos, a seus pais, avós e comunidades. E agora sabemos como adotar comportamentos bons e saudáveis, então vamos aproveitar ess conhecimento".

Semanas após os bloqueios começarem a ser amenizados em todo o continente europeu, os casos de novas infecções começam a aumentar em algumas áreas. Por isso, governos começaram a pedir mais cautela, além de adotar novas medidas para conter a disseminação do vírus.

Pessoas na praia na ilha de Maiorca, na EspanhaDireito de imagemREUTERS
Image captionPessoas na praia na ilha de Maiorca, na Espanha; depois de relaxar regras de quarentena, países viram aumento de casos

Na terça-feira, o Senado italiano votou pela extensão do estado de emergência. O primeiro-ministro, Giuseppe Conte, disse que as infecções estão aumentando em países vizinhos — incluindo França, Espanha e Bálcãs — e pediu uma vigilância extra para impedir que o vírus volte.

O chefe da agência de saúde pública da Alemanha também disse que está "muito preocupado" com o aumento de infecções. Lothar Wieler, chefe do Instituto Robert Koch (RKI), disse a repórteres na terça-feira que os alemães haviam se tornado "negligentes" e pediu às pessoas que usassem máscaras faciais e respeitassem as regras sociais de distanciamento e higiene.

A Alemanha resistiu bem ao surto inicial, mas, na semana passada, registrou 3.611 novas infecções.

A Grécia — que também resistiu bem nos primeiros meses da pandemia — disse que está tornando as máscaras obrigatórias novamente em lojas e serviços públicos após um aumento recente de infecções.

O ministro da Saúde da França, Olivier Véran, disse que queria evitar outro lockdown e pediu às pessoas que "não baixem a guarda".

E no Reino Unido, a súbita decisão do governo de impor uma quarentena de 14 dias aos viajantes que chegam da Espanha atrapalhou os planos de férias de milhares de pessoas. A Espanha criticou a medida como "injusta", afirmando que o aumento de novas infecções por lá se limita em grande parte a apenas duas regiões.

BBC


Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 28 de julho de 2020

Quem será a vice-prefeita ou o vice-prefeito do Bom Jardim? Quem será o pré-candidata(o) com João Lira?


No dia 15 de novembro de 2020, o povo vai decidir quem vai governar o município de Bom Jardim nos próximos quatro anos. Pode ser muito  fácil ou muito  complicado para o candidato a prefeito escolher seu companheiro(a) de chapa. Em que o seu candidato a prefeito pensa, cogita, espera do(a) vice:  Será que se for ela terei mais votos? Será que se for ela posso confiar? Será que se for ele terei mais votos? Será que se for ele posso confiar? Qual o melhor caminho? Quais as maiores chances de vitória? Como será o futuro?

A escolha pode ser muito complicada se o candidato eleito considerar a possibilidade de futuras divergências políticas ou administrativas. Isso ocorre muitas vezes. Neste caso, a melhor opção pode ser escolher alguém que só queira receber o salário e sirva de peça decorativa na composição da futura governança. Isso não deveria acontecer, mas acontece muitas vezes neste Brasil sofrido politicamente. Não é certo, não é ético, não é bom para ninguém.

Caso o prefeito ou prefeita ganhe a eleição e tenha que enfrentar um processo de  impeachment,  sofrer um afastamento determinado pela justiça, algum tipo de golpe,   renunciar ao cargo ou adoecer e morrer,  quem assumir o cargo vai ter capacidade administrativa e política de governar o município? Irá cumprir o plano de governo? Irá manter as coisas como o eleito gostaria que fossem?  Irá mudar tudo?  Irá romper politicamente? Como encontrar o par perfeito para todas estas situações? Como agregar votos para ganhar a eleição? A futura  vice-prefeita ou o futuro vice-prefeito tem dinheiro? Tem empatia, capacidade, honestidade, envolvimento com a comunidade bonjardinense? Defende uma causa?  Tem apoio político interno e externo?  Tem ficha limpa? Tem ideias, sugestões, iniciativas para colaborar com a gestão, com o projeto de governo anunciado em campanha? Vai trabalhar de fato ou só quer o status e posição social? Vai orientar, apoiar, zelar pela coisa pública? 

O prefeito eleito já começa a pensar na próxima eleição, na futura sucessão. E o eleitor precisa pensar no município, no bem comum, na paz social, numa gestão competente, honesta e que trate  todos com igualdade e equidade diante das necessidades nos próximos quatro anos. 

Na história da  política de Bom Jardim, o vice-prefeito José Moreira de Andrade, assumiu a função de prefeito após a morte do prefeito João de Moura Cavalcanti. O candidato Mariano José (Mariano da Viola) obteve uma votação grandiosa com apoio da juventude representada na pessoa de Lúcio Mário Cabral. O vice-prefeito João Freire, deu  boas ideias ao grupo político do qual participava, no entanto, não recebeu parte de seus vencimentos pelo cargo ocupado. Orlando do sindicato foi o vice-prefeito dos sonhos do prefeito João Lira em mandatos anteriores. Percebemos que o cargo de vice-prefeito tem grande importância na eleição e pode desempenhar bom trabalho na futura gestão.

Votar é fazer escolhas que impactam na vida de toda sociedade. Votar é decidir confiar em quem vai fazer o melhor pela cultura, educação, saúde, geração de emprego e renda, planejamento e desenvolvimento sustentável no campo e na cidade, preservação do patrimônio, crescimento do comércio, acessibilidade, conexão com novas tecnologias, visão de futuro frente aos desafios. Votar é buscar cidadania digna para crianças, jovens, pessoas maduras e para idosos. É preciso que o eleitor bonjardinense esteja atento para observa e acompanhar todo este processo, todas as possibilidades. 

O Blog ProfessorEdgarBomJardim quer saber sua opinião sobre quem seria o(a) vice prefeito(a) ideal dos pré- candidatos já divulgados nas mídias sociais e no contato feito pessoalmente. A eleição já começou faz muito tempo para os  pré-candidatos João Lira, Miguel Barbosa, Janjão e Jotinha da Funerária. Dê sua opinião, acesse este link. Marque apenas UMA opção.  VOTAÇÃO ENCERRADA


Leia também:


Professor Edgar Bom Jardim - PE

QUEM SERÁ A VICE-PREFEITA OU O VICE-PREFEITO DO BOM JARDIM? QUEM SERÁ O PRÉ-CANDIDATA(O) COM MIGUEL BARBOSA?


No dia 15 de novembro de 2020, o povo vai decidir quem vai governar o município de Bom Jardim nos próximos quatro anos. Pode ser muito  fácil ou muito  complicado para o candidato a prefeito escolher seu companheiro(a) de chapa. Em que o seu candidato a prefeito pensa, cogita, espera do(a) vice:  Será que se for ela terei mais votos? Será que se for ela posso confiar? Será que se for ele terei mais votos? Será que se for ele posso confiar? Qual o melhor caminho? Quais as maiores chances de vitória? Como será o futuro?

A escolha pode ser muito complicada se o candidato eleito considerar a possibilidade de futuras divergências políticas ou administrativas. Isso ocorre muitas vezes. Neste caso, a melhor opção pode ser escolher alguém que só queira receber o salário e sirva de peça decorativa na composição da futura governança. Isso não deveria acontecer, mas acontece muitas vezes neste Brasil sofrido politicamente. Não é certo, não é ético, não é bom para ninguém.

Caso o prefeito ou prefeita ganhe a eleição e tenha que enfrentar um processo de  impeachment,  sofrer um afastamento determinado pela justiça, algum tipo de golpe,   renunciar ao cargo ou adoecer e morrer,  quem assumir o cargo vai ter capacidade administrativa e política de governar o município? Irá cumprir o plano de governo? Irá manter as coisas como o eleito gostaria que fossem?  Irá mudar tudo?  Irá romper politicamente? Como encontrar o par perfeito para todas estas situações? Como agregar votos para ganhar a eleição? A futura  vice-prefeita ou o futuro vice-prefeito tem dinheiro? Tem empatia, capacidade, honestidade, envolvimento com a comunidade bonjardinense? Defende uma causa?  Tem apoio político interno e externo?  Tem ficha limpa? Tem ideias, sugestões, iniciativas para colaborar com a gestão, com o projeto de governo anunciado em campanha? Vai trabalhar de fato ou só quer o status e posição social? Vai orientar, apoiar, zelar pela coisa pública? 

O prefeito eleito já começa a pensar na próxima eleição, na futura sucessão. E o eleitor precisa pensar no município, no bem comum, na paz social, numa gestão competente, honesta e que trate  todos com igualdade e equidade diante das necessidades nos próximos quatro anos. 

Na história da  política de Bom Jardim, o vice-prefeito José Moreira de Andrade, assumiu a função de prefeito após a morte do prefeito João de Moura Cavalcanti. O candidato Mariano José (Mariano da Viola) obteve uma votação grandiosa com apoio da juventude representada na pessoa de Lúcio Mário Cabral. O vice-prefeito João Freire, deu  boas ideias ao grupo político do qual participava, no entanto, não recebeu parte de seus vencimentos pelo cargo ocupado. Orlando do sindicato foi o vice-prefeito dos sonhos do prefeito João Lira em mandatos anteriores. Percebemos que o cargo de vice-prefeito tem grande importância na eleição e pode desempenhar bom trabalho na futura gestão.

Votar é fazer escolhas que impactam na vida de toda sociedade. Votar é decidir confiar em quem vai fazer o melhor pela cultura, educação, saúde, geração de emprego e renda, planejamento e desenvolvimento sustentável no campo e na cidade, preservação do patrimônio, crescimento do comércio, acessibilidade, conexão com novas tecnologias, visão de futuro frente aos desafios. Votar é buscar cidadania digna para crianças, jovens, pessoas maduras e para idosos. É preciso que o eleitor bonjardinense esteja atento para observa e acompanhar todo este processo, todas as possibilidades. 

O Blog ProfessorEdgarBomJardim quer saber sua opinião sobre quem seria o(a) vice prefeito(a) ideal dos pré- candidatos já divulgados nas mídias sociais e no contato feito pessoalmente. A eleição já começou faz muito tempo para os  pré-candidatos João Lira, Miguel Barbosa, Janjão e Jotinha da Funerária. Dê sua opinião, acesse este link: Marque apenas UMA opção. Clique em ENVIAR.  VOTAÇÃO ENCERRADA




Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 27 de julho de 2020

QUEM SERÁ A VICE-PREFEITA OU O VICE-PREFEITO DO BOM JARDIM? QUEM SERÁ O PRÉ-CANDIDATA(O) COM JANJÃO?


No dia 15 de novembro de 2020, o povo vai decidir quem vai governar o município de Bom Jardim nos próximos quatro anos. Pode ser muito  fácil ou muito  complicado para o candidato a prefeito escolher seu companheiro(a) de chapa. Em que o seu candidato a prefeito pensa, cogita, espera do(a) vice:  Será que se for ela terei mais votos? Será que se for ela posso confiar? Será que se for ele terei mais votos? Será que se for ele posso confiar? Qual o melhor caminho? Quais as maiores chances de vitória? Como será o futuro?

A escolha pode ser muito complicada se o candidato eleito considerar a possibilidade de futuras divergências políticas ou administrativas. Isso ocorre muitas vezes. Neste caso, a melhor opção pode ser escolher alguém que só queira receber o salário e sirva de peça decorativa na composição da futura governança. Isso não deveria acontecer, mas acontece muitas vezes neste Brasil sofrido politicamente. Não é certo, não é ético, não é bom para ninguém.

Caso o prefeito ou prefeita ganhe a eleição e tenha que enfrentar um processo de  impeachment,  sofrer um afastamento determinado pela justiça, algum tipo de golpe,   renunciar ao cargo ou adoecer e morrer,  quem assumir o cargo vai ter capacidade administrativa e política de governar o município? Irá cumprir o plano de governo? Irá manter as coisas como o eleito gostaria que fossem?  Irá mudar tudo?  Irá romper politicamente? Como encontrar o par perfeito para todas estas situações? Como agregar votos para ganhar a eleição? A futura  vice-prefeita ou o futuro vice-prefeito tem dinheiro? Tem empatia, capacidade, honestidade, envolvimento com a comunidade bonjardinense? Defende uma causa?  Tem apoio político interno e externo?  Tem ficha limpa? Tem ideias, sugestões, iniciativas para colaborar com a gestão, com o projeto de governo anunciado em campanha? Vai trabalhar de fato ou só quer o status e posição social? Vai orientar, apoiar, zelar pela coisa pública? 

O prefeito eleito já começa a pensar na próxima eleição, na futura sucessão. E o eleitor precisa pensar no município, no bem comum, na paz social, numa gestão competente, honesta e que trate  todos com igualdade e equidade diante das necessidades nos próximos quatro anos. 

Na história da  política de Bom Jardim, o vice-prefeito José Moreira de Andrade, assumiu a função de prefeito após a morte do prefeito João de Moura Cavalcanti. O candidato Mariano José (Mariano da Viola) obteve uma votação grandiosa com apoio da juventude representada na pessoa de Lúcio Mário Cabral. O vice-prefeito João Freire, deu  boas ideias ao grupo político do qual participava, no entanto, não recebeu parte de seus vencimentos pelo cargo ocupado. Orlando do sindicato foi o vice-prefeito dos sonhos do prefeito João Lira em mandatos anteriores. Percebemos que o cargo de vice-prefeito tem grande importância na eleição e pode desempenhar bom trabalho na futura gestão.

Votar é fazer escolhas que impactam na vida de toda sociedade. Votar é decidir confiar em quem vai fazer o melhor pela cultura, educação, saúde, geração de emprego e renda, planejamento e desenvolvimento sustentável no campo e na cidade, preservação do patrimônio, crescimento do comércio, acessibilidade, conexão com novas tecnologias, visão de futuro frente aos desafios. Votar é buscar cidadania digna para crianças, jovens, pessoas maduras e para idosos. É preciso que o eleitor bonjardinense esteja atento para observa e acompanhar todo este processo, todas as possibilidades. 

O Blog ProfessorEdgarBomJardim quer saber sua opinião sobre quem seria o(a) vice prefeito(a) ideal dos pré- candidatos já divulgados nas mídias sociais e no contato feito pessoalmente. A eleição já começou faz muito tempo para os  pré-candidatos João Lira, Miguel Barbosa, Janjão e Jotinha da Funerária. Dê sua opinião, acesse este link:   Marque apenas UMA opção. Clique em ENVIAR.  VOTAÇÃO ENCERRADA

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Quem será a vice-prefeita ou o vice-prefeito do Bom Jardim? Quem será o pré-candidata(o) com Jotinha?


No dia 15 de novembro de 2020, o povo vai decidir quem vai governar o município de Bom Jardim nos próximos quatro anos. Pode ser muito  fácil ou muito  complicado para o candidato a prefeito escolher seu companheiro(a) de chapa. Em que o seu candidato a prefeito pensa, cogita, espera do(a) vice:  Será que se for ela terei mais votos? Será que se for ela posso confiar? Será que se for ele terei mais votos? Será que se for ele posso confiar? Qual o melhor caminho? Quais as maiores chances de vitória? Como será o futuro?

A escolha pode ser muito complicada se o candidato eleito considerar a possibilidade de futuras divergências políticas ou administrativas. Isso ocorre muitas vezes. Neste caso, a melhor opção pode ser escolher alguém que só queira receber o salário e sirva de peça decorativa na composição da futura governança. Isso não deveria acontecer, mas acontece muitas vezes neste Brasil sofrido politicamente. Não é certo, não é ético, não é bom para ninguém.

Caso o prefeito ou prefeita ganhe a eleição e tenha que enfrentar um processo de  impeachment,  sofrer um afastamento determinado pela justiça, algum tipo de golpe,   renunciar ao cargo ou adoecer e morrer,  quem assumir o cargo vai ter capacidade administrativa e política de governar o município? Irá cumprir o plano de governo? Irá manter as coisas como o eleito gostaria que fossem?  Irá mudar tudo?  Irá romper politicamente? Como encontrar o par perfeito para todas estas situações? Como agregar votos para ganhar a eleição? A futura  vice-prefeita ou o futuro vice-prefeito tem dinheiro? Tem empatia, capacidade, honestidade, envolvimento com a comunidade bonjardinense? Defende uma causa?  Tem apoio político interno e externo?  Tem ficha limpa? Tem ideias, sugestões, iniciativas para colaborar com a gestão, com o projeto de governo anunciado em campanha? Vai trabalhar de fato ou só quer o status e posição social? Vai orientar, apoiar, zelar pela coisa pública? 

O prefeito eleito já começa a pensar na próxima eleição, na futura sucessão. E o eleitor precisa pensar no município, no bem comum, na paz social, numa gestão competente, honesta e que trate  todos com igualdade e equidade diante das necessidades nos próximos quatro anos. 

Na história da  política de Bom Jardim, o vice-prefeito José Moreira de Andrade, assumiu a função de prefeito após a morte do prefeito João de Moura Cavalcanti. O candidato Mariano José (Mariano da Viola) obteve uma votação grandiosa com apoio da juventude representada na pessoa de Lúcio Mário Cabral. O vice-prefeito João Freire, deu  boas ideias ao grupo político do qual participava, no entanto, não recebeu parte de seus vencimentos pelo cargo ocupado. Orlando do sindicato foi o vice-prefeito dos sonhos do prefeito João Lira em mandatos anteriores. Percebemos que o cargo de vice-prefeito tem grande importância na eleição e pode desempenhar bom trabalho na futura gestão.

Votar é fazer escolhas que impactam na vida de toda sociedade. Votar é decidir confiar em quem vai fazer o melhor pela cultura, educação, saúde, geração de emprego e renda, planejamento e desenvolvimento sustentável no campo e na cidade, preservação do patrimônio, crescimento do comércio, acessibilidade, conexão com novas tecnologias, visão de futuro frente aos desafios. Votar é buscar cidadania digna para crianças, jovens, pessoas maduras e para idosos. É preciso que o eleitor bonjardinense esteja atento para observa e acompanhar todo este processo, todas as possibilidades. 

O Blog ProfessorEdgarBomJardim quer saber sua opinião sobre quem seria o(a) vice prefeito(a) ideal dos pré- candidatos já divulgados nas mídias sociais e no contato feito pessoalmente. A eleição já começou faz muito tempo para os  pré-candidatos João Lira, Miguel Barbosa, Janjão e Jotinha da Funerária. Dê sua opinião, acesse este link:  Marque apenas UMA opção em clique em ENVIAR.  VOTAÇÃO ENCERRADA

Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 26 de julho de 2020

Paulo Paim reafirma compromisso com aprovação do FUNDEB no Senado

Senador Paulo Paim responde ao apelo do Professor Edgar 
Senador Paulo Paim(PT) responde ao apelo do Professor Edgar de Bom Jardim.

Sen. Paulo Paim

ter., 21 de jul. 15:38 (há 5 dias)
para mim

Senhor Edgar,

 

Registro recebimento de manifestação quanto à Proposta de Emenda à Constituição - PEC nº 15/2015 do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). 

Saliento a importância da aprovação de proposta para tornar o Fundeb um instrumento permanente de financiamento da educação básica pública.

Defendo a ampliação gradativa da complementação da União ao FUNDEB, dos atuais 10% para 40% do total dos fundos estaduais, para superar os imensos desafios do Brasil no campo da educação básica e efetivar as metas do Plano Nacional de Educação.

Defendo ainda a elevação do investimento mínimo por aluno em todo o território nacional, beneficiando estados e municípios que hoje não são contemplados com a complementação financeira da União, em sintonia com a PEC 65, de autoria dos senadores Randolfe Rodrigues e Presidente Davi Alcolumbre, e relatoria do Senador Flávio Arns. Essa proposta defendida pelo Fórum dos Governadores do Brasil e diversas entidades da educação.

Os mais pobres são os que mais necessitam dos recursos do FUNDEB, principalmente em tempos de pandemia. Eles não têm recursos como internet, computador, celular que atenda às necessidades do ensino.

O FUNDEB tem relevante papel, também, na valorização dos profissionais de educação. É praticamente impossível vislumbrar um cenário para a educação pública no país sem o FUNDEB. Sem ele, a maioria dos municípios brasileiros não terá como arcar com a folha e o piso nacional dos professores (Lei 11.738/2008). Precisamos valorizar os profissionais da educação, reduzir as desigualdades educacionais nas diferentes realidades regionais, diminuir, drasticamente, a evasão escolar e elevar a qualidade do tempo escolar.

A educação, para além de um direito social básico, é o caminho para dar efetividade aos fundamentos do Estado Democrático de Direito, previsto no artigo 1º da CF 88, a cidadania, a dignidade da pessoa humana.

A aprovação do novo FUNDEB é urgente e estratégica para o futuro do país e a responsabilidade de aprová-la, o mais rapidamente possível, é de todos nós.


Atenciosamente, 

 

Senador Paulo Paim

Professor Edgar Bom Jardim - PE