quarta-feira, 14 de agosto de 2019

12ª Semana do Patrimônio Cultural promove debate sobre territórios culturais e educativos


Foto: Julliana Brito/DP
Foto: Julliana Brito/DP
A 12ª Semana do Patrimônio Cultural teve início nesta segunda-feira e traz o tema “Territórios Educativos e Culturais: diálogos possíveis”. Promovido pela Secretaria de Cultura e a Fundarpe, o evento ocorrerá até o próximo sábado (17) em 30 municípios do estado
Na abertura, que aconteceu no auditório ‘É do Povo’, no Museu Cais do Sertão, em palestra ministrada pelo Prof. Dr. Joaquim de Arruda Falcão fala sobre “Futuros possíveis: O patrimônio imaterial de Pernambuco”. Durante discurso, Facão lançou uma proposta para Pernambuco registrar ‘Casa Grande Senzala’ e ‘Morte e Vida Severina’ como patrimônio Imaterial. “Dos estados todos, Pernambuco é seguramente um dos que tem maior patrimônio cultural brasileiro. Esse movimento de pioneirismo que o estado tem e isso tem que continuar”, afirmou o jurista. 
 
Foto: Julliana Brito/DP
Foto: Julliana Brito/DP
 
Com mais de 150 pessoas presentes e apresentação da Confraria do Rosário de Floresta, patrimônio cultural vivo, a abertura ainda contou com lançamentos de livros e uma exposição sobre a trajetória das edições passadas da Semana.  

Além dessas ações, também serão ministradas oficinas, mesas redondas, exibições de documentários e workshops. Confira aqui a programação completa

No evento deste ano, o objetivo é dialogar sobre as relações entre os territórios educativos e culturais e o Patrimônio Cultural do estado. “Essa semana, que não é mais uma semana é quase um mês de pensamento e ação, é um momento que se tem dos órgãos de patrimônio, das instituições parceiras de refletirmos sobre a responsabilidade que temos de receber e transmitir legados”, afirma o secretário de Cultura, Gilberto Freyre Neto sobre a importância do evento.  

Além da capital pernambucana, a Semana terá ações em 29 municípios: Olinda, Paulista, Toritama, Abreu e Lima, Caruaru, Gravatá, Araripina, Arcoverde, Bezerros, Palmares, Paudalho, Limoeiro, Jaboatão dos Guararapes, Escada, Catende, Águas Belas, Afogados da Ingazeira, Água Preta, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Garanhuns, Igarassu, Salgueiro, Nazaré da Mata, Santa Maria da Boa Vista, Ilha de Itamaracá, Petrolina, Salgueiro e Fernando de Noronha.  

Fundada em 2008 pela Fundarpe, a Semana busca criar um espaço para o diálogo entre diferentes instituições para difundir, valorizar e preservar o Patrimônio Cultural dos pernambucanos. Além disso, a data do evento foi escolhida em comemoração ao Dia Nacional do Patrimônio Histórico, que ocorre no 17 de agosto.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Quem defende a tortura?



A sociedade sente o gosto amargo de frases polarizadas. Nada é feito, apenas, para soltar balões e divertir aqueles que sofrem com a desigualdade. A política não vacila , quando quer centralizar suas decisões e firmar privilégios devastadores. Ninguém é ingênuo. Votou-se. Muitos acreditaram numa mudança. Elegeram um grupo que defende opressão e desmonta instituições. Há quem ria. Mas a situação não traz alegrias e espalha desamparos. Trata-se de usar o governo para concentração de princípios nada coletivos, sempre voltados a propagar o deboche e esconder corrupções que prometia extinguir.
O pior: defende-se um passado de torturas e ditaduras. Espalham-se medos, testemunham-se vinganças, inibem-se rebeldias. No processo eleitoral, existiam polarizações delineadas com ódios futuros esboçados. Observei ,com cuidado, comportamentos arrogantes. Parecia uma campanha para redimir os pecados nacionais. Desfizeram-se afetos e as tensões se ampliaram. Hoje, há temores de graves abalos, pois a violência é justificada pelo governante máximo. Muitos mostram seu lado obscuro, ressuscitam preconceitos e procuram esconder-se nos devaneios perversos. Querem a banalidade do mal com a ajuda de anjos. Os cinismos se configuram e rasgam máscaras.
É a visão congelada do absurdo ou um espetáculo de minorias envolvidas com ressentimentos seculares? Pergunta complexa quando se analisa que o jogo é profundo, as cartas estão sujas e os argumentos são desequilibrados. Mesmo os beneficiados, os amigos dos golpes milicianos, não deixam de apontar equívocos. Há mobilizações de quem condena o autoritarismo, de quem nega a exploração da mídia e busca respirar o sossego. Não é um momento de uma simples crise que os ventos vão transportar para abismo de forma sigilosa. Quem sabe se amanhã um outro dia inquietará mais ainda quem se frustra com o limite cotidiano?
Se a instabilidade toma conta do fazer histórico, as ações trazem insegurança não o que Hannah Arendt tanto defendia: a liberdade para agir e desmonta as opressões. Não vamos imaginar paraísos, nem o absoluto firmando perdões e abrindo , totalmente, os olhos da justiça. A história é a construção da possibilidade, possui estradas curvas. As utopias estimulam, inventam generosidades. No entanto, os desejos circulam, a cultura se nutre seus pântanos, a sociedade não abandona, de vez, seus escorregões. Porém, dói imaginar a continuidade de estragos que apontam perversidades. A esquizofrenia social investe e ataca. Não cessa de criar hienas e desmanchar expectativas de redenção.
Por Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 13 de agosto de 2019

Professores contra a Reforma da Previdência e em defesa da Educação Pública



Movimentos sindicais e organizações estudantis organizaram um ato em defesa da educação em diversas cidades do país durante toda a terça-feira (13). No Recife, a ação contra o contingenciamento na educação teve início às 15h, na Rua da Aurora, no bairro da Boa Vista. 

Esta é a terceira mobilização nacional em defesa do setor após os cortes na educação feitos pelo governo federal. A reforma da previdência também é um tema reivindicado nos protestos.

Leia também:
Ato em Brasília contra cortes na educação de Bolsonaro ocupa Esplanada
Em defesa da educação, estudantes da UFPE oferecem serviços à população em praça pública

Mestrando em geologia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Rafael Ferraz está preocupado com a continuidade da pesquisa científica e cursos em graduação de toda a UFPE. "Todos os cursos que precisam de aulas em campo e viagem, por exemplo, não tem mais; estudantes da pós, do mestrado e doutorado estão com dias de bolsa contados e muitos vão abandonar a pesquisa, o que é muito compreensível, porque pesquisa é trabalho, e ninguém deve trabalhar de graça."
Com informação de Folha de Pernambuco

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Lia de Itamaracá receberá título de Doutor Honoris Causa da UFPE

Lia de Itamaracá é cantora, compositora, dançarina, brincante e cirandeira. Foto: Camila Pifano/Esp. DP.
Lia de Itamaracá é cantora, compositora, dançarina, brincante e cirandeira. Foto: Camila Pifano/Esp. DP.
O Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), aprovou por unanimidade, nessa sexta-feira (9), a concessão do título de Doutor Honoris Causa a Maria Madalena Correia do Nascimento, a cirandeira Lia de Itamaracá. Ela recebeu a notícia nesse domingo (11). O título será entregue em data a ser marcada.


A proposta foi encaminhada ao Consuni pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proexc) da UFPE, que a aprovou previamente, em atendimento ao requerimento coletivo de docentes lotados nos Centros de Artes e Comunicação (CAC), de Ciências Jurídicas (CCJ), Biociências (CB), Acadêmico de Vitória (CAV), Filosofia e Ciências Humanas (CFCH), Ciências da Saúde (CCS) e Ciências Médicas (CCM).

A proposta está baseada no artigo 96 do Estatuto da UFPE. O artigo terceiro destaca que "o título de Doutor Honoris Causa será concedido, da mesma forma disciplinada no parágrafo anterior, a personalidade eminente que tenha contribuído para o progresso da Universidade, da região ou do país ou que se distinguiu pela sua atuação em favor das ciências, das letras, das artes ou da cultura em geral."

Lia de Itamaracá é cantora, compositora, dançarina, brincante, cirandeira e patrimônio vivo da cultura pernambucana. “Ela colocou a democrática ciranda, uma dança circular, dançada ao som das ondas da Ilha de Itamaracá, no roteiro turístico e cultural do Estado de Pernambuco e do Brasil sendo reconhecida internacionalmente”, diz a proposta aprovada.

Em 2004, Lia recebeu da Presidência da República o grau de comendadora da Ordem do Mérito Cultural, ao lado de artistas como Caetano Veloso, Mauricio de Sousa, Márcia Haydée e Odete Lara. Em 2005, o Governo do Estado a reconheceu como “Patrimônio Vivo de Pernambuco”, sendo uma das primeiras pessoas a receber o título, ao lado de Mestre Salustiano e Ana das Carrancas. 

A artista também recebeu várias homenagens e honrarias em sua carreira, teve sua vida contada em livro e na tela do cinema. Até o compositor Capiba registrou em versos “esta ciranda não é minha só, é de todos nós, é de todos nós” na música Minha ciranda.

“Sua obra contribui de modo decisivo para a formação da identidade cultural da região e para o seu cotidiano trabalho de atualização, tornando-a acessível aos vários segmentos e faixas etárias. Lia é uma embaixadora da ciranda e a sua arte ensina aos povos o ato de dar as mãos e de coexistir, compartilhando uma mesma música e uma mesma dança. Em seus 75 anos de existência, nos ensina que ‘esta ciranda quem me deu foi Lia que mora na Ilha de Itamaracá’ e nos inspira a pensar a educação de forma diferente, em um mundo desigual que insiste em ignorar a diversidade”, enfatiza a proposta aprovada pela UFPE.
Com informação do Diario de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Exposição no Museu do Barro traz o olhar de estudantes sobre riqueza cultural de Caruaru


Divulgação
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Estudantes retrataram símbolos do patrimônio material e imaterial de Caruaru
O Museu do Barro, espaço gerenciado pela Secult-PE/Fundarpe, participa da 12ª Semana do Patrimônio Cultural de Pernambuco com a exposição “Caruaru: Cidade, Patrimônio e Poesia”. A mostra, que segue até o dia 31 de agosto, apresenta o olhar de alunos da Escola Municipal Professor Rubem de Lima Barros, localizada na periferia caruaruense, a respeito da riqueza cultural da cidade. O material exposto foi criado a partir de uma oficina de fotografia ministrada para os estudantes pelo fotógrafo Antônio Preggo.
Os estudantes participantes da formação estão entre os 12 e os 16 anos. A oficina durou uma semana e dá continuidade à parceria de cinco anos entre o Museu do Barro e a Escola Rubem de Lima Barros, que começou em 2014 com a exposição “O São João de Caruaru: um olhar contemporâneo”.
Segundo Maria Amélia Campello, gestora do espaço, a ideia de expor material criado pelos estudantes é um esforço de cidadania para toda a comunidade. “Eu sempre digo para eles: quando vocês se veem aqui, expondo em um equipamento do Governo Estadual, em uma parceria com a prefeitura, ao lado de peças de Virgulino, que por sua vez já expôs ao lado de Picasso, é possível ver aonde vocês podem chegar”, conta ela.
Divulgação
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Os desenhos foram criados a partir de fotografias feitas durante oficina com Antônio Preggo
Entre os temas abordados pelos alunos, estão ícones da arquitetura de Caruaru, bem como símbolos da cultura local. Além desse material, quem for ao Museu do Barro durante os dias da exposição também poderá brincar em um jogo de tabuleiro gigante montado no chão com imagens das várias representações do patrimônio caruaruense. “É didático e é divertido”, avalia Maria Amélia Campello.
Serviço
Exposição “Caruaru: Cidade, Patrimônio e Poesia”
Museu do Barro de Caruaru (Praça Coronel José de Vasconcelos, 100, Centro)
Até 31 de agosto (terça a sábado, das 8h às 17h, e domingos, das 9h às 13h)
Entrada: R$ 2 (inteira) e R$ 1 (meia-entrada)
De: cultura.pe.gov.br/canal/espacosculturais
Professor Edgar Bom Jardim - PE

De volta ao tempo da ditadura: Bolsonaro e Moro escalam Força Nacional para protestos de mulheres em Brasília

Bolsonaro e Sérgio Moro
Bolsonaro e Sérgio MoroFoto: Carolina Antunes/PR
Com receio de marchas organizadas por mulheres, o governo Jair Bolsonaro voltou a autorizar que a Força Nacional seja acionada para realizar a segurança da Esplanada dos Ministérios e da Praça dos Três Poderes. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União, assinada pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, e é válida para terça (13) e quarta-feira (14).

Ela foi feita por recomendação do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), que editou um protocolo de segurança que permite o emprego das forças policiais para proteger o patrimônio público.

A iniciativa foi tomada em virtude de duas manifestações. Nesta terça (13), será realizada a Marcha das Mulheres Indígenas. As participantes devem iniciar a caminhada da Funarte (Fundação Nacional de Artes) até a Esplanada dos Ministérios. 

Na quarta (14), ocorrerá na capital federal a Marcha das Margaridas, realizada desde 2000 por trabalhadoras rurais. Os dois movimentos reivindicam igualdade de direitos e melhores condições de vida. O Palácio do Planalto afirma que a autorização é "preventiva" e tem como objetivo desencorajar eventuais episódios de violência. A partir desta terça (13), o efetivo de segurança pode ser escalado a qualquer momento caso seja identificado risco de depredação.

Em abril, o presidente também escalou a Força Nacional para movimento organizado por indígenas. Em comemoração ao Dia do Índio, foi organizado o ATL (Acampamento Terra Livre). Antes da manifestação, Bolsonaro definiu o evento como um "encontrão de índio" e disse que quem pagaria os custos seria o contribuinte. A afirmação, no entanto, não era verdadeira.

As delegações de indígenas pagaram tanto a alimentação como o transporte dos participantes do movimento. Eles também não protagonizaram nenhum episódio de depredação. Em 2017, o então presidente Michel Temer autorizou o uso de tropas das Forças Armadas na Esplanada dos Ministérios após protesto contra a reforma previdenciária. 

A iniciativa foi criticada pelo Poder Legislativo. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que houve excesso na iniciativa e que havia sugerido ao emedebista o emprego da Força Nacional.
Com informação defolhape.com.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Alemanha confirma bloqueio de R$ 156 milhões e põe em xeque acordo Mercosul-UE


BolsonaroDireito de imagemPRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
Image captionPolítica de Bolsonaro na Amazônia "gera dúvidas sobre se o país ainda busca uma redução consistente nas taxas de desmatamento", diz governo alemão
O Ministério do Meio Ambiente da Alemanha confirmou nesta segunda-feira (12) que decidiu congelar investimentos de até 35 milhões de euros (ou R$ 156 milhões) em projetos de preservação ambiental no Brasil.
Em novo episódio da sequência de atritos entre países europeus e o Brasil sobre a proteção de ecossistemas, a pasta também colocou em dúvida o apoio alemão ao acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, cujo capítulo sobre sustentabilidade seria "essencial", segundo o ministério.
Além dos impactos sociais e ambientais, a controvérsia sobre o aumento brusco no ritmo de desmatamento na Amazônia desde o início do governo de Jair Bolsonaro traz problemas diplomáticos para o Brasil.
Junto ao corte milionário em investimentos e de possíveis impactos no acordo assinado por sul-americanos e europeus após 10 anos de negociações, o governo da Alemanha afirmou que "já discute" mudanças no financiamento do Fundo Amazônia, lançado em 2008 como o maior projeto da história de cooperação internacional para a preservação da floresta amazônica.
Em nota enviada por um porta-voz à reportagem, a ministra alemã do Meio Ambiente, Svenja Schulze, afirmou que "a política do governo brasileiro na Amazônia gera dúvidas sobre se o país ainda busca uma redução consistente nas taxas de desmatamento".
"Somente quando esta clareza for restaurada, a colaboração no projeto pode ser retomada", continuou.
Os investimentos bloqueados faziam parte de uma verba do governo alemão destinada a projetos ligados a clima e biodiversidade em países em desenvolvimento - a Iniciativa Internacional para o Clima.
De acordo com o porta-voz do ministério alemão, "uma chamada para avaliação de projetos de até 35 milhões de euros criada especificamente para o Brasil está bloqueada".
"Um pré-requisito para a cooperação dentro do programa é que o parceiro político (Brasil) apoie o conteúdo dos projetos. Na situação atual, há dúvidas consideráveis sobre isso e, por enquanto, nenhum outro projeto novo será financiado."
Entre 2008 e 2018, este programa do Ministério do Meio Ambiente da Alemanha investiu em torno de 95 milhões de euros (ou 424 milhões de reais) em projetos bilaterais com o Brasil, segundo o porta-voz.

'Incentivos para o desmatamento na América do Sul não devem existir'

desmatamentoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionPrograma congelado pela Alemanha investiu em torno de 95 milhões de euros (ou 424 milhões de reais) em projetos bilaterais com o Brasil
Segundo a BBC News Brasil apurou, existem 38 projetos financiados pela Alemanha que já estão em andamento. Eles se dedicam a temas como biodiversidade e clima na Mata Atlântica, desenvolvimento de tecnologias e combustíveis limpos, redução em emissões de carbono em áreas urbanas, proteção de mananciais, entre outros.
A partir de agora, a continuidade dos projetos já iniciados será avaliada "caso a caso".
Questionado no domingo sobre o tema, o presidente Bolsonaro disse que o Brasil não precisa dos recursos. "Ela [Alemanha] não vai mais comprar a Amazônia, vai deixar de comprar a prestações a Amazônia. Pode fazer bom uso dessa grana. O Brasil não precisa disso", afirmou.
"Você acha que grandes países estão interessados na imagem do Brasil ou em se apoderar do Brasil?", prosseguiu Bolsonaro, dias depois da substituição do presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) pelo oficial da Aeronáutica Darcton Policarpo Damião.
Ricardo Osório Galvão, que dirigia o órgão, foi exonerado após ser criticado pelo presidente por ter divulgado dados sobre desmatamento medidos pelo instituto.
"Ele (Policarpo Damião) vai apresentar os números para mim, se forem alarmantes, antes de tomar a decisão (de divulgar). Até para eu me preparar para responder para vocês. Isso tem reflexo no mundo todo", disse Bolsonaro no dia 7.
Só nos 9 estados amazônicos, as áreas sob alerta de desmatamento cresceram 278% na comparação entre julho de 2018 e julho de 2019, segundo o Inpe - um salto de 596,6 km² para 2.254,9 km².
Estes alertas são repassados a fiscais do Ibama, que por sua vez tomam providências para comprovar e controlar o desmatamento.
O porta-voz do país governado por Angela Merkel afirma que "é bom que o governo brasileiro tenha repetidamente reiterado seu compromisso com o Acordo de Paris" - referindo-se ao acordo para redução das mudanças climáticas assinado em 2015.
Mas isso não é suficiente. "Mais importante que isso, é necessário, no entanto, que o Brasil efetivamente cumpra os objetivos climáticos adotados pelo acordo", diz o porta-voz do ministério alemão.
"É precisamente este compromisso que se exige expressamente no texto do Acordo de Livre-comércio entre a União Europeia e o Mercosul. Do ponto de vista do ministério do meio ambiente da Alemanha, o capítulo de sustentabilidade do Acordo de Livre Comércio é um componente essencial."
Detalhes sobre as regras ligadas a sustentabilidade que deverão ser cumpridas para que o acordo seja ratificado ainda não foram fechados pelos países europeus e sul-americanos.
"Atualmente, há apenas versões preliminares. Assim que os textos finais estiverem disponíveis, verificaremos conclusivamente se os padrões de proteção acertados também são atendidos de maneira clara".
"Novos incentivos para o desmatamento na América do Sul não devem existir", continua a nota oficial, que informa que a posição do governo da Alemanha já foi comunicada ao governo brasileiro.

'Agronegócio se prejudica'

Ricardo Osório GalvãoDireito de imagemDIVULGACAO
Image captionRicardo Osório Galvão, que dirigia o Inpe, deixou o instituto após ser criticado pelo presidente por ter divulgado dados negativos sobre o desmatamento
O governo alemão também mandou um recado para o agronegócio brasileiro - parte importante da base que ajudou a eleger Bolsonaro.
"O aumento no desmatamento não é um problema apenas para o clima global. A agricultura brasileira também se prejudica, porque o corte de árvores também destrói a biodiversidade, os recursos naturais e a abundância de água", diz a nota enviada à BBC News Brasil.
Nos últimos 11 anos, o governo alemão doou cerca de US$ 100 milhões (ou R$ 380 milhões) para o Fundo Amazônia. A principal responsável pelo financiamento é a Noruega, que doou cerca de US$ 1,2 bilhão (ou R$ 4,6 bilhões, em valores corrigidos) para o fundo.
As doações são condicionadas, entre outros fatores, ao controle das taxas de desmatamento na floresta. Quanto menores, mais verbas são doadas pelos países-membros.
Hoje, os recursos são aplicados em 103 projetos ligados à proteção ambiental nos Estados amazônicos, como ações envolvendo tribos indígenas e programas contra queimadas.
Em junho, o ministro do Clima e Meio Ambiente da Noruega, Ola Elvestuen, afirmou em nota enviada à BBC News Brasil que o Brasil não pode fazer "mudanças na estrutura do Fundo Amazônia sem o consentimento" do governo norueguês.
A autoridade do país europeu admitiu que o encerramento do fundo é uma possibilidade real, mas disse que o objetivo do país é continuar a parceria com o Brasil.
O governo alemão também comentou o tema. "Do ponto de vista do Ministério Federal do Meio Ambiente, a participação da Alemanha no Fundo Amazônia também deve ser revista. Além da Alemanha, a Noruega e a petroleira brasileira Petrobras também estão pagando recursos substanciais que o Fundo consegue investir em medidas para reduzir as taxas de desmatamento."
"Uma decisão sobre como proceder em relação ao Fundo Amazônia deverá ser coordenada com os outros doadores do ponto de vista do ministério. Nós já estamos falando sobre isso", afirmou o porta-voz.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 11 de agosto de 2019

Milhões de pais sem emprego, sem aposentadoria, sem futuro no Brasil


#Charge de Thiago Lucas (@thiagochargista), no Jornal do Commercio deste domingo (11).#jornaldocommercio #diadospais #bolsonaro #trump#presente #brasil #embaixada #eua #economia#humor #desenho #draw
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 10 de agosto de 2019

Música " NINGUÉM SEGURA O SPORT " eterniza o bonjardinense Rogério Andrade na história do futebol pernambucano




Momento recente (foto) em que fui convidado a cantar na tribuna da Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco - (ALEPE) a minha canção NINGUÉM SEGURA O SPORT composta especialmente para incentivar o time naquele difícil ano (1 975). Tendo em vista de que o Sport fazia 12 anos que não conquistava o campeonato pernambucano. Hoje, 10 de agosto, completamos precisamente 44 anos dessa saudosa conquista. E sendo a citada música cada ano mais cantada em todos os estádios de Pernambuco, só uma coisa a dizer . "Obrigado Senhor" por mais essa vitória, declarou o compositor bonjardinense, Rogério Andrade, em homenagem da ALEPE aos 105 anos do Sport.

Perguntamos:Rogério, qual a sensação de ouvir a torcida cantar sua música nos jogos do Sport? 
Rogério:" É uma sensação indescritível, sobretudo na segunda parte da música quando diz Na Ilha vou ver... a galera em peso diz HEI... esse hei parece que o estádio vai desabar. É um efeito sonoro incrível...kkkk"

Cante NINGUÉM SEGURA O SPORT

Este ano o nosso time
Vai ser mesmo campeão
Todo mundo vai cantar e dizer
Ninguém segura o sport, não
(2x)
Na ilha vou ver, hei !
A turma pular, hei !
De alegria quando o time entrar
E mostrar
A bola no pé
Meu sport em ação
Casá, casá, casá
Ninguém segura o leão
Casá, casá, casá...
Música de Rogério Andrade

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Política:Alepe vai até os 184 municípios do estado a partir do dia 20


Foto: Jarbas Araújo/Alepe (Foto: Jarbas Araújo/Alepe)
Foto: Jarbas Araújo/Alepe
Com o objetivo de se aproximar da sociedade, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) inicia, dia 20 deste mês, o projeto Alepe nos Municípios, que vai percorrer as 184 cidades pernambucanas promovendo palestras, consultorias e ações educativas para divulgar o trabalho que é realizado na Casa Joaquim Nabuco.
 
“Entendemos que é importante a Assembleia estar de portas abertas para a população, mas chegamos à conclusão de que é pouco. Por isso, estamos indo ao encontro da população, para levar esclarecimento sobre as leis que aprovamos, para que o cidadão tenha verdadeira compreensão das nossas competências e possa nos cobrar com mais propriedade”, afirmou o presidente da Alepe, Eriberto Medeiros. Ele também disse que é necessário levar qualificação aos servidores de câmaras municipais e de prefeituras: “Temos um corpo técnico capacitado que, através de parcerias, chegará aos 184 municípios levando a nossa mensagem de promoção do bem-estar das pessoas, da cidadania plena”, destacou o deputado.
Os trabalhos vão durar dois anos e meio e envolverão vários setores do Legislativo, como Superintendência Geral; Consultoria; Ouvidoria; Comunicação Social, Superintendência de Informática e Escola do Legislativo. O primeiro município a receber a visita da Alepe será Timbaúba, dia 20, na Zona da Mata Norte, depois o projeto segue para Ipojuca (21), na Região Metropolitana do Recife, e Vitória de Santo Antão (22), na Zona da Mata Sul. A Alepe quer visitar seis municípios por mês, em grupos de três.
 
Os parlamentares podem participar das ações que vão desde palestras sobre o Poder Legislativo estadual na estrutura político-administrativa do Brasil, até as atribuições dos deputados, nos termos das constituições federal e estadual, passando sobre as possibilidades de participação popular no âmbito do poder Legislativo. Também serão realizadas atividades lúdicas, como a Ouvidoria Itinerante, que recolherá sugestões e reclamações dos cidadãos para que a Alepe possa contribuir de maneira efetiva para a solução dos problemas que afetam a população. E um jogo de Perguntas e Respostas que abordará questões relativas à Assembleia e terá como participantes os estudantes do ensino médio da Rede Pública de Ensino.
 
Para o superintendente de Comunicação Social da Alepe, Ricardo Costa, o projeto é um movimento dos parlamentares ao encontro aos anseios do povo para falar do trabalho que realizam e dizer dos benefícios que ele resulta para Pernambuco e sua população. “É para os pernambucanos acompanharem de perto as ações que são desenvolvidas, através de todos os mecanismos de divulgação que a Assembleia dispõe”.

Professor Edgar Bom Jardim - PE