terça-feira, 25 de dezembro de 2018

A pressa digita as aflições nos celulares

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É comum o apego pelos celulares. Eles resolvem questões, são mágicos, provocam delírios. As crianças se divertem e manipulam suas fantasias. Não se pode destruir os sentidos de renovação. Quebra galhos imensos, torna idiotas gênios, ajuda a ganhar eleições e buscar amores perdidos. Quem não gosta de uma máquina tão astuciosa? E o outro lado não existe? O culto à velocidades, as informações abreviadas, o lúdico difundindo máquinas de guerra. Afetam também a postura corporal, inibem as escutas e apressam a vontade de consumir. Uma invenção que tumultua sentimentos e agita relações de poder esquizofrênicas.
Já observei pessoas se comunicando, numa mesma sala de aula pelo zap, com uma concentração imensa. Senti-me invisível. Talvez, seja o combate à solidão. As mãos são inquietas, tocam o celular com um erotismo instituinte. Haja fantasias, divagações, isolamentos, desamparos. Ninguém se escuta com entusiasmo, mas não abandona a tecla de celular. Aparecem repentinos rostos risonhos ou tristezas inesperada. A cabeça baixa é simbólica. Trata-se de um novo altar de uma arquitetura profana. Não entendo bem como a máquina funciona e acho que ela multiplica ansiedades. Segue sendo idolatradas. Fetiche.
Há consultórios de psicanalistas que recebem e tratam de pessoas ligadas nos manejos constantes de celulares. Não é exagero. Cria-se uma epidemia. As operadoras desenham modelos, inventam recursos sedutores e gastam uma grana em anúncios mirabolantes. Já perguntou aos próximos consumidores  se eles renegam a tecnologia atual? E a pergunta lhe trouxe aflições e agradou as suas neuras? Sair de casa sem um celular virou uma condenação. Que fazer? Como descobrir o roteiro dos restaurantes? Será que haverá algum encontro nos cafés? Como ver meu horóscopo? E a hora de tomar os remédios?
O desamparo registra manias trazidas pela pós-modernidade. Há sempre as doenças da moda. Muitos procuram justificar suas práticas, defendem suas intimidades, porém se anulam quando a conversa rola diretamente. Até na cama os casais esquecem seus desejos e computam suas últimas chamadas, No sonho, também não deixa de lado a velocidade que o atormenta.  Dormir sem o celular ao lado traz agonias para muitos Vida programada, tarja preta no bolso, negócios urgentes. É preciso cuidar bem de objetos tão arrasadores. É uma companhia. As notícias estão chegando e o sangue escorre pelas teclas. Uma questão de saúde pública assume lugar inesperado. Mais uma doença social e o delírio se ampliando.

Por Paulo Rezende

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Indonésia:Tsunami, registrado há três dias, destruiu 882 casas, 73 hotéis, vilas e edifícios localizados no litoral

Foto: Fotos Públicas
Foto: Fotos Públicas
A cada dia aumenta o número de vítimas em decorrência do tsunami desencadeado após erupção do vulcão Anak Krakatau, na região costeira da Indonésia. O balanço mais recente divulgado nesta terça-feira (25) é de 429 mortos e 1.459 feridos, além dos desaparecidos.
O tsunami, registrado há três dias, destruiu 882 casas, 73 hotéis, vilas e edifícios localizados no litoral. De acordo com o porta-voz da Agência Nacional de Gerenciamento de Desastres, Sutopo Purwo Nugroho, 16.082 pessoas foram deslocadas.

O desastre também destruiu um porto marítimo e 434 navios e embarcações nos distritos de Pandeglang e Serang mais atingidos na província de Banten, e nos distritos de Lampung Selatan, Panawaran e Tenggamus na província de Lampung.

Buscas
As buscas se estendem por terra e mar entre as ilhas de Java e Sumatra, já que muitas vítimas teriam sido arrastadas pelas ondas. "Os navios que procuram as vítimas já recuperaram vários corpos no mar", disse Sutopo.

Mais de 2 mil soldados e policiais, além de pessoal do escritório de busca e salvamento e do escritório da agência de gestão de desastres participaram de uma operação de socorro emergencial.

Falhas
O porta-voz admitiu que falhas no sistema de alerta contribuíram para o agravamento da situação. "A ausência e o fracasso dos primeiros sistemas de alerta de tsunamis contribuíram para as enormes baixas porque as pessoas não tiveram oportunidade de serem deslocadas."

A agência de meteorologia e geofísica proibiu atividades nas áreas costeiras após o tsunami.

Em 26 de dezembro de 2004, um enorme tsunami desencadeado por um poderoso terremoto atingiu países ao longo do Oceano Índico, matando 226 mil pessoas, incluindo 170 mil na província de Aceh, na ponta norte da ilha de Sumatra, na Indonésia.

Vulcão
A área do vulcão Anak Krakatau está cercada de estâncias turísticas, uma zona industrial, uma movimentada faixa de navegação e algumas áreas residenciais. No sábado, ondas de 4 a 5 metros atingiram a costa.

Anak Krakatau é um dos 129 vulcões ativos na Indonésia, uma vasta nação de arquipélagos que abriga 17,5 mil ilhas, situada em uma zona propensa ao terremoto do chamado Anel de Fogo do Pacífico.
Com informações do DP.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Será o indulto de Natal ou Lula?


Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil.
Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil.
A assessoria de imprensa do Palácio do Planalto confirmou nesta terça-feira (25) que o presidente Michel Temer decidiu não conceder indulto neste Natal. A extinção de penas é uma das competências privativas da Presidência da República prevista na Constituição Federal. Tradicionalmente, o perdão é dado nas festividades de fim de ano às pessoas condenadas ou submetidas a medidas de segurança.
A decisão do presidente ocorre a pouco menos de um mês da suspensão do julgamento no Supremo Tribunal Federal da validade do Decreto nº 9.246/2017 que concede indulto natalino e comutação de penas e dá outras providências.

O julgamento do indulto foi suspenso por pedidos de vista dos ministros Dias Tofffoli e Lux Fux. Até a interrupção, a maioria dos ministros do STF havia votado a favor da validade do decreto de indulto natalino: Alexandre Moraes, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio, Gilmar Mendes e Celso de Mello.

Votaram contra o indulto os ministros Luís Roberto Barroso, relator do julgamento, e Edson Fachin. Esses ministros se opuseram ao decreto porque a medida se estende a pessoas condenadas que haviam cumprido um quinto da pena – inclusive em casos de corrupção.

Com informações do Diario de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Religião:O homem acusado de fingir ser padre e ter enganado a Igreja Católica por 18 anos

Padre segura hóstiaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionIbarra foi desmascarado após alguém denunciar que sua documentação era falsa
Por 18 anos, ele ministrou comunhões, escutou confissões, celebrou casamentos e batizados. Mas a Igreja Católica na Espanha acaba de divulgar que o colombiano Miguel Ángel Ibarra praticava o sacerdócio sem ter sido ordenado padre.
Ele atuava desde outubro de 2017 como pároco na cidade de Medina Sidonia, na província de Cádis, no sul da Espanha.
De acordo com o Bispado de Cádis e Ceuta, Ibarra foi para a Espanha graças a um acordo assinado com o Arcebispo da Arquidiocese de Santa Fé de Antioquia, na Colômbia, a que ele estava vinculado anteriormente.
E foi justamente de lá que vieram as pistas que acabaram por desmascará-lo, segundo a Igreja Católica. Ibarra atuou durante anos como pároco em várias dioceses da Colômbia.
Houve uma denúncia contra ele e, após uma investigação, a Arquidiocese colombiana descobriu que os documentos que credenciavam seu sacerdócio haviam sido falsificados - e que, na verdade, ele nunca havia sido ordenado.
Após ser notificada da farsa, a diocese de Cádis e Ceuta determinou que Ibarra fosse destituído de suas funções.
"O suposto sacerdote terá que responder, nos próximos dias, à Arquidiocese de Santa Fé de Antioquia, onde é procurado", diz o comunicado.
Batina de padreDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionDurante 18 anos, Ibarra atuou como sacerdote sem nunca ter sido ordenado padre
Mas o que vai acontecer com os casamentos e demais sacramentos que Ibarra ministrou por quase 20 anos?
De acordo com as autoridades eclesiásticas, os casamentos e batismos continuarão válidos, mas o mesmo não se aplica às comunhões ou confissões que ele ouviu.
"A diocese de Cádis e Ceuta já está trabalhando na respectiva investigação e na reparação das consequências que a atuação desta pessoa pode ter acarretado", indica o texto.
Ao jornal espanhol El País o homem acusado de ser um falso padre afirmou ter documentos que comprovam sua experiência no sacerdócio, mas não quis dar mais explicações sobre as acusações que pesam contra ele. O paradeiro de Miguel Ángel Ibarra é desconhecido.
Esta não é a primeira vez que um indivíduo é acusado de fingir ser sacerdote.
Em 2008, um homem que não havia sido ordenado padre foi desmascarado ouvindo confissões na Basílica de São Pedro, no Vaticano.
Ele se vestia como um sacerdote, mas quando as autoridades italianas checaram sua documentação, descobriram que ele era um impostor.
BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Tributo:5 anos sem Reginaldo Rossi


Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

O Clube das Pás promove, neste sábado (22), um tributo especial ao rei Reginaldo Rossi. A festa marca os cinco anos da artista do artista, que que dedicou a vida à música e presenteou o Brasil com grandes sucessos, entres eles Garçom, A raposa e as uvas Ai, amor. A Banda Rossi, grupo que acompanhava o cantor nos shows, é um dos destaques da noite. A casa abre a partir das 21h, com show da Orquestra das Pás.

O cantor e compositor Reginaldo Rossi morreu em dezembro de 2013, aos 69 anos, de falência múltipla de órgãos, em decorrência de um câncer no pulmão. Ele estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Memorial São José, na área central do Recife, desde o dia 27 de novembro, para tratar um câncer no pulmão direito.
SERVIÇO
Tributo a Reginaldo Rossi - 5 anos sem o Rei
Onde: Clube das Pás (Rua Odorico Mendes, 263, Campo Grande, Recife)
Quando: sábado (22), às 21h
Quanto: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada)
DP
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Nova polêmica no STF em torno da prisão após segunda instância aumenta desgaste do Judiciário


Montagem mostra uma foto de Marco Aurélio e outra de Dias ToffoliDireito de imagemFABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL
Image captionSequência de decisões de Marco Aurélio e Dias Toffoli expõe fragilidades da alta corte
O novo embate de decisões entre os ministros do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio e Dias Toffoli (atual presidente da Corte) teve como saldo a manutenção da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula Silva e outros mais de 150 mil presos - além de um aprofundamento do desgaste do Poder Judiciário
Logo após Marco Aurélio suspender com uma liminar a prisão de condenados em segunda instância antes do trânsito em julgado (encerramento de todos os recursos nas cortes superiores) horas antes do recesso do Judiciário, pedidos de intervenção no Supremo entraram nos temas mais comentados do Twitter.
Entre as hashtags mais usadas nas redes sociais na tarde de quarta-feira estavam #STFVergonhaNacional, #IntervençãoNoSTF e #UmCaboUmSoldado - essa última em referência à declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro (filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro) de que bastaria "um cabo e um soldado" para fechar a Corte. A fala gerou forte reação durante a eleição presidencial, inclusive do decano do Supremo, ministro Celso de Mello.
Já a hashtag #LulaLivre, comemorando a decisão de Marco Aurélio, liderava os trending topics (tópicos mais comentados) do Twitter.
O ex-presidente poderia ser beneficiado pela medida do ministro. Ele está preso há oito meses por ter sido condenado em segundo grau por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP).
Na noite de ontem, contudo, Toffoli acatou recurso da Procuradoria Geral da República e derrubou a decisão de Marco Aurélio.
Juristas ouvidos pela BBC News Brasil se dividiram sobre a correção jurídica das decisões de Marco Aurélio e Dias Toffoli. Eles concordaram, porém, que desgaste gerado é negativo para a Corte.
A estátua que representa a Justiça, em frente ao prédio do STF, durante anoitecer em BrasíliaDireito de imagemGIL FERREIRA/SCO/STF
Image captionPara especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, sequência de decisões monocráticas na véspera do recesso do judiciário gera desgaste negativo para corte
A subprocuradora-geral da República Luiza Frischeisen, coordenadora da Câmara Criminal da Procuradoria-Geral da República (PGR), destacou que liminar de Marco Aurélio contrariava decisões prévias do plenário do Supremo autorizando a prisão após segunda instância desde 2016. Na sua leitura, esse tipo de iniciativa individual acaba colocando em descrédito a Corte e fragiliza a segurança jurídica do país.
"É uma Corte, eles têm que se comportar como um colegiado. O Tribunal é respeitado na medida em que observa as próprias decisões colegiadas. Quem perder, tem que respeitar, porque amanhã vai ser o contrário (quem perdeu em outra questão pode não respeitar também)", afirmou Frischeisen.

'Mais um capítulo na crise'

Para a constitucionalista Eloisa Machado, professora da FGV Direito SP, a decisão de Marco Aurélio tem que ser vista dentro de um contexto de uma série de decisões controversas tomadas pela Corte por causa dos anseios gerados pela Operação Lava Jato.
Ela cita, por exemplo, a incoerência do plenário STF ao afastar o então presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha em 2016, mas no ano seguinte manter ativo o mandato do senador Aécio Neves, ambos investigados por corrupção.
No caso da autorização da prisão após segunda instância, lembra a professora, a questão virou uma grande briga no Supremo no início deste ano.
De um lado, ministros que ficaram derrotados em 2016, quando a Corte decidiu em placar apertado de 6 a 5 permitir o cumprimento da pena antes do esgotamento dos recursos, passaram a cobrar um novo julgamento da matéria depois que o ministro Gilmar Mendes anunciou ter mudado de posição.
De outro lado, ministros que votaram pela autorização da prisão antecipada ficaram contra um novo julgamento porque consideram que decisões do plenário não podem ser revistas em prazo tão curto.
Integrante desse grupo, a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF até setembro passado, se recusou a pautar novamente a matéria. Já o novo presidente, Toffoli, não quis marcar julgamento polêmico durante as eleições e agendou o caso para abril de 2019.
As ações que tratam do tema, de relatoria de Marco Aurélio, terão que ser analisadas pelo plenário de novo porque o julgamento de 2016 teve caráter provisório. Ele justificou a liminar concedida ontem, no último dia de funcionamento da Corte antes do recesso que se estende até janeiro, devido à demora para que as ações voltassem ao plenário. Em entrevista à agência Reuters, ele acusou a ministra Cármen Lúcia (presidente da Corte até setembro) e Toffoli de manipularem a pauta de julgamento.
Carmen Lúcia olha para o lado durante evento, com olhar sérioDireito de imagemFERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL
Image captionCármen Lúcia e seu sucessor na presidência do STF, Dias Toffoli, adiaram pauta polêmica
"A crise já estava instalada no Supremo. Essa decisão é mais um capítulo nesse cenário de desgaste no qual o próprio Supremo se colocou ao responder de maneira excepcional, fora do direito, a vários assuntos da Lava Jato", acredita Machado.
Para a força-tarefa da Lava Jato, a possibilidade de prisão após segunda instância é importante para combater a impunidade e estimular criminosos a firmarem acordos de delação premiada. Já os que criticam o cumprimento antecipado da pena argumentam que a Constituição só permite que uma pessoa seja considerada culpada e presa após o esgotamento de todos os recursos jurídicos.
"Eu acho que a decisão de Marco Aurélio está constitucionalmente adequada no seu conteúdo", afirma a professor da FGV, que é contra a prisão após a condenação em segunda instância.
"Agora, que a forma (como ele tomou a decisão) revela essa disputa interna e uma estratégia de fazer isso na véspera do recesso, eu não tenho a menor dúvida", reconhece.

Impopularidade é problema?

Diante da avalanche de ataques ao Supremo nas redes sociais, o professor de Direito da Universidade de São Paulo (USP) Rafael Mafei ressalta que os ministros da Corte não devem ter receio de tomar medidas impopulares, pois é papel do Supremo proteger princípios constitucionais e direitos de minorias, mesmo quando contrariem a maioria da população.
Ele observa, porém, que a forma como Marco Aurélio tomou a decisão de suspender a prisão após condenação em segunda instância fragiliza o STF e alimenta a perda de autoridade da Corte.
"A constante impressão que o Tribunal dá de que os seus ministros batem cabeça, que não respeitam as decisões (uns dos outros), é muito ruim", afirma.
Segundo ele, a Constituição não garante "poderes absurdos" aos ministros individualmente.
"A Constituição dá muito poder ao STF, mas ela fala de um órgão formado por onze pessoas que vão atuar em conjunto. É como se fosse uma junta médica operando. Vamos supor que cada médico que pega no bisturi desfaz o que o outro fez: o paciente vai morrer", critica.

Ministro pode derrubar decisão de ministro?

Sombra de pessoa limpando chão da varanda do prédio do STF durante o diaDireito de imagemU.DETTMAR/SCO/STF
Image captionDecisões individuais dos ministros fragilizam a segurança jurídica do país, apontam especialistas
Ao conceder a liminar no último dia de funcionamento da Justiça antes do recesso, Marco Aurélio criou um constrangimento para Toffoli. Isso porque o normal no STF é que ministros não podem derrubar individualmente decisões de seus colegas.
Na tarde de ontem, o ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Gilson Dipp disse à BBC News Brasil que seria "um desastre institucional" Toffoli derrubar a decisão de Marco Aurélio - o que acabou se confirmando à noite.
Já Eloisa Machado, da FGV, ressaltou que não há legalmente previsão de recurso contra liminar de ministro concedida em ação direta de constitucionalidade, caso da liminar de Marco Aurélio.
Toffoli, porém, decidiu derrubar a decisão por considerar que a decisão do colega teria sérias consequências. Ele ressaltou também que o julgamento definitivo da matéria já está pautado para abril.
"Tem-se, portanto, que a admissibilidade da contracautela pressupõe, entre outros aspectos legais, a demonstração de que o ato impugnado possa vir a causar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia pública", escreveu o presidente na decisão.
Para a subprocuradora-geral da República Luiza Frischeisen, Toffoli pôde derrubar a liminar de Marco Aurélio porque ela ia contar decisão prévia do plenário da Corte.
"Não é uma situação normal", resumiu.
Da BBC News Brasil em Brasília
Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

A violência é histórica e expande-se


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Muitos mitos retratam violências fundantes. Nem sempre, significam uma renovação para derrubar preconceitos ou refazer práticas sociais generosas. A sociedade sonha com paraísos, mas convive com artimanhas imperiosas. Há fomes frequentes, desde os tempos mais remotos. Grupos disputam espaços como quadrilhas. Não há inocências angelicais predominando a história. Muitas religiões defendem vinganças, acumulam patrimônios, afirmam um amor que não praticam. Portanto, os instrumentos da violência não são os mesmos, se transformam e se sofisticam. Não estamos na época de Mussolini, nem da Inquisição medieval.
Não adianta querer esconder as lutas sociais ou mesmo o lado obscuro de nós mesmos. Há revolução que busca derrubar desigualdades e que, depois, optam pela censura e pela opressão. Os sentidos se multiplicam e dependem das ações humanas. Platão ressaltava uma inteligência que difere das reflexões de Adorno ou dos egocentrismos de Pinochet. A violência também forma valores, institui verdades ameaçadoras. Ela fere com seu autoritarismo. A história segue interpretações que não se consolidam. Há quem julgue visando perpetuar privilégios e outros busquem desmembrar injustiças.
A tecnologia atiçou estratégias de dominação. Trouxe animações nas ciências, mas ajudou a construir bombas, reproduzir lugares sombrios, testemunhar poderes mesquinhos. Observe o que você pode fazer usando um simples celular. Quantos boatos estão contidos nas armações políticas ensaiadas? A violência tem sutilezas, se expande articulando-se com ilusões. Não esqueça os disfarces, as falas de generais do serviço secretos, os pregadores do messianismo marcado pelas travessuras das ambições. Quem não se lembrar das guerras mais recentes e das ameaças da energia nuclear? O discurso do inevitável é feroz e intimida.
Com tanta solidão, a história caminha para os excessos depressivos e ansiedades agressivas. O mundo da droga sintética amplia lucros, promete remediar desencontros. Porém, as notícias se espalham denunciando assassinatos e os refugiando procuram auxílio. Há perplexidades imensas e sentimentos destroçados. Os significados se esvaziam, a competição se acelera o afetos se coisificam. Nota-se uma perturbação profunda. Não se trata apenas de disputas por cargos e ou mansões. Há desesperos atormentadores. A violência acende a destruição de corpos, alucinações, pulsões de  morte. Cria-se uma insegurança que se mistura com a apatia. Tudo tem um preço e uma manipulação.
A astucia de Ulisses
Professor Edgar Bom Jardim - PE

As festas : inquietações, dúvidas, desfazeres


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A sociedade não dispensa rituais. Alguns expressam tradições e provocam nostalgias. A vida precisa de novidades, não pode cair em armadilhas sombrias e definitivas, No tempo das tecnologias sofisticados, as festas também se apresentam e firmam rituais. O consumo comanda as alegrias mesmo que sejam passageiras. Há confraternizações que lembram momentos de afetos. Os restaurantes se enchem, as fábricas de chocolates se expandem, porém continuam os mendigos nas ruas, lembrando que estão marginalizados. O Natal impulsiona o movimento, diverte, anuncia jogos secretos, desenha risos ensaiados.
Nunca houve uma sociedade sem rituais. Fazem parte da cultura. Como deixar de periodizar a vida? Como negar o heterogêneo? As divindades gregas curtiam brincadeiras e aventuras. Hoje, se celebram missas, os perdões se exaltam e as lojas buscam lucros. Portanto, tudo seria maravilhoso para animar os amores e quebrar as melancolias. Porém, há desconfianças, ressacas, manipulações. Não sejamos absolutos. A sociedade é histórica, possui limites e cansaços. A questão maior é que alguns não aceitam os limites e se joga em eternidades.
Vivemos cercados de ilusões. Já diziam os nazistas que uma mentira muitas vezes repetida se torna uma verdade. Os totalitarismos usaram propagandas para manter suas forças. Isso não se foi. O esquema de imagens sedutoras ganha espaço na imprensa e agita saudades, ambições, delírios. Não fugimos do reino das ambiguidades. As drogas não são meros instrumentos de fuga. Elas compõem os rituais. Observe como o consumo se multiplica e faz a grana se alargar pelo mundo. As elites não se ausentam e se comportam como senhores do mundo. Cria-se uma ecologia especial.
Muitos se queixam das reflexões pessimistas. Não se trata disso. Não custa lembrar que o azul não é azul como se imagina. A desconfiança se veste de muitas cores e o afeto nem sempre é notado quando se fala nas explorações. A sociedade se balança, não é estática. Convive com permanências, sem deixar de lado sua vontade de cantar e celebrar as formas mais astuciosas de festejos. A história segue. O carnaval inquieta, o dia dos namorados toma conta das fossas e das casas comerciais, a criança recebe presentes descartáveis Lá se vai o desejo de inventar o mundo e salvar pecados assustadores. Quem se engana no meios de tantas assombrações festivas?
Por Paulo Rezende. A astúcia de Ulisses.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Inscrições abertas para o VI Encontro de Burrinhas, Caboclinhos, Catirinas e Maracatus de Pernambuco


A comissão de organização do Projeto VI Encontro de Burrinhas,Caboclinhos, Catirinas e Maracatus de Pernambuco está inscrevendo, por meio do Cadastro de Inscrição, artistas e  grupos culturais para participarem do  VI Encontro de Burrinhas,Caboclinhos, Catirinas e Maracatus de Pernambuco, que será realizado no dia 3 de março de 2019.
A ideia da organização do evento é favorecer o acesso às inscrições, a visibilidade do projeto e garantir a participação de mais grupos culturais e artistas . Durante o período de 17 a 26 de dezembro 2018, você pode se inscrever pelo  site culturapopularpe.com.br/
* Confira o Calendário:
1-  Inscrições: 17 a 26 de dezembro

2- Seminário Regional de Cultura (Previa Carnavalesca) data 27 e 28 de janeiro 2019: Entrega de documentos, combinação de valores da apresentação, forma de pagamento, parceiros,  informação sobre o formato do  VI Encontro de Burrinhas, Caboclinhos, Catirinas e Maracatus de Pernambuco, organização da Carta da Cultura (documento para ser entregue as autoridades, apresentações culturais, contribuições, outros assuntos da Plenária).
3- Divulgação dos participantes selecionados: 26 a 28 de fevereiro de 2019
4- Apresentação no cortejo e palco no dia 05/03/2019. Local: Bom Jardim. Inicio: 08:00 h, Termino: 13:00 h
Contato para informações: (81) 9.9937-7488 / (81) 9.9829-2215

Para obter mais informações e preencher  o CADASTRO Acesse AQUI e participe!
Acesse https://culturapopularpe.com.br/cadastro-de-inscricoes-carnaval/

Professor Edgar Bom Jardim - PE