domingo, 9 de janeiro de 2022

As 3 eleições da América Latina em 2022 e como elas podem mudar ou consolidar a política da região



Preparativos para eleição presidencial na Colômbia, em maio

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Preparativos para eleição presidencial na Colômbia, em maio; pleito, ao lado do brasileiro, será decisivo para ditar rumos da esquerda no continente

Nos primeiros anos do século 21, a reeleição de presidentes em exercício na América Latina foi um fato corriqueiro, tanto entre líderes da esquerda quanto da direita.

Mas logo acabou o boom de matérias-primas (principais itens exportados pelo continente), surgiram problemas econômicos profundos, vieram à tona escândalos de corrupção e cresceu o mal-estar social (manifestado em diferentes ondas de protestos), tudo isso aprofundado pela pandemia de covid-19.

Então, a tendência eleitoral latino-americana mudou: passou a ser votar contra o establishment e dar espaço à oposição.

Em 11 das 12 eleições presidenciais realizadas na América Latina desde 2019, o voto majoritário foi para mudar o partido que estivava no poder.

A exceção foi a Nicarágua, mas suas eleições, realizadas em novembro, foram contestadas e consideradas ilegítimas por alguns países: o presidente Daniel Ortega se reelegeu pela quarta vez consecutiva, e todos os demais candidatos estavam presos.


"Há uma insatisfação geral com a classe política e quem acaba pagando a conta é o partido no poder", diz Paulo Velasco, professor de Política Internacional da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).

Esse quadro de descontentamento pode se completar em 2022, com três eleições previstas na região, duas delas nos países mais populosos da América do Sul: Brasil e Colômbia.

Agenda e cenários


O primeiro dos pleitos está agendado para 6 de fevereiro na Costa Rica, com um possível segundo turno em 3 de abril entre os dois candidatos mais votados.

Entre os mais de 20 candidatos registrados, há nomes conhecidos por ali, como o ex-presidente centrista José María Figueres, a ex-vice-presidente conservadora Lineth Saborío e Fabricio Alvarado, um líder evangélico de direita que em 2018 perdeu para o atual mandatário, Carlos Alvarado.

Em outro sinal de descontentamento popular com os governos de turno, Welmer Ramos, o candidato do governista Partido Ação Cidadã, tem intenção de voto inferior à margem de erro em algumas pesquisas de opinião.

Mas as duas eleições que vão concentrar as atenções na região neste ano são, por ordem cronológica, as de Colômbia e Brasil.

O primeiro turno do pleito colombiano está marcado para 29 de maio (mais de dois meses depois das eleições legislativas, em março) e o possível segundo turno será em 19 de junho.

Sob o pano de fundo dos enormes protestos de rua de 2021 e vários desafios econômicos, a maioria das pesquisas de opinião na Colômbia apontam a dianteira do esquerdista Gustavo Petro, um economista, ex-guerrilheiro e ex-prefeito de Bogotá que em 2018 perdeu o segundo turno para o atual presidente, Iván Duque.

Gustavo Petro discursa

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Depois de perder no segundo turno, em 2018, Gustavo Petro tentará ser o primeiro presidente de esquerda da história da Colômbia

Um eventual triunfo de Petro marcaria algo inédito: a primeira vez que um candidato de esquerda seria eleito presidente da Colômbia.

Mas pode haver um cenário diferente da polarização esquerda-direita das recentes eleições latino-americanas.

A direita colombiana, liderada pelo ex-presidente Álvaro Uribe, está desgastada depois do governo de Duque, e talvez Petro tenha que competir com um candidato de centro, como o ex-prefeito de Medellín Sergio Fajardo, o economista Alejandro Gaviria e o ex-senador Carlos Fernando Galán.

"Essa é uma possibilidade forte: não temos assegurada hoje essa polarização entre um candidato de esquerda e outro de direita", diz Patricia Muñoz, professora de Ciência Política na Pontifícia Universidade Javeriana, em Bogotá.

Em contrapartida, tudo indica que o Brasil terá, nas eleições de outubro, um enfrentamento entre o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por enquanto líder nas pesquisas de intenção de voto para o pleito de 2 de outubro (com um possível segundo turno em 30 de outubro).

Luiz Inácio Lula da Silva

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Esquerda predominou na América Latina no início deste milênio, mas perdeu terreno

Até o momento, as pesquisas não indicam grandes intenções de voto em candidatos da chamada "terceira via", como o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (Podemos) e o ex-governador Ciro Gomes (PDT).

'Onda' da esquerda?

Eventuais vitórias de Lula e Petro dariam um novo impulso à esquerda na América Latina, não só pelo peso relativo de Brasil e Colômbia no continente.

Entre 2020 e 2021, ganharam candidatos da esquerda na maioria das eleições realizadas na região: Luis Arce na Bolívia, Pedro Castillo no Peru, Xiomara Castro em Honduras e Gabriel Boric no Chile, além do caso particular da Nicarágua.

No entanto, alguns analistas descartam que seja possível prever agora uma nova tendência regional como a que houve na primeira década do século, quando vários governos de esquerda foram consolidados e reeleitos.

"Começa a se desenhar um quadro em que os governos de esquerda são maioria, mas não seguem a mesma tendência e não vejo uma onda como nos anos 2000", diz Velasco.

Jair Bolsonaro

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Espaço perdido pela esquerda no Brasil pode ser reconquistado em meio a problemas econômicos, sociais e políticos enfrentados pelo governo de Jair Bolsonaro

A seu ver, é normal que em vários países o eleitor migre à esquerda depois da decepção demonstrada com presidentes de direita eleitos para substituir os do polo contrário.

"Se houvesse mais governos de esquerda neste momento, a tendência seria que ganhasse a direita ou a centro-direita", afirma.

O grande desafio para governantes latino-americanos segue sendo cumprir com a demanda de melhores serviços públicos e seguridade social, assim como pela menor desigualdade, talvez temas com os quais a esquerda tenha mais sintonia.

Executar a tarefa, porém, será difícil em uma América Latina de crescimento moderado (a média regional é de cerca de 3% em 2022, segundo a Comissão Econômica para América Latina e Caribe - Cepal), pressão inflacionária, maior dívida pública e a incerteza trazida agora pela variante ômicron do coronavírus.

Alguns especialistas advertem também que o mal-estar social pode voltar a dar a caras, com protestos populares na região.

Protestos na Colômbia em 2021

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Protestos como os ocorridos na Colômbia em 2021 podem voltar na América Latina neste ano

"A deficiente ou escassa resposta de vários governos da América Latina e Caribe (...) às múltiplas crises atuais pode gerar uma nova onda de protestos sociais massivos e violentos", indicou o instituto intergovernamental Idea, sediado na Suécia, em seu relatório sobre o estado da democracia na região, publicado em novembro.

Embora o relatório destaque que a democracia deu sinais de resiliência durante a pandemia, agrega que "os ataques a órgãos eleitorais se tornaram mais frequentes" na América Latina, tanto por parte de governos quanto da oposição em países como Brasil, El Salvador, México e Peru.

Nesse contexto, os olhares também estarão sobre a eleição brasileira depois de ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral (em novembro, ele recuou e disse que "passou a acreditar no voto eletrônico") e de o presidente brasileiro apoiar a reivindicação de Donald Trump, sem provas, de que teria havido fraude na eleição presidencial americana de 2020.

  • Gerardo Lissardy
  • BBC News Mundo

Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 8 de janeiro de 2022

Sete mortos, mais de 30 feridos e 3 desaparecidos: o que se sabe sobre o acidente com lanchas em cânion em Furnas



Local onde ocorreu acidente em Capitólio, Minas Gerais

CRÉDITO,DIVULGAÇÃO

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Local onde ocorreu acidente em Capitólio, Minas Gerais

Reportagem atualizada às 21h30

Ao menos sete pessoas morreram e 30 ficaram feridas neste sábado (8/1) após um acidente envolvendo lanchas entre os cânions na represa de Furnas, em Capitólio, Minas Gerais. Até o início da noite, três pessoas permaneciam desaparecidas. As informações foram repassadas pelo Corpo de Bombeiros durante a tarde. Segundo a corporação, o número de vítimas ainda pode subir.

O tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, informou em um vídeo enviado à imprensa que ao menos dois dos mortos confirmados são homens ainda não identificados. Segundo ele, o reconhecimento é dificultado pela gravidade das lesões nos corpos das vítimas.

Segundo os bombeiros, os corpos ainda não foram encaminhados para identificação no Instituto Médico Legal (IML) e estavam em um clube náutico da região.

Vídeos do momento do acidente circulam pelas redes sociais. Nas imagens, é possível identificar uma rocha despencando na região onde turistas faziam um passeio de lancha.


De acordo com o porta-voz dos bombeiros, quatro embarcações foram atingidas pelo rolamento e queda de estruturas rochosas. Duas dessas lanchas sofreram impacto direto e afundaram após o acidente.

Uma das embarcações, de nome EDL, onde foram resgatadas 14 pessoas vivas e a lancha Jesus, onde dez pessoas foram resgatadas vivas.

As outras duas sofreram impactos indiretos. Uma delas, uma lancha vermelha sem identificação, teve dez passageiros socorridos com vida. Também foram resgatadas oito pessoas vivas da quarta lancha, de nome Nova Mãe.

Segundo os bombeiros, 23 pessoas receberam atendimento médico na Santa Casa de Capitólio após o acidente e foram liberadas. Outras duas foram internadas na Santa Casa de Pimhui, com fraturas expostas.

Três pessoas receberam atendimento na Santa Casa de Passos, mas não há informações sobre o estado de saúde delas. Quatro vítimas foram levadas para a Santa Casa de São João da Barra com ferimentos leves.

Outras sete pessoas eram procuradas pelos bombeiros, mas foram encontradas após contato por telefone.

"Muitas pessoas foram socorridas por embarcações que estavam na região e foram levadas por meios próprios para unidades hospitalares", informou a corporação por meio de nota.

BBC
Atualizado em 10/01/2022

foto de arquivo mostra barcos em cachoeira em Capitólio

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Reportagem atualizada às 16h10 deste domingo (9/1).

Ao menos dez pessoas morreram e 30 ficaram feridas no sábado (8/1) após um acidente envolvendo lanchas entre os cânions na represa de Furnas, em Capitólio, Minas Gerais. Duas pessoas permaneciam desaparecidas até o fim da manhã deste domingo (9/1), mas foram localizadas pelo Corpo de Bombeiros.

Os três últimos corpos foram encontrados durante buscas na região do acidente neste domingo. O trabalho de resgate havia sido suspenso na noite de sábado, por segurança da equipe.

Segundo o Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, mais de 50 militares foram encaminhados para a área de busca, entre eles 11 mergulhadores especializados em resgates e que são familiarizados com a área.

Os corpos foram levados ao Instituto Médico Legal (IML). Uma das dificuldades encontradas para o reconhecimento deles, segundo a equipe que acompanha o caso, foi a gravidade das lesões nos corpos das vítimas.

De acordo com o porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, o tenente Pedro Aihara, quatro embarcações foram atingidas pelo rolamento e queda de estruturas rochosas. Duas dessas lanchas sofreram impacto direto e afundaram após o acidente.

Vídeos do momento do acidente circulam pelas redes sociais. Nas imagens, é possível identificar uma rocha despencando na região onde turistas faziam um passeio de lancha.

Os oito mortos no acidente e os dois desaparecidos, segundo o Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil, estavam em uma lancha chamada "Jesus". Conforme o delegado, essas pessoas estavam hospedadas em uma pousada em São José da Barra, em Minas Gerais.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, outras três lanchas foram atingidas, sendo duas delas indiretamente, e os ocupantes delas foram resgatados com vida, pouco após o acidente. Alguns deles estavam com ferimentos.

Segundo os bombeiros, 23 pessoas receberam atendimento médico na Santa Casa de Capitólio após o acidente e foram liberadas. Outras duas foram internadas na Santa Casa de Pimhui, com fraturas expostas.

Três pessoas receberam atendimento na Santa Casa de Passos, mas não há informações sobre o estado de saúde delas. Quatro vítimas foram levadas para a Santa Casa de São João da Barra com ferimentos leves.

Outras sete pessoas eram procuradas pelos bombeiros, mas foram encontradas após contato por telefone.

"Muitas pessoas foram socorridas por embarcações que estavam na região e foram levadas por meios próprios para unidades hospitalares", informou a corporação por meio de nota.

A operação em busca dos desaparecidos inclui, além do Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Defesa Civil e a Marinha.

A Polícia Civil de Minas Gerais informou que abriu um inquérito para apurar a motivação do acidente. Testemunhas deverão ser ouvidas e geólogos deverão prestar apoio à apuração para identificar as possíveis causas da queda da rocha.

A Marinha também informou que abrirá um inquérito sobre o caso.


Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Eleições 2022: veja as principais mudanças e datas da corrida eleitoral deste ano


Mão aperta tecla de urna

CRÉDITO,ABDIAS PINHEIRO/SECOM/TSE

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Primeiro turno das eleições acontecerá em 2 de outubro

Os brasileiros irão às urnas em outubro para escolher seus próximos deputados, senadores, governadores e presidente, mas o calendário eleitoral já está valendo.

Aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em dezembro de 2021, o calendário eleitoral de 2022 determina que o primeiro turno das eleições acontecerá em 2 de outubro, e um eventual segundo turno, em 30 de outubro. A previsão é que os resultados sejam divulgados nos mesmos dias. Neste ano, outra novidade é que o horário de votação será uniformizado em todo o país, deixando de haver diferenças por conta de fuso horário.

O ano já começou com algumas regras do calendário em vigor: desde 1º de janeiro, pesquisas de opinião devem ser registradas em um sistema do TSE. Além disso, já há limites impostos à distribuição de bens e benefícios pela administração pública; à realização de ações sociais por entidades nominalmente vinculadas a candidatas e candidatos; e ao gasto público com publicidade.

Na corrida eleitoral deste ano, valerão algumas das novas regras eleitorais definidas por leis aprovadas pelo Congresso em 2021.

Uma delas prevê que, entre 2022 e 2030, para distribuição de verbas do fundo partidário e do fundo eleitoral, os votos dados a candidatas mulheres ou a candidatos negros para a Câmara dos Deputados serão contados em dobro.

Para 2022, o valor total previsto para o fundo eleitoral na proposta orçamentária de 2022 aprovada pelo Congresso é de R$ 4,9 bilhões e para o fundo partidário, R$ 1,1 bilhão. O texto aguarda sanção do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Uma outra mudança para este ano é a inauguração das federações partidárias. Elas foram criadas após a extinção das coligações partidárias em eleições proporcionais (deputados e vereadores), mas valem também para eleições majoritárias (presidente, governadores, senadores e prefeitos).


As federações buscam solidificar mais a união de dois ou mais partidos: elas devem permanecer juntas por pelo menos 4 anos e têm abrangência nacional. As regras que recaem sobre elas são bem parecidas com obrigações que têm os partidos, como um estatuto e uma direção nacional em comum. Também recaem sobre os políticos vinculados a federações as regras de fidelidade partidária.

As coligações partidárias seguem permitidas nas eleições majoritárias.

Confira abaixo algumas das principais datas selecionadas pela BBC News Brasil do calendário eleitoral de 2022 (a íntegra do calendário publicada pelo TSE pode ser acessada aqui).

3 de março a 1º de abril: janela partidária

Durante o período, é permitido que deputados estaduais, distritais e federais mudem de partido para concorrer em eleições proporcionais ou majoritárias sem perder o período final de seus mandatos.

2 de abril: limite para filiações, estatutos e renúncias

A seis meses da votação, esta é a data limite para que candidatos tenham sua filiação confirmada pela legenda com a qual pretendem concorrer; também é o prazo para que partidos e federações tenham seus estatutos registrados pelo TSE; e para que aqueles no cargo de presidente, governador e prefeito renunciem aos seus mandatos caso pretendam concorrer a outros cargos.

4 de maio: limite para transferência de título

Este é o prazo para que os eleitores solicitem o alistamento (primeira via do título), transferência (do domicílio eleitoral, em caso de mudança de cidade, por exemplo) ou revisão (de informações do cadastro eleitoral). Por conta da pandemia de coronavírus, estes serviços estão concentrados no atendimento online, através da plataforma Título Net.

- 12 de julho a 18 de agosto: voto em trânsito

Eleitores que estiverem fora de seu domicílio eleitoral podem votar caso estejam no dia do pleito em uma capital ou cidade com mais de 100 mil eleitores e façam a habilitação para o voto em trânsito entre 12 de julho e 18 de agosto — indicando onde pretendem votar. Isto também pode ser feito no Título Net.

Foto aproximada mostra mão na cadeira de roda

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Pessoas com mobilidade reduzida podem solicitar mudança de seção ou local de votação entre 18 de julho e 18 de agosto

- 18 de julho a 18 de agosto: adaptações para eleitor com deficiência ou mobilidade reduzida

Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida podem pedir neste prazo, através do Título Net, para votar em outra seção ou local de votação mais convenientes para sua acessibilidade.

- 20 de julho a 5 de agosto: convenções partidárias

Período fundamental nas eleições, as convenções são encontros decisórios em que parte dos filiados de um partido, normalmente uma cúpula, decide os cargos para os quais a sigla concorrerá, assim como quem serão os candidatos. A data da convenção varia de partido para partido.

- 15 de agosto: limite para registro de candidaturas

Após as convenções, os partidos já podem registrar seus candidatos, com prazo final para isso em 15 de agosto.

- 16 de agosto: campanha na rua (e online)

A partir desta data, é permitida a propaganda eleitoral na internet e na imprensa escrita; o uso de alto-falantes (em determinados horários); e a realização de comícios, caminhadas, carreatas, entre outras modalidades de campanha. Há um prazo para que estas formas de publicidade terminem antes da realização do primeiro turno, variando entre 29 de setembro e 1º de outubro a depender do tipo de divulgação. Para o segundo turno, a realização de campanha é retomada em 3 de outubro.

- 26 de agosto a 29 de setembro: propaganda eleitoral gratuita na TV e rádio de 1º turno

Câmera no tripé, com três mulheres sentadas no plano de fundo, sendo gravadas

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Debates têm período delimitado para acontecer, de acordo com o calendário eleitoral

- 29 de setembro: último dia para debate

Esta quinta-feira será o último dia em que será possível realizar debates na TV e rádio antes da realização do primeiro turno, mas há uma tolerância para que o debate se estenda até às 7h do dia 30 de setembro, segundo resolução do TSE.

- 2 de outubro: primeiro turno

- 7 de outubro (a 28 de outubro): propaganda eleitoral gratuita na TV e rádio de 2º turno

- 30 de outubro: segundo turno

- Janeiro e fevereiro de 2023: posse

Depois de serem diplomados pela Justiça Eleitoral até o mês de dezembro, os eleitos aos cargos de presidente e governador tomam posse em 1º de janeiro de 2023; em 1º de fevereiro, é a vez dos senadores e deputados escolhidos assumirem seus cargos.

BBC

Professor Edgar Bom Jardim - PE