terça-feira, 6 de outubro de 2020

Djamila Ribeiro, Raquel Virgínia, Manuela D’Ávila e mais 200 apoiam candidatura de educadora antirracista em SP




Encabeçado pela mestre em Filosofia Política pela Universidade Federal de São Paulo, escritora e coordenadora da Coleção Feminismos Plurais, Djamila Ribeiro, manifesto em apoio à candidatura da Professora Adriana Vasconcellos à vereança de São Paulo pelo PCdoB traz figuras de renome nacional em diversas áreas e militantes históricos do movimento negro. Professora da rede de ensino público em São Paulo, Vasconcellos tem um trabalho histórico pela educação e pelos direitos da população negra da capital paulista. Confira as assinaturas ao fim da matéria.

 

 

É sua terceira candidatura. A primeira, há quatro anos, contou com o orçamento de mil reais, como afirma em entrevistas. Ela e uma amiga enfrentaram todas as adversidades e de casa em casa nos bairros da Zona Norte conquistaram 5 mil votos, um feito. Dois anos depois, foram 20 mil votos para deputada federal. Agora, para vereança em São Paulo, chega com a expectativa de conseguir uma votação ainda mais expressiva.

A esperança e o acompanhamento da história de Adriana em São Paulo moveu personalidades a se juntarem no manifesto, que traz a necessidade de uma política pública de educação antirracista. O documento traz a representatividade aliada à luta pelos direitos da população negra, indígena, LGBTQIA+, com traz ideias e propostas para a moradia, saúde, segurança e educação, área de onde vem apoiada por figuras proeminentes na cidade, como a Dra. em Educação e professora de chão de escola Waldete Tristão, a educadora Chie Hirose, Frei David, diretor da Educafro e a Diretora da Secretaria Municipal de Educação aposentada Silvia Maria, colunista nesta editoria da CartaCapital na coluna Só Diretoria Preta, entre várias professoras e professores de escola.

Figuras proeminentes da religião advindas da tradição negra também assinaram o manifesto. O babalorixá, doutor em Ciências Políticas e colunista na CartaCapital Pai Rodney William se juntou à companhia do Presidente do Instituto Latino Americano de Tradições Afro-Bantu Pai Walmir Damasceno, dos pastores João Carlos Santos e Neusa Bueno e do padre caboverdiano Assis. Na esteira de escritores que assinam o documento, destacam-se também os juristas Silvio Luiz de Almeida e Adilson Moreira, os Professores Dr. Fábio Mariano e Tiago Vinicius.

No campo das artes, assinam pessoas de destaque como as atrizes Cris Vianna e Tainá Muller, as cantoras do grupo as Bahia Raquel Virgínia e Assucena Assucena, a cantora Xênia França o maquiador Alê de Souza, a premiada cineasta Sabrina Fidalgo, a cabelereira Virginia Grazia e a estilista Diva Green, como também ativistas históricos da cultura e do movimento negro, como o rapper Gog, o dançarino Nelson Triunfo e os poetas Akins Kinte e Babg. Também assinam os produtores culturais Fábio Magri e Eduardo Silvestre e o sexólogo Mahmoud Batydon. Benazira Djoco, imigrante de Guiné Bissau radicada no país na luta pelos direitos dos imigrantes engrossa o documento.

Diferentes quadros da comunicação na cidade assinaram o manifesto: a jornalista da TV Cultura Joyce Ribeiro, a professora doutora de Comunicação Rosane Borges, a comunicadora Nátaly Neri e Adriana Arcebispo, as jornalistas Camila Silva e Marília Neustein, a apresentadora Fabiana Saba e o criador da revista Raça Brasil Oswaldo Faustino marcam presença no documento, que trouxe nomes como Fábio Cypriano, jornalista de arte e diretor do Departamento de Comunicação da PUC-SP.

No campo corporativo, a proprietária da Lola Cosmetics Dione Vasconcelos, a diretora da Empregueafro Patrícia Santos, a consultora empresarial Ana Célia Minuto, a organizadora do Balanço Black Ana Lúcia Faustino e a empresária Egnalda Cortês são algumas das personalidades que apoiam a candidatura da professora para políticas políticas antirracistas de geração de empregos.

Quadros políticos proeminentes no partido de Adriana também endossam o coro: Manuela D’Ávila, candidata à prefeita em Porto Alegre em 1º lugar segundo recentes pesquisas e Orlando Silva, candidato à prefeitura de São Paulo integram a lista, que ainda prevê nomes como Jamil Murad, último vereador da legenda a ser eleito em São Paulo, a senadora Marta Suplicy e a deputada estadual Leci Brandão estão presentes. Sindicalistas professores e bancários e os líderes comunitários Daiana Maria da Silva e Carlos, do Jardim Elisa Maria assinam o documento.

Juristas de peso também marcaram presença, tais como o professor de direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Juarez Tavares, o professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e colunista da CartaCapital Pedro Estevam Serrano e o procurador de justiça aposentado e advogado Roberto Tardelli. A lista ainda contém nomes em ascensão no meio como Pedro Peruzzo, professor de Direito Constitucional da PUC-Campinas e Doutor pela Universidade de São Paulo e os colunistas do Editorial de Justiça da CartaCapital Gustavo Freire Barbosa, Renata Coutinho de Almeida e Ana Paula Lemes de Souza.

O documento, publicado em primeira mão na CartaCapital, encontra-se disponível para assinatura no site da Professora Adriana Vasconcellos. Você pode acessá-lo clicando nesse link.

Confira o manifesto na íntegra:

“Esse é um MANIFESTO pelo município de São Paulo, em apoio a candidata a vereadora Adriana Vasconcellos

Pela PERIFERIA, pelo povo no poder, com voto, voz, bem viver e liberdade.

Porque a periferia é POTÊNCIA e, enquanto políticos, é nosso dever investir em potência.

Todos sabemos que a desigualdade na cidade de São Paulo – assim como em todo o Brasil – tem endereço, tem cor, tem gênero. Combatê-la pode e deve ser a prioridade máxima de todos os políticos e políticas que ousarem entrar e trabalhar na casa do povo.

Esse manifesto é um compromisso com a EDUCAÇÃO.

Principalmente por uma educação antirracista.

A aplicação efetiva da Lei 10.639 é necessária e urgente, a fiscalização da aplicação dessa Lei é responsabilidade não só de professoras e professores, como de toda a comunidade escolar e tem que está no topo das prioridades.

Esse é um manifesto pela educação na PRIMEIRA INFÂNCIA, pelo cuidado com as mães e pais trabalhadoras e trabalhadores engajadas e engajados na criação de suas filhas e filhos.

Nós vivemos em uma cidade que tem uma fila de espera em creches que não zera nunca, atualmente com mais de 22 mil pedidos de vagas. Mas também na cidade que não para e que sobrevive do trabalho de quem deixa crianças em creches ou em casa para ganhar o pão de cada dia.

Esse é um manifesto por investimento de qualidade da educação.

A cidade de São Paulo tem mais de um milhão de alunas e alunos na rede municipal e tinha uma meta: melhorar o desempenho no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, o IDEB, progrediu, mas não chegou lá. O município ficou em décimo lugar entre as capitais brasileiras na avaliação.

Precisamos melhorar esse cenário! Nós temos os recursos necessários. Falta fiscalizar, falta endereçar recurso com eficiência e acima de tudo incentivar todo o corpo docente e discente.

Esse é um manifesto para que ações antidiscriminatórias sejam tomadas como políticas públicas contra a desproporcional consequência da pandemia na vida de nossas alunas e nossos alunos de ensino púbico que estão à deriva sem aula e ferramentas como computador, internet e livros didáticos.

Esse é um manifesto pela ampliação da REPRESENTATIVIDADE NEGRA na estrutura discente, docente e diretiva. Porque 1 em cada 10 escolas privadas de São Paulo não têm nenhum professor negro. E a média de professores negros nas escolas que contam com docentes negros é de apenas 20%. Um retrato bem diferente da nossa sociedade aqui fora.

Esse é um manifesto em defesa das populações NEGRA, INDÍGENA, LGBTQIA+ e em SITUAÇÃO DE RUA.

Mulheres negras são as que aparecem no topo do ranking de desigualdade em São Paulo. São estatisticamente menos favorecidas.

Mais de 50% da população preta e parda da cidade vive nas regiões periféricas e sem acesso aos principais equipamentos públicos.

Na área da saúde, as adolescentes negras são as que registram os maiores índices de gravidez.

Dados oficiais indicam que cresceu em 60% número de pessoas que vivem em situação de rua nos últimos quatro anos. Mais de 24 mil pessoas sem um lar. E os movimentos sociais apontam que esse número é ainda mais crítico, cerca de 32 mil pessoas nas ruas. Isso, sem levar em consideração a pandemia de covid-19 que nos últimos meses minou a empregabilidade em várias áreas e piorou a situação de mais famílias que tiveram que abandonar suas casas.

Esse é um manifesto por uma nova consciência pública sobre habitação, por medidas de acolhida menos cerceadoras e mais humanizadas.

Um manifesto primordial pela SAÚDE da população, em especial a população periférica e em situação de rua.

Já são mais de 35 mil pessoas vítimas de Covid-19 no município. A curva pende para a periferia, pra quem esteve na linha de frente sem poder deixar de trabalhar em meio ao caos.

Precisamos prezar pela saúde do nosso povo, seguir pressionando por menos mortes e também pela saúde mental e física de quem vivenciou o pesadelo de perder um ente querido.

Um manifesto pela prevenção de mortes.

Seis em cada dez mortes de bebês com menos de um ano poderiam ser evitadas com políticas públicas mais eficazes.

Um manifesto porque a população sabe que a saúde que essa deveria ser a prioridade, mas apesar disso, na Câmara Municipal, o valor total das emendas destinadas por vereadoras e vereadores para a saúde através de emendas parlamentares foi de pouco mais 10% dos R$205 milhões disponíveis em 2019.

Um manifesto que cobra atenção à questão do abolicionismo penal, pelas mulheres encarceradas e suas famílias, com foco na ressocialização efetiva, pela saúde das detentas e detentos e pela fiscalização do cuidado com a população carcerária.

Esse é um manifesto por uma GCM desmilitarizada, menos violenta e menos racista.

Por todos esses indícios da necessidade de uma nova política, nós, aqui, abaixo assinamos este manifesto em apoio à candidata a vereadora pela cidade de São Paulo. Adriana Vasconcellos, uma mulher preta, educadora, mãe, militante e combatente na luta feminista negra e antirracista que dialoga com a periferia e se mostra uma mulher capaz de ajudar a construir um bem viver na nossa cidade.

Adriana é uma candidata que preza pela educação, pela promoção da igualdade racial, pela defesa das matrizes africanas, pelo respeito e a segurança da mulher, da população negra, indígena e LGBTQIA+, uma candidata que pensa na moradia, na cultura, na economia solidária e na saúde mental do nosso povo, principalmente, em bairros periféricos da cidade e a desmilitarização das GMC.

Esse é um manifesto que traduz a certeza de que votar 65100 é ser muito bem representada e representado, é votar no comprometimento e envolvimento com as questões essenciais da Câmara Municipal de São Paulo. Por leis que não se preocupem apenas em criar datas comemorativas, nomes de ruas e homenagens, mas que foquem no bem viver e na proteção da população”.

Assinam:

  1. Djamila Ribeiro – Mestra em Filosofia Política e escritora
  2. Rodnei William Eugênio – Babalorixá e Dr. em Ciências Sociais
  3. Orlando Silva- Deputado federal e candidato a prefeito em São Paulo
  4. Manuela D’Ávila – Mestra em Políticas Públicas e candidata à prefeita em Porto Alegre
  5. Carla Akotirene – Doutoranda em Estudos de Gênero e escritora
  6. Silvio Luiz de Almeida – Prof. Dr. em Direito e advogado
  7. Adilson Moreira – Prof. Dr. em Direito e advogado
  8. Tiago Vinicius – Prof. Dr. em Direito e advogado
  9. Alê de Souza – Maquiador
  10. Cris Vianna – Atriz
  11. Taina Muller – Atriz
  12. Waldete Tristão – Dra. em Educação e Escritora
  13. Xênia França – Cantora
  14. Nataly Neri – Comunicadora
  15. Raquel Virginia – Cantora na banda As Bahia
  16. Assucena Assucena – Cantora na banda As Bahia
  17. Fabio Eneas Magri – Administrador
  18. Fabio Mariano – Dr. em Ciências Sociais
  19. Fábio Cypriano – Professor Dr. do Departamento de Comunicação da PUC-SP.
  20. Juarez Tavares – Jurista professor da UERJ
  21. Camila Silva – Jornalista
  22. Dione Vasconcelos – Empresária
  23. Roberto Tardelli – Procurador de justiça aposentado e advogado.
  24. Pedro Estevam Serrano – Jurista professor da PUC-SP
  25. Gustavo Freire Barbosa – Advogado e professor
  26. Ana Paula Lemes de Souza – Advogada e professora
  27. Pedro Pulzatto Peruzzo – Professor Dr. de Direito e advogado
  28. Marta Suplicy – Senadora
  29. Chie Hirose – Professora Dra.
  30. Rosane Borges – Jornalista
  31. Mari Medeiros – Educadora/gestora
  32. Jamil Murad – Médico
  33. Jacqueline Jaceguai – Professora
  34. Juarez Soares – Professora
  35. Egnalda Côrtes – Empresária
  36. Daiana Maria da Silva – Líder comunitária
  37. Carlos Machado – Professor
  38. Diva Zito – Advogada
  39. Eduardo Silvestre – Produtor musical
  40. Andreia Moreira – Empresária
  41. Maria Cecilia Martinez – Professora de História do ensino básico e superior
  42. Carlos Siqueira – Professor da Rede Estadual de Ensino
  43. André Luiz Machado – Professor da Rede Estadual de ensino
  44. Valquiria Marquioli de Moraes Araujo – Professora
  45. Ricardo da Cunha Miranda – Coletivo Anjos da Guarda
  46. Yandra Menezes – Professora
  47. Juarez Xavier – Professor mestre, jornalista.
  48. Patrícia Santos – Empresária da Empregueafro
  49. Ana Claudia – Empreendedora UseAfro
  50. Adriana Arcebispo – Família Quilombo
  51. Ivan Lima – Ativista
  52. Nelson Triunfo – Dançarino de breaking e ativista social brasileiro
  53. Max – Apresentador
  54. Roberto Beltran – Gerente Imobiliário
  55. Gog – Rapper e escritor brasileiro
  56. Paulo Roberto Gracilano – Gestor SPTrans
  57. Reginaldo de Jesus
  58. Leci Brandão – Deputada estadual
  59. Estevão Silva – Advogado
  60. Ana Cláudia Silva – Psicóloga
  61. Eusalene Carmona – Projeto Ida
  62. Benedito Oliveira – Policial militar
  63. Ulisses Bergson – Acionista
  64. Robson Ubiratan – Escrivão polícia militar
  65. Larissa – Aluna ensino médio
  66. Adriana Regina – Cabeleira
  67. Akins Kinte – poeta
  68. Alex Minduim – ativista
  69. Osvaldo Faustino – Jornalista, ator e criador da Revista Raça
  70. Ana Lúcia Faustino – Organizadora do Balanço Black
  71. Ana Célia Minuto – Palestrante e Consultora Empresarial
  72. Babg – Poeta
  73. Angela Peres – Atriz
  74. Benazira Djoco – Modelo
  75. Brenno Villa Boas – Professor
  76. Joyce Ribeiro – Jornalista
  77. Beatriz Torres – Jornalista
  78. Marcelo Correia – Coletivo Una
  79. Vinícius Roberto – Estudante
  80. João Carlos Santos – Pastor
  81. Walmir Damasceno – Presidente Ilabantu
  82. Buiu Trompete – Musicista
  83. Sara Negrititi – Cineasta
  84. Fabiana Saba – Modelo e Apresentadora
  85. Pablo Freire – Professor
  86. Mahmoud Batydon – Sexólogo
  87. Neusa Bueno – Pastora
  88. Maria Iva de Vasconcellos Vieira – Mãe
  89. Diva Zitto – Comissão da Escravidão no Brasil
  90. Sheila Vieira – Empreendedora
  91. Maria do Carmo Santos da Silva – Artesã
  92. Elza Vieira – Aposentada do Estado
  93. Zulmira Vieira – Técnica em transporte
  94. Paulo Vieira – Aposentado dos Correios
  95. Meire Cunha – Intérprete de Libras
  96. Elizete Santana – Empreendedora
  97. Berenice Moreira – Enfermeira
  98. Anderson Donato – Intérprete de Libras
  99. Letícia Paola – coordenadora pedagógica SME
  100. Angelica Moreira – Nutricionista
  101. Angela Souza – Advogada
  102. Anderson Márcio – Professor
  103. José Fernando da Silva – Designer Gráfico
  104. Marta Costa – Bancada Preta
  105. Frei David – Educafro
  106. Maria Iva de Vasconcellos Vieira – Mãe
  107. Sheila Soares – Administradora
  108. Alexandra – A Journey through the African Diáspora
  109. Daysere – A Journey Through the African Diáspora
  110. Kendely – A Journey Through the African Diáspora
  111. Vanderlei Martinianos – Prof/Palestrante
  112. Fernanda Moreno de Andrade – Analista de créditos consignado
  113. Nira Miguez Cará – Administradora coordenadora de projeto
  114. Igor Fernando Brito da Silva – Representante bancário
  115. Thiago Silva de Sena – Representante bancário
  116. Marciel Pereira Bonfim – Representante bancário
  117. Wallace Santos de Souza – Representante bancário
  118. Jucelino Alves Avelino – Publicitário
  119. Sabrinny Nogueira Vieira – Estudante de direito
  120. Samara Nogueira Vieira – Estudante
  121. Carlos Alberto de Souza Sena – Bilheteiro
  122. Aline Gonçalves Brito dos santos – Autônoma
  123. Fernando Belarmino dos Santos – Autônomo
  124. Joyce Caroline Gomes da Silva – Auxiliar de Escritório
  125. Victor Augusto Gomes da Silva – Operador de monitoramento
  126. Victor Augusto Gomes – Operador de monitoramente
  127. Diunilo Gonçalves de Brito – Autônomo
  128. Noemi de Arruda Sabbag – Aposentada
  129. Erika Christina Gomes – Cozinheira
  130. Silvia Andrea Gomes – Assistente Executivo
  131. Thiago C. Sapede – Historiador
  132. Renata Coutinho de Almeida – Advogada doutoranda em Direito pela Universidade de Coimbra.
  133. Jean Pablo Castelhano Rosa – Auxiliar Administrativo
  134. Jean Lenon Alves Rosa – Pedreiro
  135. Thiago Hajnal Gaido – Empresário
  136. Alessandra Castelhano – Artista Plástica
  137. Alessandra Cristina de Araújo – Dona de Casa
  138. Diego Santana – Auxiliar de escritório
  139. Christiano Ribeiro Borges – Professor
  140. Eduardo de Arruda Sabbag – Funcionário Público
  141. Jefferson Pereira Lima – Atendente
  142. Bruno Ramos – Técnico de Enfermagem
  143. Rita de Cássia Oliveira Tavares – Dona de casa
  144. Cláudia Regina Bispo de Oliveira – Dona de casa
  145. Guilherme Bispo Gomes de Oliveira – Consultor ABB
  146. Mônica Patrícia Gonçalves Santos – Bancário
  147. Edmundo Leandro dos Santos – Autônomo
  148. William e Rodrigues – Representante comercial
  149. Assis – Padre caboverdiano
  150. Ana Carolina Martins – Vendedora
  151. Victória Desirée – Vendedora
  152. Célia Santos – Cabelereira
  153. Regina Célia – Psicóloga
  154. Flávia Diniz – Continuo sambando afropcd
  155. Carlos – Líder Comunitário Eliza Maria
  156. Alexandre Vieira -Empreendedor
  157. Wellington Rodrigues – Publicitário
  158. Felipe Araújo de Oliveira – Publicitário
  159. Cecilio Henrique Costa – Professor de idiomas e mestre em Ciência Politica
  160. Virginia Alves Grazia – Trancista cabelereira
  161. Camila Alves Ferreira – Trancista cabelereira
  162. Ludmila Alves Ferreira – Trancista cabelereira
  163. Vanessa Alves dos Santos – Trancista cabelereira
  164. Beatriz Alves dos Santos – Maquiadora
  165. Elisete Alves Ferreira – Técnica de enfermagem
  166. Vivian Alves da Costa – Técnica de enfermagem
  167. Brasil Alves da Costa – Pintor
  168. Silvia Maria – Diretora da Divisão de Normatização Técnica da Secretaria Municipal de Educação aposentada.
  169. Hasani Santos – Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal de São Carlos
  170. Damany Santos – Arquiteto
  171. Marilia Neustein – Jornalista
  172. Eduardo Levy Pichetto – Advogado
  173. Janaina Ruth da Silva Dourado – Dra. pela PUC-SP e docente CPS.
  174. Elaine Maia Administradora
  175. Fabiana Ferreira Administradora
  176. Patrícia Menezes – Bancária
  177. Amanda Amaral – Supervisora de Call Center
  178. Beatriz Gracilano – Advogada
  179. Diva Green – Estilista
  180. Idalise Galindo Peixoto – Dona de Casa
  181. Erik Henrique Gracilano Motorista
  182. Anderson Graciliano Maneca Advogado
  183. Miúcha Gracilano – ADV
  184. Karolina Gonçalves Gracilano – Estudante BiomedicinaNádia Castilho – Personal Treinne
  185. Adriana Rocha – Estudante de Pedagogia
  186. Daniela Maria da Silva – Assistente social
  187. Débora Lopes – Jornalista
  188. Enzo Pravata – Estudante de Jornalismo
  189. Luiz Alves – Procurador
  190. Tallhes Meireles – Cineasta
  191. Bruna Caroline – Corretora de Imóveis
  192. Jefferson Mariano – Corretor de Imóveis
  193. Jackson Pereira – Educador Social
  194. Leonardo Damião – Vendedor
  195. Reginaldo José Vicente- Segurança
  196. Angela Alves – ADV
  197. Tadeu Kaçula – Cientista Político
  198. Marcelo Arruda – Empresário
  199. Wladimir Souza – Motorista
  200. Wellington Calixto – Motorista
  201. Débora Evelyn C de Paula – Aux de limpeza
  202. Luana Patrícia Januário – Analista de RH
  203. Kamilla Januário – Estudante de Medicina
  204. Hugo Fabrício Januário – Paramédicos
  205. Betânia Ramos Schröder – Socióloga e escritora
  206. Aline Parreira – APP Luxury Cart
  207. Sabrina Fidalgo – Cineasta
  208. Marília Salles – Educadora em Guarulhos
  209. Carta Capital
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Professores da rede pública de Pernambuco decidem iniciar greve a partir desta terça (6)








Profissionais da rede estadual de Pernambuco deflagraram greve a partir da 0h desta terça-feira (6). A decisão pela deflagração foi tomada na tarde desta segunda-feira (5), em assembleia realizada de forma remota por meio de plataforma online.

Mais de 1.700 professores, membros de departamentos administrativos e analistas da Secretaria de Educação e Esportes, que são representados pelo Sintepe (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco), participaram da tomada de decisão, ocasionada pela discordância em retornar as atividades presenciais nas unidades de ensino a partir desta terça-feira (6), data estipulada pelo Governo do Estado para a volta das turmas do último ano.

O Sintepe declarou estado de greve no último dia 24 de setembro. No dia 30, foi decretada a greve, com notificação ao Governo do Estado. Agora farão a deflagração.

A intitulada Greve em Defesa da Vida terá início à 0h desta terça e ocorrerá por tempo indeterminado. Nesta terça-feira ainda, o Sintepe também participa de audiência com o Ministério Público do Trabalho sobre a paralisação. Na quarta-feira (7), continuarão as negociações com o Governo do Estado em busca de uma resolução para o impasse. 

Com 82% dos votos, a categoria aprovou que a greve deve abranger quaisquer atividades presenciais, mas excetua as aulas e atividades remotas que porventura ocorram ou que já estão em andamento. Outros 15% votaram em uma "greve total" e 3% se abstiveram. 

"Tendo imposição de governos em retomar as atividades presenciais sem a plena garantia da segurança sanitária, é greve pela vida! Greve pela vida significa não retornar às atividades presenciais. Já as atividades remotas continuam", disse Heleno Araújo, presidente da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e diretor do Sintepe.

No domingo (4), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) considerou a paralisação abusiva. Na decisão, o desembargador Fábio Eugênio Dantas de Oliveira Lima ordenou que o sindicato “encerre imediatamente a greve” ou, caso não a tenha iniciado ainda, “não a inicie”. Caso a determinação não seja cumprida, o órgão sindical terá de pagar uma multa diária de R$ 50 mil. Sobre o assunto, o Sintepe disse ainda não ter recebido uma notificação oficial e sinalizou que deve recorrer da decisão. 

A ordem judicial responde a uma ação movida pelo Governo, que argumentou ter tomado a medida de autorizar a volta das atividades presenciais com base em “estudos de realidade epidemiológica de todas as regiões do estado”.

No texto, o desembargador Oliveira Lima considera que “a educação é um direito básico fundamental” e que a greve deflagrada pelo Sintepe descumpre o artigo 13 da Lei 7.783/1989 (Lei de Greve) por não ter informado o Governo sobre a paralisação “com a antecedência mínima de 72 horas”.

O Sintepe ajuizou ação civil pública a fim de impedir o retorno às atividades presenciais na rede estadual. Fernando Melo afirmou que, desde o anúncio do Governo, o sindicato tem se posicionado contrário ao retorno em todas as negociações com a Secretaria de Educação e Esportes, sempre alegando que "no atual estágio da pandemia em Pernambuco, sem estudos técnicos específicos voltados à realidade do espaço escolar, o retorno às aulas é extremamente perigoso", alegou o presidente do Sintepe, Fernando Melo. 

Folha de Perenambuco

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Cerca de 40% da floresta amazônica pode virar savana, diz estudo




Até 40% da floresta amazônica pode se transformar em savana antes do fim do século devido à falta de chuvas causada pelas emissões de gases causadores do efeito estufa, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira 5.

As florestas são muito sensíveis às mudanças no regime de chuvas em longos períodos, já que a falta de água mata as árvores.

O fenômeno tem consequências, como a perda dos ecossistemas tropicais e uma capacidade menor para absorver as emissões de gases de efeito estufa de origem humana.

Uma equipe de cientistas europeus usou os últimos dados atmosféricos disponíveis para simular a reação das florestas úmidas à mudança no regime de chuvas. Além disso, também visaram simular especialmente as consequências da continuação do uso de combustíveis fósseis até o final do século.

Eles calcularam que as chuvas na Amazônia já estão tão baixas que até 40% de sua floresta pode se transformar em sistema de pastagem, segundo o estudo do Stockholm Resilience Centre, publicado na Nature Communications.

A autora principal do estudo, Arie Staal, destaca que as florestas úmidas normalmente criam suas próprias precipitações por evaporação, beneficiando o crescimento das árvores.

Mas o contrário também acontece. Quando as chuvas param, a floresta desaparece. “Quando a floresta diminui, há menos chuvas, o que causa a seca, mais incêndios e perda de árvores: é um ciclo vicioso”, segundo ela.

O estudo buscou analisar a resistência das florestas tropicais úmidas em cenários extremos.

Em um desses casos, os pesquisadores concluíram que se desparecerem brutalmente, as florestas úmidas teriam muita dificuldade para se reconstruir.

Além da bacia amazônica, o estudo estabelece que a bacia do Congo também pode se transformar em savana.

“Compreendemos agora que as florestas úmidas em todos os continentes são muito sensíveis às mudanças globais e podem rapidamente perder sua capacidade de adaptação”, segundo Ingo Fetzer, do Stockholm Resilience Centre.

“Se desaparecerem, sua restauração ao estado original levará décadas”, disse.


Carata Capital

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Rui Costa não deve liberar volta às aulas na Bahia: “Não dá para tomar decisão burocrática”




O governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou que não pretende liberar a volta às aulas presenciais neste momento. Ele disse que teve uma conversa com o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e que o momento é de cautela.

"Nós conversamos sobre o protocolo de retorno e continuamos com a ideia de dividir as salas em duas. Estamos acompanhando os números para entender como se pode voltar e não temos um diagnóstico muito claro de como está a doença, para gente saber como voltar para as aulas. O número de mortes cria uma sensação de que a doença ainda está forte. Não dá pra tomar decisão burocrática. Precisa reduzir os números ainda”, declarou.

Ao comentar os números da Covid-19 no País, Rui Costa disse não acreditar que o Brasil viva uma segunda onda da doença. “Como, infelizmente, temos um número alto de casos e uma grande taxa de infectados, isso deve diminuir a possibilidade de uma segunda onda, como está acontecendo na Europa. Aqui, o avanço do vírus foi diferente. Por isso, acreditamos que a possibilidade de outra onda é pequena”, completou.

Em entrevista ao jornal Correio, o secretário de Educação de Salvador, Bruno Barral, disse que a volta às aulas pode acontecer somente em 2021. Mas ele assegurou que já existem planos definidos para que esse retorno aconteça de forma segura.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 4 de outubro de 2020

Eleições: TSE tem canal para denúncia de disparos em massa no WhatsApp





O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nesta semana um formulário online para receber denúncias de disparos de mensagens em massa por meio do WhatsApp durante as eleições municipais. de 2020.

Pela primeira vez, nas eleições deste ano, o disparo de mensagens em massa foi expressamente proibido pela Justiça Eleitoral na norma sobre propaganda eleitoral. Os termos de uso do WhatsApp também não permitem a prática.

As mensagens do tipo em geral são impessoais e costumam trazer conteúdos alarmistas e acusatórios. A Justiça Eleitoral incentiva que o eleitor faça a denúncia se receber mensagens suspeitas provenientes, por exemplo, de contatos desconhecidos ou de vários grupos ao mesmo tempo.


O próprio WhatsApp se comprometeu, junto ao TSE, a investigar as denúncias e inativar contas suspeitas, encaminhando as informações pertinentes às autoridades. Segundo a plataforma, trata-se de “iniciativa inédita no mundo”.

Comportamento inautêntico

O formulário de denúncia faz parte de uma série de medidas anunciadas nesta semana pela Justiça Eleitoral para combater o que chama de “comportamentos inautênticos” relacionado às eleições na internet, em especial nas redes sociais. Um exemplo que costuma ser dado é o uso de robôs e contas falsas para promover artificialmente campanhas de ódio contra candidatos e instituições.

Tais comportamentos são “muitas vezes provenientes de verdadeiras milícias digitais, organizadas hierarquicamente, com financiamento privado e atuação concertada para a difusão de mentiras e ataques às instituições”, disse o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso.

Durante o lançamento do formulário de denúncias, o diretor de políticas públicas para o WhatsApp no Brasil, Dario Durigan, fez um apelo para que também os candidatos denunciem empresas e indivíduos que ofereçam o serviço de disparo de mensagens.

“Sabemos que existem empresas que oferecem serviços ilegais de disparo em massa de mensagens, por isso o WhatsApp solicita aos candidatos que rejeitem essas propostas e façam as devidas comunicações às autoridades constituídas”, disse ele.

Ainda tramitam no TSE diferentes investigações que apuram eventuais desvios às normas eleitorais no pagamento por disparos de mensagens em massa na eleição presidencial de 2018 ] .

Carta Capital

Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 3 de outubro de 2020

Você conhece o PLANO DE GOVERNO de João Lira, Janjão, Jotinha e Irmão da Pedra para saúde?


Quais os projetos  do seu candidato para saúde dos bonjardinenses ?

Quantos postos de saúde irão funcionar? 

Vai ter medicamentos para os pacientes?

Vai ter concurso público para funcionários da saúde?

Quem será o secretário ou secretária de saúde? Quem serão os coordenadores dos PSF?

Quem será o diretor(a) do hospital municipal? Vai ter médico para atender os pacientes? 

Haverá transparência na aplicação do dinheiro público da saúde? O povo será ouvido? O Conselho de Saúde irá funcionar? Haverá Audiências Públicas para debater os problemas de saúde do município?

Haverá uma política pública para cuidar dos pacientes com câncer?



Bom Jardim terá serviço de parto, maternidade? As crianças irão nascer em Bom Jardim?

Vai ter programa de saúde preventiva? Cuidados com alimentação?

Vai ter campanhas sistemáticas de vacinação e Campanhas de orientação contra doenças do coração, pulmão,  da pele, verminoses ?

Vai ter política pública para saúde do Homem e da Mulher? Fisioterapia? 

Vai política pública para cuidar da saúde dos idosos, das crianças e dos funcionários públicos?

A vigilância sanitária vai ser estruturada, vai funcionar? Os agentes de saúde e endemias terão melhores condições de trabalho?

Vai ter médico da família nas comunidades, distritos, vilas e povoados? 

Vai ter formação, capacitação, cursos na área de saúde para servidores e futuros profissionais?


Vai ter uma ambulância em cada posto saúde?

Os funcionários da saúde serão valorizados ou serão contratados que receberão baixos salários?

O cidadão que quebrar um braço, uma perna terá radiografia, médico e gesso para imobilizar o membro afetado? Exames médicos e laboratoriais?  

Haverá campanhas para reduzir o uso de drogas lícitas e ilícitas?

O município terá psicólogos nas escolas e nos postos de saúde? Programas de saúde bucal nas escolas ?
 
O hospital terá eletrocardiograma, Raio X,  Respiradores, Ultrassom, Camas, etc. 

Haverá programa de orientação contras DSTs, Gravidez Indesejada e Planejamento Familiar?

Haverá saneamento básico nas ruas e comunidades, cuidados com o lixo, cuidados com o rio, programas de cultura e lazer para reduzir o grau de infelicidade da população? 

Antes de escolher seu candidato para prefeito verifique suas propostas, seu projeto. 
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Lula diz que governo atual “lambe as botas dos Estados Unidos”



Ex-presidente participou de evento virtual promovido pela Federação Única dos Petroleiros (FUP)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste sábado, 3, que o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “vive todo santo dia lambendo as botas do governo americano” e “vende a alma ao diabo”. As declarações foram dadas durante discurso em evento virtual promovido pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) em comemoração aos 67 anos de fundação da Petrobras. O ato, que tem a participação de diversos sindicatos, é chamado “Pela Soberania Nacional – Em Defesa do Povo Brasileiro”.

“Quando você tem um Brasil que coloca um general nosso pra ser subordinado a um general americano no comando da Quarta Frota, que é a frota americana pra tomar conta do Oceano Atlântico e para vigiar o nosso petróleo, quando você tem um presidente da República que vive todo santo dia lambendo as botas do governo americano mesmo quando o governo americano fala bobagem contra o Brasil, quando você tem um ministro da Educação, um ministro das Relações Exteriores que lambe as botas do presidente norte-americano, que é tão troglodita quanto o nosso, que é um cara violento, que não acredita na democracia nem respeita os direitos humanos, o que você pensa da nossa soberania? Ela está correndo risco”, afirmou Lula. “Um país que não tem soberania não é respeitado. O Brasil não tem tendência para voltar a ser colônia”, continuou o petista. “Não é possível que esse país tenha dirigentes que não gostam do país. Quem não gosta do país vende a alma ao diabo, e é isso que eles estão fazendo agora”, continuou.

Durante sua fala, que durou pouco menos de cinco minutos, Lula relembrou a descoberta do petróleo do pré-sal e fez uma crítica a quem não confia no País: “Quando a gente anunciou o pré-sal, os adversários da Petrobras diziam que a gente não ia conseguir prospectar o petróleo porque era muito caro. E hoje o barril do petróleo do pré-sal é colocado em terra a quase o mesmo preço da Arábia Saudita, numa demonstração de que o Brasil nunca deu certo porque os vira-latas nunca confiaram no Brasil, sempre ficaram dependendo de outros países e de palpites estrangeiros”.

O evento começou às 15h e é transmitido pela internet, com a participação de sindicalistas e políticos de partidos de esquerda.

Carta Capital

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Salário mínimo mais alto do mundo? Cidade na Suíça aprova piso de R$ 25 mil



Franco suico
Legenda da foto,

Franco suíço é uma moeda com cotação forte em comparação com euro, dólar e real

A população da cidade de Genebra, na Suíça, aprovou nesta semana em um referendo a criação de um salário mínimo de 23 francos suíços por hora — o que equivale a 4.086 francos mensais em uma jornada semanal de 41 horas, ou R$ 25 mil por mês.

A quantia parece exorbitante para os padrões brasileiros, onde o salário mínimo é de apenas 4% do valor suíço — R$ 1.045 (ou 170 francos). No Brasil, o presidente brasileiro tem salário mensal de R$ 27 mil reais, um pouco superior ao mínimo de Genebra.

Mas Genebra é considerada uma das cidades mais caras do mundo. Um cafezinho em Genebra costuma custar cerca de 5 euros, ou mais de R$ 30.

Os sindicatos de trabalhadores, que promoveram a proposta do salário mínimo, dizem que houve um aumento grande no número de pessoas procurando centros de doações de comida por conta da pandemia de coronavírus.


Uma das atividades econômicas mais importantes de Genebra é o turismo, setor que foi fortemente afetado pela doença.

Segundo os sindicalistas, é difícil sobreviver na Suíça com renda inferior a 4 mil francos suíços mensais — justamente o valor que foi aprovado de salário mínimo.

Habitação, serviços com água e luz, transporte público, seguro de saúde e alimentação estão entre os itens mais caros, quando comparados com outras cidades em outros países.

O aluguel mensal de um apartamento de um quarto na região central de Genebra custa por volta de 1,8 mil francos (R$ 11 mil). Um trabalhador pode gastar em um mês mais de 670 francos (R$ 4 mil) em transporte, seguro de saúde e contas da casa.

Mas quando comparado com outros países, o salário mínimo da cidade suíça é extremamente alto. São quase 3,8 mil euros por mês — mais do que o dobro do salário mínimo pago nos países vizinhos Alemanha e França (por volta de 1,5 mil euros). E muito superior aos 2 mil euros pagos em Luxemburgo, que tem o maior salário mínimo em âmbito nacional da Europa.

A Suíça não possui uma política nacional de salário mínimo, cabendo a cada cidade decidir sobre esta questão por conta própria.

O país é conhecido por dar aos seus cidadãos a possibilidade de tomar diversas decisões via referendo.

A proposta de estabelecimento de salário mínimo havia sido rejeitada em Genebra em referendos em 2011 e 2014. Agora a municipalidade já é o terceiro cantão suíço a estabelecer um piso de salário.

Brasil

O contraste entre os salários pagos na Suíça e os praticados no Brasil é enorme. Mas isso acontece porque o poder de compra das moedas e os custos de vida são muito distintos.

Genebra
Legenda da foto,

Genebra tem um dos maiores custos de vida do planeta e teve economia muito afetada pela covid-19

Na Suíça, um salário mínimo brasileiro, de R$ 1.045 ou 170 francos suíços, seria suficiente para pagar apenas um cafezinho por dia do mês, aproximadamente (tomando por base o preço de 5 euros ou 5,40 francos por café).

Já em território brasileiro, um mínimo é suficiente para comprar duas cestas básicas em São Paulo, cidade brasileira com os preços mais caros de alimentos.

A cesta básica é uma estimativa do custo mensal para se alimentar uma família de quatro pessoas, com 13 gêneros alimentícios, como carne, arroz, feijão, legumes e frutas. Ela varia nas capitais brasileiras entre R$ 520 e R$ 380.

Mas quando é considerado o custo de vida total, e não apenas da alimentação, o poder de compra do salário mínimo brasileiro deixa muito a desejar. Para sustentar minimamente os gastos de uma família de quatro pessoas, um trabalhador precisaria receber R$ 4.347 por mês — mais de quatro vezes o valor atual do salário mínimo, segundo um cálculo feito no começo do ano pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socieconômicos (Dieese).

O salário mínimo de Genebra também provocaria indignação nos professores brasileiros — cujo piso nacional está pouco acima de R$ 2,8 mil. Isso significa que um professor brasileiro ganhando o piso precisaria economizar nove meses de salário para receber o equivalente a um mínimo em Genebra.

No Brasil um salário de R$ 25 mil coloca o trabalhador imediatamente no topo da pirâmide salarial. Um levantamento feito pela Oxfam no ano passado mostrou que 99% dos trabalhadores brasileiros recebem menos que R$ 23 mil.

Ainda assim, houve quem reclamasse desse valor. Em 2019, um procurador de Minas Gerais reclamou do "miserê" que é seu salário mensal de R$ 24 mil, provocando indignação nas redes sociais.

Mas uma consideração importante a se fazer, ao comparar o salário mínimo brasileiro com o de uma cidade na Suíça, é sobre a cotação internacional das moedas.

O real foi uma das moedas do mundo que mais se desvalorizou em relação ao dólar desde o começo do ano. A moeda brasileira perdeu cerca de 40% do seu poder de compra internacional desde janeiro — um dólar vale hoje no Brasil cerca de R$ 5,64, em vez de R$ 4,02 na cotação vigente em janeiro.

Pela cotação do real do começo do ano, um salário mínimo como esse anunciado por Genebra valeria R$ 17 mil naquela época — 30% a menos. No ano passado, quando o real estava ainda mais forte, os mesmos 4.086 francos suíços equivaliam a R$ 14 mil A mera variação cambial é capaz de criar grandes diferenças no valor.

BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

'Sem wi-fi': pandemia cria novo símbolo de desigualdade na educação


Jovem com celular sem conexão
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'Muitos falam que não conseguem acessar as aulas', conta jovem do segundo ano do ensino médio. 'Alguns nem pegaram a apostila ainda'

Desde que as aulas remotas começaram, em março, Matheus Lopes de Oliveira, 18, tem dependido da ajuda da irmã e da apostila que buscou na escola para conseguir continuar estudando.

Isso porque uma combinação de problemas tem tornado mais difícil acompanhar as aulas pela internet: Matheus, aluno do segundo ano do ensino médio na rede estadual do Rio de Janeiro, não consegue fazer o login no ambiente remoto escolar desde que precisou trocar de celular. Sua casa, no Complexo do Alemão, tem conexão com a internet, mas ela é instável. "Cai toda hora, a área (de cobertura) é ruim. E quando passa caminhão ou voam com pipas aqui na rua, estragam o fio."

Ele continua estudando cerca de uma hora por dia (bem menos do que passava na escola antes da pandemia), mas nem sempre consegue conciliar as tarefas escolares com o seu trabalho na ONG Educap. Por causa da pandemia, aumentou a demanda pelas cestas básicas que ele organiza e distribui na comunidade.

Na prática, Matheus está desde março sem participar ativamente das aulas online, fazendo apenas os exercícios da apostila, que ele vai levar de volta à escola em outubro para que seja corrigida pelos professores. A irmã e outros conhecidos têm ajudado a tirar as dúvidas do conteúdo.

"A gente tem um grupo de WhatsApp (da turma da escola), e muitos falam que não conseguem acessar as aulas", conta à BBC News Brasil. "Alguns nem pegaram a apostila ainda."

Questionado se teme ficar para trás nos estudos, Matheus diz que tem mais medo de passar de ano sem sentir que aprendeu o suficiente. "Queria fazer tudo de novo. Não adianta eu passar para o terceiro ano sem ter aprendido nada. Prefiro voltar e fazer o segundo ano de novo, do zero."

Em São Paulo, na comunidade do Jardim São Luís (extremo sul), Vânia Rocha tem internet em casa, mas apenas um aparelho eletrônico: o seu próprio celular, que não tem sido o bastante para dar conta das aulas dos dois filhos, Gabriel e Giovana. Com a filha mais nova, de sete anos, a maior dificuldade é conseguir ajudá-la nos estudos, já que, aos 7 anos, ela ainda é pequena para estudar sozinha.

Complexo do Alemão, em foto de arquivo
Legenda da foto,

No Complexo do Alemão, onde mora Matheus, seu acesso à internet é instável

"Nós recebemos a apostila da escola, mas eu não consegui acompanhar os estudos dela. (...) Acabei desistindo, infelizmente", conta. "Outro dia, a Giovana me perguntou: 'mãe, no ano que vem, quando passar a pandemia, eu vou voltar para a escola e ir para o segundo ano (do ensino fundamental) sem saber ler e escrever?' A gente respira e não sabe o que responder. (...) A desigualdade é muito grande, os filhos da periferia não estão acompanhando as aulas."

18% dos alunos sem acesso às atividades da escola

A pandemia do coronavírus acentuou as desigualdades na educação e tornou mais comuns, pelo Brasil inteiro, as dificuldades de conectividade enfrentadas por Matheus e Vânia. Enquanto redes e alunos com mais estrutura avançaram (mesmo que com percalços) no ensino remoto, uma parcela dos alunos e de locais mais carentes não conseguiu se manter conectada e foi perdendo tanto conteúdo quanto entusiasmo pelos estudos.

No momento em que as redes estaduais e municipais começam a planejar a retomada para o ensino presencial (ou ao menos híbrido), reengajá-los será um dos grandes desafios.

Ainda em julho, uma pesquisa do Datafolha para as fundações Lemann, Itaú Social e Imaginable Futures com pais ou responsáveis de 1.556 estudantes de escolas públicas do país concluiu que aumentou de 74% (desde maio) para 82% o índice de alunos que estavam recebendo atividades escolares em casa, seja por material impresso ou celulares, TV, rádio e computador, ou uma combinação desses meios.

Mas isso ainda deixa quase 1 em cada 5 estudantes da rede pública sem ter feito atividades remotas da escola.

A proporção de alunos sem acesso aos conteúdos escolares era ainda maior na região Norte (38% contra 18% do resto do país) e em casas que concentram três ou mais estudantes.

Além disso, a falta de motivação dos jovens com as atividades remotas passou de 46% em maio para 51% em julho.

Mas o dado mais preocupante da pesquisa é de que os pais de mais de um terço dos estudantes dizem que seus filhos consideram muito difícil a rotina de estudos remotos e correm o risco de abandonar a escola por causa disso.

Mãe estudando com a filha
Legenda da foto,

Enquanto parte dos alunos têm se mantido conectado e engajado nas aulas remotas, outra parte corre risco grave de evasão escolar

O déficit tecnológico vem de antes da pandemia. A pesquisa TIC Domicílios de 2019 apontava que, naquela época, 43% dos domicílios urbanos brasileiros e apenas 18% dos rurais tinham computador em casa. No que diz respeito à conexão com a internet em casa, os percentuais subiam para 75% em lares urbanos e 51% em lares rurais.

Embora esses números estejam desatualizados por conta da pandemia - já que parte dos alunos ganhou pacotes de dados e dispositivos eletrônicos, de redes públicas ou doadores particulares, para continuar estudando -, eles exemplificam a desigualdade de acesso à tecnologia, à conectividade e à informação no país.

'Mais vulneráveis ficam para trás'

"O abismo digital, que já era preocupante, na pandemia vai piorar. (...) A falta de conectividade implica em deixar as crianças mais vulneráveis para trás", diz à BBC News Brasil Ítalo Dutra, chefe de educação do Unicef (braço da ONU para a infância) no Brasil. Isso porque o grupo de alunos mais desconectados coincide com o grupo que tem renda per capita menor, mais incidência de pobreza e mais chance de abandonar a escola antes de concluir os estudos.

Dutra destaca, porém, que a maioria das redes públicas de educação do país têm conseguido combinar atividades digitais com materiais físicos, para minimizar a dependência da conexão com a internet. O Unicef também promove, desde 2017, em parceria com a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), um projeto de busca ativa dos alunos, que consiste em ir atrás de estudantes que não têm frequentado as aulas.

Na pandemia, diz ele, o parâmetro estabelecido pela Undime é de que alunos que estão há no máximo três semanas sem manter contato com a escola ou realizar tarefas devem ser ativamente buscados. "A gente ainda vai precisar conviver com o vírus por um tempo. A grande preocupação nesse contexto é a perda de vínculo desses alunos com a escola, e de eles perderem seu direito à educação", afirma.

Claudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais (Ceipe) da FGV, também destaca o esforço da grande maioria das redes públicas do país em manter o ensino vivo, a despeito dos desafios de conectividade.

Aula remota da rede amazonense
Legenda da foto,

Muitas redes, como a amazonense na foto acima, conciliaram ensino online com atividades impressas, pela TV e por rádio

Mas ela destaca também que "o Brasil não tem direito, como nona maior economia do mundo, a ter expectativas baixas quanto a suas escolas". E lembra que o o ensino da cultura digital faz parte da Base Nacional Curricular Comum, documento que define as competências principais que as crianças devem aprender na educação básica brasileira e que prevê que todos devem ser capazes de "comunicar-se, acessar e produzir informações e conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria".

Ambos os especialistas destacam, também, que o acesso por si só à internet e ao material digital das aulas não é garantia de mais aprendizado.

"O que garante a qualidade do aprendizado é a boa mediação do professor, seu feedback ao aluno", afirma Dutra. "E tem havido uma grande diversidade de mediações (nas aulas em meio à pandemia)."

Carência de aparelhos, de wi-fi e de comida

De volta ao Jardim São Luís, em São Paulo, Vânia Rocha conseguiu alguns aparelhos para distribuir às crianças locais e ajudá-las nos estudos, por intermédio da ONG onde trabalha, a Orpas. "Mas a procura é imensa, e não temos recursos para atender todos", conta.

"A carência de estrutura é total: desde ter uma boa internet para assistir a um vídeo até ter um aparelho. A mãe que consegue ter wi-fi em casa precisa trabalhar para pagar isso, e fica sem tempo para acompanhar o filho nos estudos — e ele precisa disso, porque não aprende sozinho", afirma.

Em regiões de maior vulnerabilidade, há preocupações com questões ainda mais urgentes do que a conectividade: a fome.

Pessoa estudando online
Legenda da foto,

'A internet é para quem é mais privilegiado por aqui, para quem tem um bom aparelho de celular. No nosso contexto rural, isso praticamente não existe''

Na divisa entre a zona da mata e o agreste de Pernambuco, Lilian Prado tem um projeto para apoiar mães empreendedoras, o que lhe permitiu acompanhar de perto a realidade de algumas famílias da região.

"A internet é para quem é mais privilegiado por aqui, para quem tem um bom aparelho de celular. No nosso contexto rural, isso praticamente não existe. Minha mãe é professora e muitos de seus alunos nem têm comida direito em casa. Ela imprime os materiais, e as crianças vêm pegar", conta Prado.

"É horroroso que no Brasil, nos dias de hoje, a gente ainda veja pessoas morando em condições tão ruins — em casas de taipa, pessoas com fome, mulheres que sequer têm documentos, muito menos smartphone. Então é só um grupo pequeno e privilegiado daqui que tem conseguido estudar pela internet."

Para Claudia Costin, à medida que a pandemia se estende e a necessidade de rodízio de alunos em sala (quando as aulas presenciais voltarem) vira uma possibilidade crescente para muitas redes, vai ser cada vez mais importante incluir a conectividade dos alunos no planejamento orçamentário de Estados e municípios, apesar das dificuldades fiscais.

"Se a gente conseguir ampliar o acesso a equipamentos e a pacotes de dados, vamos ajudar muito esses alunos", conclui.

  • Paula Adamo Idoeta
  • Da BBC News Brasil em São Paulo
Professor Edgar Bom Jardim - PE