quinta-feira, 18 de junho de 2020

Novo advogado de Queiroz diz que cliente teme pela vida



Senador Randolfe Rodrigues pediu ao MP medidas urgentes para resguardar a vida de Queiroz e seus familiares

O novo advogado de Fabrício Queiroz afirmou, nesta quinta-feira 18, que seu cliente recebeu ameaças e teme pela própria vida. Paulo Emílio Catta Preta assumiu o caso e se reuniu com Queiroz  no Presídio de Benfica, na Zona Norte do Rio, onde Queiroz foi levado depois de ter sido preso em São Paulo. Ao deixar o prédio, ele conversou com a imprensa.

O advogado disse não saber detalhes sobre as supostas ameaças recebidas por Queiroz. “Ele não me disse [quem fez as ameaças], mas disse que já recebeu ameaças desde que esse caso veio à tona”, enfatizou Paulo.

Ele contou que entrará com um pedido de liberdade de Queiroz. “Vou tentar, naturalmente, um pedido de revogação. Um habeas corpus é a medida natural nesse momento. E mais adiante, conhecendo em profundidade a investigação, nos prepararmos para enfrenta-la e esclarecermos o que nós acharmos que precisa ser esclarecido”, disse o advogado.

Catta Preta também era o advogado do miliciano e ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega, morto na Bahia em fevereiro.

O ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Fabrício Queiroz, foi preso em Atibaia, interior de São Paulo, na manhã desta quinta-feira 18. Os mandados de busca e apreensão e de prisão foram expedidos pela Justiça do Rio de Janeiro, num desdobramento da investigação que apura esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

Senador pede proteção do MP a Queiroz

O líder da oposição do Senado Federal, o senador Randolfe Rodrigues (REDE) entrou com um pedido ao Ministério Público do RJ pedindo medidas urgentes para resguardar a vida de Queiroz, além da incolumidade física e psicológica de seus familiares.

O senador justifica o pedido pela aproximação de Queiroz com a família Bolsonaro, possuindo enorme poder e capacidade de influência e pressão para o andamento das investigações.



Políticos cobram respostas sobre pontas soltas do caso. Veja essa e outras reações à prisão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro

A prisão do ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) Fabrício Queiroz, na manhã desta quinta-feira 18, gerou reações rápidas nas redes sociais relacionadas às pontas soltas que ainda não foram esclarecidas pela família do presidente da República e pela polícia.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) afirma que obteve na Justiça “a decretação de medidas cautelares que incluem busca e apreensão, afastamento da função pública, o comparecimento mensal em Juízo e a proibição de contato com testemunhas”. A operação foi nomeada de Operação Anjo e foi cumprida em São Paulo e no Rio de Janeiro, que teve mandados em um antigo endereço de Jair Bolsonaro.

Queiroz estava em um sítio em Atibaia (SP) pertencente ao advogado de Flávio, Frederick Wassef, que afirmava em entrevistas não saber o paradeiro do amigo pessoal do presidente Jair Bolsonaro. Em entrevista à GloboNews, o delegado responsável pelo cumprimento do pedido de prisão afirmou que o ex-assessor estava na casa há cerca de 1 ano, o que contradiz as afirmações passadas de Wassef.

Para o governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB), a ação de hoje pode insuflar os ânimos de Jair Bolsonaro em relação às instituições. “Espero que os comandos destas desautorizem o uso indevido. Queiroz, rachadinhas e fake news são assuntos judiciais, não militares”, escreveu, associando Queiroz a uma “facção de Bolsonaro”.

Com mais integrantes da facção de Bolsonaro presos, é provável que ele insista na intimidação sobre o Judiciário, usando a imagem das Forças Armadas. Espero que os comandos destas desautorizem o uso indevido. Queiroz, rachadinhas e fake news são assuntos judiciais, não militares

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Parlamentares do PSOL, como a deputada Talíria Petrone, Marcelo Freixo e Sâmia Bomfim, também comentaram sobre o caso em suas páginas. “O Brasil quer respostas!”, escreveu Sâmia, elencando algumas das dúvidas ainda não informadas ou sequer resolvidas do caso.

Fabrício Queiroz foi preso na casa do advogado de Flávio Bolsonaro. Já sabemos como o clã Bolsonaro vai responder, né? “Não sabia, não quero saber e tenho raiva de quem sabe”. Mas parece que o cerco tá se fechando...

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Por que Queiroz estava escondido na casa do advogado dos Bolsonaro?

Quem sabia do esconderijo?

O que a PF encontrou na casa de Jair Bolsonaro em Bento Ribeiro? Por que marretaram as paredes?

O Brasil quer respostas!

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Para o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que é líder da oposição no Congresso Nacional, é hora da denúncia contra o mandato de Flávio Bolsonaro tramitar no Legislativo. “O senador e filho do presidente deve respostas à Justiça.”, escreveu.

Queiroz foi preso! E foi encontrado na casa do advogado de FLÁVIO BOLSONARO. Quem poderia imaginar essa relação? Aliás, está na hora da nossa denúncia contra Flávio andar. Tem que ser cassado URGENTE! O senador e filho do presidente deve respostas à justiça. Ah! Grande dia 👍🏼

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Internautas levantaram entrevistas recentes relacionadas ao caso das rachadinhas, que vem se alongando desde o fim de 2018, quando Jair Bolsonaro já estava eleito presidente da República. Desde então, o seu filho mais velho nega saber dos esquemas que teriam ocorrido em seu próprio gabinete.

“Um cara correto, trabalhador, dando sangue por aquilo que ele acredita”, diz Flávio sobre o ex-assessor. A fala foi feita em uma live nas redes sociais do senador no fim de maio. Ele fazia uma crítica-resposta ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).

Reação do bolsonarismo ainda é silenciosa

Já do lado dos apoiadores de Bolsonaro, ainda há silêncio sobre a resposta coordenada à prisão. De maneira atípica, o presidente. passou sem cumprimentar seus apoiadores que o aguardavam no Palácio da Alvorada na manhã desta quitna-feira 18.

O seu filho mais novo, deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), publicou nas redes apenas sobre a repercussão de uma ação da HBO sobre o filme “E o Vento Levou”. Nos comentários, porém, os seguidores o lembravam do assunto principal do dia.

A atitude da HBO @hbomax de deletar de sua plataforma o clássico vencedor de 8 prêmios Oscar (sendo um destes pela 1ª vez a uma negra) se quipara a ditadores que mandavam queimar livros e revela serem eles próprios os racistas

Quem supera o racismo está acima desse ódio doentio

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Ex-ministro

O ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, também se pronunciou em suas redes sociais, após a prisão de Queiroz. Ele defendeu a independência das Polícias, do Ministério Público e das Cortes da Justiça.

O importante é que polícias, Ministério Público e Cortes de Justiça possam trabalhar de maneira independente e que todos os fatos sejam esclarecidos.


Carta Capital
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Brasil livre do pior ministro da educação


Público das redes sociais considera Weintraub o pior ministro da educação da história 

O economista Abraham Weintraub não é mais o ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro. Nesta quinta-feira 18, o presidente anunciou a saída do ministro após um ano e dois meses no cargo. Weintraub publicou um vídeo em suas redes sociais anunciando que deixa o cargo para trabalhar no banco mundial.

Bolsonaro disse que é uma decisão difícil. “A confiança você não compra, você adquire. Todos que estão nos ouvindo agora são maiores de idade e sabem o que o Brasil está passando. O momento é de confiança. Jamais deixaremos de lutar pela liberdade, eu faço o que o povo quiser”, disse Bolsonaro, que encerrou o vídeo abrancando o ministro. Os dois não utilizavam máscaras, desrespeitando a recomendação da OMS.

Titular da pasta desde abril de 2019, quando substituiu Ricardo Vélez Rodrigues, Weintraub cai após a divulgação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril, em que o agora ex-ministro xinga os integrantes do STF de vagabundos e diz que eles deveriam ser presos.

“Eu acho que é isso que a gente está perdendo, está perdendo mesmo. O povo está querendo ver o que me trouxe até aqui. Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF. E é isso que me choca. Era só isso, presidente. Eu realmente acho que toda essa discussão de ‘vamos fazer isso’, ‘vamos fazer aquilo’. Vi muitos ministros que chegaram, foram embora. Eu percebo que tem muita gente com agenda própria. Eu percebo que tem, assim, tem o jogo que é jogado aqui. Mas eu não vim pra jogar o jogo. Eu vim aqui pra lutar”, disse Weintraub na reunião.

Membro da ala ideológica do governo, Weintraub nunca foi bem aceito pelos ministros técnicos e políticos.

No último fim de semana, o ex-titular da Educação participou de manifestação em Brasília com apoiadores de Bolsonaro. Por estar sem máscara, foi multado em R$ 2 mil.

Outra polêmica recente em que se envolveu foi com a Medida Provisória 979, que lhe dava poderes para substituir reitores de universidades fedarais. Com a repercussão negativa, o presidente revogou a MP.

Antes de ocupar o ministério, Weintraub já trabalhava no governo Bolsonaro. Ele foi secretário-executivo da Casa Civil, segundo cargo mais importante dentro da pasta.

O ex-ministro atuou na equipe do governo de transição. Junto com o irmão, Arthur Weintraub, foi responsável pela área de Previdência no período. Os dois foram indicados a Bolsonaro pelo ministro Onyx Lorenzoni.

Carta Capital


Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Descarga de tampa aberta pode espalhar vírus, mostra estudo


ToiletDireito de imagemGETTY IMAGES

Acionar a descarga da privada com a tampa aberta pode criar uma nuvem de gotículas que espalha infecções como o coronavírus, de acordo com uma nova pesquisa.

Cientistas chineses calcularam que a descarga pode expelir a nuvem para cima e para fora da privada.

As gotículas podem viajar até 91 centímetros a partir do chão, segundo o modelo de computador usado por cientistas da universidade de Yangzhou.

Fechar a tampa seria suficiente para impedir isso.

O trabalho foi publicado na revista científica Physics of Fluids.

O coronavírus se espalha por gotículas no ar que são emitidas por tosses e espirros, ou por objetos contaminados com o vírus.

Pessoas infectadas também podem ter vírus nas suas fezes. Mas ainda não está claro se essa é uma forma de contágio entre pessoas.

Cientistas no mundo todo estão testando sistemas de esgotos para determinar como algumas pessoas podem ser contaminadas pelo coronavírus.

Outros vírus podem se espalhar devido à higiene precária no banheiro, o que é conhecido como rota fecal-oral.

Quando a água atinge o interior da privada durante a descarga, ela bate na lateral, criando turbulência e gotas. Essas gotículas são tão pequenas que flutuam no ar por mais de um minuto, segundo o estudo do cientista Ji-Ziang Wang e seus colegas da universidade Yangzhou.

O professor Bryan Bzdek, da Bristol Aerosol Research Centre na Universidade de Bristal, disse que não há evidências de que o coronavírus seja transmissível por essa via, mas que faz sentido as pessoas se precaverem.

"Os autores do estudo sugerem que, quando possível, nós devemos manter o assento da privada abaixado quando damos descarga, limpar o assento e qualquer outra superfície de contato frequentemente, e limpar nossas mãos depois de usar o toalete."

"Enquanto esse estudo é incapaz de demonstrar que essas medidas vão reduzir a transmissão do vírus Sars-CoV-2, muitos outros vírus são transmitidos pela rota fecal-oral, então essas são práticas boas de higiene sempre, de qualquer jeito."

BBC


Professor Edgar Bom Jardim - PE

Nos EUA, Google retira site de extrema-direita de plataforma de anúncios

Sites continham comentários "perigosos e depreciativos" sobre manifestações em defesa dos direitos civis



A Google confirmou na terça-feira que retirou um site de extrema-direita de sua plataforma de anúncios e fez uma advertência a outro site por permitir comentários "perigosos e depreciativos" sobre manifestações em defesa dos direitos civis.

A empresa informou que parou de repassar anúncios com fins lucrativos para o ZeroHedge e advertiu o site The Federalist, que também pode ser bloqueado no futuro do Google Ads por violar a política sobre conteúdo. "Para ser claros, The Federalist não está atualmente desmonetizado", disse um porta-voz do Google ao ser questionado pela AFP. 

"Temos políticas rígidas que regem o conteúdo no qual os anúncios podem ser executados, incluindo os comentários no site. Esta é uma política de longa data", completou.

A ação contra o ZeroHedge e a advertência enviada ao The Federalist envolvem os conteúdos nas áreas de comentários que violaram a política do Google sobre conteúdos perigosos e depreciativos, segundo a empresa. 

O conteúdo ofensivo estava relacionado com informação falsa sobre protestos recentes do movimento Black Lives Matter, de acordo com a imprensa americana. ZeroHedge anunciou que apresentou uma apelação contra a decisão do Google e espera "remediar" a situação.

A política em questão foi implementada pelo Google há três anos como parte de um esforço para evitar que a publicidade de seus anunciantes apareça ao lado de conteúdo de ódio nos sites.

AFP / Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE