sábado, 11 de janeiro de 2020

Queda de avião no Irã: Governo iraniano admite que derrubou aeronave após 'falha humana'



Avião da Ukranian International AirlinesDireito de imagemREUTERS
Image captionAvião da Ukranian International Airlines levava 176 pessoas quando caiu perto de Teerã, na quarta-feira
O Irã admitiu que derrubou por engano o avião ucraniano que caiu na quarta-feira (8) com 176 pessoas a bordo perto de Teerã.
Uma investigação interna identificou que "mísseis foram disparados por falha humana", afirmou o presidente iraniano, Hassan Rouhani. Ele descreveu a tragédia como um "erro imperdoável".
Militares disseram que o avião voava muito perto de um lugar sensível que pertence à Guarda Revolucionária do Irã e foi considerado, por engano, uma aeronave hostil.
O voo, que seguia em direção à capital ucraniana Kyiv, caiu perto do aeroporto Imã Khomeini logo após a decolagem. Entre os mortos havia cidadãos de sete nacionalidades, entre eles 82 iranianos, 57 canadenses e 11 ucranianos.

O desastre com o Boeing 737-800 da Ukraine International Airlines ocorreu horas depois de o Irã lançar mísseis contra duas bases aéreas que abrigam tropas americanas no Iraque.
Esses ataques ocorreram em resposta ao assassinato do comandante militar iraniano Qasem Soleimani em uma operação com drone americano em Bagdá, em 3 de janeiro.
Equipes próximas de destroços da aeronaveDireito de imagemEPA
Image captionAvião ucraniano caiu logo após a decolagem

O que disse o Irã?

Na manhã deste sábado, um comunicado militar foi lido na TV estatal iraniana anunciando que o voo PS752 havia sido atingido por um míssil por engano.
Por causa das tensões entre EUA e Irã, segundo o documento, os militaers estavam no "mais alto nível de prontidão". "Neste contexto, por causa de falha humana e sem intenção, o avião foi atingido."
Search and rescue teams comb the wreckage of a Boeing 737 that crashed near Imam Khomeini Airport in Iran just after takeoff on January 08, 2020Direito de imagemGETTY IMAGES
Image captionIrã vinha negando qualquer responsabilidade sobre a tragédia na quarta-feira
Os militares pediram desculpas, afirmaram que modificariam o sistema de segurança a fim de evitar novos "erros" no futuro e anunciaram que os responsáveis serão julgados e punidos.
O presidente Rouhani prestou condolências. "(O Irã) se arrepende profundamente desse erro desastroso", escreveu no Twitter.
O chanceler do país, Javad Zarif, pediu desculpas às famílias das vítimas, mas responsabilizou também os Estados Unidos. "Uma falha humana em tempo de crise causada pela ação aventureira dos EUA levou ao desastre", afirmou.
Para Lyse Doucet, correspondente internacional chefe da BBC, a admissão de culpa por parte do Irã representa uma desescalada das tensões com os Estados Unidos.
"O Irã decidiu que deveria assumir o desastre para evitar uma nova guerra verbal com o Ocidente ou despertar a fúria de seu próprio povo, que pulam de uma calamidade para outra", escreveu Doucet.
Segundo ela, a grande questão agora é: "Quem tomou a decisão de permitir que um avião civil decolasse enquanto o espaço aéreo do Irã passava por tamanha tensão?"

Quais foram as reações até agora?

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou que a queda do avião foi uma "tragédia nacional" — o país tem quase 210 mil descendentes de iranianos.
Em comunicado, ele cobrou "transparência e justiça para as famílias das vítimas". Ao todo, 57 canadenses morreram na tragédia.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu ao Irã que puna os responsáveis. "Nós esperamos que o Irã os leve a responder na Justiça", disse.
Nesta quinta-feira, a Ucrânia decretou um dia de luto nacional por conta do acidente.
A Boeing disse que está "pronta para ajudar de maneira que for necessária", enquanto o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, afirmou que seu país espera participar da investigação e ofereceu assistência técnica.
Mapa mostra local do acidente

Vídeo mostra míssil atingindo avião

A hipótese de que o avião havia sido abatido surgiu nas redes sociais logo depois da queda em forma de rumores, mas ela se tornou oficial quando informações de órgãos de inteligência foram divulgadas na mídia americana no dia seguinte à tragédia.
Segundo a rede CBS News, fontes no setor de inteligência americano apontaram que satélites dos EUA detectaram dois lançamentos de mísseis pouco antes de o avião ucraniano explodir.
O jornal The New York Times publicou um vídeo em seu site que mostra um míssil atravessando o céu de Teerã e depois explodindo ao tocar em um avião. Dez segundos depois, é possível ouvir o barulho de uma explosão desde o solo. O avião continua voando em chamas.

Fonte:BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Corretores celestiais:Pastores brasileiros são detidos em Portugal acusados de tráfico de pessoas



Imagem de avião em PortugalDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionBrasileiros eram obrigados a pagar até 300 euros de aluguel para viver nos locais de culto, além de dízimo mensal
Três pastores brasileiros foram detidos nesta quinta-feira (9) em Portugal, acusados de tráfico de pessoas e auxílio à imigração ilegal.
De acordo com o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), responsável pelas prisões, os líderes evangélicos atraíam cidadãos no Brasil com a promessa de trabalho e legalização da situação migratória no país europeu.
Durante a ação, que incluiu cinco mandados de busca na zona da Grande Lisboa, foram encontrados cerca de 30 brasileiros, que eram alojados pelos pastores nos locais em que ocorriam os
Segundo a rede de TV portuguesa RTP, os brasileiros, em sua maioria em situação ilegal no país, tinham de pagar aluguel de até 300 euros (R$ 1.358) para viver nestes locais, além de contribuir com 10% de sua renda mensal para a igreja.
O salário mínimo em Portugal é, atualmente, de 635,31 euros (R$ 2.875).
O esquema foi descoberto após denúncia anônima de um cidadão estrangeiro — nos alojamentos, havia também crianças.
Edite Fonseca Fernandes, inspetora do SEF, afirmou à RTP que os três pastores também são suspeitos de obrigar os imigrantes a trabalharem para a igreja sem remuneração, além de os "enganarem, fazendo-as acreditar que estão tratando de sua situação documental, coisa que de fato não acontece".
Professor Edgar Bom Jardim - PE

O desserviço do presidente::Pense bem antes de ir a Fernando de Noronha', alerta Bolsonaro


Presidente Jair Bolsonaro em live nesta quinta-feira (9)
Presidente Jair Bolsonaro em live nesta quinta-feira (9)Foto: Reprodução/Facebook
Em recesso no Guarujá, o presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar as taxas cobradas aos turistas que visitam o Arquipélago de Fernando de Noronha em uma live no Facebook nesta quinta-feira (9). “O Brasil é um local excepcional para turismo, o que falta são meios para os turistas”, afirmou o presidente.
Na live, o Bolsonaro desaprova a concessão do parque e fala sobre os valores cobrados no arquipélago. A licitação foi firmada em 2011, durante o governo Dilma, e vai até 2025. “Pense bem antes de ir a Fernando de Noronha. Você vai ser escalpelado lá, vão tirar teu escalpo. São duzentos reais para ir na praia”, conta, afirmando que já conversou com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Sales, sobre novas concessões para “acabar com a brincadeira”.
Desde 1º de novembro de 2019 a taxa cobrada pelo Governo Federal para turistas estrangeiros por dez dias de acesso em Noronha é de R$ 222. Já para os visitantes brasileiros, o valor é de R$ 111. Além do valor destinado ao Governo Federal, o Governo de Pernambuco cobra R$ 75,93 por dia de permanência.  
“Não pode fazer isso, não pode fazer aquilo. Multa para tudo quando é lado. Ali virou o paraíso de um pessoal que resolveu tomar para si Fernando de Noronha“, desabafou o presidente que logo depois criticou o novo projeto da ilha “Noronha Carbono Zero”, que determina a proibição de carros à combustão. 
Durante a transmissão, o presidente falou para a administração da Ilha, que é de responsabilidade da empresa Econoronha: “Fernando de Noronha, se eu tiver fazendo errado, é só entrar em contato com o ministro de turismo, Marcelo Álvaro, ou com Gilson Machado, presidente da Embratur (Instituto Brasileiro de Turismo). Diga as condições que me penitencio e divulgo o que for certo tocante à Fernando de Noronha”.
“Olha o que eu sei sobre Fernando de Noronha”, falou o presidente ao se referir a uma torre de energia eólica no local. “Um dia, um cara do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) passou por lá e viu um passarinho morto. Uma comoção… um pássaro morto. O que é que foi? Aquela hélice bem devagar. O coitado do passarinho devia estar saindo do réveillon, bateu e morreu. Bem, não tem mais [energia eólica]. Agora a energia é térmica”, contou. “Inclusive, acreditem se quiserem, lá tem uma geradora de energia a óleo que carrega a bateria dos carros elétricos. Entenderam? Assim é Fernando de Noronha, assim é o Brasil”, concluiu.
Ao fim da fala, o presidente voltou a falar da empresa responsável pela administração da Ilha em tom de critica. “A mesma empresa que administra Fernando de Noronha administra o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e Foz do Iguaçu, no Paraná. É uma mina de ganhar dinheiro.” Segundo o presidente, enquanto o turismo do Brasil for explorado “dessa maneira, para grupos se darem bem”, não haverá turismo no país.
Em resposta a Bolsonaro, a administração da Ilha detalhou o projeto Noronha Carbono Zero. Segue o texto na íntegra:
“A Administração da Ilha de Fernando de Noronha, depois de implantar o programa Noronha Plástico Zero, também deu início ao Programa Noronha Carbono Zero. Nesta semana, o governador Paulo Câmara sancionou a Lei que determina a proibição de carros à combustão, na ilha, indicando os prazos para cumprimento da medida. Agora em fevereiro começa a funcionar o primeiro Ecoposto público, que funciona à base de energia solar, para abastecimento de carros elétricos - muito menos poluentes, mesmo que não sejam abastecidos por fontes de energia limpa. O próximo passo da gestão estadual, em Noronha, é a mudança gradual da matriz energética da Ilha, para que em 2030 toda ela funcione com energia renovável.
A respeito da cobrança de taxas federais aos turistas, como a mesma não compete à administração local, seja a definição de valores ou a sua aplicação, acreditamos que seja tema para pronunciamento do Ministério do Meio Ambiente, pois são recursos recolhidos pelo Governo Federal. Em Noronha, seguiremos o intenso e produtivo trabalho de consolidação da Ilha como uma referência internacional em sustentabilidade, com preservação da natureza mas, também, desenvolvimento, requalificação da infraestrutura, a exemplo do Porto (obra concluída) e da instalação de iluminação LED na BR (a iniciar ainda em janeiro) e com um forte olhar voltado aos seus moradores. Uma série de intervenções estão sendo realizadas, como a entrega de 26 novas casas populares, requalificação de 11 ruas, melhoria das estruturas da Escola de Referência em Ensino Médio Arquipélago, do Hospital São Lucas, otimização da limpeza urbana e a devida destinação dos resíduos sólidos.”
Com informação de Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Lembranças do Brasil atual: Um ano do Governo Bolsonaro



Professor Edgar Bom Jardim - PE

Viver mais e trabalhar menos:Primeira-ministra da Finlândia quer semana útil de 4 dias e até 6 horas de trabalho



A redução da jornada de trabalho é uma luta dos trabalhadores desde a Revolução Industrial. A ideia de que um trabalhador que fica mais tempo em seu ofício produz mais poderia ser a lógica, mas muitos estudos e experiências têm mostrado que, na verdade, a produtividade pode aumentar  quando há redução da jornada de trabalho.
Ao menos, é assim que pensa Sanna Marin. A primeira-ministra da Finlândia – a segunda chefe de estado mais jovem do planeta, com apenas 34 anos – declarou que a jornada de trabalho ideal deveria ser de 6 horas por dia durante 4 dias úteis. Atualmente, o país tem um modelo similar ao brasileiro, com uma jornada de 40 horas semanais (5 dias por semana, 8 horas por dia).

Marin lidera uma coalizão progressista e é a mais jovem mulher chefe de estado do Mundo
Segundo a premier finlandesa, o modelo pode ajudar a ampliar o bem estar social do país. “Eu acredito que as pessoas merecem passar mais tempo com suas famílias, com as pessoas que elas amam, com seus hobbies e com outros aspectos de suas vidas, como o consumo de cultura. Esse pode ser um grande passo para todos nós no que se refere à vida e ao trabalho”, afirmou ao Parlamento.
A Finlândia segue na contramão de bilionários como Jack Ma, CEO e fundador do Ali Baba, que acredita em uma jornada de trabalho de 72 horas por semana. Entretanto, centenas de estudos demonstram que, quanto maior o tempo de um empregado em seu posto, maior é sua insatisfação, descompromissão e insubordinação no emprego.
O modelo que deve ser implementado na Finlândia garantiu sucesso em outros países. A se observar que o que aconteceu na Suécia um ano após a jornada de trabalho ter sido reduzida pra 6 horas foi um grande aumento na produtividade, não gerando perdas para as empresas. 
“Tivemos 40 anos de uma semana de trabalho de 40 horas. Hoje temos uma sociedade com índices mais altos de faltas por motivos de saúde e de aposentadoria antecipada”, afirmou Daniel Bernmar, líder de esquerda na Câmara Municipal de Gotemburgo, uma das principais cidades suecas.
O modelo de 3 dias de fim de semana foi levado a cabo pela Microsoft, no Japão, e trouxe benefícios similares à produtividade dentro da empresa de tecnologia. A New Economic Foundation, uma think thank britânica ligada à valores de esquerda, publicou um estudo garantindo que a jornada semanal de 21 horas (três horas a menos do que a proposta por Marin) seria a ideal para a manutenção da nossa economia, conservação da saúde pública e garantia do meio ambiente.

Marin defendia a pauta desde seu tempo como parlamentar
“Uma jornada de trabalho mais curta iria transformar o ritmo de nossas vidas, remodelaria nossos hábitos e convenção e alteraria de maneira profunda as culturas dominantes de nossa sociedade ocidental. Ajudaria a promover mais justiça social, bem-estar e, no geral, uma vida melhorar, salvaguardando os recursos naturias do planeta e criaria uma economia robusta e certamente, mais próspera”, afirmou a NEF em seu estudo ’21 hours’.
Acesse:https://www.facebook.com/desmascarandooficial/videos/2219991444962100/UzpfSTE0NDQ0NzE1NDI0NTE1ODk6MjY1Nzk4MjExNzc2NzE4Ng/
Fonte:.hypeness.com.br/
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Brasileiro ficou menos satisfeito com a vida em 2019

Fila de emprego na cidade de São Paulo, em setembro de 2019. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
FILA DE EMPREGO NA CIDADE DE SÃO PAULO, EM SETEMBRO DE 2019. (FOTO: ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASI
A satisfação do brasileiro com a vida caiu em 2019, uma tendência que se seguiu ao longo de todo o ano. É o que mostra a pesquisa mais recente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), que divulgou nesta quarta-feira 8 o Índice de Medo do Desemprego e o Índice de Satisfação com a Vida do quarto trimestre de 2019. A pesquisa ouviu 2 mil pessoas em 127 municípios entre 29 de novembro e 2 de dezembro de 2019.
O índice de satisfação com a vida diminuiu 0,7 ponto em relação a setembro. A queda foi mais acentuada entre as mulheres e para as pessoas que possuem renda familiar de 1 a 2 salários mínimos, apesar de todas as faixas de renda apresentarem descontentamento em relação ao questionado. Ao longo de 2019, o índice variou entre melhoras e pioras, mas o indicador encerra o ano 0,3 ponto abaixo de dezembro de 2018.
Uma parte dos brasileiros parece temer menos o desemprego – mas o assunto ainda é caro para os mais pobres. Em dezembro, o medo do desemprego caiu 2,1 pontos em relação à setembro do mesmo ano, mas permaneceu elevado entre aqueles que recebem até um salário mínimo. Esse estrato social foi ainda o único para o qual o temor aumentou ao invés de diminuir.
Para os mais pobres, o indicador atingiu 69,7 pontos em dezembro, em comparação aos 37,4 pontos verificados entre as pessoas que recebem mais de cinco salários mínimos. De 2018 para 2019, no aspecto geral, a apreensão em relação ao emprego aumentou 1,1 ponto.
As regiões Norte e Centro-Oeste também apresentaram aumento do medo do desemprego. Sudeste, Nordeste e Sul, por outro lado, apresentaram uma queda no índice.
Para 2020, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) analisou, em um evento de projeções realizado em dezembro de 2019, que o desemprego ficará no patamar elevado de 11,3%, com reflexo na renda. “Existe um estoque grande de desempregados que termina por moderar o ganho real de salário”, disse o economista-chefe da CNI, Flavio Castelo Branco.
Carta Capital
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Vagas vidas





       Vagas vidas
o meio do mundo
o meio-dia
o medo do dia
é preciso que eu viva para que se lembrem de mim
lembrem-se das travessias e das pedras que alimentaram os desejos madrugadores e as surpresas tardias
lembrem-se das vastidões do passado mítico para que o tempo da saudade não se abandone no desprezo
lembrem-se do descontrole, do inesperado, do beco estreito e sombrio, dos barcos que vigiam as calmarias ressentidas
a vida tem o significado da nudez da geometria muda e picassiana, desenha-se no ânimo do acaso
o dia pode ser um instante sem número fixo e determinado
mas se pertença nas necessidades sem apagar o vadio
sentem-se nas cadeiras de um circo mambembe
e riam do palhaço trapezista.
Por Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Deputado denuncia Fátima Bernardes à PF por apresentação de Ludmilla

A apresentadora Fátima Bernardes (Foto: Reprodução/Wikimedia Commons)
A APRESENTADORA FÁTIMA BERNARDES (FOTO: REPRODUÇÃO/WIKIMEDIA COMMONS)

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O parlamentar do PSL não foi o único a se manifestar contra o programa ‘Encontro’ nas redes sociais

O deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ) protocolou junto à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da União (PGR) uma notícia-crime contra a apresentadora Fátima Bernardes, do programa “Encontro”, da Rede Globo, por uma apresentação da cantora Ludmilla em dezembro. Segundo o deputado, a música “Verdinha”, cantada no programa no dia 23 de dezembro, representaria uma apologia às drogas feitas em horário inadequado.

Extrapolando os limites da liberdade de imprensa e da confiança depositada pelos pais, a apresentadora Fátima Bernardes exalta o conteúdo impróprio da música “Verdinha” e infringe a lei”, escreveu o deputado em um ofício enviado ao procurador-geral da República, Antônio Aras.
O ministro da Cidadania, Osmar Terra, também se pronunciou publicamente contra Ludmilla. Em vídeo postado no Twitter na segunda-feira 6, Terra atribuiu a música a um “lobby descarado para a legalização da maconha” e acusou a cantora de cometer um crime.
“Ela [Ludmilla] fuma maconha o tempo todo, chama de apelido, diz que maconha é uma coisa boa. Isso é uma afronta à sociedade. A maconha é uma droga ilegal, proibida por lei. Isso é incentivo ao consumo. É um crime que a cantora está cometendo. E ser exposto num programa às 11 horas da manhã é outro crime”, disse o ministro


Essa não é a primeira vez que a música de Ludmilla gera manifestações dos grupos de parlamentares do PSL ou de setores mais conservadores. Em razão da apresentação da cantora no programa da TV Globo, outros deputados como Bia Kicis (PSL-SP) e Marco Feliciano (sem partido) criticaram a emissora e a apresentadora pela exibição da performance.
O deputado Junio Amaral (PSL/MG) protocolou, em dezembro, um pedido de moção de repúdio contra Ludmilla na Câmara dos Deputados. Para o deputado, a música “faz clara apologia à prática de condutas criminosas, como o plantio, a venda e o consumo de drogas”.
Em resposta ao pedido de Amaral, a cantora Ludmilla respondeu numerando problemas no País que, para ela, deveriam ocupar mais o tempo dos parlamentares. “Milhões de brasileiros desempregados, sem moradia, hospitais sem vagas, a violência predominante […]  mas o maior problema que o Brasil tem no momento é uma música que fala de alface”, escreveu, ironizando o clipe da música, que já tem mais de 32 milhões de visualizações no YouTube.

Carta Capital
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Famílias de Bom Jardim convidadas para participarem da Queima da Lapinha

Acontece nesta segunda-feira (6), Dia de Reis, a tradicional queima da Lapinha, no centro da  cidade de Bom Jardim. A família do saudoso Rinaldo Barros, convida todas famílias para participarem deste momento de celebração que encerra o ciclo  do natalino . A festividade começa às 19 horas, na casa de Iranise Barros, Rua Manoel Augusto, de frente  ao prédio da Câmara de Vereadores, com a oração do Santo Terço, em seguida haverá a Procissão e Queima da Lapinha. 
Histórico
A queima de lapinha acontece, tradicionalmente, no Dia de Reis, seis de janeiro, à meia-noite. A cerimônia envolve pastoras e suas jornadas (cantos diante do presépio), fogos, orquestras de sopro e percussão, além da participação do público. Geralmente, a queima segue um ritual que tem início com a apresentação do guerreiro, depois a exibição das pastoras saudando o presépio com cantos; em seguida, elas retiram da lapinha (presépio) todas as figuras e recolhem as palhas e flores que a adornaram. Estes últimos são embalados e transformados num andor (padiola ornamentada em que se transportam imagens sacras nas procissões) que é o que vai ser queimado. Posteriormente, a orquestra, que acompanhava as pastoras, toca frevo, geralmente Vassourinhas, como que marcando o final do ciclo natalino e o início oficial da temporada momesca. As pastorinhas acompanham a vibrante música que também envolve o público e, todos, animados, prenunciam o Carnaval.

Diz a crença popular que a lapinha é queimada para que o material que enfeitou o presépio, considerado sagrado, não seja jogado no lixo. Além disso, acredita-se que as palhas da lapinha devem ser queimadas sob pena dos componentes dos pastoris não terem um bom ano; traz sorte tanto para o dono da casa que abrigou a lapinha quanto para o público que assiste a cerimônia; as cinzas vão servir para ungir, pois  o fogo quando queima, consagra. Inclusive, as cinzas são utilizadas para ungir “o corpo dos meninos da gente, pra sair com o maracatu pelo Carnaval”, diz Ubiracy Ferreira, do Pastoril Sol Nascente (PESSOA, 2011, p. 89). FUNDAJ.
Por Edgar S. Santos/ Foto professor Edgar S. Santos
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